A Última da Linhagem escrita por HR


Capítulo 2
Capítulo 2 - Fronteira de Mystic Falls




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Era um longo trajeto, mas por fim avistou a placa de Mystic Falls ao longe em meio a neblina do fim de tarde num dia comum de outono. Porém, quando seu celular começou a tocar no banco do passageiro e se distraiu para ver quem a estava ligando, ela vê alguém deitado de repente no meio da estrada. Seu pé afunda no freio ao máximo, até o carro parar a alguns centímetros do corpo, fazendo seu coração acelerar pelo susto e adrenalina. E por mais que parecesse uma péssima ideia, resolveu sair do carro para averiguar. Ela não queria recomeçar sua vida na cadeia e muito menos com a consciência pesada pela morte de alguém, mas quando chegou na frente do carro, o corpo não estava mais ali.

—Qual é o sentido de dizer a verdade, se quando você diz a verdade a pessoa se afasta de você? – Ela se assusta ao ver que o homem de repente estava de pé ao seu lado, visivelmente chateado com alguma coisa – Não sei por que eu ainda tento fazer a coisa certa.

—Você... – Ela ainda controla sua respiração acelerada, completamente atordoada com o que aconteceu – Achei que estava morto, ou...

—Tecnicamente, eu estou. – Ele sorri brevemente e quando fica sério novamente, se aproxima e a olha nos olhos fixamente – E estou irritado. E quando estou irritado, eu faço algumas besteiras, e... É uma pena porque você não é nada mal. Então não grite, é só ficar parada...

Ela ouve aquilo atentamente e seu corpo de alguma forma obedece ao seu comando, enquanto ele se aproxima e crava seus dentes afiados em seu pescoço. Sentir seu sangue ser drenado era uma sensação horrível e ela na verdade estava apavorada, porém sem conseguir sequer gritar por ajuda ou se defender. A intenção dele não era mata-la a princípio, então ele recua para analisar a reação da moça, que o olha obviamente assustada e perdida.

— Sorte a sua que a minha raiva passou... – Ele acaricia o rosto da garota com sutileza e a olha com certa compaixão no olhar – Você me lembra alguém, na verdade e...

O carro de polícia se aproxima e ele revira os olhos incrédulo, então se vira para a garota novamente e simplesmente diz para que comece a chorar. Ela instantaneamente começa a sentir suas lágrimas escorrerem e ele então apoia a cabeça dela em seu peito insinuando que a estava consolando, o que parecia meio patético aos olhos da xerife Forbes.

—Larga ela, Damon. – A xerife o olha incrédula, guardando sua arma ao ver que era ele – Não precisava criar uma cena pra disfarçar.

—Eu estou apenas consolando uma garota que acabou de terminar com o namorado... – Ele debocha, ainda com a garota em seu peito – Me corta o coração vê-las desoladas...

—Sei. – Sra. Forbes revira os olhos e apenas encerra a conversa – Deixa-a ir, Damon. O dia foi intenso hoje, não quero precisar enterrar ninguém.

—Seu pedido é uma ordem, xerife. – Ele sorri como se estivesse se divertindo com aquele momento e então faz com que a garota o olhe novamente nos olhos – Você vai entrar no seu carro e continuar seu caminho, comprar um lenço para o seu pescoço e esquecer tudo o que aconteceu aqui.

E então, ela entra em seu carro e dá a partida, apenas olhando para frente, como se nada tivesse acontecido. Havia um grande branco em sua memória sobre se havia atravessado a fronteira da cidade ou ainda não, mas seguia a estrada acreditando estar no caminho certo.

Era tarde demais para comprar um lenço em alguma loja, que por algum motivo ela se viu na vontade de comprar. Então para o carro na primeira vaga da rua que aparece e se contenta em tampar seu pescoço com o cabelo e levantar a gola de sua jaqueta, quando sente uma fisgada na sua pele. Pelo espelho do carro, ela vê seu pescoço mordido e parecia ser recente, mas não fazia ideia de como aquilo aconteceu durante o caminho. Ela olha ao redor, assustada e rapidamente pega seu celular para ligar para Alaric, que como sempre, não atende de primeira.

Irritada, deixa o carro ali mesmo e caminha pela calçada, até encontrar um bar. Era um tiro no escuro achar que encontraria Alaric ali, mas não fazia mal tentar a sorte alguma vez. Ela tinha perguntas demais e agora, um novo mistério pra desvendar e precisava de respostas, que acreditava encontrar com Ric.


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