Entre Lobos e Monstros escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 28
Adeus inocência




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Capítulo 27

por N.C Earnshaw

 

ENQUANTO ESFREGAVA aquele copo pelo que parecia a décima vez, Erin pensou no quanto a sua vida tinha mudado nas últimas semanas. Ela tinha se livrado da casa onde vivia uma vida miserável sob os olhares horripilantes do seu padrasto, e descoberto seus verdadeiros sentimentos por Paul, além de ter se livrado daqueles que ela chamava de amigos. 

Antigamente, somente a ideia de perder aquelas pessoas faria com que Erin experimentasse uma tristeza sem precedentes. No entanto, tudo havia mudado, e ela não se via mais se submetendo a certas situações para agradar indivíduos que não davam a mínima para seus sentimentos ou seu bem-estar. A Landfish tinha aprendido— quebrando a cara diversas vezes —, a dar valor somente às pessoas que se importavam de verdade com ela. Pessoas com as quais seus sentimentos eram recíprocos. Como Embry, por exemplo.

As horas tendo Andy como supervisora estavam sendo um inferno como o previsto. Principalmente pelo fato de que a quileute não conseguia se concentrar nem um pouco nas atividades que estava realizando, visto que sua mente apenas repassava seus últimos momentos com Embry. Quando Erin errou o pedido de um cliente pela terceira vez, a amante de Carl enxotou-a para a cozinha para lavar os pratos. E foi um alívio, já que a mulher evitava entrar ali por causa de Ivy. 

A culpa que estava sentindo pelas coisas que tinha dito a Embry — assim como pelas não ditas —, trouxe uma angústia incômoda para o seu coração, deixando-a com uma vontade insuportável de chorar. Maldita hora que não mandou Leah Clearwater para o inferno. Ela tinha conseguido confundir tudo.

— Aquele era um rapaz muito bonito. — A voz de Ivy atrás de si tão repentinamente fez Erin pular de susto, espalhando sabão para todos os lados. Sua ação arrancou uma risada alta de Big John, que fritava alguns hambúrgueres a uns dois metros de distância onde as duas estavam. — É o seu namorado? 

Erin mordeu sua própria bochecha, ficando em silêncio por alguns segundos por estar procurando em sua mente uma resposta adequada para a pergunta. Não eram namorados, mas ela não ousaria dizer que eram apenas amigos quando existia tanto sentimento entre eles. 

— É… complicado

— E não é sempre? — disse a mulher, colocando-se ao lado de Erin para enxugar os pratos. — Homens são complicados, querida. Está vendo aquele ali? — Ela apontou para Big John sem qualquer discrição. — Demorou mais de oito anos para me pedir em casamento. 

A Landfish soltou uma risadinha ao virar para trás e ver os olhos arregalados do homem. Ivy sempre passava na cara dele o tanto de tempo que tinham perdido "dançando" um ao redor do outro. 

— E esse seu garoto…

— Embry — informou a Landish, esfregando sem pena a gordura grudada no prato. Somente ao falar o nome dele, seu corpo inteiro tinha se arrepiado. 

— E então o Embry está te dando trabalho para se declarar? — Erin não respondeu, deixando Ivy tomar suas próprias conclusões. — Não deixe isso te desanimar, meu anjo. Ao contrário de nós mulheres, que somos seres tão mais evoluídos, os homens têm uma tendência irritante de esconder o que sentem com medo de parecerem mais fracos. Mas não se preocupe com isso, pelo que vi de vocês dois, e o modo com que ele te olhava, não me parece que vai demorar muito tempo para que você ouça um eu te amo. Ao contrário do meu John, Embry parece ser um garoto esperto.

A quileute sorriu ao ouvir um “ei!” de Big John repreendendo a esposa.

— Não é isso… — Erin mordeu o lábio inferior com força, pois sabia bem que assim que contasse a história para Ivy; ao menos as partes que podia sem entregar o segredo da matilha, seria repreendida no mesmo instante. — Ele já disse que me amava. Na verdade, o Embry disse coisas que eu nunca esperei ouvir de outra pessoa. 

— Então o que tem de errado? Você não o ama? 

O pescoço de Erin estalou, tamanha a velocidade com que ela o virou para olhar para Ivy. A ideia de alguém achar que ela não amava Embry era revoltante. 

— Eu… — A garota se sentiu sendo pega desprevenida pelos seus próprios pensamentos. Ela já tinha chegado à conclusão que estava apaixonada por Embry muito antes, e sentia uma enorme necessidade de estar próxima a ele. No entanto, a palavra amor sequer tinha passado pela sua cabeça. — Não. Quero dizer… Sim. 

Ivy esperou com paciência sua colega de trabalho ordenar seus pensamentos. 

— Eu o amo — sussurrou Erin com uma expressão fragilizada. Admitir em voz alta, principalmente para alguém que levava em tão alta conta, fez com que tudo se tornasse mais real. — Mas…

Sempre tem um mas. — Naquele ponto da conversa, ambas tinham parado de fazer qualquer outra coisa e estavam fixadas uma na outra. — Vamos lá, criança. Me diga o que te atormenta. 

— Não posso te contar com detalhes, porque o segredo não é meu. — Ivy assentiu no mesmo segundo, uma vez que não estava fazendo aquilo para xeretar a vida alheia. Queria mesmo ajudar Erin. — O Embry omitiu uma coisa. Algo importante que afetaria nosso relacionamento. E hoje mais cedo, acabei sabendo por outra pessoa. 

— Acredito que essa pessoa não estava tentando ser gentil. Acha mesmo que ela estava falando a verdade? É triste dizer isso, mas existem indivíduos que querem acabar com relacionamentos alheios apenas pelo prazer de ver outras pessoas tão infelizes quanto. Então, se não tem certeza da verdade…

— Ele confirmou — esclareceu Erin. — Era tudo verdade. 

— Sinto muito, querida. — A Landfish encolheu os ombros ao ouvir Ivy. Não queria sua pena, mas precisava desabafar. 

— Acho que não o culpo por não ter me contado antes. Apesar de conhecer o Embry de vista há muitos anos, nos aproximamos mais nas últimas semanas. Não posso exigir que ele revele todos os seus segredos quando eu também tenho alguns esqueletos no armário. Talvez, se tivesse sido ele a ter me contado, minha reação seria um pouco diferente. — Erin balançou a cabeça. — Ou não. Eu nunca vou saber. 

Um barulho vindo da porta que dava para a lanchonete fez com que elas voltassem ao trabalho. Se Carl ou Andy a pegassem de conversinha, não ouviriam o final da história. 

— Ivy — cochichou a garota, tentando chamar a atenção da mulher após ouvir Carl saindo novamente da cozinha com alguns pedidos. — O que você acharia se soubesse que o John está sendo obrigado a te amar? 

A outra ergueu uma sobrancelha, estranhando a pergunta. 

— Obrigado? E existe isso? 

Ivy pareceu ficar pensativa ao não ouvir qualquer resposta de Erin. 

— Eu tinha 18 anos quando conheci o John — contou, enxugando um copo com o olhar distante. — Ele era lindo e alguns anos mais velho. Tudo o que a minha eu adolescente desejava num garoto, e eu me apaixonei por ele no instante em o vi. 

A mulher sorriu, e Erin sentiu seu coração aquecer ao enxergar o amor brilhando nos olhos dela. 

— Ele estava desempregado e precisava de dinheiro. Meu pai conhecia o pai dele, eram amigos, e acabou oferecendo um trabalho para ele nos jardins da minha casa. Era o meu último ano no colégio, eu estava a um passo de me formar e ir para a faculdade, mas Deus parecia ter outros planos para mim. Numa manhã, eu acordei atrasada e saí correndo pela porta de casa sem olhar para onde andava…

— E vocês se esbarraram — completou Erin, empolgada pela história. 

— Meu nariz acertou o peito dele com tanta força que eu achei que tinha quebrado — riu a mulher. — Minha primeira reação foi xingar o maldito que tinha entrado no meu caminho, mas assim que ergui a cabeça para dizer umas poucas e boas, eu avistei os olhos mais azuis que já tinha visto na vida. 

A Landfish esperou algo a mais, mas não veio. 

— E foi isso? Você olhou nos olhos dele e se apaixonou? — inquiriu, sem acreditar. 

— O quê, garota? Não acredita em amor à primeira vista? — Ivy deu um tapinha camarada no ombro de Erin. — Minha alma escolheu o John naquele mesmo segundo, e depois disso nossa história começou. Não acredito mesmo que exista isso de alguém ser obrigado a amar outra pessoa, mas o coração é traiçoeiro. Quando menos imaginamos, ele está nos fazendo de bobos. Seja à primeira vista ou gradualmente, o amor chega para todos. 

Erin sentiu-se esperançosa.

— Não escolhemos quem amamos, Erin. Isso simplesmente acontece, e não há nada mais a fazermos do que nos entregar completamente a esse sentimento. 

Chegar em casa e não encontrar qualquer sinal de Embry foi como um soco no estômago. Após horas se torturando em sua própria mente — principalmente depois da conversa que teve com Ivy que a fez realizar o quão burra estava sendo —, ela esperava poder resolver o mais rápido possível o desentendimento entre eles. Infelizmente, parecia que o Call estava a evitando, uma vez que Erin levou dias para conseguir ter sequer um vislumbre de sua figura pela casa. 

— Chega! — gritou a Landfish, usando seu corpo como barreira para impedir que Embry saísse de casa pela porta da frente. — Estou tentando falar com você há dias, Embry Call. Dias. Achei que quisesse conversar depois de tudo… Achei que gostaria de saber a minha resposta, ou que ao menos seria homem o suficiente para olhar na minha cara e dizer que não quer mais nada. O que foi? Seu interesse por mim desapareceu tão rápido assim? 

Erin sentiu uma imensa vontade de socá-lo quando tudo que recebeu foi silêncio. Ela assistiu a expressão de Embry ficar ainda mais sombria, fazendo-a não reconhecer o garoto que estava à sua frente. Seu Embry era tímido, alegre e a adorava. Diferente daquele cara parado no meio da sala de estar com olheiras profundas e um olhar quase atormentado, e que mal conseguia encará-la direito.

— Fala alguma coisa! — A Landfish fechou as mãos em punhos, tentando conter o desespero que ascendia em seu coração. Ela não queria admitir que se sentia um pouco culpada por ter pedido um tempo para Embry quando ele tinha aberto a alma para ela no outro dia, mas todos os sinais gritantes na aparência e no jeito novo do lobo apontavam para ela como responsável. — Qualquer coisa — implorou. 

Ela assistiu Embry passar a mão no rosto, aparentando estar tão cansado que o esforço de procurar as palavras certas estava o desgastando. 

— Não sei o que dizer. Eu… Você fez a sua escolha, e eu estou tentando te dar o espaço que precisa para pensar melhor sobre o que vai fazer. Eu não te procurei porque… — Embry puxou o ar com força. — Erin, não ache que esses últimos dias foram fáceis pra mim. Foram os piores dias de toda a minha vida. Eu não comi, não dormi e só consegui pensar no quanto desejava estar ao seu lado e no quanto eu queria que isso fosse um pesadelo. Não sei o que te fez pensar que eu perdi meu interesse depois de tudo que eu te disse no outro dia, mas talvez queira que eu refresque a sua memória. Eu te amo. E não é algo passageiro que mude com o tempo. Vou te amar até o fim dos meus dias, você me querendo como seu companheiro ou não. Eu te dei esse tempo porque eu não queria que aceitasse ficar comigo por pena e não sabia se conseguiria me controlar, mas como alguém que passou pelo inferno durante as últimas 78 horas, confesso que implorar me pareceu bastante tentador.

Ele riu de si mesmo, e aquela cena quebrou o coração de Erin em pedacinhos minúsculos. Ela nunca tinha ouvido uma risada tão triste em toda a sua vida. 

Embry. — O nome dele foi a última coisa que saiu pelos seus lábios antes que a garota se lançasse para cima do quileute e o prendesse entre seus braços num abraço em que ela tentou demonstrar todos os seus sentimentos. Estava tão apaixonada por aquele garoto que somente de pensar no sofrimento que ele teve de aguentar nos últimos dias, trazia lágrimas aos seus olhos. 

O lobo demorou para retribuir o abraço, visto que sua mente se recusava a acreditar que Erin estava com o corpo colado ao seu. Ele não queria se decepcionar, pois, se tudo aquilo fosse apenas uma alucinação criada por sua mente maluca, o garoto não sabia se resistiria. 

Quando retornou o agarre, ele sentiu seus joelhos fraquejarem, quase fazendo com que seu corpo levasse o de Erin até o chão. Sentir o cheiro da pele dela de tão perto após um período tão longo era indescritível, e Embry desejou poder parar o tempo e congelar aquele momento para sempre. No entanto, depois de minutos aproveitando o calor da mulher que amava, sentiu-a se afastar alguns centímetros para poder encará-lo.

— Por que acha que a minha escolha é ir embora? — indagou Erin. 

Ela segurou as bochechas de Embry com as mãos e ergueu a cabeça para conseguir fitar os olhos castanhos. Com as costas dos polegares, ela acariciou a pele avermelhada lentamente e controlou a vontade de beijar os lábios rosados. Se começasse a tocá-lo antes de esclarecer as questões entre eles, não conseguiria parar. 

— E não é? — Embry tentou virar a cabeça para o lado, constrangido pela forma como estava agindo. Sentia-se pequeno e patético diante da Landfish. — Você me perguntou o que aconteceria comigo se rejeitasse imprinting. Achei que já tinha tomado sua decisão.

— Então por isso evitou vir pra casa todo esse tempo? 

— Eu não… — Embry colocou as mãos na cintura de Erin, buscando através do contato se livrar um pouco do constrangimento que estava experimentando naquele momento. Era pressuposto que o lobo fosse forte e protetor, e que o imprinting se sentisse seguro quando estivesse próximo a ele. O Call agindo daquela maneira fragilizada não ajudava em nada o seu caso, uma vez que Erin somente o veria como um garotinho fraco incapaz de defendê-la. — Eu queria me preparar para ouvir o que você tinha a dizer. Tentei me acostumar com a dor de ter você longe, porque quando olhasse nos meus olhos e dissesse que não me queria, eu apenas aceitaria sua escolha e honraria a promessa de me afastar. Eu não…

— Eu te amo — cortou Erin, esticando-se para plantar um beijinho na ponta do nariz dele. 

O lobo fez um som de engasgo, no qual arrancou um sorrisinho ladino da garota.

— O que disse? 

A Landfish tirou as mãos nas bochechas dele e cruzou os braços ao redor do seu pescoço, colando os seus corpos e se impulsionando nas pontas dos pés para conseguir beijá-lo sem que ele precisasse se curvar. 

— Eu te amo — repetiu. — E se não tivesse me ignorado por todo esse tempo, saberia disso há dias. Eu nunca te deixaria, Embry. Eu te amo demais para sequer cogitar me afastar de você. Me desculpe por ter sido uma idiota e não ter tentado te entender ou entender o imprinting. Me desculpe por…

Sentir os lábios de Embry nos dela foi a melhor interrupção da vida de Erin. A saudade que sentia de beijá-lo estava deixando-a maluca, e os sonhos que tivera quando estavam afastados não faziam jus ao quanto o toque dele entorpecia seu corpo e sua mente. 

Sua pele em contato com a Embry enviava ondas de calor por todo o seu corpo, concentrando-se especialmente no local abaixo da sua barriga. 

Ela o queria. Desejava tanto Embry Call que seus dedos dos pés se contraiam, sua mente ficava nublada e seus músculos já sabiam o que fazer antes mesmo que Erin decidisse. 

A Landfish não hesitou em se entregar ao beijo. Enquanto sua língua se enroscava na de Embry, fazendo-a se deleitar com o gosto de sua boca, ela explorava cada parte do corpo dele, e permitia que ele fizesse o mesmo com o seu. 

Ela deu uma atenção especial ao seu abdômen. Acariciou aquela parte do corpo dele até se sentir satisfeita, uma vez que se sentia tentada a tocá-lo todas as vezes em que o via sem camisa — o tempo todo, para ser sincera—, e gemeu sem qualquer vergonha ao sentir a mão grande de Embry cobrir um dos seus seios cobertos pelo sutiã. 

Erin grunhiu, levemente irritada com a quantidade pano entre as peles para que ficassem nuas, e tirou sua blusa o mais rápido que pôde sem precisar da ajuda do Call, voltando a beijá-lo sofregamente e se esfregar a ele como se aquilo fosse a única forma de salvar sua própria vida. 

Embry desceu a mão de sua cintura até sua lombar, e puxou o quadril contra o seu, arrancando um ofego surpreso da quileute. 

O volume nos shorts dele apenas confirmava o quão entregue ele estava, trazendo lembranças de quando Erin o sentiu em suas mãos e boca. 

— Vamos pra cama — ordenou a Landfish, dando vários beijinhos molhados na mandíbula marcada. 

Se não fosse pelo fato daquela ser a primeira vez de Embry, ela iria pedi-lo para fodê-la bem ali. Contra a parede da sala, no sofá, na bancada da cozinha… Talvez até mesmo contra o seu carro estacionado do lado de fora. Não. Melhor ainda. Queria sentar nele até suas pernas cederem em cima daquela poltrona horrorosa na sala de estar.

Ela soltou um grito agudo assim que foi erguida nos braços de Embry. Mas não parou de tocá-lo nem mesmo quando ele tropeçou no tapete em frente ao banheiro e quase a deixou cair no chão.

— Ah, Embry — gemeu a quileute ao ser jogada bruscamente na cama de solteiro. Cada parte do seu corpo latejava pelo toque dele, fazendo-a arquear as costas e puxar o garoto para cima de si. 

Embry enfiou uma das coxas entre as pernas roliças, e pressionou-se contra seu ponto de prazer. Sem aguentar à espera, Erin começou a se esfregar em movimentos lentos para aplacar o tesão que adormecia seu cérebro e apenas a fazia fantasiar o pau dele entrando e saindo da sua boceta. 

— Aqui — disse Erin entredentes, ajudando-o a tirar seu sutiã. 

O ar frio contra os seus mamilos intumescidos deixou-a arrepiada, mas o olhar que Embry lançou para os seus seios a fez experimentar um arrepio diferente. 

Ela percebeu uma breve hesitação passar pelos olhos de Embry, lembrando-a de que, apesar de ele a beijar como um inferno, não tinha qualquer experiência sexual com exceção dos breves momentos que tiveram juntos. 

Erin pegou a mão dele na sua, e levou até o seu seio esquerdo, ensinando-o a tocá-la da maneira que gostava. A palma da mão de Embry o cobria 

por inteiro, e ela suspirou quando sentiu-o apertar. 

— Assim? — perguntou ele, beliscando um dos mamilos com as pontas dos dedos enquanto massageava o outro seio. 

Erin assentiu, extasiada. Um líquido quente, bastante conhecido, ensopou sua calcinha. E ela pensou que se fosse alguém inocente que desconhecesse seu próprio corpo, acharia que tinha feito xixi nas calças. 

Não aguentando mais a espera e desejando tocar Embry mais intimamente, ela afastou as mãos dele e se inclinou para frente, buscando abrir o único botão do shorts jeans e arrancar aquela peça de roupa que a impedia de vê-lo nu. 

Lembrar que ele não usava cueca por baixo do shorts somente a deixou ainda mais animada. Com apenas uma mão, ela abriu o botão, deslizou o zíper para baixo e puxou o penis pulsante de Embry para fora. 

A boca de Erin salivou ao olhar o quão excitado ele estava. E começou a instigar com movimentos de vai-e-vem por toda sua extensão. 

Embry jogou a cabeça para trás, arrebatado pelo seu toque. No entanto, quando se deu conta de que poderia gozar antes mesmo de entrar dentro do seu imprinting, segurou a mão dela pelo pulso e se afastou da cama para tirar o short que incomodava suas bolas. 

Antes de voltar para a cama, o quileute se deixou observar por alguns segundos, desejando guardar na sua memória a cena que se desenrolava à sua frente. Erin seminua, com os seios de auréolas escuras implorando para serem chupadas e os cabelos lisos formando um ninho ao redor do seu rosto lindo. Os lábios rosados estavam ainda mais vermelhos pelos seus beijos, e os olhos tinham um brilho que fez Embry sentir uma coisa esquisita no umbigo. 

Ela nunca havia se sentido tão adorada em sua vida. Achava bobagem quando um apaixonado dizia que dormir com alguém que se amava era diferente e muito mais prazeroso do que quando se transava apenas para se satisfazer, mas estava errada. O toque de Embry parecia conseguir chegar até sua alma, deixando-a numa bagunça tão incrível que seu corpo parecia estar entrando em combustão. 

Enquanto o assistia a olhando, ela resolveu se livrar das suas próprias calças, uma vez que sabia que não aguentaria muito mais tempo daquela brincadeira. Seu interior clamava para ter Embry dentro dela, e alguma coisa na sua mente a dizia que ela apenas se sentiria completa quando o tivesse no meio das suas pernas, penetrando-a sem parar. 

Embry engoliu em seco assim que avistou livre de qualquer tecido cobrindo seu corpo, e sentiu uma vontade animalesca de fodê-la. Mas antes desejava sentir o gosto de Erin na sua boca.

Ele nunca tinha chupado alguém antes, mas estar na mente de Paul Lahote durante anos o fazia sentir que se sairia muito bem quando estivesse pela primeira vez com uma mulher. O trauma causado por aquilo se tornou ínfimo em comparação a gratidão que sentia. Não faria feio com o seu imprinting. 

Embry não era tão inocente quanto ela achava que ele fosse. Diferente do garoto indefeso de sua imaginação, ele tinha um pouco mais de experiência do que ela pensava que um virgem teria. 

Essa revelação se solidificou quando sentiu o lobo apoiando suas panturrilhas nos ombros dele, e a boca quente se aproximando da sua boceta molhada. 

Erin assistiu os olhos de Embry brilharem com interesse ao encarar aquele pedaço do corpo dela. Era como se estivesse preso num transe. 

Ele passou a língua pelos próprios lábios, e aquilo foi o suficiente para fazê-la gemer alto. Céus. Ele era tão gostoso. E a estava deixando nas nuvens apenas com um mero olhar e o seu hálito quente batendo contra sua boceta.

A Landfish abriu as pernas para que Embry pudesse se ajustar ao centro delas, ansiosa para o que iria experimentar, e não pôde dizer que se decepcionou. 

Os toques dos dedos do Call abrindo seus pequenos lábios foram lentos e tímidos, como se ele soubesse o que fazer, mas estivesse nervoso. Suas mãos tremiam levemente, arrancando um sorriso divertido da garota. 

O sorriso cedeu logo que o dedo indicador de Embry acariciou seu clítoris, lançando pelo corpo dela uma onda de choque que a fez revirar os olhos. A inocência com que Embry a tomava somente a deixava ainda mais excitada. 

Ela deixou que o Call descobrisse por si mesmo o que a fazia gemer, para que ele ganhasse confiança e perdesse a timidez. E Erin admitia que ele aprendia muito rápido. Enquanto instigava o clítoris com o polegar de uma mão, enfiava o dedo indicador na sua entrada, fodendo-a com um, depois com dois dedos… Isso, pensou ela, impulsionando seu quadril. 

— Quero te chupar — disse Embry, sem parar os movimentos de vai-e-vem. Apesar de suas bolas estarem doendo pela espera e ansiedade em serem tocadas, ele deixou de lado qualquer pensamento egoísta para admirar o quão prazeroso era ouvir seu imprinting gemer. 

Erin soltou um resmungo ininteligível, ao qual o Call interpretou como consentimento, e puxou-o pelos cabelos até encostar a boca em sua intimidade. 

Embry, por mais que não fosse um especialista, era muito esforçado. Ele chupou, lambeu e a tocou sem qualquer sinal de nojo ou desânimo. Na verdade, ele parecia estar degustando da melhor refeição de sua vida. 

Quando ela se desmanchou pela primeira vez na boca dele, e o quileute sugou cada gota de gozo que saiu de sua boceta, assim como seus próprios dedos até deixá-los limpos, ela teve que impedi-lo de voltar a chupá-la. Puxou-o pelos ombros até conseguir beijá-lo com avidez, e sussurrou próxima ao ouvido dele o quanto queria que ele a fodesse. 

Erin usou suas pernas para virar seus corpos e ficar sobre ele. Tinha o deixado no controle por muito tempo e precisava retribuir o prazer que ele a tinha proporcionado. 

Ela massageou o pênis ereto algumas vezes para espalhar o pré-gozo por toda a extensão, e ficou de joelhos colocando uma perna em cada lado do quadril estreito. Com uma das mãos, Erin segurou-o em frente à sua entrada e esfregou a glande antes de começar a deslizar para dentro do seu corpo. 

A Landfish quis fechar os olhos e se entregar ao prazer de ser completamente preenchida por Embry, mas o gemido rouco que ele soltou a fez dar o máximo para ficar de olhos bem abertos.

Ela desceu e subiu lentamente, querendo torturá-lo aos poucos ao ir no próprio ritmo. E se inclinou para frente para sussurrar o quão gostoso ele era, próximo ao seu ouvido. 

Embry agarrou seus cabelos e ergueu o quadril para tentar acelerar a penetração, no entanto, após algumas estocadas rápidas, a quileute controlou-o com as coxas. 

— O que você quer que eu faça, Embry? — sussurrou ela, sem parar de movimentar os quadris. — Quer que eu vá mais rápido? 

O Call a fuzilou com olhos e agarrou as nádegas dela com força, incentivando-a a ir no ritmo que ele queria. Para dar um troco, ele colocou um dos seus seios na boca, chupou o mamilo entumescido e deu uma leve mordida, ficando com ele entre os dentes por alguns segundos antes de soltar.  

Erin jogou a cabeça para trás ao sentir suas pernas tremerem, sabendo que não aguentaria muito mais tempo naquela posição.

Embry, percebendo seu cansaço, virou os corpos, surpreendendo a Landfish, que soltou um gritinho. Não era qualquer um que conseguia trocar de posição ainda dentro.

O Call parou para olhá-la uma última vez antes de se perder completamente naquele corpo, deixando o desejo tomar conta de suas ações. Os próximos movimentos foram rápidos e fortes, do jeito que ele queria, e o lobo teve que usar todo o seu autocontrole para não gozar antes de Erin. Ele não ia se permitir ganhar aquele tipo de prazer antes do seu imprinting. 

— Aqui — disse Erin entredentes, pegando uma das mãos dele e levando até o seu clítoris. 

Embry massageou aquele botão em movimentos lentos e circulares, totalmente opostos a rapidez com que a penetrava. 

Assim que o corpo de Erin deu os primeiros sinais de espasmos, ele sorriu, permitindo-se enfiar a cabeça entre o ombro e o pescoço dela e fodê-la sem a pressão de ter que se conter. 

Os gemidos de Erin ao atingir o orgasmo e o interior dela ordenhando o seu membro foram o suficiente para levá-lo ao ápice. 

Sem forças, ele tentou sair de cima dela para não esmagá-la com seu peso, mas foi impedido por uma mão em suas costas enquanto outra acariciava seus cabelos empapados de suor. 

— Eu te amo — murmurou Erin, afastando os fios grudados na testa dele para beijá-lo.


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