A Pedra que Carrego escrita por DathomirGirl


Capítulo 4
O Garoto de Dathomir


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo traz um pouco sobre o que aconteceu antes daquela luta do capítulo passado, mostra como Maul e o Togoriano se conheceram.
Boa leitura e que a Força esteja com você!



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"- Está ocupando nosso caminho, cabeça de chifre. - Diz uma garoto acompanhado de um grupo ao ver um pequeno Zabrak a sua frente.
 

Dois seguranças conversavam ali perto. Um deles levantou uma orelha para o conflito, teve o impulso de ir até lá mas seu parceiro o restringiu ao perceber a preocupação do outro, sabia que ele era bem mole para algumas coisas, apesar das garras e grandes dentes, quando se tratavam de jovens da idade de seu irmão caçula, um instinto protetor acabava por escapar de dentro daquela armadura...

— O que é isso Vazra? Deixe eles se resolverem, afinal não são apenas garotos, se esqueceu do que são capazes durante os treinamentos? 

— Acho que você tem razão...  

 O garoto que passava tranquilamente pelos corredores olha para trás, reconhece os rostos que tentavam o intimidar. Gostaria muito de dar uma boa lição naqueles idiotas, mas sem a Força, ainda que conhecesse pouco dela, não poderia lidar com todos eles assim desarmado. Aperta os punhos sem poder usá-los, em silêncio.

— Acha que tenho medo dessa sua cara feia? Sai da nossa frente - Diz o garoto Zygueriano. Amargando a impossibilidade de revidar, o Zabrak permanece ali e ganha de brinde uma joelhada na barriga, que o faz cair. De quebra ainda leva uns chutes dos outros garotos ao passarem também. Quando os outros já haviam ido, o segurança acabou indo até o garoto.

— Ahgh! Mole igual pudim Gumbah! - Disse seu companheiro revirando os olhos

 O Togoriano cinzento estendeu a mão para ajudar o garoto a se levantar, que por sua vez negou a ajuda se levantando sozinho. De fato, a cara que fazia não era nada bonitinha. Mas ainda sim insistiu, ele lhe lembrava muito alguém e isso o fazia sentir na obrigação de o ajudar de alguma forma.

— Você não deveria deixar eles te tratarem assim. - O garoto olha para o outro lado emburrado. - Por que não vamos a enfermaria? Pode tomar um remédio para dor.

— Estou bem. - diz já saindo de perto para continuar o caminho que fazia antes daquilo.

 O Togoriano fica o assistindo sumir, intrigado. Seu parceiro se aproxima para dizer o "eu avisei" que tinha por direito.

— Viu, ele está bem tio Vazra!

— Você sabe qual é o nome dele?

— Por que acha que eu decoraria o nome de todos eles? Isso é trabalho para os instrutores deles e olhe lá. Por que?

— Por nada.

— Se for adotar o garoto espera pelo menos as provas finais pra saber se ele vai sair daqui vivo - Diz rindo da própria piada de mal gosto.

 Depois de completar seu turno, o Togoriano atravessa alguns corredores, saindo da ala de cantina e dormitórios em que estava, seguindo para a área de controle, onde chega a uma porta automática que por estar destravada, se abre ao se colocar em frente dela. Ali dentro, alguém se sentava a uma mesa trabalhando.

— Não deveria ter largado isso aí há um tempo?

— Ah não enche, eu já estou terminando. O que faz aqui?

— Só me certificar que continua assustadora o suficiente para os novatos.

— Engraçadinho, diga logo o que quer, já estou de saída.

— Na verdade preciso de ajuda com uma ficha, um aluno me pareceu peculiar e queria me certificar sobre seu histórico.

— Um aluno? Não está com teorias da conspiração por causa de um aluno, está?

— Todo cuidado é pouco. - Diz sorrindo.

— Ah está bem, senta aí. - Então ele puxa uma cadeira e liga uma segunda tela. - Certo, quem estamos procurando?

— Eu não sei o nome dele, vamos ter que ir pela aparência.

— Espera, você nem sabe o nome de quem está procurando? Ah ótimo! Sabe a raça pelo menos?

— Ele é um priminho seu...

— Iridoniano? 

— É, acho que sim.

— Não me lembro de nenhum aluno Iridoniano, tem certeza de que ele é um? - Ela diz ao vasculhar os arquivos sem sucesso. - Tá, vou tentar de outro jeito. - Ela digita "Zabrak" na aba de busca e: 

— Bingo!

— É esse? Za...rek? Zarek Paaek? Que nome estranho.

— O próprio! - Ele logo vai abrindo sua ficha, que para sua tristeza era bem pobre em informações. Enquanto isso, sua salvadora que mais queria era sair logo daquela sala pra tirar um pouco o trabalho da mente, observava aquela foto e informações com muitas dúvidas passando por sua cabeça chifruda. - Que droga, não tem quase nada. Aqui diz que esse zé ninguém foi recomendado por quatro membros da Guilda, de onde ele surgiu com tantos padrinhos?

— Você diz que não há nada, mas algumas coisas são bem estranhas. Esse garoto consta como nativo de Iridonia, mas na categoria "raça" apenas o "Zabrak" consta. E esse garoto claramente não vem de Iridonia, ele é um Dathomiriano, isso é incofundível. - Seu parceiro a olha confuso mesmo assim. Percebendo isso ela cruza os braços, com um pouco de preguiça de ter de explicar tim tim por tim tim mas começa a falar - Está bem, geocultura básica, Vazra! Se você olhar a coloração dele, a forma organizada com que seus chifres nascem ao redor da cabeça, ele é bem diferente de mim, certo?

 Ele a observa um pouco antes de responder. Seus chifres eram diferentes dos do garoto, já que não mantinham uma simetria tão acentuada, tinha alguns menores na região da testa, outros maiores na cabeça, faziam um desenho gracioso, mas não eram tão alinhados entre si. Sim, por enquanto estava fazendo sentido. - Certo.

— Outra coisa, esse padrão de tatuagens é com certeza coisa de Dathomir, eles tem um jeito único de fazer esses desenhos.

— Espera, a pele dele não é assim? São todas tatuagens? Ele é só um garoto

— É cultural, todos eles fazem como uma espécie de ritual de passagem e tal. Eles são bem cheios dessas coisas, Dathomir é governado pelas Bruxas, os machos ficam separados para serem guerreiros, eles são minoria. Eles são uma civilização beem fechada, por isso acho tão estranho que esse garoto tenha parado aqui tão longe. O que eu acho estranho também é que essas tatuagens sejam pretas, eles costumam fazer em marrom... E eu nunca havia visto um com uma pele tão exótica, os machos são sempre em um tom amarelado, no máximo alaranjado. Ele deve ter sido considerado único dentre seu povo. Por isso é tão estranho ele estar aqui.

— Você sabe pra caramba Sugi!

— Isso ou você é quem nunca leu um arquivo na vida!

— Hahah acho que é um pouco dos dois... Então temos um Zabrak Dathomiriano que se diz de Iridonia, com nome desconhecido, recomendado por quatro pessoas e muito peculiar. Até que deu pra tirar alguma coisa! 

— Quer que eu leve isso pra cima?

— Não... Vamos esperar um pouco, quero checar isso de perto. Você disse que ele pode ser único, não? Ele pode ter sido expulso por isso ou sei lá. Vamos ver direitinho. 
 

— Se fosse esse o caso, acho que seria mais a cara das Bruxas ter matado o pobre coitado... Mas está bem, posso finalmente ir embora?
 

— Só mais uma coisinha, Sugi

 Saindo dali com os quatro nomes dos padrinhos já tinha por onde começar. Infelizmente três deles estavam fora em caçada, porém um deles acabara de regressar de uma. Aproveitando que estava indo para o bar com Sugi e alguns outros, torceu os dedos para que Tassk Coda estivesse lá repondo as energias. Ou esgotando-as. Depende do ponto de vista."


 

 - Mestre!?

— -Saudações meu Aprendiz. Parece que estava aguardando ansiosamente por essa trasmissão - - Diz ao ver que me encontrava na sala de controle, ao invés de esperar que um dróide me notificasse.

— Eu... Tive problemas com o dróide. 

— - Espero que não esteja com defeitos, enviarei uma equipe de manutenção. Suas novas instruções devem ser seguidas com muita atenção, você não deve falhar nem por um momento, é de extrema importância que essa operação seja impecável. - -

— Prossiga, mestre

— - Você virá até Coruscant, onde se encontrará com o Mestre Sifo Dyas. Daqui partirão para Kamino. Ele há muito tempo tem sido influenciado pelo Lado Sombrio e pensa que propôs ao alto conselho Jedi que em segredo coordenasse um pedido para a criação de um exército clone. Hoje ele irá supervisionar o desenvolvimento das tropas, e você irá o supervisionar. Ele crê que você é um padawan, já manipulei suas lembranças para que imagine que já tenha conhecimento de sua existência. Haja como seu subordinado mas mantenha-o na linha, não preciso lembrá-lo de que deve se controlar, uma falha e seremos expostos aos Jedi. Depois retorne a Coruscant, o quero são e salvo pessoalmente, não tente nada estúpido Aprendiz! - -
 

 Era muito para processar, eu acompanharia um Jedi em uma viagem. UM JEDI! Eu vou estar lado a lado com ele, teremos vários momentos a sós e eu devo traze-lo de volta sem nenhum arranhão. Não sei se consigo fazer isso, o que meu mestre me pede é impossivel.

— - Compreendeu Aprendiz? Acha que tem a capacidade de executar essa missão sem deslizes dessa vez? - -

— Sim, meu Mestre.

— - Não me decepcione, partirá amanhã. E céus, recomponha-se, está parecendo um animal. - - 
  

Fim da Transmissão.


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