Centauros escrita por KaguraWay, HarunooMalika


Capítulo 5
O Príncipe Perdido


Notas iniciais do capítulo

Queridos Leitores

Estamos de volta com Quinto Capítulo dessa história original
do Universo da Ficção e Fantasia com Seres Mitológicos.

Boa Leitura



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Uruha *POV*

Suspiro feliz e aconchegado, me mexendo manhoso no colchão fino e bom que me deram. 

Depois de minha "alcunha" ter sido citada o clima na mesa ficou mais pesado que nunca, ficamos vários minutos sem falar, fiquei apreensivo. 

Mas logo o moreno decidiu que realmente estávamos cansados da viagem e me levou até esse quarto da casa, onde ele me deu esse colchãozinho para dormir e um cobertor para o frio. 

Não resisti e o abracei agradecido, mas depois o soltei extremamente envergonhado. 

Mas, enfim, estou aqui. 

Deitado com as patas para o ar, as costas toda no chão, meu cabelo espalhado por aí. . . Suspiro e me viro de lado, vai ser bom dormir apoiando minha parte humana no chão também. 

Pego o cobertor e me encolho nele me sentindo ótimo com a sensação de somente tê-lo. 

Suspiro feliz. 

— Me desculpa, não queria magoá-lo._ Ouço e abro os olhos pensando ter alguém no quarto, mas na verdade o som veio da sala e como a porta do quarto estava aberta. . .

— Está tudo bem. _ A voz do moreno murmura. _ Mas, eu não sei mais o que fazer. _ Coloco o braço por baixo da minha cabeça e olho para a parede de barro.

— Hum? Por que?_ A voz rouca do baixinho fala de novo. 

— Ele. . . _ Ele suspira. _ Não sei da onde veio essa alcunha, mas quando cheguei lá, saltitante, a única coisa que recebi foi rejeição. _ 

— Como assim?_ Agora é a voz do colorido que fala totalmente confuso. 

— Eu sei que ele sentiu a nossa ligação, quando nos vimos, foi mágico! Mas. . . Quando falei quem era, ele fez uma carinha magoada, como se eu tivesse feito a pior das atrocidades. . . _ A voz dele murcha. _ E o amigo dele, teve uma reação violenta e tentou me expulsar de lá._ 

— Uau! _ 

— Pois é! E quando eu consegui a confiança do amigo dele, eu consegui o trazer comigo, mas ele durante toda a viagem tentava escapar de mim, falava que já estava seguro, e ficava me olhando como se eu fosse uma cobra e fosse o atacar a qualquer momento. . . Ele não confia em mim, ele só veio comigo porque é instintivo, porque se não fosse tenho certeza que eu estaria sozinho agora. _ O moreno desabafa e eu me encolho ouvindo sua voz magoada. 

Faz-se um pouco de silêncio.

— Seguro?_ A voz do Kai soa. 

— É. . . Parece que, alguns médicos loucos estavam atrás dele para tentar dissecá-lo e ver se ele é realmente infértil, ver se isso existe. _ 

— Mas, iam matá-lo. . . _ A voz do baixinho fala surpresa. 

— Eu cheguei na hora certa, por Zeus, e eu agradeço tanto tanto. _ O moreno fala com um tom mais aliviado. _ Se tivessem matado ele para. . . Um experimento médico eu. . ._ A voz se torna raivosa e afobada. 

— Calma, Aoi, ele tá aqui agora, né?_ Kai de novo. 

— É. . . Durante a viagem toda ele tentava escapar de mim e voltar para a vila, eu tive que me fazer de idiota tantas vezes, porque percebi que ele só tinha picos de coragem momentâneas. _ O moreno resmunga de novo. 

— Por que?_ 

— Ele realmente acredita ser infértil, não sei o que ele passou ou o que falaram para ele, mas ele realmente acredita nisso, mas é uma mentira!_ A voz se exalta. _ É mentira, eu sinto, claramente, eu sinto ele, eu sinto meu filho, vem dele, é ele! E quando eu o vi. . ._ Suspira. _ Ele é a coisa mais linda que eu já vi, quando eu o vi ele tava tão perfeito, com aquelas macieiras fazendo sombras nele, mas com alguns feixes solares iluminando aqueles lábios. . . _ Ele fala de uma forma idiota e boba. 

— Aoi?_ 

— Ah, quando a voz dele falou meu nome e aquele sorriso foi tão doce que eu. . . Hummm, como ele pode não ver que ele é perfeito para mim?_ Resmunga o moreno e eu me sinto extremamente envergonhado. 

— Acho que sei porquê ele não vê isso. _ Ruki murmura. _ Já percebeu como ele te olha? É como se ele tivesse admirando um deus, o olhar dele tem tanta paixão que parece que vocês se conhecem a anos. _ Coro me encolhendo ainda mais no colchão. 

— Mas eu percebi outra coisa. _ Outra voz, que até agora tinha ficado quieta. Reita. _ O olhar dele para todos nós, não sei o que aconteceu com ele naquela vila, mas ele claramente se considera inferior a nós. _ Faz-se um silêncio. _ Ele deve ter auto estima baixa._ Completa e eu penso um pouco. 

— Outro problema. _ Murmura Kai.

— Ou mais um. Não acharam estranho? A história dele, quer dizer, não duvido que ele tenha se criado sozinho, mas, tenho certeza que alguém deve ter criado ele quando bebe, quando criança pequena, ele não deve se lembrar, somente isso. Acha cabível procurarmos os pais dele?_ 

A curiosidade e a surpresa me fazem apoiar as patas no chão, me levantando e deixar o colchão quentinho. Pego o cobertor e coloco por cima dos ombros, sentindo-os cair pelas minhas costas e lombo equino. 

Meus passos ecoam pela casa até eu aparecer no portal da sala, e eles não retornam a conversa, somente me olham curiosos. 

— Ahmm, eu não consegui dormir._ Murmuro envergonhado, segurando o cobertor leve com mais força. 

— Diga-me, como era sua cama?_ Ruki pergunta com os braços cruzados me analisando. Me sento no chão, fechando a rodinha. _ Na sua antiga casa?_ 

Que aleatório.

— Bem, era um monte de palha, por quê?_ 

— Não tinha cobertor?_ Pergunta. _ Colchão?_

— Não, era um monte de palha no chão mesmo. Por que?_

— Nada. _ Balançando a cabeça ele sorri. 

— Você. . . _ Olho para o desenhado. _ Disse que poderia me ajudar. . . A achar minha família. _ O olho curioso e esperançoso.

— Bem, poderíamos tentar sim. _ Ele afirma sorrindo. 

— Sério?_ Sorrio. 

— Sim. _ Sorrio mais ainda.

— Olha a cara de besta do Aoi. _ Ruki debocha e eu olho para o moreno que me encara com um sorrisinho bobo no rosto. Me sinto corar, mas mesmo assim não desvio o olhar do moreno delicia. 

Ele se levanta e vem até mim, se senta ao meu lado e me abraça pelos ombros, me apertando de leve e eu me sinto extremamente bem. Envergonhado, mas bem.

— Enfim. _ Aoi murmura. _ Qual é a lembrança mais antiga que você tem?_ 

— Unicórnios, muitos unicórnios. _ Resmungo pra mim mesmo. _ Ela é confusa. Eu só lembro de acordar com uma dor de cabeça enorme. Meu corpo queimava e ardia por inteiro e minhas pernas doíam, mas eu demorei para perceber isso porque minha cabeça doía muito muito mesmo.

— E?_

— Bem, eu tava caído no chão, numa estrada no meio do nada. Eu levantei e o chão tava com uma poça de sangue, foi quando eu toquei meu cabelo e ele estava ensopado também. _ Peguei fôlego. _ Eu não me lembrava de nada, nada mesmo, só do meu nome, então eu segui a estrada e encontrei aquela vila. . . Não conhecia ninguém também, mas acabei ficando por lá mesmo._ Dou de ombros. 

— Bem. Você perdeu a memória, isso é óbvio. _ Ruki murmura. 

— É, eu sei, mas há uma esperança, né? De que em algum lugar eu tenha uma família. _ Sorrio triste. _ Que tenha alguém me esperando, que sinta minha falta, uma esperança de que eu tenha pelo menos uma mãe com um bolo quentinho para mim. _ Sinto meus olhos arderem, mas me controlo respirando fundo várias vezes. O moreno me aperta mais em seus braços e eu o olho triste, ele sorri e eu deito a cabeça no ombro. 

E de novo um clima tenso e pesado se faz. 

— Vamos te ajudar a achar sua mãe._ O colorido sorri grande. 

— É uma promessa. _ Murmura o moreno no meu ouvido e eu o abraço sorrindo. 

— Mas, tem uma parte importante. _ Todos olham para o loiro maior. _ Você, claramente sofreu um ataque._ E então silêncio de novo. _ Não tem como ter caído no chão e perdido a memória, ainda mais em um lugar tão afastado e sem seus pais. É provável que estava fugindo, e te acertaram na cabeça, acharam que estava morto e o deixaram lá. _ O olho assustado.

— Por que me queriam morto?_ 

— Não sabemos. _ Me encolho ainda mais quando o moreno me abraça mais apertado. _ Mas não podem saber que está vivo. Seja quem for, se te atacou quando criança, não será diferente agora. _ 

.:.:.:.:.

— Eu sei que é pequeno, Ruki, mas se puder andar rápido!_ Olho para trás vendo de novo o loiro maior resmungar, e de novo apanhar do baixinho. 

— Não sou pequeno, sem falar que acabei de completar minha maturidade sexual, sou novo e sedentário, não era pra você ter me engravidado agora._ Resmunga empinando o nariz. _ Já me sinto pesado. . . _ 

— Se você completou sua maturidade sexual, então eu podia sim, tanto que o fiz. E pare de reclamar. _ 

Nós voltamos a estrada, em pares andando pela terra vermelha, com a intenção de alcançar a próxima vila no entardecer de amanhã. 

— Eu nunca que vou parar de reclamar, você não podia ter feito isso, eu não estava preparado. _ Franzo a testa. Eles estão falando de que?

— Preparado? Ora, vamos, nem se lembra de nada. _ 

— Não, realmente não me lembro, mas dizer que não acordei com uma dor fudida nas pernas e nas costas, seria mentira, tanto quanto dizer que meu traseiro não ficou doendo por dias!_ Praguejou e eu ergo as sobrancelhas. 

Isso é constrangedor.

— Ruki, não seja dramático, nem é isso tudo. _ Kai o repreende.

— Kai, querido, você e seu macho são do mesmo porte, eu sou de porte pequeno, e ele de porte médio! Nem era pra essa desgraça chegar perto de mim, imagina "me montar"!_ Olho para o céu totalmente constrangido, que baixinho sem papas na língua!

— Uhuum, tá bom._ Debocha o moreninho. 

— Tá duvidando? Pergunta para o Uruha! Vai!_ Arregalo os olhos.

— Não me mete nisso não! _ Me defendo. 

— Como não?!_ 

— Sou porte médio, Ruki. _ 

— Mas Aoi é de porte grande!_ Cubro minha boca com a mão. Não faça isso, baixinho dos infernos, não se atreva. . . _ Vai me dizer que sua coluna não doeu?! Ou que tua bunda também não incomodou nem um pouco?! Não seja mentiroso, o tamanho dele para você já diz tudo, aposto que quando Aoi montou em você suas pernas tremeram tanto quanto as minhas devem ter tremido com esse idiota aqui. _ 

— Meus Deuses, Ruki. _ Resmungo escondendo o rosto nas mãos. 

— Vai negar?_ Prefiro não responder.

Ou preferiria, se todo mundo não tivesse se calado, esperando minha resposta. 

— Não. _ Murmuro baixinho. _ Mas não é algo que eu saia comentando. _ Rebato. 

— Mas tem que comentar, ajuda na frustração e medo._ 

— Frustração?_ 

— É ué! Ou você acha que o seu filhote vai ser igual a tu? Ele vai é sair te rasgando, como se você fosse um condenado. Você vai sentir dores na barriga porque seu útero é pequeno demais para essa genética, e depois para parir vai ser outro sacrifício. _ Sinto meu sangue gelar nas veias, olho assustado para o baixinho, diminuindo a minha passada um pouco, o baixinho me olha com uma cara de quem sabe tudo e sinto meu coração gelar, raciocinando tudo que ele disse e depois olho para o moreno. 

Droga moreno. 

Com um porte físico robusto, sua parte equina é mais longa que a minha, mais larga também. Sua altura ultrapassa a minha, tanto equina quanto humana, não de uma forma gritante, mas ele é maior.

Pisco atordoado.

Zeus. 

Me afasto dele um pouco e volto a andar no ritmo normal, ou talvez mais rápido um pouquinho.

— Tirando a parte indelicada e desesperada da lógica, Ruki tem razão. _ Miyavi resmunga. _ Vão precisar de uma boa parteira para os ajudar, filhotes grandes para mães pequenas não parece certo. _ Mordo o lábio me sentindo cada vez mais assustado. 

— Vocês não estão ajudando. _ Resmungo e olho acusador para o moreno. 

— O que foi? Não me olha assim não, há chances do filhote ser pequeno e proporcional a você. _ Ele tenta me acalmar chegando mais perto de mim.

— Huuuummmmmm._ Resmungo incomodado. 

— Olha o que você fez, mini-pônei, agora ele tá apreensivo. _ Kai resmunga. 

— Você me chamou de que?_ A voz rouca fica baixa e assustadora. 

.:.:.:.:.:.:.:.

— Eu tô cansado._ O baixinho resmunga de novo, em menos de dez minutos, e dessa vez eu concordo com ele. 

Suspiro alto e diminuo a passada, coloco minhas mãos na cintura e respiro fundo. 

— Também estou cansando._ Resmungo para o moreno que me encara, ao parar de andar, sinto minhas pernas latejarem e meu corpo suando, pesado. É, eu tô muito cansado. _ Eu preciso parar, por um instante. _ Murmuro meio pra baixo, caminho para fora da estrada, onde tem um pouco de grama. 

Quando chego, dobro minhas pernas da frente, depois as de trás e me deixo cair para o lado. Coloco o braço em cima dos olhos e respiro fundo sentindo meu corpo latejar. 

— Você 'tá bem?_ Ouço passos e depois uma mão toca a minha cintura, tiro o braço da cara e olho o moreno, que está ao meu lado, deitado. 

— Uuhuum. _ Volto a fechar os olhos, e respiro fundo.

— Vamos parar um pouco?_ Abro os olhos vendo o baixinho perguntar animado de cima do loiro. 

Sim, ele estava reclamando de cansaço sendo carregado pelo Reita. 

— Sim. _ O moreno resmunga e todos vão para a grama, o baixinho sai de cima do loiro quando ele se deita e depois se deita colocando as patas pra cima. Kai se deita comportado, mais atrás, com o colorido para apoiar as costas, também deitado. 

Aoi tira um jarro de água das várias coisas que carregava em suas costas, amarradas por cordas, e me estende, pego e tomo alguns goles e depois devolvo me ajeitando na grama. 

— Vamos passar a noite aqui, né?_ O colorido confirma lá de trás. 

— Sim. _ Murmura o moreno olhando em volta, o fim de tarde fresca, o Sol fraquinho. . . 

— Por que você parece ser o líder desse grupo?_ Pergunto para Aoi e ele me olha assustado. _ É por que seu porte é maior?_ Tento usar a lógica. 

— Algo assim. _ Ele confirma incomodado. 

— Da onde vocês se conhecem?_ Pergunto de novo. Não sei porquê, mas a curiosidade está alta. _ Tipo, parecem ser bem amigos. _ 

— Nós moramos na mesma cidade, e quando ficamos sabendo que íamos para a mesma direção, nós viemos juntos. _ Olho para o Reita. 

— Ahhh. _ Murmuro. _ Qual a cidade de vocês?_ Pergunto olhando para todos. 

— Eu e Ruki moramos sempre numa vilazinha vizinha na que a gente se conheceu, aquela abandonada. _ Explica Kai. _ Nós nos conhecemos desde sempre. _ Dá de ombros e eu vejo o baixinho mexer as patas no ar. 

— Eu nasci em uma cidade um pouco mais ao sul, perto do reino de Kanagawa, mas me mudei para a capital. _ Reita se pronuncia. 

— Eu nasci na capital junto com Aoi. _ Fala o colorido. 

— Kanagawa?_ Murmuro confuso. _ Existe um outro reino mais ao sul?_ 

— Sim, é um reino tão velho quando o nosso, está no reinado dos Takashima's agora, mas há boatos em que essa vai ser a última geração dessa família, e que o próximo rei será um Yoshiki. _ Fala Reita. 

— Por que?_ Murmuro confuso. 

— Há anos atrás, invadiram o palácio de Kanagawa, rebeldes, a família real foi acolhida aqui em Edo, ninguém sabe ao certo onde, mas parece que quando os guardas conseguiram expulsar os rebeldes alguns vieram em busca de vingança e emboscaram a família real enquanto ela estava aqui. _ Ele molha os lábios com a língua. _ Os guardas de nosso reino ajudaram a rainha e o herdeiro Takashima a fugir enquanto o rei lutava com mais alguns guardas contra os rebeldes. _

— Uau!_ Me remexo para o escutar melhor. _ E eles saíram bem?_ 

— Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas quando o rei foi buscar sua família, somente encontrou sua rainha aos prantos, com os guardas mortos, e sem o seu filhote. _ O olho assustado. _ Mataram o príncipe, e não deram nem o acalento do enterro aos pais, levaram o corpo da criança. _ 

— Zeus que horror!_ Vejo Ruki abaixar as patas e então levantar a cabeça com os olhos arregalados. 

— Horror mesmo, tadinho, era só um filhote._ Kai franze as sobrancelhas.

— Mas o rei e a rainha não tiveram outro filhote?_ Pergunto. 

— Não, até onde sei, eles estão sofrendo terrivelmente até hoje, a morte do príncipe foi tão brusca que eles ainda sentem como se ele estivesse vivo. A ligação de pai e filhote não parece ter sido desfeita direito._ 

— Que horrível, que horrível._ Murmuro. Tadinhos.

— Isso foi a muito tempo?_ Pergunta Kai. 

— Há uns anos, não sei quantos, mas uns bons anos atrás. _ Aoi confirma levemente com a cabeça. 

— Por isso a pena de rebeldia é tão rígida e severa, isso foi um trauma para ambos os reinos._ Mordo o lábio com a fala de Reita. Realmente a pena de rebeldia e traição é severa. 

— Tadinhos. Por que alguém iria querer o corpo de um filhote?_ Pergunta Kai. 

— Bem, era um príncipe, no mercado negro deveria valer muito, mesmo morto. Sem falar que por ser da realeza andava, presumo eu, todo adornado por jóias e coisas caras. . . Enfim. Dinheiro, basicamente, foi por isso que tiraram um filhote de sua mãe._ O colorido fala me olhando tão profundamente nos olhos que me sinto arrepiar. 

— Realmente terrível a ganância._ Murmura Ruki. 

— Sim, mas, no reino de Kanagawa, em algumas vilas eles tem o pequeno príncipe-perdido como um tipo de guardião ou divindade. _ Fala Reita. 

— Sério?!_ Pergunto animado. 

— Sim, as mães acreditam que quando seus filhotes saem para brincar o príncipe está zelando por eles, ou até quando algum filhote morre prematuramente eles rezam para o príncipe, para que ele de paz e descanso ao pequeno, ou que o conduza ao paraíso. _ Sorri levemente. _ São várias crenças, mas são basicamente nessa linha de raciocínio._ 

— Ouvi falar que tem um orfanato com o nome do príncipe, em Kanagawa, mas não sei qual o nome, o nome do príncipe nunca foi revelado em forma de preservação e respeito. _ Miyavi sorri. 

— Na história dizem também que os Takashima's colocaram várias pessoas para procurar todas as crianças com as características físicas do filho, na esperança de ele ainda estar vivo. Mas não deu certo porque Takashima é um sobrenome normal aqui em Edo, não é um nome que só a realeza tem, apesar de não ser muito comum. . ._ E então Reita me dá o mesmo olhar penetrante que o colorido tinha me dirigindo a uns instantes.

Me remexo desconfortável.


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Notas finais do capítulo

A História do Príncipe poderia ser um gatilho para Uruha recuperar suas memórias?

Um Parceria de MalikaHarunoo , Kagura Way e Elisha_Sky



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