A Última da Linhagem escrita por HR


Capítulo 21
Capítulo 21 - Novas sensações




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Liv o puxa novamente para beijá-lo, sentindo o calor de seus corpos em contato, quando sente sua pele queimar de repente. Ela interrompe o beijo para gritar de dor e Damon rapidamente nota o raio de sol invadindo a sala pela janela da casa e atingir parte da perna de Liv. Num vulto, ele fecha todas as cortinas para bloquear a luz dentro do cômodo enquanto Liv busca por almofadas para cobrir pelo menos um pouco de seu corpo, envergonhada.

—Já tinha esquecido disso. - Damon percebe o quanto ela surtia efeito sobre si - Aliás...

Damon apenas diz enquanto veste sua calça novamente, vendo Liv desviar o olhar achando que ele não iria notar. Ele fecha seu zíper enquanto dá um sorriso bobo de canto, agora tateando o seu bolso da frente a procura de uma caixinha pequena. Liv arregala os olhos ao vê-la e por um momento parece perder todo o oxigênio dentro de si. Não era possível que aquilo estava acontecendo.

—Não. - Ela dispara.

—Não o quê? - Damon pergunta confuso, sentando ao seu lado no sofá enquanto ainda segurava a caixinha na mão.

—Você não vai me pedir em casamento, vai? - Ela o olha assustada, vendo-o começar a rir de repente.

—Não! - Ele diz indignado em meio a uma risada, abrindo a caixinha por fim - É o seu anel do sol. Bonnie pediu para te entregar.

—Ah… - Ela suspira aliviada, sentindo um peso sair de suas costas.

Ela então estende a mão e ele coloca o anel prateado com uma pedra de cor turquesa em seu dedo. Agora ela poderia andar pela luz do sol sem se queimar, desde que estivesse usando o anel, o que no momento poderia ser um problema se não estivessem presos ali. Ela não podia deixar de notar nos traços de Damon enquanto ele colocava o anel em seu dedo, analisando o quão atencioso ele estava demonstrando ser e isso de alguma forma mexia com algumas de suas emoções. Mas então desvia o olhar quando o vê recuar e enquanto ela olhava para o seu novo anel, sentia o cansaço dominá-la por completo, afinal, não tinha dormido nada ainda e já tinha passado por muita coisa numa noite só.

—Vem, tem um quarto lá em cima pra você dormir. - Ele levanta do sofá e ergue a mão para que ela o acompanhe.

—Acho que vou colocar a minha roupa primeiro… - Ela dá um sorriso envergonhado, olhando suas peças de roupa ainda pelo chão.

—Eu prefiro assim. - Ele dá de ombros e um sorriso malicioso, mas acaba dando espaço para que ela se sentisse mais à vontade.







Caroline prepara o café da manhã para Stefan, com direito a omeletes e uma bolsa de sangue ao lado do seu prato. Ela estava ajudando-o com o controle de sangue humano, já que seu histórico sempre foi um tanto radical quanto a isso. Estavam já há meses trabalhando nisso e ele pôde notar o quanto seu gatilho para sangue humano tinha sido amenizado, graças a pequenas doses por dia e claro, Caroline.

Stefan entra na cozinha inconformado com tamanha dedicação da loira em querer ajudar da melhor forma possível, mesmo sabendo que ela não sabe cozinhar. E ao vê-lo em pé ela o recepciona com um largo sorriso e enquanto despeja parte do omelete em seu prato seu sorriso murcha, vendo que os ovos haviam passado do ponto.

—Desculpa… - Ela diz, desanimada. - Eu sou uma péssima amiga, eu estraguei a comida, era pra te animar…

—Hei… - Stefan vai até ela, acariciando seu rosto e lhe dando um sorriso - Você está longe de ser uma péssima amiga. A não ser…

—O que eu fiz?

—... que aquilo seja A -. - Ele brinca, referindo-se a bolsa de sangue e roubando um sorriso dela.

—Na verdade… - Ela tenta se explicar, mas então percebe que Stefan parecia estar transpirando muito - Você está bem?!

—Estou, estou sim. - Ele rapidamente diz, limpando o suor de sua testa e se dirigindo a mesa até a bolsa de sangue. - Você não vai comer?

—Stefan… - Ela o encara, pressionando-o com o olhar para que dissesse a verdade. E nisso, ela era boa. - Deixa eu dar uma olhada nisso aí.

Ele recua ao ver que ela se aproximava enquanto bebia sua bolsa de sangue, mas ela insiste e o puxa pelo braço para perto. Ao abaixar um pouco de sua gola, consegue ver que o raspão estava bem mais feio que ontem e provavelmente infeccionado, fazendo com que ele então soasse frio pela febre.

—Oh, meu Deus… - Ela apenas consegue dizer em meio a preocupação. - Stefan…

—Eu sei. - Ele recua novamente, terminando sua bolsa e jogando-a vazia no lixo.

—Você já falou com Damon sobre isso?

—Não. - Ele dispara, desviando seu olhar - Não quero preocupá-lo. Até porque ele finalmente está fazendo algo de útil.

—Mas…

—Caroline, eu vou ficar bem. - Stefan ergue as sobrancelhas a fim de que veja o quão sério ele estava falando.

—Eu vou dar um jeito.

—Comece dando um jeito nesse omelete. - Ele brinca, apontando para a frigideira - Você não fez isso tudo só pra mim, não é?

—Gosto de te ver bem nutrido.

—Isso quer dizer que está me engordando? - Ele finge ficar espantado com aquilo, novamente fazendo-a rir e ficar sem jeito.

—Não!

Ele apenas ri, enquanto se senta à mesa para se servir, apesar de não sentir fome nenhuma e até estar um pouco enjoado por decorrência da febre, mas pelo menos tenta comer algo enquanto Caroline estava por perto na tentativa de deixá-la mais tranquila. Quando ela por fim sai da cozinha para fazer outra coisa, Stefan rapidamente joga o omelete no lixo para que ela pensasse que tivesse comido tudo. Por um momento, chegou a pensar na opção de não conseguirem o sangue de Klaus e de que poderia estar vivendo seus últimos dias definitivamente.


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Notas finais do capítulo

Quem aí é Steroline? ♥



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