Some Kind Of Disaster escrita por Mavelle


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Voltei depois do cliffhanger do último capítulo. Prometo que continuamos exatamente do mesmo ponto que acabou (até porque não teria como não ser assim rs)
Espero que gostem!

Beijos,
Mavelle

Música recomendada: tolerate it - Taylor Swift



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796324/chapter/29

— Siena? - Anthony perguntou, quase que sem acreditar. Siena parecia um pouco menos chocada que ele, mas, ainda assim, ambos estavam surpresos em se ver. - Mas que por...

— Aqui não, por favor. - ela disse, seu olhar levemente desesperado.

Anthony olhava nos olhos da mulher que tinha amado um dia e simplesmente não conseguia acreditar. Piscou algumas vezes, tentando descobrir se estava dormindo ou se tinha sido acometido por alguma loucura, mas não. Estava lá, parado no corredor da escola de sua filha, olhando para sua ex-mulher, que imaginava morta até aquele momento.

— O que... - ele começou, mas depois teve que parar. Estava tentando retomar o controle de seus pensamentos, apesar de saber que não tinha como. Nada que ele pudesse perguntar seria algo inteligente. Ele então pigarreou e fez a pergunta que estava na sua mente, como se estivesse perguntando sobre o tempo. - O que você está fazendo viva?

— Eu podia te contar, mas acho que acabaríamos gritando um com o outro e, bem, não seria uma cena bonita.

— Então o que você está fazendo aqui?

— Eu poderia perguntar o mesmo.

— Minha filha estuda aqui.

— Estudar é uma palavra muito forte na idade deles, não?

Anthony respirou fundo. Siena estava claramente tentando desconversar, mas ele não deixaria. Precisava de respostas.

— O que você está fazendo aqui? - ele perguntou novamente, mantendo um tom firme na voz e o autocontrole.

— Bom, minha filha também vem aqui enquanto eu estou no trabalho. - ele parecia prestes a perguntar algo, mas ela foi mais rápida. - Não se preocupe, não é sua. - e então ela olhou de relance para a mão dele, se sentindo um pouco irritada. Ele nunca tinha usado aliança quando estavam juntos. - Ah, você casou de novo. Me diz, ela é tão boa quanto eu era?

A pergunta era tão ela que ele teve que revirar os olhos e se conteve para não bufar. Olhando em retrospectiva, ele sabia que tinha que ter estado mais apaixonado por ela do que tinha pensado. Se não, ele devia ser cego e surdo para a forma como ela tratava o resto do mundo e isso indicaria uma falta de caráter dele. Se fosse o primeiro caso, podia ser descrito como só um idiota apaixonado.

— Isso não é da sua conta. - ele respondeu, basicamente por malcriação, mas a verdade é que tudo era melhor com Kate.

— Então eu sou melhor de cama do que ela. Que bom. E o que diabos aconteceu com seu cabelo?

Ele passou a ignorá-la e simplesmente foi para a sala em que a reunião aconteceria. Desde que ele tinha perguntado a Siena, a professora tinha se sentado na frente da sala com uma lista de presença.

— Boa noite. - ele disse, tentando não parecer mau humorado. Só porque sua ex-mulher tinha voltado dos mortos para assombrar sua vida no momento em que tudo estava voltando a entrar nos eixos, não queria dizer que ele devia destratar quem quer que fosse.

— Boa noite. - a professora respondeu com um sorriso. E depois parou um momento. - Hm, deixe eu adivinhar. Você é o pai da Charlotte, certo?

— Sim. - ele estava um pouco confuso. A própria Lottie só tinha ido uma semana para a aula e ele só tinha ido buscá-la e deixá-la uma vez. - Como você sabia que eu era o pai dela?

— Pelo olhar. Ela herdou os seus olhos. - a professora falou, como se fosse óbvio. - Com certeza já devem ter te dito isso muitas vezes.

— Ah. - ele parecia um pouco constrangido. - É só coincidência, na verdade. Eu sou o padrasto dela, mas ela me chama de pai.

— Ah. - agora a professora parecia envergonhada. - Bom, de qualquer forma, bem-vindo. - ela disse, marcando presença no nome de Charlotte e entregando um panfleto para ele.

Anthony logo avistou um lugar vago ao lado de Sheila. Quase deu graças a Deus. Não tinha mais nenhum lugar vazio ao lado, então Siena não poderia importuná-lo durante a reunião.

— Boa noite. O John vem ou eu posso sentar aqui? - ele perguntou a Sheila.

— Não. Fique à vontade, Anthony. - ela respondeu, com um sorriso.

— Obrigado.

— Achava que a Kate também vinha hoje.

— Ela pediu pra eu vir sozinho, já que a Lottie teve uma febrezinha depois da escola. - ele percebeu que Sheila ia perguntar, então já complementou o que tinha dito. - Nada muito sério e ela já está melhor, mas Kate pediu que eu viesse.

— Ah, sim. Eu provavelmente faria o mesmo. - ela parou por um momento antes de continuar. - É sua primeira vez numa reunião desse tipo?

— É. Por que?

— Você tá parecendo um pouco… nervoso.

— Ah. Por incrível que pareça, não tem a ver com a reunião.

— Está tudo bem em casa? - ela perguntou, num tom preocupado.

— Sim. Eu só… - ele pensou no que poderia dizer. Não queria discutir o assunto com ninguém antes de falar com Kate. - Encontrei com uma pessoa que não estava esperando encontrar.

Um brilho de compreensão passou pelos olhos dela.

— Não precisa dizer mais nada. Encontrar com ex é péssimo, não importa quão melhor cada um esteja com sua vida atual.

Anthony quase riu. Péssimo não começava a descrever a situação.

— Nem me diga.

A reunião começou e Anthony fez o possível para prestar atenção e se comportar. Kate tinha confiado nele para ir e representá-la, então ele queria manter a imagem que ela tinha (ou que ele achava que ela tinha). A reunião acabou sendo sobre como aquele ano escolar seguiria. Era a terceira semana de setembro, o que queria dizer que as aulas tinham começado há relativamente pouco tempo e que não tinha nada para reclamar em relação às crianças. Ou pelo menos isso era o esperado.

— Todos podem sair, exceto os responsáveis de Charlotte Sheffield e Monica Conti.

— Estranho. É a filha dos meus vizinhos. - Sheila comentou.

Depois disso, Anthony se despediu dela e se aproximou da mesa onde a professora estava sentada e esperou a outra pessoa chegar. Imaginou que a professora queria conversar sobre Lottie ter perdido a primeira semana de aula e a metade da segunda, mas isso não explicava porque ela tinha chamado outra pessoa.

— Está tudo bem? - ele perguntou, já sentando numa das cadeiras em frente à professora.

— Tivemos alguns problemas com as meninas.

O outro responsável chegou e - surpresa! - era Siena. Agora tudo faz sentido, ele pensou. A menina no aniversário da Taylor me lembrava ela. Ela sentou na cadeira ao lado da dele, parecendo estar bastante irritada. Anthony praticamente bufou. Sabia que teriam que conversar em algum momento (afinal, queria saber o que diabos ela estava fazendo viva), mas não naquele momento. Não na frente daquela estranha, quando parecia que eram duas crianças que tinham sido chamadas para a sala do diretor.

A professora olhou de um para o outro rapidamente, tentando avaliar a situação.

— Vocês tem algum tipo de problema um com o outro? - ela perguntou.

— Ele é meu ex-marido. - Siena respondeu. - Não acabou bem entre nós, mas estamos aqui pelas nossas filhas, não é, Ton? - ela disse, usando o apelido de propósito.

Não acabou bem é um eufemismo, ele pensou.

— Sim. - ele confirmou, odiando ter que responder ao apelido pelo qual ela o chamava e que ele odiava. - Qual o problema?

— Monica tem feito piadas sobre a Charlotte. Principalmente por causa do cabelo.

Anthony estava chocado.

— Isso é sério? - a professora assentiu. - Meu Deus. Por isso ela só quis vir de touca essa semana.

— Eu notei. - a professora disse, num tom triste.

— Ok, é errado que ela faça piadas e eu vou conversar com ela sobre isso, mas você não acha que talvez devesse, não sei, arrumar melhor sua filha? - Siena disse, num tom ácido.

Anthony olhou para ela com o olhar carregado de raiva. Mesmo que fosse o caso - e não era -, ninguém tinha direito de fazer piadas com ela sobre isso ou sobre qualquer outra coisa.

— Lottie está passando por um tratamento de leucemia. - ele disse, olhando diretamente nos olhos de Siena. - Na verdade, eu só estou aqui hoje porque Kate ficou em casa tomando conta dela, porque ela teve uma febrezinha, que estamos rezando para que seja só uma reação ao remédio e não qualquer outra coisa. Ela já estava se sentindo insegura por causa do cabelo nas férias. Pareceu melhorar depois que eu fiz isso - ele disse, passando a mão pela cabeça praticamente sem cabelos, já que ele tinha raspado de novo quando Charlotte percebeu que o cabelo dele tinha voltado a crescer e o dela não -, mas piorou de novo na semana passada. Nós estávamos esperando que fosse acontecer algo do tipo, mas não porque alguém estivesse fazendo piadas às custas dela.

Siena ficou sem palavras por um momento. Tinham algumas lágrimas se acumulando nos olhos dela, além de um olhar culpado.

— Eu não fazia ideia. Sinto muito, Anthony. Eu vou falar com a Monica, pode ter certeza que não vai se repetir.

— Obrigado.

— Certo. - a professora respirou fundo. - Espero que tudo esteja resolvido. De qualquer forma, vamos começar um programa anti-bullying semana que vem para evitar que problemas como esse se repitam. Elas duas são ótimas, não vejo porque não poderiam se dar bem.

Anthony sorriu, mas esperava que não fosse o caso. Não quero que ela aprenda a ser uma viborazinha, ele pensou. Se por alguma razão estranha elas se tornarem amigas, não vai ter jeito de ela ir para a casa dessa mulher. Ele e Siena saíram da sala.

— Você casou com Kate Sheffield. - ela disse, sua voz sem emoção.

— Sim. - ele disse, já com um sorriso no rosto. Não conseguia evitar. Só pensar nela já o fazia ter vontade de sorrir.

— Você casou com ela, mesmo depois de me dizer que eu não tinha com o que me preocupar, que vocês eram só bons amigos.

— Eu sempre achei que chifre trocado não doía. - ele disse, num tom sarcástico. Ela não tinha dito isso, mas imaginava que era o que tinha acontecido. Afinal, a filha dela estudava com Charlotte, que era a mais nova da turma, e não era dele. - Mas você não tinha com o que se preocupar quatro anos atrás. Eu segui em frente depois que você “morreu”. - ele fez aspas com os dedos.

— E quanto tempo levou? Duas semanas?

— Dois anos, pra falar a verdade. - eles ficaram em silêncio por alguns momentos. - Acho que precisamos conversar.

— Concordo. Está livre agora?

— Mais ou menos. Só preciso dizer para Kate que vou chegar em casa mais tarde.

Ela revirou os olhos enquanto ele pegava o telefone para mandar uma mensagem para ela.

“Anthony: Oi, vou chegar um pouco mais tarde

Anthony: Aconteceu um imprevisto, mas vou te contar sobre isso assim que chegar em casa”

— Credo. Você era assim quando estávamos juntos?

— Sim. Era você que saía do trabalho para beber com seus amigos e chegava em casa 3 horas depois do horário normal sem dizer uma palavra.

— Acho que eu realmente não era a melhor pessoa nesse quesito. - ela suspirou. - Para onde quer ir?

— Tem um McDonald's aqui perto.

— Nossa, um McDonald's. Que chique.

— O que você esperava?

— Eu não sei. Talvez um pouco mais de consideração.

— Nós só vamos conversar.

— Eu sei. Mas você era tão apaixonado por mim. Achei que eu teria algo a mais.

— Você está certa, eu era apaixonado por você. Bom uso do passado, inclusive.

Eles foram no carro de Anthony, já que Siena tinha ido para a reunião de Uber. Quando chegaram no McDonald's, Anthony pediu e pagou por uma porção de fritas para que a atendente não ficasse com raiva deles por ocuparem uma mesa sem pedir nada. Durante todo esse tempo, eles estavam num silêncio constrangedor.

— E então? Vai me contar sua versão da história?

Ela olhou nos olhos dele de uma forma que ele sabia que ela estava com pena dele.

— Você realmente quer saber? Acho que só vai te trazer dor.

— Eu preciso encerrar esse capítulo da minha vida de uma vez por todas. - E saber se valeu a pena perder minha sanidade por você, ele pensou. Já posso me adiantar e dizer que não, já que você está na minha frente, parecendo mais viva do que nunca.

— Lembre que você pediu por isso. - ela respirou fundo. - Eu nunca te amei.

Anthony estava chocado. Ele sabia que seus sentimentos por ela eram mais intensos que os dela por ele, mas nunca imaginou que ela não o amava. Eles ficaram em silêncio por alguns segundos.

— Por que casou comigo, então? - ele perguntou.

— Eu... Eu não sei. Eu acho que as coisas só foram acontecendo e eu não tinha certeza de que não te amava na época.

— E aí você só foi seguindo com um ano de namoro, outro de noivado e mais um de casamento?

— Sim. E eu sinto muito, Anthony. - ela disse, seus olhos brilhando com as lágrimas não derramadas. - Eu não devia ter deixado ir tão longe. Eu devia ter te dito que não tinha certeza.

— Tud... - ele ia dizer que estava tudo bem, mas mudou de ideia. - Não está tudo bem. Você devia ter me dito.

— Eu sei. Mas que diferença faria? Você só teria tentado me convencer que era normal e eu provavelmente teria caído nessa.

Eles ficaram em silêncio de novo e a garçonete serviu a porção de fritas. Elas não pareciam ser tão apetitosas quanto Anthony tinha imaginado, mas ele começou a comê-las do mesmo jeito.

— Você nunca me amou, eu entendi essa parte. Mas o que aconteceu 4 anos atrás?

— Eu estava tendo um caso e acabei engravidando, então fui para a Itália fazer um aborto. - ela disse. - Quando eu cheguei lá, eu reavaliei o que estava fazendo. Ia abortar o filho que teria com o homem que amo e depois voltar para você, como se nada tivesse acontecido. Eu não tinha a coragem para te contar a verdade ou para pedir o divórcio, então eu bolei um plano: já que eu tinha te dito que estava aprendendo a pilotar um avião, um acidente aconteceria e eu seria dada como morta.

— Então você fingiu sua própria morte só para se livrar de mim. - ele disse e ela assentiu. - Nossa. Eu não sabia que tinha sido tão ruim assim para você.

— Você sabia que eu não estava feliz?

— Eu não sou cego. Eu sabia que você não estava completamente feliz, mas imaginei que precisasse de um tempo para se acostumar com nossa vida juntos.

— Queria que você ainda pudesse pensar isso para preservar as boas memórias que tinha de nós ou algo do tipo.

— Eu acho que prefiro ver as coisas como elas realmente eram.

— Ótimo. - ela disse e então respirou fundo. - Você não faz ideia de como é bom ter tirado isso do peito.

Eles ficaram em silêncio por alguns momentos, enquanto terminavam de comer as batatas fritas. E então uma pergunta importante veio à mente de Anthony.

— Se você não morreu, isso quer dizer que ainda estamos casados? - algo sobre a ideia de ainda estar casado com a mulher a sua frente o fez se sentir fisicamente mal. E também todas as implicações disso. Se ainda estivesse casado com ela, seu casamento com Kate seria considerado inválido e, enquanto isso não mudava o que ele sentia por ela ou pela família que estavam construindo, ele não gostava dessa ideia.

— Não, não. - ela disse, apressada e ele quase respirou aliviado. - Eu fui mais cuidadosa do que isso. A razão para a minha mãe ter se prontificado para fazer tudo é porque a única coisa a ser feita era enviar os papéis do divórcio assinados por nós dois. Ela disse que conseguiu sua assinatura dizendo que você estava assinando uma declaração de óbito, algo do tipo, e que você estava distraído demais para notar que não era isso.

— Ainda bem. - ele disse. Aparentemente, ela não sabia que ele tinha desenvolvido um problema com álcool e ele não queria contar. Era algo pessoal e ela tinha mostrado de todas as formas possíveis que não queria fazer parte de sua vida. Ele podia até contar sobre Kate e Charlotte, mas não falaria sobre seu vício. Ela não merecia essa confiança.

— Ok. - ela disse, limpando as mãos num guardanapo. - Agora que eu terminei, eu quero saber sobre você e Kate.

— O que você quer saber?

— Bom, pra começar, quando começou?

— No dia dos namorados do ano passado. Nós estávamos nos sentindo meio solitários e decidimos sair. Casamos esse ano, em abril.

— E sua filha? - ele parecia confuso. - Estou perguntando no sentido biológico.

— Ela é filha da Kate, mas eu a considero como minha e ela me chama de pai.

— Acho que não era bem assim que você planejava, mas você sempre quis ter filhos.

— Sim. E você sempre disse que não queria.

— Eu sei. Acho que não queria ter outras complicações com você.

— Entendo. - ele respirou fundo. - Mas eu acredito que as coisas mudaram para melhor, para nós dois. Quer dizer, sem ofensas, mas mesmo com tudo o que estamos passando com a Lottie, eu acho que eu nunca estive mais feliz num relacionamento.

— Não me ofendi. - Siena respondeu. - No fim das contas, éramos completamente errados um para o outro. Nossas vidas e perspectivas não combinavam e ninguém tentava corrigir isso do jeito certo. Eu queria te mudar para que você se adaptasse melhor ao que eu queria e você fazia o mesmo comigo.

— Tenho que concordar com você.

Eles ficaram em silêncio por alguns momentos. Era um silêncio estranho, pesado por causa de tudo o que tinha sido revelado naquela noite.

— E agora você usa aliança. - ela comentou.

— É. Meus motivos para não usar eram bobos, já que a única razão para isso é porque era socialmente aceitável. Eu pertenço a ela tanto quanto ela pertence a mim. - ele deu de ombros. - Não vejo problema em usar uma aliança para mostrar isso ao mundo.

— Você é uma pessoa completamente diferente agora.

— Isso é ruim?

— Não. Essa maturidade combina com você.

Ficaram em silêncio por mais um momento. Ambos estavam claramente desconfortáveis, mas concordavam que deviam encerrar de uma vez por todas aquela parte de suas vidas. Então, só faltava saber uma coisa.

— E como está a sua vida? - Anthony perguntou.

— Indo bem. - Siena respondeu. - Nós nos mudamos de volta para cá no meio do ano, eu tenho um trabalho ótimo, minha filha está bem e estou com a pessoa que eu amo.

— Eu acho que conheci sua filha. Ela é a sua cara.

— Na escola?

— Não, no aniversário da Taylor.

— Ah. Tínhamos acabado de nos mudar, então eu e Marco aproveitamos que ela tinha uma distração e ficamos ajeitando as coisas em casa. E por que você estava num aniversário de criança?

— Eu fui deixar a Lottie e Sheila me pediu para ficar porque tinham crianças demais no quintal dela.

— Ela realmente parece ser bem sensata.

Depois disso, a conversa morreu. Anthony logo disse que precisava voltar para casa e Siena simplesmente concordou. Ela pediu um Uber e, por educação, ele esperou até que o carro chegasse. Quando o bendito carro finalmente apareceu, eles quase deram graças a Deus.

— Tenha uma boa vida. - ele disse.

— Obrigada. Você também. - ela respondeu, já entrando no banco de trás.

Anthony foi para o próprio carro se sentindo muito mais leve. Agora aquele capítulo da sua vida estava efetivamente encerrado.

Tudo o que precisava fazer agora era contar para Kate. Sabia que o momento não seria alegre, mas, mesmo assim, estava ansioso para contar a ela.

E então, por alguma razão que não entendia bem, começou a rir ao pensar que chegaria em casa e diria à esposa “oi, amor, acabei de descobrir que fui corno 4 anos atrás”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Some Kind Of Disaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.