Transferência escrita por nukke


Capítulo 6
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

se os capitulos juntarem, é culpa do nyah. vou ficar olhando todos os dias pra poder separá-los caso eles juntem.



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Isa viu por cima do ombro de hmm.. Quem era aquele mesmo? De alguém, quando viu Jack voltando com duas bebidas na mão. Que fofo, ele voltou pensou Isa. Mas tarde de mais, ela já dançava nos braços de outro.

Isa comprimiu os lábios para Jack numa expressão de “sinto muito”, ma ele deu de ombros e entregou uma das bebidas para outra garota. Logo os dois já dançavam juntos. Mallu voltou de algum lugar que tinha ido, Isa não lembrava de ter visto ela sair.

-OUTRO JÁ, ISA?! - Mallu estava abismada – SE CONTROLA, MENINA!

-QUAL O PROBLEMA? – Isa retrucou – TO CANSADA. QUERO ME SENTAR.

-VEM – Mallu puxou Isa pela mão.

As duas se sentaram em um sofá. Isa encostou a cabeça na parede. Sua cabeça latejava. Sua garganta estava seca, precisava beber algo.

-To com sede, traz algo pra mim? Por favor? – Isa pediu com os olhos cumpridos.

-Ta, ta – Mallu se levantou e sumiu.

Isa fechou os olhos e viu instantaneamente o olhar desaprovador de Chace em sua mente. Abriu os olhos novamente sobressaltada, Mallu se aproximava com um copo na mão. Isa bebeu. Era apenas coca.

-Que droga, não tinha ice não? – ela reclamou depois de engolir o copo todo.

-Você já ta bêbada de mais.

-Eu to nada – Isa encostou a cabeça na parede de novo.

-Eu to mesmo bêbada não é? – ela perguntou depois de um tempo – Que ridícula!

Mallu enrugou testa e encarou Isa.

 

-Você poderia estar dançando agora, curtindo a SUA festa, mas eu sou tão egoísta que você ta perdendo sua noite, aqui cuidando de mim – Mallu viu coisinhas brilhando no rosto de Isa. Ela estava mesmo chorando? – Eu sou um monstro! Sou a pior amiga que você pode ter. Faz um favor a si mesma? Manda eu ir me foder e te deixar em paz. Diz que não quer nunca mais me ver.

É, ela estava chorando. Soluçando, na verdade. Mallu explodiu numa gargalhada histérica. Era tão hilário ver Isa assim.

-Pára de falar merda, sua bêbeda tosca – Mallu falou depois de recuperar o fôlego.

-Não, é sério. Eu não te mereço, sabe? Mas, Mallu. Eu te amo. Te amo muito. Assim, você é a melhor amiga que uma pessoa pode ter. Você e a Bec. Cadê a Bec? BEEEEEEEEEEEC! – ela gritou.

-Isa, ela não vai te ouvir. Dorme um pouco vai, relaxa aí. Eu te amo também – Mallu não conseguia deixar de rir.

-Não, ta vendo? Você não pode me amar, porque eu sou um monstro. Como alguém pode amar um monstro? Aquela loira amava o king Kong. E ele era um monstro. E ele morreu, e agora a loira lá pode ser mais feliz. Eu devia fazer isso. Não que eu esteja apaixonada por você, mas, ah, você entendeu. E eu sou tão egoísta que não consig... TOM!

Tom passava pela frente delas. Parou na mesma hora e se sentou ao lado de Isa.

-Tom, você sabe que eu te amo muito, não é? Cara, você é tipo, melhor amigo, mesmo. Mas eu sou uma péssima amiga. Uma péssima irmã. Porque a gente é tipo irmão, né? – Ela perguntou batendo no peito com a mão fechada duas vezes – E eu sou uma péssima filha. Eu disse que minha mãe era chata naquela hora. Que tipo de filha faz isso? – Isa enfiou a cabeça no ombro de Tom chorando.

Tom abraçou Isa e olhou pra Mallu, perplexo. Mallu confirmou com a cabeça adivinhando que Tom estivesse perguntando se Isa estava bêbada. Os dois abafaram um riso

 

-Sua cabeça ta doendo muito? Posso arranjar um remédio... – Mallu olhou pra Isa esperando resposta. Mas Isa estava de olhos fechado respirando lentamente – Ta dormindo? Ai, que pergunta idiota.

Tom voltou depois de alguns minutos com alguém atrás dele, que buscava algo com um olhar preocupado.

-Já arranjei ajuda. Acho que ela não vai querer voltar pra casa nesse estado, não é? – Tom perguntou apontando pra uma Isa adormecida.

-Definitivamente.

Mallu continuou sentada por mais um tempo no sofazinho depois de Isa ter ido embora. Logo viu três formas saltitantes e histéricas pulando em direção a ela.

-TA FAZENDO O QUE AÍ? – gritou Bec se sentando ao lado dela.

-Sei lá... Tava só descansando.

-O Bailey ta te procurando... Vocês já ficaram alguma vez? – Cindy sentou do outro lado dela.

-Não, nunca. Onde ele ta? – Mallu correu os olhos rapidamente pela multidão. Nada de Bailey.

-Sei lá – Cindy respondeu por reflexo.

-Como se fosse possível ficar com o Bailey... – Taylor disse entre dentes.

-Por quê? – Mallu a encarou sem entender. O que ela queria dizer? Que ele era bom demais pra ela? Era só o que faltava...

-Você não sabe? – Taylor a encarou indignada.

-Não sabe do que? – Bec perguntou. Mallu e Cindy encaravam Taylor com a mesma expressão de dúvida.

Houve uma pausa até que Taylor, com muito esforço, abrisse a boca.

-Bem, todo mundo sabe... Que ele é... Gay.

Mallu e Bec se entreolharam.

-Quem te disse isso? – indagou Mallu por fim, meio irritada sem saber o porquê.

-Ele mesmo disse pra uma, hmmm,colega minha.

-Hmmm – foi tudo que Mallu conseguiu dizer. Estava mesmo começando a gostar dele. Mas teria de esquecê-lo, não é? Ou somente não se apaixonar por ele, seriam apenas amigos. Isso poderia explicar o fato de ele ser o garoto mais fofo, romântico, o que dança melhor e o que mais entende Mallu que ela já conhecera. Um nó se formava em seu peito e logo subiu para garganta. Era a opção dele, ela deveria respeitar e não ficar magoada...

 

-Te achei! – alguém exclamou arrancando Mallu de seus pensamentos.

Ela levantou a cabeça a muito custo, quase que dolorosamente para fitar a pessoa que tinha falado, já sabendo quem iria encontrar pela voz.

-Ah, oi Bailey – Mallu disse sem gosto tentando engolir a bola em sua garganta.

-Er, vai ficar aí sentada? – ele esperou alguma resposta, mas notando que ela não iria

responder prosseguiu – Quer dançar comigo? – ele estendeu cavalheiramente a mão para ela. Só então Mallu notou a música completamente lenta e romântica que tocava.

Ela olhou para os lados esperando encontrar alguma porta ou janela para sair correndo, mas a porta mais próxima estava do outro lado. Sem saída, Mallu colocou a mão sobre a dele e os dois andaram de mãos dadas até a boate, que agora tinha somente uns cinco casais dançando.

Não que ela não quisesse dançar com ele, mas aquilo só a faria se apaixonar mais ainda. Bailey parou no meio do salão e passou as mãos deles entrelaçadas ao redor dela, fazendo-a girar graciosamente. Depois colocou a mão nas costas dela, a outra segurava a mão de Mallu no alto. Mallu encostou a mão livre no ombro dele. A música agora era uma valsa, e todos estavam amontoados em volta deles para vê-los dançar. Engraçado, Mallu não se lembrava de ter incluído valsa nos ritmos que havia selecionado com o DJ.

 

 

 

Isa sentiu um alívio enorme quando a faixa do vestido que girava em volta de sua cintura foi magicamente desatada.

-Ai. – ela gemeu colocando a mão na testa.

Só então abriu os olhos e viu que havia alguém a encarando, mas estava escuro de mais para ela ver quem era. Então a faixa teria sido desatada por esse alguém, e não sozinha. Concluiu Isa com o raciocínio muito lento.

-Que remédio você toma pra dor de cabeça? – uma voz muito conhecida perguntou em algum lugar no escuro.

Isa ficou de pé em um pulo. Sentiu a cabeça girar e depois percebeu que estava prestes a desabar no chão, mas alguém a segurou e a deitou novamente onde quer que fosse.

-O que eu to fazendo aqui?

-Você dormiu lá na festa, Tom me pediu pra levar você pra casa, mas acho que sua mãe não ficaria muito feliz de te ver chegar em casa completamente grogue – Chace se sentou ao lado dela.

-É, eu acho que não. Me deixa na casa da Mallu?

-Por quê? Não tem ninguém na casa dela.

-Não quero ficar aqui – anunciou Isa emburrada.

-Por quê? Qual o problema com meu apartamento? – Chace estava ofendido.

-Com o apartamento nenhum. Com o fato de ele ser seu, todo.

-Por que você me odeia tanto? – Isa notou o tom magoado da voz dele.

-Eu não te odeio. Só não quero ficar aqui ouvindo seus gemidos e o da Taylor daqui a algumas horas – Eu falei mesmo isso?, se perguntou Isa. Afinal, ela ainda estava bêbada.

-Quê?! – a voz de Chace subiu dois tons, alarmada.

-É, o que você ouviu.

-Isso que dá beber de mais, viu?

-Eu vi vocês se comendo na festa, Chace.

-Eu vi você e cem mil homens se comendo na festa, Isa.

Ela bufou e rolou os olhos no escuro.

-Não é a mesma coisa – ela contestou.

-É claro que não. Eu só estava com uma, você estava com um monte.

-Não fuja do assunto, ok? Eu quero sair daqui.

-A porta está aberta – Chace resmungou.

-Não sei onde fica a porta. Me leva até lá – Isa pediu, quase mandou.

-Eu não. O apartamento é pequeno, é só procurar.

 

-Não quero entrar em um dos quartos de suas putas acidentalmente.

-Está com ciúmes – Isa notou o tom de riso no que ele falara.

-Não seja estúpido. Quero sair daqui.

-Pode ir, ciumenta.

-Cala a boca, não to com ciúmes porra nenhuma.

Ele riu.

-Aham.

Isa ficou de pé e tateou a parede toda tentando encontrar o interruptor. Acendeu a luz. Á medida que seus olhos se acostumavam a luz ela notou Chace, deitado na ponta da cama sem camisa olhando para ela.

-Me leva até a porta – pediu novamente.

-Você ainda tem a opção da janela. São apenas oito andares. Você deve ter bebido red-bull na festa. Afinal, o que você não bebeu?

Isa pegou um travesseiro e jogou nele.

-Chace! Por favor?

-Não. Eu vou tomar banho. Quer tomar banho? – ele ficou de pé.

-Quero, na casa da Mallu ou da Bec.

-Pode ir – ele saiu do quarto e Isa o seguiu.

Chace entrou no que deveria ser o quarto dele, abriu o guarda-roupa e pegou uma toalha. Depois se dirigiu ao banheiro.

-Quer entrar? – ele perguntou completamente sério – Quer que eu deixe a porta aberta?

Isa mostrou-lhe o dedo do meio e ele riu. Fechou a porta do banheiro e Isa se jogou na cama dele.

Observou as coisas do quarto e resolveu bisbilhotar. Abriu a gaveta do criado-mudo. Havia carregador de celular, de mp4, um mp4 velho, cabos USB e mais fios do tipo. Fechou a gaveta e foi até a mesinha de computador.

Abriu uma pequena gaveta. Havia ali uma foto dele com algum amigo que ela não conhecia, uma foto da mãe dele, uma foto dele com Elizabeth. Isa sentiu o coração se apertar. Continuou olhando as fotos. Havia uma foto dele com uma garota que parecia Chace de peruca. Devia ser a irmã dele que ficou na casa de Isa durante o Intercâmbio. Embaixo de uma foto dele com Ben, Jay e Dan havia uma com Isa. Foi no dia da trilha e os dois estavam dentro do rio sorrindo para a câmera. As lembranças daquele dia fizeram Isa sentir uma estranha saudade. Depois de um tempo Isa guardou as fotos e abriu a gaveta de baixo.

Chace a segurou pela mão e a puxou para o sofá. Isa desabou ao seu lado.


-Me larga, idiota – ela tentou se livrar da mão de Chace, sem sucesso.


-Sabe do que eu lembrei? – Isa ainda lutava com a mão dele. Chace apenas olhava fixamente para a frente – Daquele dia quando você saiu da casa da Mallu bem tarde e nos encontramos na rua.


-E daí? – Isa tentava arranhar a mão dele.


-Você me disse que eu poderia te fazer de refém quando eu quisesse. Logo, eu estou fazendo o que você pediu mantendo-a aqui.


Isa parou de tentar se soltar e fitou Chace.


-Faça o que eu pedir de novo, ok? Me deixe sair.


-Sinto muito, sou gênio de um pedido só.


-Pode me soltar agora? – Isa voltou a tentar se soltar.


Em um movimento rápido e quase violento Isa estava deitada no sofá e Chace em cima dela, prendendo suas mãos, uma de cada lado da cabeça de Isa.


-Sai de cima de mim! – Isa quase berrou tentando se levantar.


-Você não quer que eu faça isso – provocou Chace.


-É, não quero. To pedindo pra você sair porque gosto de usar essas palavras nessa seqüência – ironizou Isa.


-Eu já sabia – Chace ignorou a ironia dela e se aproximou mais.


Isa virou a cabeça para o lado e Chace deu um beijo em sua bochecha.


-Isso é quase estupro. Estou sendo violentada, sai de cima de mim!


-Claro que não, estupro é quando uma das partes está sendo obrigada a fazer o que não quer, e nesse caso as duas partes querem – Chace sussurrou em seu ouvido.

 


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Notas finais do capítulo

reviewwwwwwwwwws pra me deixar feliewsss =D



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