Midnight Lovers escrita por Pandora Ventrue Black


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

"Golden" - Riley Baron



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Depois daquele dia, Selena podia passar dois anos sem perguntar sobre sua família. Primeiro, tia Electra estava sendo procurada por Celeste, a mesma tia sobre a qual Selena nunca podia perguntar, seu nome era como uma maldição. Agora, não só sua mãe tinha uma irmã, mas também um irmão: Scorpius Bishop. Família realmente não se escolhe.

No momento em que Selena e Sebastian entraram na Mansão Blackwaters, acompanhados de seu tio, a casa ficou em silêncio. Andrômeda parecia uma múmia, com seus lábios selados em uma fina linha em seu rosto, estava agarrada ao livro em seu colo, como se estivesse tentando acordar de um pesadelo. Seth, por outro lado, parecia uma chaleira que esquentava no fogo, por ser mestiço (bruxo e feérico), as pontas de suas orelhas levemente pontiagudas estava vermelha.

Alerta! Seth obviamente não gostava de Scorpius.

— O que está fazendo aqui, Scorpius? Eu juro que se tiver tocado em meus filhos… — Seth sibila, mas antes que pudesse terminar de falar seu corpo enrijece involuntariamente.

— Ah, se acalme, fadinha — O homem de cabelos ruivos tinha sua mão levantada e mal olhada para pessoa que sofria com seus feitiços — Meu interesse aqui é falar com a minha irmã.

— Scorpius, pare — A voz de Andrômeda sua escura, assustadora.

Selena estremece, sua mãe estava infeliz. Na verdade, estava pior que isso, Andrômeda está furiosa. Seus olhos haviam mudado de cor, saíram do marrom escuro para um âmbar brilhoso. Os irmãos se entreolham e o ruivo parecia gostar daquilo.

Nossa mãe vai matá-lo.

Também sinto isso, Bash…

— Não precisa de toda essa cerimônia, Maddie. Estou aqui para avisá-lo… Não prestaram atenção nos sinais?

— Não traga sua loucura para este lar, Scorpius. Você não é bem-vindo aqui!

— Pare de pensar com o coração, Andrômeda. Os sinais são claros, a maldição de Bridget Bishop… — Ele se cala se apoiando no balcão — As engrenagens do mundo estão rodando, irmã.

— Não deveria acreditar em você… — Os olhos de Andrômeda se acalmam — Depois de tudo o que aconteceu, eu não sei se devo…

— Ok, olha, não quero atrapalhar a reunião da família, mas o que diabos está acontecendo? — Selena deixa escapar, não pôde conter a curiosidade — E tio, por favor, solte meu pai.

Scorpius sorri e faz um símbolo do infinito com o dedo indicador no ar.

— Ela é parecida com a Electra — Ele comenta observando Seth cair na poltrona — Estou aqui, sobrinha, porque Bridget Bishop, ou melhor, a maldição dela está entrando em ação.

— O que? — Sebastian indaga arregalando os olhos.

— Não minta para mim, Scorpius!

— Não é uma mentira, Maddie, e também não é um palpite! Eu vi… Eu a vi e no dia seguinte meu estúdio de tatuagem estava em chamas — Ele suspira e volta seu olhar para os seus sobrinhos — A quanto tempo está chovendo?

— Duas semanas, indo e vindo — Selena responde.

Scorpius parecia assustador, vestindo couro e roupas escuras, com diversos piercings e tatuagens, mas ele estava tentando avisar sua família. Foi forçado a se afastar de sua mãe e irmã por conta de suas visões, ele as tinha quase todo dia e era sempre a mesma coisa: os quatro elementos se revoltando contra os seres humanos e sobrenaturais. Era difícil viver com crianças quando se perdia em sua própria mente, não era seguro. Decidiu, então, se mudar para bem longe, distante o suficiente para que seu poder de Davino não afetasse sua pequena família, afinal, havia prometido para ambas as irmãs que manteria os gêmeos a salvo a todo custo, mesmo que isso significasse um isolamento total.

— Está vendo, Maddie. As premonições nunca erram.

— Continua tendo as visões?

— Não só isso, mas também com Bridget e o dia de seu enforcamento… — Ele se cala passando a mão pelo pescoço. Selena pôde ver que estava vermelho como se seu tio tivesse sido estrangulado.

A garota engoliu em seco.

Isso não pode estar acontecendo…

Ele não está mentindo, maninha. As marcas no pescoço são a nossa prova.

— É bom que não esteja mentindo, Scorpius — Seth sibila se aproximando de seus filhos — Já temos trabalho demais com os Caçadores da região.

— Mas é claro! O que esperavam ao se mudar para Salém?

— Eles estão perto do Chamado, irmão — Andrômeda fala apontando com a cabeça para os gêmeos — É essencial que os dois estejam aqui, onde o nosso sangue está.

Scorpius respira fundo, ele se lembrava muito bem como havia sido o se Chamado, o mais diferente de todos os Bishop, já que seu Chamado ocorreu quando tinha treze anos, e não dezessete. Foi uma noite desesperadora, parecia que estava preso e fadado ao próprio inferno. Se engasgou com uma fumaça escura e sentiu seus pulmões serem comprimidos por algo extremamente pesado. Quando acordou recebeu a notícia: seu pai estava morto, assassinado por Caçadores. 

A visão significava isso, que seu pai morreu da pior forma possível: queimado vivo, destroçado.

— O que seu instinto nos diz?

— Que logo teremos novos sinais… Fogo e água foram os primeiros.

— Eu tive um contato com um Espírito — Selena comente se afastando do toque de seu pai.

Seus pais não acreditaram quando ela disse que talvez os corvos fossem um sinal para retornar a Miami, porém foi um esforço em vão. Selena tinha esperanças que talvez seu tio a ouvisse.

— Um Espírito? — Ele tenta sorrir, mas estava preocupado demais. O resultado fora uma boca semiaberta.

“Espíritos não entram em contato com ninguém. Nunca!’’, ele pensou.

— Era uma criança e parecia precisar de ajuda… Me colocou em uma espécie de transe e, quando tentei ajudar, me afogou no Darkside River.

— Isso é um péssimo sinal. Está acontecendo mais rápido do que pensei…

— Sabemos disso, Scorpius — Seth sibila juntando todas as forças de seu corpo para não retribuir o feitiço de paralisação.

— Precisamos fazer aquilo.

— Nem pensar, Scorpius. Precisaremos de um sacrifício e é um ritual pesado mesmo para bruxos poderosos como você… E se sofrermos um ataque dos Caçadores durante o processo? — Andrômeda avança, sem tirar os olhos de seu irmão.

— Maddie, vai por mim, se não fizermos o Ritual da Lua, nunca saberemos a extensão dos poderes de Bridget…

— O que é o Ritual da Lua? — Sebastian indaga.

— Nada, meu filho. É algo que não faremos.

— Ah, faremos sim, fadinha. Não vou ficar aqui, sentado, esperando a maldição chegar! — Scorpius falou voltando o seu olhar para seu sobrinho — O Ritual da Lua é usado para falar com os nossos ancestrais, ruivinho, e acredito que todos nós queremos falar com Blair Bishop.

Um estrondo ecoa pela casa. Selena sente seu coração parar e um grito esganiçado escapa de sua boca, talvez estivessem falando alto demais e um grupo de Caçadores acabou ouvindo. A Mansão Blackwaters ficava longe de centro, a pelo menos doze minutos de distância de uma casa e quase meia hora de distância da Phips High, ou seja, se ela gritasse por ajuda, ninguém ouviria.

Pela porta de entrada da mansão um ar frio passa, fazendo a temperatura diminuir.

— Salém vai ser inundada — Uma voz sensual emana da porta, parecia irritada — Odeio chuva.

O olhar de Selena encontra com a da moça desconhecida. Ela tinha o mesmo cabelo cor de fogo de todas as Bishop da família, mas mais vivo do que o de Andrômeda e os olhos verdes de Selena.

— Sempre de bom humor, não é, Electra? — Scorpius fala com um sorriso malicioso no rosto.

— Se até você foi recrutado, as coisas estão ruins mesmo…

— Ele não foi recrutado — Seth sibila — E não era nem para você estar aqui.

— Scorpius, meu filho, quando chegou? — Celeste perguntou entrando na casa e acelerando até a cozinha.

Selena pôde ouvir um bufar de sua mãe e de sua tia, o que a fez sorrir. Parece que, no fim das contas, as irmãs eram mais parecidas uma com a outra do que pensavam.

Era notável a diferença física entre Andrômeda e Electra. A mãe dos gêmeos eram a irmã mais velha, seu cabelo era de um ruivo mais opaco e, por conta de todas as maluquices que Sebastian e Selena aprontaram (desde descer uma rua extremamente íngreme apenas de skate a cortar o cabelo um do outro), a idade havia feito suas marcas em seu rosto. Electra, por outro lado, parecia uma modelo, daquelas que ganha acessórios especiais em desfiles de lingerie. Enquanto Scorpius parecia ser o sonho de qualquer adolescente que deseja namorar um bad boy.

— Cheguei agora, encontrei as crianças na escola e eles me deixaram aqui — Ele fala se curvando para abraçar Celeste — Como a senhora está?

— Bem, levando tudo em consideração, é claro.

— Está crescido, maninho — Electra fala andando, ou melhor, desfilando para dentro da cozinha — Olá, Selena. Olá, Sebastian.

— Você sabem quem somos? — Bash indaga se afastando da mulher com cuidado.

Apesar de ser angelicalmente bonita, algo em Electra parecia maligno. Talvez fosse seu excesso de confiança misturado com o rebolado hipnotizante e a voz suave, ou até mesmo a culpa de seu ar nefasto fosse de seus olhos de um tom de esmeralda claro. Selena estava pensando besteira, sua tia era bem parecida fisicamente com ela, se estava insultando a aparência de Electra estava ofendendo a si mesma.

— Claro que eu sei, hum, sou a tia de vocês — Ela fala e por um momento pareceu fraquejar.

— Electra, hum, digamos que ela acompanhou o parto — Andrômeda comenta — Ela achou que a parteira era burra demais para tirar vocês dois e decidiu mexer com a mente da pobre coitada…

— E eu estava certa. Se eu não tivesse manipulado a cabeça dela, um dos dois não ia ter nascido!

— Hum, obrigada? — Selena tenta agradecer, mas se sente insegura ao falar com sua própria tia.

— De nada, querida. Agora, Scorpius, eu ouvi Ritual da Lua?

— Está com os ouvidos afiados, Electra.

— Sempre, irmão.

— O que anda vendo, meu querido?

— Bridget Bishop, mãe — Ele fala e a sala fica em silêncio. Se Lena atirasse uma agulha de costura no chão, todos ali presentes seriam capazes de ouvir — Ela deixou bem claro que sua maldição estava rolando e meu estúdio pegou fogo e Salém está sendo inundada… Faltam só dois elementos e precisamos do Ritual da Lua. Eu acredito que Blair Bishop pode nos ajudar.

— Ótimo… Me afasto por dezesseis anos e primeiro, enfiam meus sobrinhos no centro de convenções de Caçadores e segundo, você, Andrômeda, ignora todos os recados da natureza! — Electra fala fuzilando sua irmã com o olhar — Sim, Celeste me contou tudo.

— Não estava ignorando os sinais, Electra, só não sabia o que fazer com eles!

— Continue falando isso, Maddie, e em algum momento isso vira verdade — Electra se vira para seu irmão mais novo — A próxima lua cheia será esse final de semana e o que pretendem sacrificar?

— Vocês estão brincando, não é? — Andrômeda fala enquanto aponta para seus filhos — Não faremos um ritual com eles aqui. É perigoso e não temos poder o suficiente para isso… Eu não sou mais como era naquela época, Electra.

— Você e Celeste estão fracas, pude notar pela aura das duas — Electra comenta e se aproxima de seu irmão — Porém, eu e Scorpius temos poder necessário para um Ritual da Lua, não é, irmão?

— Não procriei, então, sim.

Selena suspira. Desde que descobriu real significado do parto, ela não foi capaz de conviver consigo mesma por muito tempo. No mundo bruxo, quando uma mulher está grávida, seu poder bruxo é transmitido para o bebê e, no caso dos gêmeos, Seth e Andrômeda pagaram caro para trazer os dois ao mundo. Ficaram fracos, não perderam todos os seus poderes, obviamente, mas estavam fracos, havia feitiços e rituais que não conseguiam realizar.

— Nós também podemos ajudar — Selena fala cruzando os braços — Não sabemos muitos feitiços, mas podemos ajudar!

— Sim, claro! Vocês serviriam como ótimos sacrifícios!

— Electra!

— Eles não vão morrer, Celeste, vai por mim! Selena e Sebastian são gêmeos, assim como Blair e Bridget… Seria mais útil se fossem idênticos, mas continuam servindo como um elo forte para o ritual.

— Eu não permito! — Andrômeda exclama.

— Estamos dentro! — Os gêmeos falam em uni som.

Electra sorri, eles eram mais parecidos com ela do que imaginava.

 

⇻♡⇺

 

Era quase seis da tarde quando Alexandra chegou na Mansão Blackwaters. Estava menos ensopada do que na última vez que estava ali, mas ainda tremia de frio por conta da roupa levemente molhada.

— Obrigada, tio Scorpius, mas a visita é minha — Selena fala aparecendo por detrás do homem alto e tatuado — Vem, Alex, entre!

Alexandra sorri de forma desconfortável e entra na casa. Porém, algo na loira deixava Selena preocupada: a maçã esquerda de seu rosto estava roxa. Alguma coisa havia acontecido no período de tempo entre a escola e o encontro das duas.

— Alex, o que é isso? — Selena indaga incerta e a loira deu de ombros.

— Caí da moto — Sua voz soa fria, como um alerta de que Selena nunca deveria retornar ao assunto.

— Bem, hum… Jamilla logo chega, teve problemas em casa. O irmão dela saiu com o carro sem avisar! — A garota fala levando Alexandra até o pátio do lado esquerdo da mansão — Trouxe todos os arquivos da minha família para cá.

— Quer esperar por ela ou já vamos começar?

— Vamos dar uma olhada agora, enquanto ela não chega. Meus parentes chegaram meio de surpresa hoje e acredito que teremos jantares em família.

— Se eu soubesse que estava ocupada, não teria vindo, baixinha.

— Está tudo bem, nem eu sei como vai ser mais tarde — Selena comenta balançando a cabeça e se sentando na frente das diversas caixas — Aceita beber alguma coisa?

— Uma bebida quente seria bom… Me molhei um pouco nessa chuva.

— Café? Chá?

— Café, baixinha. Preto.

— Certo — Selena fala voltando para a cozinha.

— Não gostei dela — Electra fala sem tirar os olhos do jornal.

— Você não gosta de ninguém, irmã — Andrômeda comenta focada em seu livro.

— Bem-vinda a família com os três Bishop reunidos, Selena — Scorpius falou entregando duas xícaras de café para a sobrinha — Elas ficam se bicando o tempo todo, é melhor se acostumar.

— Nunca pensei que ia ver minha mãe brava… Quer dizer, eu e meu irmão aprontamos muito, mas minha mãe sempre foi tão serena…

— A Andrômeda que eu conhecia era uma rebelde. Sua mãe era daquelas pessoas que impunha medo, assim como Electra, mas por ela ser mais velha, ela era a líder das rebeldes.

— Minha mãe? A pessoa que usa vestidos coloridos até em velórios? A mulher que odeia qualquer coisa amarga? Estamos falando da mesma pessoa, tio Scorpius? Porque eu acho que não — Selena fala sem tirar os olhos das duas que trocavam ameaças disfarçadas de elogios cortantes.

— Você ia ficar surpresa com o passado das duas — Ele fala com um sorriso no rosto — Deveria perguntar a elas sobre o dia em que você e seu irmão…

— Scorpius Crux Bishop, eu juro que se abrir a sua boca novamente sobre esse assunto…

— Eu vou ser obrigada a matá-lo — Electra termina a fala de sua irmã — E acredite, irmãozinho, eu adoraria fazê-lo!

— Irmãos mais velhos, sempre tão gentis — O tio fala se apoiando na bancada de mármore da cozinha — Você tem sorte de ser gêmea de alguém…

— Se eu sair dessa cozinha, você estará muito em perigo, tio? — Selena perguntou incerta de sair do ambiente, talvez no momento em que pisasse na madeira do pátio, o seu tio se encontraria numa cova mal feita.

Andrômeda e Electra encaravam os dois como se pudessem matá-los a qualquer minuto.

— Provavelmente, mas sei me cuidar, sobrinha — Ele fala dando tapas leves no ombro da garota — Volte para sua amiga.

— Certo — Selena assentiu e se encaminha com cuidado para o pátio.

— Demorou — Alexandra diz sem tirar os olhos do álbum de fotos da família.

— Desculpe-me, a cozinha estava tensa.

As duas prosseguem para a investigação: passar o olho e reter o máximo de informação sobre a família Bishop possível. Não demorou muito para as duas ficarem cansadas e Selena receber uma mensagem de Jamilla, que passaria para buscá-las para jantarem fora. No fim das contas, apenas observaram algumas árvores genealógicas e Alexandra riu de algumas fotos de quando Selena era criança.

— Sim, sim, eu tinha uma obsessão pela Barbie! — Selena confessa — Acho que tenho todos os filmes e provavelmente ainda lembro de todas as músicas.

— É isso que eu chamo de marketing de qualidade! — Alexandra sorri e se aproxima de Selena, entregando-lhe outra foto.

— Aqui eu devo ter sete anos e o tema do meu aniversário era da Barbie, obviamente.

— Você está fofa aqui.

— Obrigada — A garota fala sentindo seu corpo aquecer — Foi um aniversário terrível.

Alexandra estava perigosamente perto, tinha seu braço ao redor dos ombros da garota, fazendo carinhos leves na pele na parte de trás do seu pescoço. Porém, a loira sabia o que estava fazendo, precisava tocá-la a todo custo, era como se Selena fosse um campo gravitacional e Alexandra não era forte o suficiente para se desvencilhar.

— Terrível?

— Bash apagou a vela do meu bolo e eu voei em cima dele — Selena explica com um sorriso tímido no rosto.

— Carma.

— Na verdade foi um belo soco cruzado.

A loira sorri, agora as faces das duas estavam próximas, se Selena se inclinasse mais um pouco, Alexandra seria capaz de beijá-la.

— Acho que a Milla…

— Quieta, baixinha — Alexandra deixa escapar, largando a foto e segurando o queixo da garota.

Os lábios das duas se encontram num selinho rápido. O coração de Selena acelera como se ela estivesse acabado de sair de uma montanha-russa. Seu estômago revira, o famoso “borboletas no estômago”.

— Hum… — Ela tenta falar, mas sua garganta fecha, estava nervosa demais para qualquer coisa.

— Cheguei, meus amores! — A voz de Jamilla percorre o pátio, fazendo as duas garotas pularem de susto e se afastaram — Vamos?

— Ah, sim! Deixa eu só pegar a minha bolsa no quarto! — Selena fala se levantando rapidamente.

Você beija bem ein, maninha!

Cale-se, Bash!

Calma, Lena. É apenas um selinho!

Fora da minha cabeça!

— Baixinha? — Alexandra a chama segurando a mão da garota, a fazendo parar — Me desculpe, não sei o que deu em mim!

— Está tudo bem, Alex.

— Não está, eu não deveria ter feito isso… Eu só sinto…

— Uma conexão estranha com a minha sobrinha? — A voz de Electra percorre a casa, como se fosse o ar que todos respiravam — Não gosto de você aqui, garota, pode ir embora.

— Tia? Do que está falando?

— Confie em mim, querida — Electra fala colocando sua mão no ombro da garota — Qual o seu nome?

— A-Alexandra Hollister.

— Hum, não acredito — Ela dispara — Fora.

— Senhora, eu preciso falar com…

— Seja o que for, já está resolvido. Agora, vaza! — Ela sibila.

A loira cerra o maxilar e se vira para Selena, despedindo-se apenas com o olhar.

— Electra, ela é minha amiga.

— Ela não é quem você pensa que é… — Ela fala pensativa — Ficará em casa hoje, pode até convidar a outra para jantar.

— Quem você pensa que é para me dar ordens assim? — Selena fala se soltando do toque da mulher.

— Querida, eu sou uma das bruxas mais poderosas dessa família e quando eu digo alguma coisa, não refute ou retruque — Sua voz sai serena o suficiente para fazer Selena ferver de raiva — Nem adianta sair, lancei um feitiço na casa.

Selena respira fundo, tentando conter o ódio que crescia dentro de si.

— De agora em diante essa garota não está mais permitida dentro dessa casa!


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Notas finais do capítulo

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