Entre Lobos e Monstros escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 32
Um dia após o outro




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Capítulo 31

por N.C Earnshaw

 

O SOM DO MICROONDAS era uma das coisas que a deixava alerta nos dias que se seguiram ao ataque. Assim como o ruído da chuva e de passos na entrada da casa quando um dos lobos vinham visitar para checar se ela estava bem. Até mesmo o barulho da sua própria respiração chegava a deixá-la quase histérica, e ter Embry longe por mais de dois minutos a fazia ficar num estado de desespero que ela não conseguia disfarçar nem se tentasse. Sendo assim, Erin não se sentiu culpada ao sentar no corredor, próximo a sala, enquanto Tyffany conversava com o filho.

A Call tinha se mantido distante após saber com poucos detalhes o que tinha acontecido. Na versão contada a Tyffany por Erin, Carter tinha ido falar com a enteada quando ela estava trabalhando e, depois de discutirem rapidamente, foi para a floresta e vagou por lá até ser encontrado morto por Paul e Jared. O último, assim que identificou o corpo como sendo o do padrasto da Landfish, correu até a lanchonete e contou sobre o incidente à garota, que ficou desconsolada. 

Uma versão ainda mais curta foi contada à polícia. Paul e Jared estavam andando pela floresta, como normalmente faziam, e encontraram o homem caído. Fim. O nome de Erin sequer foi citado. 

A quileute sentia os olhares de Tyffany, apesar dela se manter afastada, em qualquer lugar que fosse. A mulher parecia assistir cada passo que a outra dava com atenção, chegando a deixar a garota extremamente desconfortável. E apesar de Erin ter se adaptado às mudanças de humor da Call — como quando ela a ignorava completamente ou a tratava como se fosse sua própria filha —, sentia no fundo do seu ser que aquela situação era diferente. Tyffany parecia encará-la com rancor, como se Erin estivesse roubando algo precioso dela. 

— Sobre o que quer conversar, mãe? Mais algum segredo que queira me contar? — Ouviu a voz brincalhona de Embry dizer. Para a alegria de Erin, mãe e filho tinham se entendido e iniciado um relacionamento leve, deixando-a esperançosa que o mesmo pudesse acontecer consigo e sua mãe. 

Embora sua visão estivesse sendo impedida por uma parede, a Landfish pôde sentir que Tyffany revirou os olhos. 

— Lembra do namorado que falei há algum tempo? — Erin arqueou uma sobrancelha ao ouvir aquilo. Desconfiava que a mulher deveria ter um ou outro parceiro, mas um namorado? Embry não tinha comentado nada sobre. — O nome dele é Aaron, e ele quer muito te conhecer. 

Claro, mãe. Quando ele vai vir aqui? 

A garota não conseguiu resistir e se esticou até conseguir espiar a sala sem que a mulher a pegasse no flagra. Erin sabia que os “poderes de lobo” de Embry já tinham detectado sua presença, no entanto, não imaginava que o Call fosse se zangar. Ela confirmou isso quando recebeu uma piscadela charmosa do seu namorado. 

— Querido, sei que nosso relacionamento não foi fácil nos últimos anos, e espero que entenda que foi tudo muito rápido… Eu não me sentia preparada para te contar sobre essa parte da minha vida, porque tinha medo de te perder pra sempre. — A Landfish deduziu que, com o tanto de explicações que a mulher dava, era mais um segredo guardado, e teve medo do quanto aquele iria afetar a vida de Embry. — O Aaron me pediu em casamento… E eu aceitei. 

Uou, pensou Erin, arregalando os olhos. Aquilo com certeza era inesperado. 

— Uou. — Embry vocalizou exatamente os pensamentos dela. — Isso é ótimo, mãe. Incrível. A senhora merece ser feliz! 

O garoto pegou a mulher nos braços e a girou no ar, gargalhando de alegria. A Landfish gostaria de ter ficado observando a maneira com que Embry jogava a cabeça para trás enquanto ria, ou de como os olhos dele brilhavam com uma felicidade genuína, mas temeu ser vista por Tyffany. 

— É um alívio saber disso, querido. — Tyffany soou contente, entretanto, Erin era atenta o bastante para notar certa hesitação em sua voz. — O Aaron já te adora, e me perturba há tempos para marcar um jantar em família. Na verdade, ele está organizando isso há semanas, então dessa vez teremos que ir até Port Angeles. Você se importa? 

— Não — disse o lobo prontamente, parecendo não se importar. — Não tem problema. Na próxima, podemos fazer algo aqui. 

O silêncio que se seguiu atiçou a curiosidade Erin, que se inclinou novamente para investir o que acontecia com os próprios olhos. 

Embry estava de pé, encostado na parede, e a avistou no instante em que a Landfish colocou o rosto à vista, enquanto sua mãe tinha uma cadeira da mesa da cozinha posta no lugar onde a antiga poltrona ocupava, e encontrava-se de perfil pelo ponto de vista de Erin. 

A mulher tinha uma expressão cautelosa no rosto quase juvenil, e suas mãos estavam cruzadas sobre as coxas com tanta força que a quileute podia ver com clareza os seus tendões. 

— Mãe — chamou Embry após um longo minuto. — Tem mais alguma coisa que quer me contar? 

— Eu… — Ela respirou fundo. — Não é só sobre o noivado que preciso te contar. O Aaron… Faz um tempo em que decidimos que iríamos morar juntos antes mesmo de nos casarmos oficialmente. Eu passo a maior parte da semana em Port Angeles e é conveniente morar mais perto do trabalho. Ele também odeia que fiquemos tantos dias separados, e achamos… Achamos que não faz sentido mantermos duas casas quando estamos preparados para, sabe, dar esse passo no nosso relacionamento. 

— Eu tenho 18 anos, mãe. — Erin quis abraçá-lo no instante em que viu o quão perturbado ele ficou a mera ideia de ter sua mãe longe de si. Por mais que ele estivesse acostumado a não vê-la todos os dias da semana, não morar com sua própria mãe era desolador. Além disso, a responsabilidade de manter uma casa era grande, e ela apostava que o quileute já pensava nas maneiras com que poderia se sustentar. — Não precisa se preocupar. Posso arranjar um emprego e…

— Não, querido. Você não está entendendo — cortou a mulher. Ela levantou da cadeira e se colocou ao lado do filho, pousando uma das mãos sobre o braço esquerdo dele. — Quero que vá comigo. 

Erin achou que seu coração parou de bater por um segundo. Ela sumiu da linha de visão de Embry o mais rápido que pôde, sentindo sua respiração falhar e seu estômago flutuar de um jeito muito semelhante ao dia em que ela foi num parque e andou na roda gigante. 

— Me escute primeiro antes de falar qualquer coisa. — A Landfish sentiu seu corpo deslizar até o chão, uma vez que suas pernas pareciam ter perdido a força. — Port Angeles vai ser ótimo para você, querido. Uma nova vida depois de tudo que passamos e com muito mais conforto. Sei que a ideia de ir para uma escola nova não parece interessante, mas vai ser bom ir para um lugar em que eles possam conhecer quem você é de verdade. Além disso, vai conhecer mais pessoas da sua idade, e tenho certeza que se você se dedicar aos estudos como fazia antes, vai poder, não sei, frequentar até uma faculdade! 

Erin implorou para que os ancestrais fossem mais piedosos com ela. Apesar de uma parte dela querer correr até o quarto e se trancar, a outra desejava ouvir o resto da conversa. 

— O Aaron disse que a empresa estará de portas abertas para você se quiser fazer um estágio. E não diga a ele que te contei, mas estamos planejando te dar um carro de presente de boas-vindas. 

Ela estaria sendo muito egoísta em querer que Embry rejeitasse tudo o que Tyffany estava oferecendo para ficar com ela? Com certeza. No entanto, somente a ideia de se separar do seu lobo trazia lágrimas traiçoeiras aos seus olhos. 

— O seu quarto em casa já está pronto, e tem até um banheiro para você. — Céus. A mulher estava realmente tentando comprá-lo. — Vai ser perfeito, meu amor. Vamos voltar a nos vermos todos os dias! 

— Mãe…

— E você nem vai estar tão longe assim de La Push — adiantou-se a Call. — Sei o quanto gosta daqui, então vai poder visitar todo fim de semana. 

— Mãe, não sei se…

— Não precisa me dizer nada agora! — Erin cerrou os punhos e se ergueu lentamente. Estava tentada a se intrometer na conversa e gritar com Tyffany até sua garganta doer. Como ela se atrevia a fazer uma proposta irrecusável daquelas? — Espere um tempo e pense direitinho, meu filho. Lembre que é o seu futuro que está em jogo. 

A Landfish chegou ao seu limite. E quando sentiu o primeiro soluço querer escapar, correu até o quarto e se jogou na cama, antes fechando a porta com cautela. Não queria que Tyffany soubesse que ela tinha ouvido tudo. Seria tão constrangedor que ela não saberia como encará-la novamente.

O olhar esperançoso de sua mãe ao contar sobre a nova vida que iriam ter em Port Angeles partiu seu coração. Não era novidade para Embry que o único motivo dela ter ficado em La Push era ele — além da falta de dinheiro para morar em outro lugar. E nem passou pela sua cabeça tentar convencê-la a mudar de ideia. Apesar de não conhecer o tal do Aaron, via pela forma que os olhos de sua mãe brilhavam ao falar o nome dele que ele era um cara legal, e tinha certeza que eles seriam muito felizes. Do fundo do seu coração, Embry orava para os seus ancestrais permitirem que ela se tornasse a mulher mais contente da América, e esperava que Tiffany também respeitasse sua escolha de ficar, assim como ele estava respeitando a escolha dela de ir. 

O lobo tinha ouvido com atenção as diferentes velocidades do coração de Erin batendo enquanto espiava a conversa. E teve que segurar uma risada a cada vez que via seu rosto surgindo no corredor. A pequena corrida que ela deu ao perceber que a conversa entre ele e sua mãe estava acabando trouxe um sorriso largo ao seu rosto, mas ele conseguiu disfarçar antes que Tyffany percebesse. 

— Mãe, não vou deixar a senhora na expectativa de que vou aceitar isso. — Ele quis deixar claro sua resposta negativa antes que ela cultivasse esperanças e acabasse magoada. — Eu não quero deixar La Push. Aqui é o meu lar. É o lugar onde sou feliz, tenho amigos e…

— E a Erin — completou a mulher, não conseguindo mascarar a sua decepção. — Eu entendo que esteja apaixonado por essa garota, querido. Mas tem certeza que vai largar todas essas chances para ficar com ela? Você ainda é jovem, e eu entendo que é realmente intenso o que você está sentindo no momento. É o seu primeiro amor… Talvez, se você se der essa chance de conhecer um novo lugar por um tempo e experimentar novas coisas, esse sentimento apenas se torne boas lembranças. 

— Eu a amo, mãe. Não é algo passageiro que vai desaparecer em algumas semanas ou meses. Eu vou amar a Erin pelo resto da minha vida. — Ele passou um braço pelos ombros dela, trazendo-a para junto do seu corpo. — Sei que a senhora deve pensar que sou imaturo demais para saber o que é realmente amar alguém, mas Erin e eu somos alguma coisa especial, e a ideia de ficar longe dela… Só o pensamento de não vê-la todos os dias ou de não compartilhar minha vida com ela… 

Embry sabia que sua mãe compreenderia melhor sua situação se ele contasse para ela sobre se transformar em lobo ou sobre o imprinting. Ela tinha se aberto para ele nos últimos dias e revelado todos os seus segredos, no entanto, o Call não se via compartilhando aquela parte da sua vida com a sua mãe. Talvez, no futuro, ele mudasse de ideia, mas aquele momento não era a hora. 

— Eu já esperava essa resposta — confessou Tyffany, limpando as lágrimas com as costas das mãos e puxando-o para abraçá-lo apropriadamente. — Eu te amo, meu filho. Espero que seja feliz nas suas escolhas… E se algum dia acordar e mudar de ideia sobre tudo. Se quiser construir um futuro em outro lugar, até mesmo com a Erin, vou estar te esperando de braços abertos.

— Eu te amo, mãe. 

Ele a apertou com uma quantidade de força que não iria machucá-la, aproveitando o calor do colo da sua mãe por um tempo. Tinham se desentendido por tanto tempo que quase tinha esquecido como era reconfortante se sentir protegido daquela maneira, e prometeu-se mentalmente que não ia se afastar novamente dela. Port Angeles era a algumas horas de distância, e faria bem aos dois se verem com frequência. 

Após alguns minutos trocando conversa ao se separarem, Embry foi em busca de Erin, pois já sentia saudades do pequeno corpo próximo ao seu. Assim que ele abriu a porta do quarto, avistou a Landfish encolhida na cama e enrolada em todos os cobertores que eles mantinham no guarda-roupa. Como a temperatura corporal do lobo era alta e a quileute dormia agarrada a ele, deixavam apenas um cobertor mais fino para se “aquecerem”, então ele achou um tanto esquisito que ela tivesse se dado ao trabalho de pegá-los quando sabia que ele ia voltar e deitar ali. 

— Está com fome? A minha mãe disse que vai fazer uma lasanha para o jantar. 

Embry não obteve nenhuma resposta, e se preocupou que ela tivesse tido uma recaída e voltado ao estado quase catatônico que havia ficado após ser atacada. Com cautela, levantou as cobertas e arrumou os cabelos que estavam espalhados para ver melhor o seu rosto. 

A ponta do nariz de Erin estava vermelha como quando ela tinha suas crises de alergia, mas ele desacreditava que seria aquele o motivo, uma vez que ela não teve sucesso em esconder as lágrimas que escorriam ou seus olhos inchados. 

Ele se deitou ao lado dela, passando o braço ao seu redor, e torceu para que sua presença a fizesse sentir-se segura. 

— Ele não pode mais te machucar, amor. 

— Eu sei — murmurou. 

Embry tentou pensar em algo mais para dizer, mas nada lhe veio à mente. Não tendo nada para falar que não fosse comentar sobre como o dia estava bonito — o que era uma mentira, pois estavam muito próximos do outono, e o verão de Forks com certeza não era nada parecido com o da Califórnia —, optou por manter-se em silêncio. 

— Vou precisar de alguns dias para arranjar um lugar para ficar. — A voz de Erin o surpreendeu, e ele levou alguns segundos para processar o que ela tinha dito. 

— O quê?!

— Você já sabe quando vai se mudar? 

“Mas que droga…”, pensou o Call. Ele se sentou na cama um tanto atordoado, e virou o corpo de Erin até que conseguisse encarar seus olhos. 

— Do. Que. Está. Falando? — disse pausadamente. 

— Você sabe que ouvi a conversa, Embry. E você sabe que eu sei que você vai morar em Port Angeles com a sua mãe. 

— Hã? Eu não vou morar em Port Angeles com a minha mãe. 

Sua confusão aumentou ao ver a expressão enraivecida de Erin. Ela parecia furiosa com algo que pensava que ele tinha feito! Seria isso o que os garotos falavam sobre a bipolaridade das mulheres naqueles dias

Discretamente, ele fungou o mais próximo possível da Landfish, tentando verificar se tinha perdido o cheiro de sangue, ou se conseguia sentir alguma diferença nos hormônios que ela normalmente exalava. O Call ficou surpreso ao não identificar nada fora do comum. 

— Vai me dizer que vai recusar morar numa mansão, ganhar um carro novo e ir para uma escola cheia de garotas branquelas que querem ter um pouco de adrenalina em suas vidas apresentando um nativo para a porra do pai racista! 

Embry não consegui conter a risada incrédula que escapou pelos seus lábios. 

— E ainda está rindo de mim! 

O lobo deixou sua risada morrer ao ser empurrado de volta na cama e contido por duas mãos em seu peito. O fato de estar sem camisa e o contato direto entre as peles o fez arregalar os olhos levemente, e as coxas roliças de Erin em cada lado do seu quadril não o ajudavam na concentração. 

Embry tinha consciência de que o fato do seu imprinting pensar automaticamente que ele iria decidir abandoná-la, era uma consequência de todo o sofrimento que ela passou. E a coisa que mais desejava no momento era que Erin entendesse que ele nunca iria deixá-la por livre e espontânea vontade. Almejava que ela confiasse nos seus sentimentos e soubesse, sem sombra de dúvidas, que ele estaria ao lado dela não importasse os obstáculos que surgissem em seus caminhos. 

— Eu não vou te deixar. — O lobo observou como Erin cerrou os dentes e respirou fundo, analisou como os olhos se encheram de lágrimas que não iriam cair e como uma sombra de fragilidade passou rapidamente pela íris castanha. — Eu nunca vou te deixar — afirmou, segurando as mãos dela nas suas e apoiando em cima do próprio abdômen. 

— Se precisar, posso repetir isso pelo resto de nossas vidas até você acreditar que eu não vou te deixar. — Ele a puxou para baixo, fazendo-a relaxar no seu colo enquanto era encarado com atenção. Ambos sabiam que aquele instante estava sendo importante para a relação que estavam construindo, afinal, nos livros de autoajuda sempre dizem que confiança era a chave, pois não. — Eu não vou morar em Port Angeles. Quero ficar aqui… Assim, desse jeito. 

O lobo sentiu seu estômago flutuar, e as famosas borboletas no estômago tomarem conta ao sentir Erin encostar a cabeça no seu peito. Ainda de mãos dadas ao lado dos corpos unidos, Embry soltou uma delas para acariciar os cabelos que tanto adorava. 

— Quero ficar com você, Erin Landfish. Bem… a não ser que não me queira. — A última parte ele torceu para que ela entendesse como uma piada. 

— Não seja idiota — disse ela. 

Segundos depois, Erin deu um longo suspiro. 

— Não quero que vá, mas… Embry, Port Angeles pode ser tudo o que a sua mãe falou! Um lugar novo, muito maior que Forks, com pessoas diferentes. Você vai ganhar um carro! Talvez até mesmo conseguir ir para uma faculdade. Se ficar aqui, sabe que vai ser quase impossível fazer a maioria dessas coisas, não é? 

— Está tentando me convencer a dizer sim? — Embry tentou disfarçar a pontinha de mágoa que estava experimentando ao ouvir tudo aquilo vindo do seu imprinting. Parecia até mesmo que ela não o queria por perto! 

— Não! Quero dizer… Talvez. Olha, Embry, só não quero que tome uma decisão que acabe se arrependendo. Uma oportunidade dessas…

— Você diria sim? — Ela levantou a cabeça o bastante para conseguir vislumbrar os olhos dele. — Você diria sim se os papéis estivessem invertidos? 

— Somente se você fosse junto — admitiu com um fio de voz. 

Erin não imaginava que se tornaria uma daquelas garotas. Aquelas garotas dos filmes que ela adorava xingar quando decidiam largar o emprego dos sonhos para ficar com a pessoa que amavam. Era difícil, mas ela admitia que ali, calçando um sapato muito parecido com o delas, que faria exatamente o mesmo. 

A Landfish não conseguia mais se imaginar sem a presença de Embry em sua vida. Sem o cheiro característico, o gosto dos lábios ou sem ouvir o gemido rouco que ele soltava quando chegava ao ápice. Dava-lhe arrepios pensar em dizer sim a uma vida em que não dormiam juntinhos numa cama minúscula ou que não roubavam beijos um do outro durante todo o dia. 

Seu coração era daquele garoto para sempre. E seu maior sonho era que vivessem uma vida feliz e calma… Juntos.


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