La triste Historia de Gaara con sus Hermanos y Yashamaru de DoUchiha YT

— Parece que vai ser outro vídeo... — comentou Tsunade prestando atenção na tela — Me pergunto o que será mostrado dessa vez.

— Só assistindo para saber Hime.

O nome de Gaara escrito em Kanji aparece na tela e logo depois o rosto de uma mulher. Ela sorria de um jeito totalmente carinhoso, mãos pequenas de uma criança que ria de forma divertida apareceram enquanto se estendiam em direção ao rosto da bela moça.

— Mama..

— Essa é.... — Temari cobriu a boca com as mãos enquanto arregalava os olhos sentida.

— A mamãe. — Kankuro completou a fala da irmã, totalmente sentido assim como a loira.

— Essa é a nossa mãe? — Gaara perguntou surpreso.

— Sim... — respondeu Temari mostrando um sorriso melancólico que foi acompanhado pelo irmão.

— Ela é muito bonita. — o ruivo disse. Não havia fotos de Karura em casa, Rasa retirou todas depois da morte da esposa. Temari e Kankuro já estavam quase esquecendo de como era bonito o sorriso dela e de como seu olhar transbordava gentileza.

O rosto de um Gaara criança aparece. Ele tinha os olhos marejados com um expressão tristonha que machucaria o coração de qualquer adulto que visse. Uma lagrima escorre pela bochecha dele e a imagem muda novamente.

— Gaara... — Naruto sussurrou e o Sabaku o olhou com tristeza. Num ato de coragem o Uzumaki puxou o ruivo para mais perto de si, oferecendo seu toque para ele dizendo que estava ao seu lado. Gaara arregalou os olhos por alguns segundos, mas depois sorriu aceitando de bom grado aquele toque amistoso.

Gaara brincava na areia com uma pequena pá. A imagem foca em uma Temari mais nova que também mexia na terra.

— Isso é demais!

A voz de outra criança exclamou e Temari olhou na direção d voz com curiosidade infantil. Mostra a areia se mexendo e criando um grande e majestoso castelo de areia, Temari soltou uma exclamação admirada e aqueles lindos olhos brilharam de modo angelical que apenas uma criança conseguia fazer. Um garoto aparece deitado de bruços na areia enquanto tinha um dedo levantado. Era Kankuro, sem toda aquela maquiagem pesada no rosto e roupa escura.

— Você pode fazer comida?

O sorriso de Temari some e ela fecha a cara para aquilo. A areia se move novamente e forma uma grande lula grelhada.

— Hoo, Ikayaki! — gritou Kankuro completamente animado.

Temari olhou para a tela com uma nostalgia enorme, se lembrava muito bem desse momento. Era uma das poucas lembranças que tinha com Gaara em que agia simplesmente como crianças e como irmãos. Olhou para Kankuro que acenou com a cabeça, ele também dividia o mesmo pensamento que a irmã.

A areia se move de novo e dessa vez forma uma tigela cheia de cerejas.

— Eh... Cerejas!

Kankuro aparece com uma cara travessa como se fosse dizer algo errado.

— Faz um cocô gigante...

Alguns dos adultos na sala riram daquilo e Kankuro virou o rosto envergonhado. Nunca imaginariam que Kankuro seria esse tipo de criança, ele sempre vivia serio e só brincava com a cara da irmã.

— Essa foi boa Kankuro! — Kiba mostrou o polegar levantado para ele e as garotas reviraram os olhos para isso.

Temari coloca a mão na testa enquanto soltava um resmungo para aquela imaturidade do irmão. Rasa aparece e chama Kankuro com um olhar severo, o garoto se levante a anda em direção ao pai. Temari apenas observava a cena sem dizer nada e vira o olhar para Gaara como se fosse voltar a ficar com ele, mas o Kazekage também a chama.

— Gaara... — respondeu que sim e também andou ate o pai, não sem antes dar um último olhar para o irmão. Gaara estendeu a mão como se fosse chama-la mas se deteve olhando para ela com um olhar triste.

— Você iria me chamar... — Temari notou e Gaara confirmou com a cabeça — E por que não fez?

— Eu.. não sei.

— Na próxima me chame, não importa o que eu estiver fazendo. — Gaara ficou surpreso pelo modo que ela disse aquilo. Antes ela nem pensaria em o questionar sobre isso. Será que algo já estava mudando com os irmãos?

— E-err... Okay.

O vídeo mostra dois civis escondidos nas sombras que observava o jovem Gaara.

— Que pirralho nojento... É uma maldição.

Gaara se encolheu de forma inconsciente ao ouvir aquela frase sair da boca do homem. Naruto mordeu o lábio inferior com um pouco de raiva e fechou os olhos para se acalmar. Quantas vezes ele próprio já não tinha escutado esse tipo de coisa, saber que Gaara também tinha ouvido o enfurecia. O Uzumaki colocou a mão no ombro do amigo e disse que se ele precisasse poderia colocar a cabeça em seu ombro.

Uma pedra é jogada na direção de Gaara, mas sua areia o protege. O rosto aparece abrindo lentamente os olhos e de repente algumas kunais são jogadas contra o ruivo, mas felizmente sua areia também o protege disso formando um escudo em volta de seu corpo. O rosto de Rasa aparece novamente franzindo as sobrancelhas em claro desgosto.

— Ele... tentou te matar!? — Temari exclamou horrorizada.

— Varias vezes. — respondeu Gaara e a expressão de horror no rosto da loiro se tornou mais aparente — Pelas minhas contas atuais, foram 6 tentativas de assassinatos da parte dele, todas as outras foram de modo indireto.

— Meu deus...

— Por que está tão surpresa? — Gaara perguntou — Achei que vocês soubessem disso...

— Não. Nunca ficamos sabendo que ele tentou te matar. — disse Kankuro negando com a cabeça — Mas por que?

— Por que ele é um Jinchuuriki... — respondeu Naruto por Gaara

— Ele queria me transformar na arma perfeita e por isso as tentativas. — continuou o ruivo.

— Vocês são idiotas por acharem que nunca tentariam matar ele. — Naruto com raiva contida e os dois abaixaram a cabeça.

Os genins de Konoha estavam surpresos. Nunca tinham visto Naruto agir daquele modo com alguém e sabiam que ainda havia muita coisa que veriam de diferente nele.

A imagem se foca numa tigela de sopa e a voz do pequeno Gaara foi logo ouvida, mostrando ele sobre uma mesa de jantar comendo.

— Porque que ficamos com fome? — indagou com a curiosidade infantil a seu tio Yashamaru que o observava na cadeira da frente.

— Para podermos comer algo gostoso, talvez? — Gaara desfez sua expressão curiosa para uma de entendimento.

— Entendi. — Gaara sorriu de um modo doce enquanto olhava para baixo — A comida que você faz é muito boa...

— Aaa, Gaara. — exclamou Sakura com uma voz estridente — Você era tãoo fofinho. Da vontade até de apertar.

— Verdade Sakura-san. — concordou Hinata com um sorrisinho meigo — Dá vontade de te colocar num potinho.

Gaara corou com os comentários das garotas e Naruto sorriu achando aquilo muito adorável. Sasuke sentiu seu peito apertar ao ver aquele sorriso ser direcionado para o Sabaku, apertou a barra da sua camisa com estampas de tomate. Por que aquilo doía tanto? Por que doía ver aquela cena dos dois?

Gaara levou a colher até a boca e passou a comer mais da sopa. A tela escurece e a vista de uma nuvem passando por Suna é vista, Gaara estava brincando na areia de novo. O pequeno olhou para cima para olhar o céu azul e limpo, e abaixou o olhou para fazer outras das suas perguntas.

— Por que o céu é azul?

— Você era uma criança bem curiosa, né? — Lee perguntou divertido — Isso chega a ser fofo de ver.

— A-ah. Obrigado. — Gaara corou e seus irmãos trataram de gravar essa cena no fundo de suas mentes. Ficavam admirados com os diferentes lados do irmão que estavam vendo.

— Que é isso. — Lee colocou a mão atrás da cabeça e sorriu pequeno — Você por si só já é fofo. Só não notavam isso por causa daquele seu olhar sanguinário.

— Iiiih Sobrancelhudo... dando em cima do Gaara essa hora? — Naruto zombou e Lee virou o rosto totalmente sem graça, percebendo que parecia mesmo que estava dando em cima do garoto.

— Naruto sempre teve um bom olho para o clima das outras pessoas. — Ino disse para Shikamaru e Sasuke enquanto balançava a cabeça divertida. Os dois Shinobis soltaram um riso fraco concordando com a loira.

— Provavelmente é por causa dos sentimentos que nos invadem quando olhamos para ele. — respondeu a voz de Yashamaru.

— A dor do meu coração passa um pouco. — comentou Gaara sorrindo daquele jeitinho doce que sorria quando fazia as perguntas ao tio — Quando... eu olho para o céu.

— Uma criança tão pequena dizendo que sente dor. — Tsunade disse desapontada. Aonde o mundo Shinobi iria? Fazendo crianças daquela idade conhecerem a dor de sofrimento e da rejeição.

A cena muda para Yashamaru penteando os cabelos ruivos de Gaara

— Por que não fico com sono nem quando é de noite? — perguntou outra vez.

— Você não podia dormir nem quando tinha essa idade? — Naruto perguntou com medo da resposta.

— Não. — Gaara negou e Naruto mordeu os lábios mais uma vez para poder controlar seus sentimentos — Meu selo foi projetado para usar o poder do Shukaku desde o início, mas se eu dormisse ele tomaria o controle do meu corpo e mataria a todos a minha volta.

— Vamos dar um jeito nisso okay? — Naruto o consolou — Podemos pedir para a Baa-chan dar uma olhada nesse seu selo ou até mesmo o Erro-sennin. Ele é muito bom com o Fuinjutsu. Nós vamos dar um jeito pra você poder dormir.

— Obrigado, Naruto — Gaara agradeceu tocado pela ação do Uzumaki — Mas acha que isso não vai ser possível. Os conselheiros de Suna nunca permitiriam que uma vila rival mexesse com o selo da sua "arma" mais poderosa.

— Tsc, isso me irrita.

— Normalmente, ao fechar os olhos, adormecemos. — o rosto de Yashamaru aparece com uma expressão calma.

— Por que eu não tenho mãe?

— Por que sempre vou estar ao seu lado, Gaara-sama. — fechou os olhos e sorriu. Um pequeno vermelho tomou conta das bochechas do pequeno Gaara que sorriu feliz.

— Ah Gaara, nós sentimos muito. — Kankuro pediu desculpas novamente. Como puderam pensar que o irmão matou o tio quando tudo o que viam naquele vídeo era apenas um amor genuíno de uma criança?

— Não precisa se desculpar Kanku...

— Preciso sim! — o interrompeu — Preciso sim Gaara. Como eu e a Temari pudemos pensar que você matou o tio Yashamaru apenas por diversão? O seu eu desse vídeo claramente nunca faria isso!

— Você se arrepende Kankuro e isso já é o bastante. Temos tempo para repor os erros de antes.

— Gaara tem razão. Podemos usar essa nova chance para mudarmos e fazermos tudo o que nos arrependemos de não fazer.

Kankuro aparece com um sorriso animado e começa a correr para uma certa direção, mas é impedido pelo pai. Temari sustenta o olhar para a direção que Kankuro olhava e vira as costas. A direção que Kankuro queria ir era onde Gaara brincava novamente na areia.

— Vocês... tinham ido atrás de mim? — Gaara perguntou surpreso.

— Mas é claro que fomos. — Kankuro se prontificou a responder — Mas o nosso... o Kazekage, não deixou. — se corrigiu. Rasa não merecia ser chamado de pai quando parou de agir como um depois da morte de Karura.

— Você não imagina o quanto de vezes que nós tentamos ficar com você, mas fomos impedidos por ele. — Temari disse com um olhar magoado. Não para o irmão, mas para si mesma.

Alguém se aproxima de Gaara e o ruivinho nota ser o seu tio trazendo um almaço em mãos.

— Um Obentō? — Yashamaru confirmou com um sorriso e Gaara o olhou com carinho. Observou o rosto do tio com atenção e viu o rosto daquela mulher misteriosa.

— Você... via o tio Yashamaru como a mamãe? — Temari não conseguia achar palavras para descrever aquela descoberta.

— Ele foi o único em toda a aldeia que me tratou com carinho. Como não tinha nenhuma outra figura acabei o vendo como uma mãe carinhosa mesmo.

— Oh, Gaara. — lagrimas se formaram nos olhos de Temari — Como fomos tão idiotas em acreditar naquilo.

Temari não precisava dizer mais nada, ele sabia que ela se referia a história dele ter matado o tio apenas por diversão. Gaara segurou a mão da irmã e mostrou a sombra de um sorriso.

— Você não tem culpa de nada, nee-san...

Temari não conseguiu se controlar e se jogou nos braços do irmão mais novo ao ouvir ele a chamar daquele jeito. Era a primeira vez que Gaara a chamava de irmã e o sentimento que vinha junto era simplesmente avassalador.

— Por que não se acalma um pouco, Mari'? — perguntou o Nara mais velho com delicadeza usando um apelido que muito usava com ela — Respira para podermos voltar as músicas, que tal?

— A-acho bom. — Temari secou as lagrimas e Shikamaru sorriu dando o espaço necessário para ela.