Lose You To Love Me escrita por Norma Riddle


Capítulo 3
Capítulo III. Viagem Perdida


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer às leitoras LizGillies e CatrinaEvans por comentarem. Esse capítulo é dedicado a vocês! Nos vemos nas notas finais.

Boa leitura!



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Foi Tom quem quebrou o silêncio depois de alguns instantes.

— E então, Harry Evans, o que está achando de Hogwarts? — perguntou ele.

Harry havia se esquecido da companhia de Tom.

— Ah, hm, é muito legal. Parece ser uma ótima escola. — Ele forçou um sorrisinho.

— A aula que vamos ter agora é a melhor — disse Tom. — Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Sim, é a minha matéria favorita — Harry respondeu. — Graças ao professor que tive no ano passado. Foram as melhores aulas da minha vida.

— Em Ilvermorny? — Tom questionou.

Harry sentiu um arrepio. Estava falando demais.

— Isso — confirmou, sorrindo simpaticamente.

— Deve ser bacana. Vamos virar aqui. — Tom indicou o caminho para chegar à sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, que Harry já conhecia. — Como são as coisas lá?

— Ah... — Harry viu-se nervoso. — São normais, sabe. Não é muito diferente daqui.

— Você já esteve em Hogwarts antes?

— Não — Harry mentiu.

— Vai gostar dessa escola — falou Tom. — Ela é cheia de segredos.

E deu um sorriso misterioso.

— Tenho certeza que sim. — Harry retribuiu o sorriso.

Eles pararam de frente a uma porta, mas ao invés de encontrar os alunos sentados, esperando a chegada da professora, encontraram todos os estudantes do quarto ano da Grifinória e Sonserina parados, em pé e murmurando entre si.

Tom foi até um grupo seleto de amigos, e fez sinal com a cabeça para que Harry se aproximasse.

— Abraxas, Gabriel, Nicholas — disse ele, saudando os colegas. — Esse é Harry Evans. Aluno novo, transferido de Ilvermorny. Está na Sonserina também.

— Seja bem-vindo, cara. Caiu na melhor casa. — Gabriel sorriu.

— Harry, estes são meus amigos. Quero que os conheça. São as melhores pessoas que irá encontrar por aqui.

— Droga! — Amanda McNair se aproximou, juntando-se ao grupo. — A aula foi mesmo suspensa.

— Suspensa? Como assim? — Tom perguntou.

— A Profa. Merrythought não está se sentindo bem — Nicholas Dolohov explicou.

— Uma pena — Riddle disse dando de ombros. — O que vão fazer agora?

— Precisamos estudar para a prova final de Feitiços — disse Abraxas. — Se reprovarmos na matéria dele de novo, estamos fritos.

— Vocês três vão para a biblioteca? — Tom ergueu as sobrancelhas.

— Sim.

— E você, Amanda?

— Vou aproveitar o tempo para fazer minhas coisas.

— Então, — Riddle olhou para Harry. — Parece que só restamos eu e você.

— É, parece que sim — Harry disse timidamente.

— Está afim de conhecer o castelo? — Tom perguntou.

Harry pensou que seria rude recusar.

— Claro, você me mostra?

— É claro, venha comigo. Irei te mostrar as partes mais legais desse castelo.

E começou a andar, com Harry em seu encalço.

Tom e Harry jornadearam por todo o castelo, com Riddle explicando o que era cada lugar, e Harry fingindo-se interessado, como se já não soubesse. Alguns dos locais estavam diferentes de como Hogwarts era em sua época. Eles conversaram sobre várias coisas, Harry teve que inventar mais histórias sobre Ilvermorny e Tom acreditou. Estavam se dando bem.

Por fim, na parte externa, quando os dois já estavam extremamente cansados e haviam visto a maior parte dos cômodos, Riddle sentou-se na pedra que circundava a orla de Trato das Criaturas Mágicas, que estava vazia, e puxou um cigarro enrolado das vestes. Harry arregalou os olhos.

— O que é isso? — perguntou.

— Isso, meu caro, é narciso — Tom anunciou, colocando o cigarro entre os lábios e pescando no uniforme uma caixinha de fósforos. Acendeu.

— Isso é permitido? — Harry perguntou franzindo o cenho.

— Não tem nada nas regras que diga que não é — Tom sorriu maldosamente. — Aceita um trago?

— Acho melhor não, eu nunca fumei na vida. Não sei nem fumar.

— Não tem segredo, você puxa a fumaça e engole. Depois, é só curtir a maresia.

— Maresia?

— É, aquele estado de relaxamento em que você viaja.

— E isso é seguro? — Harry pareceu preocupado.

— É claro que é — respondeu Tom depois de dar uma boa tragada e soltar a fumaça pelos ares. — É apenas uma planta mágica.

Harry hesitou, pensou um pouco, mas por fim, decidiu: podia confiar em Tom. Ele parecia ser uma pessoa muito legal.

Tom estendeu o braço, oferecendo o cigarro a Harry e Harry o pegou, dando uma boa tragada. Imediatamente, seus olhos lacrimejaram e ele começou a tossir.

— Vai com calma — aconselhou Tom, tomando posse do cigarro novamente.

Eles fumaram em silêncio por alguns minutos e quando o cigarro acabou, ambos estavam relaxados e mais suscetíveis ao riso.

Harry olhava abobado para uma árvore e Tom tinha suas mãos no bolso enquanto mantinha o olhar perdido, pensando em várias coisas.

Depois de alguns instantes, Harry olhou para Tom, bastante à vontade.

— Seus pais são bruxos? — Puxou assunto.

A pergunta deixou Tom um pouco desconfortável.

— Sim, minha mãe era bruxa — ele respondeu.

— E seu pai?

— Não o conheci — respondeu friamente.

— Ah, sinto muito — Harry disse. — Eu não tenho pais também.

Tom olhou para Harry, analisando-o durante alguns instantes.

— Sinto muito também — falou solidariamente.

— Tudo bem.

— E onde você passa suas férias?

Aquela era uma pergunta difícil de responder.

Harry não podia dizer que vivia com seu padrinho porque Sirius não havia nem nascido. Precisou inventar algo.

— Eu passava as férias em Ilvermorny junto com mais alguns garotos órfãos — mentiu. — Mas agora não sei para onde eu vou quando o ano letivo acabar.

“Espero estar de volta ao meu tempo e à minha casa”, ele pensou.

— E você? — Harry perguntou para quebrar o silêncio.

— Ah, eu moro em um orfanato. — Tom moveu o pé distraidamente pela grama, evitando olhar para Harry.

Fez-se silêncio de novo.

— E então, o que achou?

— De que? Do castelo ou do narciso?

Tom riu.

— Dos dois.

— O castelo é incrível e o narciso me deixou... leve.

— Então curte sua brisa porque já, já, temos que entrar. Qual sua próxima aula?

— Não sei, ainda não escolhi minhas aulas facultativas.

— Venha fazer Runas Antigas, é muito legal.

— Será que o professor me deixa entrar sem eu ter me inscrito?

— Claro que deixa. Afinal, você é um caso excepcional. Basta explicarmos para o professor que você foi transferido de Ilvermorny e agora estuda aqui.

— Tudo bem. Mas eu não tenho o livro...

— Você senta comigo e lemos juntos. Eu já estou mais adiantado na matéria, então vou poder passar algumas colinhas e te ajudar.

— Brilhante. Então vamos nessa.

Ambos sorriram e abandonaram a orla de Trato das Criaturas Mágicas, rumando a sala da aula seguinte.


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Notas finais do capítulo

Aos que possivelmente estão lendo, mas não estão comentando, gostaria de convidar a comentarem =) Gosto de saber o que vocês estão achando. Também aceito críticas construtivas.

Até o próximo capítulo!



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