Lose You To Love Me escrita por Norma Riddle


Capítulo 2
Capítulo II. 1942


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Quando os borrões finalmente sumiram para dar lugar a um cenário concreto Harry se viu diante de uma sala vazia e empoeirada, e a porta grande e pesada da Sala Vem-e-Vai abriu-se para seu egresso.

Ele foi saindo, com um certo enjoo, mas aliviado por ainda estar em Hogwarts. Draco não estava lá.

Ele ouviu ruídos no corredor externo e quando finalmente abandonou a sala, o portão se dissolveu transformando-se numa parede de pedra.

— Ei, você! — Uma menina de cabelos pretos e levemente ondulados apareceu, portando um broche prateado em seu paletó. — Que vestes são essas? — Interrogou com autoridade.

Harry olhou para trás, torcendo para que a menina não estivesse falando com ele, mas não havia ninguém.

— É, hm, meu uniforme... — explicou com inocência.

— O uniforme não é dessa cor, nunca foi — ela disse. — Se você não der um jeito nisso, vou ser obrigada a te dar uma detenção.

Harry piscou os olhos, sem entender.

— Tudo bem, eu vou me trocar... — ele disse contrariado. — Mas eu não tenho vestes dessa cor. — Ele analisou o uniforme da moçoila, que ao invés de preto, era cinza.

— Eu resolvo isso pra você — ela disse sacando a varinha.

Harry arregalou os olhos.

— O que vai fazer?

Ela não respondeu, apenas apontou a varinha para os trajes de Harry, fez um movimento de pulso e articulou:

Corandio!

E as vestes de Harry tomaram a cor do uniforme padrão. A monitora sorriu satisfeita, coçou a cabeça com a varinha e depois a guardou nas vestes, analisando Harry.

— Estou confusa, como nunca te vi por aqui? E como você passou metade do ano letivo sem o uniforme correto?

— Metade do ano letivo? — Harry repetiu, e piscou.

— Sim, já estamos no segundo semestre, ora.

Harry gelou e sentiu um arrepio percorrer a sua espinha.

— Olha, eu preciso ver o Prof. Snape.

Desta vez, quem piscou foi a monitora.

— Prof. Snape? — repetiu ela. — Garoto, está se sentindo bem? Quer que eu te leve até a enfermaria?

— Por que?

— Não existe nenhum Prof. Snape. O diretor da nossa casa é o Prof. Slughorn.

— Como? — Harry arrepiou-se.

O que havia feito? Onde havia se metido? Seria melhor ter repetido em Adivinhação, ele pensou.

— Posso falar com o Prof. Dumbledore, então?

— O Prof. Dumbledore? — perguntou ela. — Mas o Prof. Dumbledore é o diretor da Grifinória. Por que iria querer falar com ele?

— O Prof. Dumbledore não é o diretor de Hogwarts? — Harry questionou, branco.

— Claro que não, o diretor de Hogwarts é o Prof. Dippet — esclareceu ela. — O Prof. Dumbledore é o vice-diretor, e também nosso professor de Transfiguração.

Aquele baque havia sido demais.

Estava claro que Harry ainda estava em Hogwarts, mas muito distante da época em que ele estudava.

— Desculpe, em que ano estamos?

— 1942.

Aquilo era demais. Ele sentiu as pernas bambearem, e soltou mentalmente um palavrão.

— Veja, eu preciso falar com o Prof. Dumbledore.

A menina franziu o cenho, e levantou as sobrancelhas. Deu de ombros, por fim.

— Se insiste. Me acompanhe, é por aqui. — Disse e saiu andando.

Eles caminharam pelos corredores até a Sala de Transfiguração e subiram a pequena escada que levava até o escritório do professor.

Uma vez diante da porta pesada de madeira antiga, a monitora bateu três vezes, com força.

— Pode entrar — ouviu-se a voz do Prof. Dumbledore do lado de fora.

A monitora abriu a porta e ingressou.

— Professor, tenho aqui um aluno que deseja falar com você — ela disse. — Ele não parece estar muito bem — complementou baixinho.

— Muito obrigado, Srta. Droope, já pode ir, eu me responsabilizo por ele. Apenas peça para que ele entre.

Margot assentiu e fez um gesto com a mão para que Harry entrasse, deixando o local em seguida em passos firmes e largos.

O Prof. Dumbledore analisou Harry de cima a baixo cautelosamente e por fim disse:

— E então? O que faz por aqui, jovem rapaz?

— Professor, eu acho que fiz uma bobagem das grandes.

— Continue. — O Prof. Dumbledore disse, e serviu-se de uma xícara de chá. Olhou para Harry. — Aceita?

Harry maneou a cabeça negativamente.

— Professor, eu não deveria estar aqui... — começou ele.

— De fato, eu nunca te vi por aqui. Nem mesmo nas minhas aulas para a Sonserina. Como veio parar aqui? — perguntou, e solveu graciosamente um gole de chá, parecendo bastante à vontade.

— Um acidente com um objeto mágico...

— Que tipo de acidente?

— Eu usei um vira-tempo para tentar consertar minha nota em Adivinhação, mas depois que ele foi ativado, não parou mais de girar, e agora está aqui.

O Prof. Dumbledore assentiu calmamente com a cabeça.

— Estou entendendo...

— E agora, professor? Esse não é o meu lugar... — Harry falou, suplicante.

— Bem, é claro que eu irei ajudá-lo a encontrar um jeito de retornar para o seu tempo, mas não vai ser nada fácil. Receio que, por enquanto, você terá que se juntar aos seus colegas da Sonserina e tentar se enturmar e estudar enquanto descubro uma maneira de mandá-lo de volta pra casa.

— Mas isso vai demorar?

— É possível.

— Mas vai dar certo?

— É possível.

Dumbledore sorriu.

— Façamos o seguinte: — continuou ele. — Em que ano você está?

— No quarto.

— Eu irei conversar com o Prof. Dippet e explicar a situação para ele. Arranjaremos uma vaga provisória para você aqui em Hogwarts.

— Sério?

— Muito sério. Mas ninguém pode saber como você veio parar aqui, e porque entrou na metade do ano letivo.

— Então o que faremos?

— Faça como eu disse. Se enturme, divirta-se. Aproveite o tempo que irá passar aqui enquanto eu tento resolver as coisas. — Ele tomou outro gole de sua bebida, e apanhou um pedaço de pergaminho, molhando a pena no tinteiro. — Como você se chama? — Ele olhou para Harry.

— Harry Potter, senhor.

Dumbledore franziu a testa.

— Fleamont!

Harry não entendeu.

— Temos outro Potter aqui. Provavelmente um de seus avós — Dumbledore explicou. — Precisamos de outro sobrenome para você.

— Minha mãe se chamava Evans. Lily Evans. Ela veio de uma família trouxa.

— Então você será Harry Evans enquanto estiver aqui.

— E como vou explicar por que simplesmente entrei na metade do ano?

— Diremos que você foi transferido.

— De que lugar?

— De Ilvermorny, uma outra escola de magia localizada nos Estados Unidos.

— Certo.

O Prof. Dumbledore fez algumas anotações no pergaminho e depois anotou mais coisas em outro pedaço, que entregou para Harry.

— É melhor você ir indo. Daqui a dez minutos você tem aula de Defesa Contra as Artes das Trevas com a Profa. Merrythought.

— Tudo bem — Harry assentiu, sentindo um frio na barriga.

Ouviram-se três batidas na porta.

— Entre — disse o Prof. Dumbledore.

Harry já foi se levantando.

Um garoto alto e bonito entrou na sala e o Prof. Dumbledore sorriu.

— Tom!

Ele também era da Sonserina.

— O que te traz aqui, meu jovem? — O Prof. Dumbledore perguntou.

Tom olhou para Harry com certo desdém e depois voltou-se ao professor.

— Só gostaria de saber se o senhor já corrigiu a minha tarefa de Transfiguração, professor.

— Já está corrigida. — Ele sorriu. — Excelente, como sempre. Atingiu os objetivos e aprofundou-se.

— Ah, muito bem, então... — Tom disse. — Só dei uma passada aqui para verificar isso. Estou indo para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Obrigado, Professor.

E ele ia saindo.

— Tom — Dumbledore chamou.

— Sim, professor? — perguntou com delicadeza.

— Temos um aluno novo aqui em Hogwarts, também da Sonserina. O Sr. Harry Evans.

— Um aluno novo? No meio do ano letivo? — Tom ergueu as sobrancelhas.

— Sim. Ele acaba de chegar transferido de Ilvermorny. Vocês também estão no mesmo ano.

Ele olhou para Harry.

— Muito prazer, sou Tom Riddle.

— É um prazer — disse Harry com simplicidade.

— Agora que já fizemos as apresentações, — falou o Prof. Dumbledore. — Será que você não faria a gentileza de acompanhar o Sr. Evans até a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas?

Tom pensou por um instante, e por fim disse:

— Claro. — Ele olhou para Harry e apontou para o lado de fora da sala com a cabeça. — Venha comigo.

Harry assentiu e começou a seguir Tom para fora da sala. Na porta, agradeceu ao Prof. Dumbledore e despediu-se.

Ambos encaminharam-se para a sala de aula juntos, em silêncio.


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Notas finais do capítulo

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