Para sempre, primeiro amor escrita por Flor de Konoha


Capítulo 5
Capítulo 5 - As reais intenções


Notas iniciais do capítulo

Gente, a partir desse capítulo talvez comecem a odiar algumas pessoas hehe Recebi mais um comentário e fiquei muito feliz. Adoro interagir com os leitores. Ter a certeza que tem alguém lendo hahaha Boa leitura!



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O velho Hyuuga não suportava mais manter aquele teatro. O plano de atrair a filha mais velha à Konoha tinha dado muito certo. Ele só precisou usar sua influência e cobrar alguns favores para que pudesse se passar por um cardíaco à beira da morte. Ele não tinha doença alguma. Para sua idade, era extremamente saudável. Claro que teve que fazer tudo no absoluto sigilo e executar o papel muito bem. 

Neiji o havia o ajudado, apesar de não concordar com essa atitude. Mas era necessário. Ele também não estava feliz em se passar por um moribumdo para atrair a atenção da filha com quem cortara laços há anos. Ele não gostava de admitir para si, mas precisava dela.

Hinata não sabia, mas possuía parte da empresa da família herdada da mãe, assim que fizera 18 anos. Era a herdeira legítima, e nem a irmã mais nova tinha direito à sua parte, já que a mãe não havia nem a conhecido, pois morrera no parto, e nem houve tempo para deixar algo para ela. O pai tentou esconder isso a todo custo da filha, e estava conseguindo até então. Mas estava sendo pressionado e cobrado pelos acionistas por causa da ausência da filha. Ninguém sabia seu paradeiro e a garota parecia não demonstrar o mínimo interesse pelo seu patrimônio. 

Isso Neiji não sabia, é claro. Fora ludibriado pelo tio, que usara a desculpa de pai arrependido para justificar os últimos atos, o que não poderia estar mais longe da verdade.

Para completar, ainda existia um filho bastardo, que teria ligação direta ao direito à herança de Hinata. Ele ficou furioso ao descobrir da existência deste. Tentou dissuadir de todas as formas a filha a tirar o bebê ou mandá-lo para a adoção, mas ela não aceitou. Havia cometido um terrível erro ao permitir que ela se relacionasse com o filho dos Uzumaki e agora corria o risco de compartilhar sua empresa com eles.

Hiashi se remexeu na cama do hospital, irritado. Deveria pensar o próximo passo friamente. Qualquer deslize poderia colocar tudo a perder.

Uma batida soou, e ele se retesou.

ㅡ Entre ㅡ disse com a voz grave e entediada. Já estava no terceiro dia, provavelmente receberia alta.

Tsunade entrou com o olhar resignado. Tinha um desafeto profundo por aquele homem, mas precisava ser profissional. Havia ficado encarregada de dar alta aquele homem desprezível, mas notara coisas estranhas nos seus exames.

ㅡ Bom dia, senhor Hyuuga ㅡ cumprimentou à contragosto.

A expressão altiva do homem se desconfigurou em uma cara de nojo. O desprezo entre ambos era recíproco.

ㅡ Não tão bom agora. Veio me dar a alta?

Ela riu, incrédula. Era esperar muito uma boa educação por parte daquele homem. Apenas ignorou o comentário ácido.

ㅡ Na verdade, notei algumas alterações nos seus exames. Acredito que seja mais seguro continuar mais alguns dias, para refazê-los.

ㅡ Isso está fora de cogitação. Não vou ficar aqui por incompetência da sua equipe.

Ela fechou a expressão. Sabia que com ele teria que ser fogo contra fogo.

ㅡ Desculpe, senhor Hyuuga, me expressei mal ㅡ o velho sorriu com escárnio, achando que havia vencido a discussão, mas não notou o tom irônico utilizado pela médica. ㅡ Não houve alteração nos seus exames. O erro foi simplesmente terem concordado com um diagnóstico totalmente inexistente. Seu coração está em perfeita ordem. O que aconteceu pode ter sido algo psicológico.

ㅡ Como ousa insinuar isso?! Quero que se retire imediatamente do meu caso.

Tsunade riu descaradamente.

ㅡ Tudo bem, senhor Hyuuga. Mas não vou atestar nenhuma alta e vou garantir que as informações médicas prestadas sejam totalmente autênticas.

ㅡ Sua… ㅡ ele começou, mas não terminou. ㅡ Não se meta nos meus assuntos. O próprio Danzou está a par do meu caso.

ㅡ Mais um motivo para eu garantir a ética profissional. Tenha um bom dia ㅡ disse, retirando-se do quarto.

Hiashi ficou possesso. Precisava intervir antes que algo desse errado.

Várias mensagens foram enviadas uma atrás da outra e Sakura acordou num salto, achando ser uma emergência.

Quando notou onde estava, tratou de se acalmar. Catou o celular debaixo do travesseiro e leu as mensagens, à medida que seus olhos se adaptavam à luz. Era Naruto lembrando-a de seu compromisso.

Espreguiçou-se e tratou de sair da cama.

Estava se preparando para o plantão de 12h que faria em pouco tempo. Havia prometido a Naruto que conseguiria um tempo a sós com Hinata antes que o pai dela recebesse a alta médica.

Hinata sempre mostrou ser uma pessoa emocional. Apesar de que, com seu sumiço, ela se tornara bem menos óbvia, sabia que a mesma preservava a mesma personalidade. Afinal foi correndo socorrer o pai, mesmo não tendo uma boa relação com ele, segundo as más línguas.

Ela não estava totalmente do lado do primo. Sabia que homens não tratavam de sentimentos como as mulheres e que algo que ele não entendeu poderia ter amargado a relação dos dois. Ou ele poderia ter deixado algo propositalmente de fora.

Notou o silêncio que pairava sobre sua casa. Provavelmente Sasuke havia levado Sarada à creche e saído para o trabalho. Ele andava extremamente solícito depois da discussão que tiveram na última semana. Ela havia explodido e quase pedira o divórcio. Ultimamente andava sempre no limite.

Sempre teve um temperamento explosivo e impulsivo, mas era carinhosa e compreensiva, o que equilibrava sua personalidade. Ao contrário de Sasuke, que era extremamente introspectivo, carinhoso em momentos muito íntimos, mas sempre muito sério.

Tão opostos… andava pensando muito nisso ultimamente. Principalmente depois de tomar nota de algumas atitudes do marido.

Olhou a geladeira a procura de alguma comida e notou a marmita pronta que Sasuke deixara para ela. Muito estranho.

"Naruto, me garanta que não fez nada estúpido ou coisa parecida para ela"

Digitou rapidamente. Precisava garantir.

"Eu garanto", a resposta não tardou em chegar.

"Estou saindo a meia hora, te vejo lá", limitou-se a responder e foi terminar de se arrumar.

Arrumou a bolsa com seus pertences e buscou as chaves do carro. Hoje iria dirigindo, Sasuke estava de plantão na delegacia. Ela evitava porque era péssima nisso, odiava dirigir.

Chegou pontualmente, como sempre, e avistou o primo na recepção, ele a acompanhou, ansioso.

ㅡ Vamos para minha sala e eu a levo até lá ㅡ disse. Mas sua voz estava grave, séria.

ㅡ Porque está cheia de dedos comigo? Tem que parar de brigar com o Teme e descontar em mim.

Sakura o encarou.

ㅡ Melhores amigos costumam ser parecidos.

ㅡ Sakura, se quer me contar algo, fale. Se o Teme fizer algo a você, eu mato ele.

Ela riu.

ㅡ Nada que um gelo não resolva. Naruto, não pode parecer que foi planejado. Se ela se recusar a falar com você, aceite. Posso ficar encrencada ㅡ disse, guardando seus pertences na sala.

ㅡ Tudo bem ㅡ acomodou-se na cadeira do paciente, tamborilando os dedos no braço do estofado.

Sakura já havia combinado com sua melhor amiga, Ino, que estava de plantão. Ela já havia confirmado que o pai de Hinata receberia alta e ela era a responsável em buscá-lo.

Dirigiu-se ao andar em que ele estava internado e parou à porta. Mas paralisou antes de bater, ao escutar vozes.

ㅡ … não pode manipulá-las para sempre, tio.

ㅡ Não estou manipulando-as, Neiji. São minhas filhas. Eu só quero o bem delas.

ㅡ Não foi uma boa ideia solicitar a guarda do menino. Hinata ficou irada.

Que menino? Do que se tratava? E porque isso irritaria Hinata?

ㅡ Mas ela entenderá, quando eu explicar os motivos…

ㅡ Sakura? ㅡ alguém a chamou, fazendo-a pular de susto.

ㅡ Hinata! ㅡ disse sem graça, ao ser pega no flagra. ㅡ Eu vim ver como seu pai está e você chegou bem na hora.

A porta se abriu e Neiji apareceu diante delas.

ㅡ Hina, bem na hora.

Ela franziu o cenho.

ㅡ O que faz aqui? Achei que não teria tempo, por isso eu vim ㅡ falou, sua insatisfação evidente.

ㅡ Consegui um tempo e passei pra ver se ele ainda estava aqui. Vou viajar pelos próximos dias e não teria outra oportunidade.

Ela se limitou a assentir.

ㅡ Ele já recebeu a alta? ㅡ Hinata se dirigiu à Sakura.

Ela assentiu.

ㅡ Mas preciso que venha comigo até minha sala ㅡ disse, querendo soar profissional, seu coração acelerou com a mentira.

ㅡ Claro ㅡ falou e se voltou para o primo. ㅡ Boa viagem, depois nos falamos.

Sakura seguiu pelo corredor respirando fundo várias vezes para se acalmar. Não era nada de tão grave o que estava prestes a fazer.

Antes de chegar à porta de sua sala parou e voltou-se à Hinata.

ㅡ Sou mesmo uma cabeça de vento ㅡ bateu a mão na testa. ㅡ Esqueci meu tablet o quarto de um paciente. Preciso pegá-lo. Pode me aguardar na minha sala? É só um minuto. É a última porta à direita.

Hinata se limitou a assentir e caminhou calmamente para o fim do corredor. Em contraste a isso, Naruto estava quase roendo a mesa enquanto esperava pela chance de conversar com ela.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!



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