Caution! escrita por YumiFDC


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo, acredito que não faz muito tempo kk.
Resolvi postar dois capítulos de uma vez e ver no que vai dar, mas tenho mais aqui prontos.

Yumi é praticamente minha unica personagem e nenhum personagem original de Magi me pertence, eles são da autoria de Shinobu Ohtaka. ( Vocês já devem saber disso mas acredito que seja sempre bom falar).

E é isso, fiquem com o capítulo, bjss.



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CAPÍTULO 2

Yumi chegou ao estacionamento do hospital, deixou sua moto na vaga de sempre e desceu.

Enquanto caminhava para entrada sentiu uma espécie de desconforto, não era algo doendo nem nada só parecia que tinha algo errado. Ela parou e olhou em volta procurando qualquer coisa, como uma situação tensa de pessoas em volta ou alguém a encarando, mas não encontrou nada.

Deu de ombros e voltou a andar, a sensação ainda a seguia mas decidiu ignorar -' talvez aquela briga tenha me afetado de alguma maneira '- pensou.

No caminho para conferir o quadro de cirurgias foi cumprimentando seus colegas de trabalho, alegremente como sempre fazia.

— Bom dia Dra. Taisho, precisava falar com a senhorita a respeito do paciente 106. Lembra-la de conferir já que é uma condição complicada- um interno a abordou.

—Ah ok, am...

A sensação voltou, o desconforto, olhou ao redor e não viu nada de estranho, estava tudo normal, senhorita Ella a recepcionista tomando seu café com donuts como o de costume, Frank a enfermeira dando em cima do doutor Tomás como sempre, estava tudo em seu devido lugar, oque poderia ser essa sensação?

— Dra. Taisho? 

Yumi foi interrompida de seus devaneios...

—Ah ok, me entregue o prontuário dele e irei conferir.

Yumi falou formalmente andando em direção a recepção para bater seu cartão.

—Mas Dra...

—Muito obrigado Matheus

Ela continua caminhando normalmente, ‘Ok Yumi, é so um dia normal, nada de estranho!’ Pensou consigo mesma e virou em direção ao seu primeiro paciente do dia.

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

Assim que pisou na delegacia, Sinbad foi recebido calorosamente por seus amigos e colegas de trabalho. Até lamentou não conseguir responder no mesmo entusiasmo e claro que isso não passou despercebido para seus amigos.

—O que ouve Sinbad, Yumi o jogou pra fora da cama de novo?- Hinahoho perguntou seguido por uma risada zombeteira.

Sinbad levantou a cabeça para olhar nos olhos do homem mais alto e lhe dar uma expressão cansada- Antes fosse, pelo menos ela estaria falando comigo. Apesar de que fui eu que a ignorei...- Ele murmurou a ultima parte em um tom mais baixo, mais para si mesmo do que ao amigo que o olhava com olhos arregalados mas não exatamente surpreso.

—Qual foi o estresse dessa vez?- o azulado disse antes de voltar ao computador da recepção e continuar o que fazia antes do delegado chegar. Sinbad e Yumi se davam muito bem, mas como todo casal, tem seus momentos de discussão, talvez um pouco mais que esses outros casais, mas em fim... Hinahoho estava sempre disposto a ouvir qualquer um dos dois amigos.

—Ela quer que eu a ensine a atirar.

—E?

— Sinbad arregalou os olhos de surpresa – Como assim, e?!

Dessa vez o mais alto levantou os olhos para encarar o delegado- Yumi é uma mulher forte Sin, ela já sabe se defender com as próprias mãos e até com uma espada. Qual a diferença de lhe dar um revolver? Ela é bem capaz e responsável pra isso.

—Não é esse o ponto...- Ele esfregou as temporas – É que eu-

— Concordo com Hina- Dracon veio de traz, da área dos computadores e pelo visto estava escutando a conversa. Ele não se incomodou em se intrometer, eram amigos suficientes pra isso, todos na força eram. - Ela deve ter o mesmo pensamento de Sahel, proteção, então não vejo problema.

—Não foi isso que eu lembro de você ter dito naquela época...- Sinbad murmurou, e pensar que ele achava que Dracon o intenderia mais que qualquer um.

—E ela ainda lhe pediu- O esverdeado continuou- Se ela quer realmente aprender pode muito bem pagar um curso ou algo assim mas ainda assim preferiu você, já parou pra pensar que talvez ela não estivesse exatamente pedindo sua permissão?

O delegado abriu a boca para dizer algo mas parou no mesmo momento, seu amigo podia estar certo...

—Pois eu concordo com Sin.- Dessa vez foi Ja’far que chegou- Me lembro de já termos conversado sobre isso antes, tudo que Sin quer é mante-la a salvo e como Hina já disse, Yu sabe se defender com as próprias mãos e até com uma espada.

— E se o atacante tiver uma pistola?- Dracon indagou e o delegado inconscientemente revirou os olhos, esquecendo de que estava pensando e lembrando que na noite anterior sua namorada tinha apresentado o mesmo argumento.

—Ela não vai ser atacada, já disse que eu vou protege-la!- Sinbad disse em um tom decidido fazendo com que todos os presentes olhassem pra ele ao mesmo tempo e se calarem.

Após alguns segundos Hinahoho se levantou - Sabe que não pode fazer isso o tempo todo e nem pra sempre não é? Como agora mesmo por exemplo. - ele disse cruzando os braços e olhando diretamente nos olhos do delegado.

—Ela está trabalhando, que perigos teria dentro de um hospital além de pegar uma gripe?

—Não tem como sabermos...

Os dois ficaram se encarando por um tempo mas sem qualquer tipo de hostilidade. Até que Sinbad disse:

— Vamos pedir a opinião dos outros.

— Vamos- Hinahoho concordou prontamente e os dois se dirigiram para parte atrás da recepção.

Não demorou muito e Dracon se dirigiu para mesma direção, seguido por um Ja’far revirando os olhos – E lá vamos nós...

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-==-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=

~~Quebra de tempo~~

A manhã passou rápido, nesse tempo Yumi já havia conferido seus pacientes, inclusive aquele que Matheus tinha lhe falado, marcou cirurgias e realizou uma simples.

Agora era hora do almoço, esse tempo todo se passou e aquela sensação não se foi, muito pelo contrario, parecia mais intensa a cada minuto.

Yumi agora estava indo em direção ao refeitório do hospital na companhia de Yamuhaira. As duas conversavam tranquilamente mas Yamu percebeu que a amiga não estava muito bem, ficava olhando em volta, constantemente procurando algo, parecia assustada...

— Você tem certeza que está bem?- a azulada perguntou preocupada quando viu Yumi parar e olhar em volta pela... ela perdeu a conta das  vezes. 

— Am?... Ah, sim. Só meio distraída...- Yumi parecia perdida ainda.

—Sabe que na nossa profissão isso é um problema, não é?- Ela disse com um pouco de humor, tentando amenizar a situação da amiga mas falhou já que a alva apenas assentiu em concordância sem sair daquela expressão vazia. Então ela apenas decidiu ficar em silencio e ver se Yumi iria lhe contar sem ter que pressiona-la.

Ao chegarem na mesa ela pareceu perceber o que estava fazendo e tentou dar mais atenção a amiga e elas acabaram entrando em uma conversa mais animada.

Minutos depois, Matheus , o mesmo interno que falou com Yumi hoje cedo, pediu licença para sentar ao lado delas. Primeiro estranharam, não era comum os internos simplesmente se oferecerem para fazer companhia aos cirurgiões assim e pelo visto ele percebeu sua confusão quando disse que queria apenas dizer algo e depois ir.

As duas concordaram sem muito rodeio e o garoto se sentou ao lado de Yamu, de frente para Yumi. Se inclinou e disse olhando em seus olhos.

—Dra. Taisho, isso vem me incomodado um pouco e para deixar de me preocupar eu preciso perguntar, mas a senhorita percebeu?

Yumi levantou uma sobrancelha, ela parecia meio ofendida. -Como?

Ele deu a entender que percebeu quando corou e levantou as mãos em um gesto desesperado de se desculpar – Di-digo, sobre o homem que a observa.- e apontou com a cabeça para traz dela.

As duas arregalaram os olhos em surpresa, cada uma percebendo finalmente o que estava errado e olhando em um movimento desesperado para onde ele apontou.

Tudo que Yumi pode ver foi um borrão cinza e branco, voltando para dentro do hospital, mas ao voltar para frente e ver a expressão de Yamu teve certeza que ela viu mais nítido.

—Yumi, eu não sei como não percebi antes, mas definitivamente tinha alguém olhando fixamente pra cá...- ela sussurrou nervosa, ainda encarando o lugar que o estranho estava.

A alva nem pareceu ter ouvido, estava em choque. Varias perguntas surgindo em sua mente.

—‘Quem? Porque? Como eu não percebi antes? Ou Yamu? Porque Matheus?’- A cada pergunta ia ficando mais assustada e quando percebeu estava tremendo.

—Dra, se acalme...- Yumi foi tirada de seus devaneios pelo toque de Matheus em sua mão. Ela olhou para suas mãos juntas antes de voltar o olhar para o dele e assentiu, se concentrando depois em acalmar sua respiração.

—Certo... Yamu, por favor, vá até os seguranças em frente a porta principal e peça para eles fecharem tudo mas se possível sem fazer alarde.

— Ok- A azulada disse já se levantando- mas e você?

Ela soltou um suspiro- Vou ligar para o Sin.

Yamuhaira assentiu e correu em direção a entrada principal. Yumi se virou novamente para Matheus, pegou a mão que ainda estava sobre a dela e juntou entre as suas duas – Obrigada. Eu estava tão perturbada que nem ao menos percebi, muito obrigada.

Ela viu o garoto corar fortemente e gaguejar algo mas não ficou para ouvir, se levantou e foi em direção a recepção.

=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-

Na delegacia, estavam tendo um tipo de debate, com metade da força concordando com Sinbad e a outra discordando. Ficaram nisso a manhã inteira e até esqueceram que estavam em horário de trabalho, mesmo com Ja’far tentando lembra-los constantemente, esse acabava sendo ignorado até que desistiu. Felizmente não pareceu ter nenhum movimento ou telefonema para se preocupar.

Até agora.

Um som estridente veio da recepção e quase foi despercebido por todos, exceto por um certo ruivo alto que não estava tão focado na discussão assim.

Masrur caminhou calmamente até o telefone, passando despercebido por todos. Apenas tirou o aparelho do gancho e disse numa voz suave.- Delegacia de policia, em que posso ajudar?

Ele reconheceu a voz do outro lado da linha imediatamente- “Ah, Masrur. É raro você ficar na recepção, mas isso não vem ao caso.”

— Algum problema Yu?- O ruivo estava de certo modo confuso, Yumi raramente ligava para delegacia, as vezes para falar com Sinbad quando o mesmo não atendia seu telefone mas ele não lembra de ouvir nenhum tocando e ele tem uma audição muito boa, ou para papear com Hinahoho que ela sabia que estava sempre na recepção.

“Masrur, preciso que mandem alguém para cá, rápido!” – Ele percebeu o tom desesperado dela, mesmo que ela estivesse sussurrando. – “Parece que tem alguém me observando, não, não parece, TEM alguém me seguindo desde que cheguei”.

Ele soltou um murmúrio concordando- Tudo bem, consegue dar um jeito de mantê-lo ai?

“Sim, Yamu já foi providenciar isso”— Ela parecia mais calma agora, seu tom geralmente causa isso nas pessoas.

—Ok, mantenha a calma, mandaremos alguém.- Ele repetiu a fala que sempre ouviu de Hinahoho, no intuito de encerrar a ligação.

“Muito obrigada, até.”— Logo depois ouviu o bip característico de ligação encerrada.

Masrur voltou para onde os outros estavam, a mesma bagunça de antes continuava. Ele limpou a garganta alto, na intenção de chamar atenção e conseguiu. Todos pararam para olhar o homem alto e ruivo que odiava ter as atenções, esperando ele falar.

— Yu ligou, ela esta com problemas.

Os olhos de Sinbad se arregalaram e ele e Hinahoho se entreolharam, um se questionando o quanto poderia estar errado e o outro o quanto não gostaria que estivesse certo.


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Notas finais do capítulo

Oioii, mais uma vez espero que tenham gostado e por favor, não julguem o sobrenome dela kk ( eu não tenho um pingo de criatividade pra essas coisas, sinto muito ;-;.)
Bjss e até a próxima.



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