Some Kind Of Disaster escrita por Mavelle


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

BRIDGERTON FOI RENOVADA PRA SEGUNDA TEMPORADA E NOSSO CASALZINHO VAI SER ADAPTADO REAL OFICIAL AAAAAAAA
Tô ansiosíssima pra conhecer a atriz que vai ser a Kate! Acho que não tá muito longe porque eu mudei a capa semana passada e eu tenho muita sorte (pra não dizer o contrário), então dou tipo mais 3 semanas pra ter que mudar de novo porque a gente vai ter a Kate oficial.
Agora que o mais importante foi dito, oi galeraaa rsrsrs voltei com um capítulo novo, espero que gostem!

Beijos,
Mavelle



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Na sexta feira, Anthony acordou um pouco mais cedo do que no dia anterior. Como não tinha conseguido trabalhar tanto durante a manhã, imaginou que talvez fosse melhor acordar mais cedo e dar uma adiantada no trabalho antes de Charlotte acordar. Além disso, se conseguisse terminar logo de reanalisar os contratos, teria o resto do dia livre, então poderiam ir no parque ou algo do tipo antes que Benedict, Simon e Daphne viessem para ajudá-lo a descer a cama do quarto de hóspedes para o antigo escritório, que ficava no andar de baixo. Tinham conversado e concluído que o melhor seria que Edwina ficasse lá, ao invés de ter que subir as escadas (coisa que ela provavelmente nem conseguiria fazer sozinha).

Ele conseguiu focar no trabalho por uns bons vinte minutos, mas, depois disso, Charlotte acordou. Assim como no dia anterior, ele foi dar atenção a ela e fazer algumas tarefas domésticas, já sabendo que não conseguiria adiantar muita coisa do trabalho.

E foi bom que ele percebesse isso antes mesmo de começar, porque Charlotte estava mais apegada a ele que o normal. Além de ter pedido que ele brincasse com ela de construir com bloquinhos de manhã, pediu que ele sentasse com ela depois do almoço para assistir um filme, mas, como ele previa, ela logo adormeceu. Anthony a colocou no quarto e voltou a reanalisar os contratos, terminando ainda mais rápido que no dia anterior. Então ligou para Daphne e pediu que mandasse outros três que eram menos urgentes, mas que também precisavam de revisão.

Ele estava para começar a revisar o terceiro quando sua linha de raciocínio foi interrompida.

— Papai. - Charlotte chamou, falando mais lentamente que o normal, entrando devagarinho no escritório e meio se apoiando na parede.

— Oi, meu amorzinho. - Anthony respondeu, simplesmente abandonando o que estava fazendo. Ele não percebeu como ela o tinha chamado, mas notou que estava com voz de sono, então logo a colocou no colo, imaginando que talvez estivesse carente. Já ia chamá-la para ir passear com Newton, mas havia alguma coisa estranha. Colocou a mão na testa dela e depois no pescoço. - Você está bem quentinha.

— Tô? - ela parecia surpresa.

— Tá sim. Vou pegar o termômetro. Fique aí.

Ele tentava se acalmar enquanto descia as escadas para pegar o termômetro, que ficava junto com remédios variados num dos armários da cozinha. Lembrou-se então que ela tinha acabado de acordar, então provavelmente ainda era um reflexo disso. Pegou o termômetro e subiu as escadas numa velocidade mais controlada do que as desceu, meramente para gastar um pouco mais de tempo. Encontrou Lottie sentada na sua cadeira e com o rosto apoiado na mesa, de uma maneira muito fofa. Se ele não estivesse tão preocupado, teria rido.

Ele a colocou de volta em seu colo e pôs um vídeo para rodar enquanto colocava o termômetro para aferir a temperatura dela.

— Tô com frio. - ela reclamou, se apegando mais com ele, que a abraçou.

E então, deu o tempo do termômetro, que marcava 38°C. Puta que pariu, Anthony pensou, mas tentou disfarçar um pouco de sua preocupação.

— Você realmente está com uma febrezinha. Precisa de um banho.

Ela apenas assentiu e ele a pegou no colo, já a levando para o quarto. Porém, enquanto ele preparava a banheira, ela vomitou.

Se Anthony estava preocupado antes, sabia que não estava sentindo metade da preocupação que sentia agora. Assim, ele passou as duas horas seguintes tentando fazer Charlotte comer alguma coisa e beber um pouco de água, controlar sua febre e acalmá-la. Nunca tinha ficado sozinho com ela doente (ou com qualquer outra criança doente, para falar a verdade), então estava fazendo o que imaginava ser o mais certo. Sua vontade era de levá-la ao hospital no momento em que ela tinha vomitado pela primeira vez, mas sabia que seria julgado como uma daquelas pessoas que ia para o hospital por qualquer coisa.

Entretanto, quando ela vomitou pela terceira vez, Anthony decidiu que não dava mais para esperar. Ele pegou o telefone para ligar para Kate e avisá-la que estava indo ao pronto socorro, mas ela já estava ligando para ele.

— Oi, Kat. - ele respondeu.

— Oi. - Kate falou. - Eu tenho uma surpresa.

— O que é? - ele perguntou, tentando parecer ao menos um pouco animado, mas estava muito angustiado para isso.

— O médico da Eddie liberou ela pra viajar hoje e nós conseguimos comprar passagens num voo que sai daqui a 10 minutos. O que foi perfeito, já que nossas coisas já estavam prontas para colocar num carro e ir para o aeroporto.

— Você vai estar em casa em uma hora, então? - o alívio na voz dele era perceptível.

— Sim. Como a Eddie está de cadeira de rodas, fomos embarcadas logo e já estou te ligando do avião. - ela percebeu que ele estava mais aliviado do que animado e ficou imaginando o que teria acontecido. - O que houve?

— Eu estava pegando o telefone pra te ligar agora. - ele respirou fundo. - Acho que vou levar a Lottie no pronto socorro. Ela estava com febre, aí eu dei um banho nela e depois aquele remédio que você me mostrou, mas ela não melhorou e agora já vomitou três vezes.

— Meu Deus. - ela pareceu se preocupar. - Por que não me avisou logo?

— Eu não queria te preocupar. Eu lembro que a febre podia ser efeito colateral de um dos remédios que ela está tomando e que se resolveria com a novalgina. Mas aí como ela começou a passar mal e agora está bem molinha, achei melhor te ligar, avisar e só sair com ela.

— Ok. - ela respirou fundo. - Leve ela pro pronto socorro que eu vou pro hospital assim que chegar.

— Vou ver se o Benedict ou a Daphne podem ir buscar vocês. E ficar com a Eddie depois, enquanto você vem pra cá.

Com certeza, algum dos dois poderia fazer isso. Tinha feito planos para jantar com os irmãos e, apesar de ainda ser 16 horas e os dois provavelmente ainda estarem trabalhando, acreditava que Benedict poderia ir. Era mais difícil para Daphne, principalmente porque estava fazendo algumas de suas atribuições também, então ele era sua melhor aposta. Além disso, mesmo que ele não pudesse naquele momento, até que o avião chegasse já devia estar livre.

— Certo.

— Tirei toda a sua alegria de estar chegando mais cedo que o esperado em casa? - ele perguntou, levantando uma sobrancelha, mesmo sabendo que ela não veria.

— Não. Eu ainda estou feliz por estar indo para casa, só não esperava sair de um hospital pro outro.

— Eu sei. - ele respirou fundo. - Eu vou mandando mensagens e te mantendo atualizada.

— Por favor. Agora vá tomar conta da nossa menina.

Ele percebeu que era a primeira vez que Kate falava de Charlotte como nossa e não como minha. Achava que ela não tinha percebido, então não chamaria atenção para o fato. Talvez comentasse mais tarde, quando as coisas já estivessem mais calmas.

— Irei. Até daqui a pouco.

— Até.

***

Uma hora mais tarde, Anthony e Charlotte estavam no hospital esperando atendimento. Eles tinham chegado 40 minutos antes, mas, como o caso dela não era muito sério e, por mais incrível que parecesse, tinha uma quantidade considerável de gente na sala de espera, ainda não tinham sido atendidos. Ela tremia de frio, apesar de estarem no verão e ser um dia particularmente quente. Anthony fazia seu melhor para cobri-la com o casaco que tinha levado para ela, além de segurá-la contra o seu corpo. Tinha colocado um desenho dentre os vários que ela gostava para tentar distraí-la do frio e da demora, mas não estava funcionando muito bem.

— Papai, vamo pra casa. - ela pediu, o olhando nos olhos. O tom de voz dela, claramente cansado, partiu o coração dele.

— Não podemos ir agora. - ele respondeu. - Você tá muito molinha, então vamos falar com um médico antes de voltar pra casa. Aí ele ou ela provavelmente vai passar alguma coisinha para você melhorar logo. Ah, e vai ter uma surpresa esperando você quando chegarmos em casa.

— Supresa? - Lottie pareceu se animar um pouquinho. Ah, o que a curiosidade não faz, Anthony pensava.

— É, uma surpresa. Acho que você vai gostar.

Nesse momento, um técnico chamou o nome de Charlotte e Anthony se levantou com ela, já sendo direcionados para uma sala de anamnese. Ele tinha informado parcialmente o que estava acontecendo na recepção, mas agora estavam finalmente frente a frente com a médica do plantão, então não poupou detalhes. Disse tudo o que tinha acontecido naquele dia e falou um pouco também do tratamento dela, já que, a princípio, ele imaginou que fosse um efeito colateral de alguma das medicações. Com tudo explicado, a médica achou que provavelmente fosse uma virose ou simplesmente algo que ela comeu e não caiu bem, mas, para confirmar, pediu um hemograma antes de fechar o diagnóstico. Além disso, pediu para que ela fosse colocada no soro para reidratação e que fosse administrado um antitérmico por via endovenosa, para que não houvesse risco de ela vomitar o remédio de novo.

Logo que saíram do consultório, foram chamados à sala de coleta. Charlotte logo ficou tensa. Ela tinha passado por isso mais vezes do que ele conseguia contar só nos últimos meses, mas definitivamente não gostava. Na verdade, quem gostava daquilo? Ele tinha acompanhado quando ela precisou ir fazer exames de sangue, mas quem ficava com ela para a coleta era Kate. E, não importava quão calma ela estivesse antes, sempre voltava para a recepção com lágrimas nos olhos. Coincidentemente, ela ficava muito grudada com ele nesses dias.

— Vai ser só uma picadinha agora. - Anthony disse, tentando tranquilizá-la, enquanto uma técnica chegava para fazer a coleta.

— Boa tarde. - ela cumprimentou.

— Boa tarde. - Anthony respondeu.

— Charlotte Mary Sheffield, correto? - a técnica perguntou e, à menção do seu nome, Lottie assentiu. E então se virou para Anthony. - Vou pedir que o senhor a segure. - ele assentiu.

Quando a técnica começou a preparar as coisas para fazer a coleta, Charlotte começou a tremer.

— Vai ficar tudo bem, Lottie. - Anthony disse, passando a mão no seu cabelo e tentando acalmá-la, como tinha passado a tarde inteira fazendo.

— Quelo mamãe. - ela disse, virando para ele, claramente assustada.

— Ela não está aqui agora, mas eu estou. E eu não vou deixar nada de ruim acontecer com você. - a técnica colocou o garrote no braço dela, que pareceu se assustar. - Só vai doer um pouquinho, que nem naquele dia que a formiguinha te picou quando estávamos no parquinho.

— Só isso? - ela perguntou, olhando surpresa para ele.

— É, só isso. - ele então olhou para a técnica, que já estava prestes a fazer a punção. - Se você ficar bem paradinha e fechar os olhos, dói ainda menos.

Charlotte fechou os olhos e ele começou a cantarolar a música que tinha cantado para ela no avião, menos de uma semana antes. Ele observava a técnica trabalhar para saber quando parar.

— Pronto. - ela anunciou, já colocando um curativo no lugar de onde tinha colhido o material.

— Cabô? - Charlotte parecia surpresa.

— Sim. Você se comportou que nem uma mocinha, parabéns.

— Viu, papai? - ela falou, virando para Anthony.

— Vi, sim, meu amor. - ele respondeu, com um sorriso orgulhoso, enquanto se levantava para sair da sala com ela. - Você se comportou muito bem.

— Curativo de abelinha! - Charlotte notou, quando sentaram novamente, já numa segunda sala de espera.

— Que legal! - ele tentou parecer animado, já que era a primeira vez que ela parecia feliz por alguma coisa o dia todo, mas não tinha certeza de que tinha conseguido. Ele odiava abelhas desde o incidente que custou a vida de seu pai e, apesar de ele e todos os irmãos terem feito testes alérgicos confirmando que não tinham essa alergia, continuava com um certo medo delas. Claro que um desenho num curativo não podia fazer mal algum, mas, ainda assim, não se sentia confortável com a ideia. Tenho que lembrar de falar com a Kate sobre fazermos esse teste, ele pensou. Se uma abelha derrubou um homem grande como o meu pai, o que poderia fazer com a nossa menininha?

A súbita animação dela pareceu passar quando ela percebeu o frio daquela segunda sala de espera. Ela ficou mais calada e quieta, só tentando fazer o frio passar. Anthony imaginou que Kate deveria estar chegando e mandou uma mensagem, avisando que já estavam na segunda sala de espera, apenas esperando que alguém viesse colocar o acesso para que ela fosse medicada.

E então, enquanto ele menos esperava, Kate simplesmente passou pelas portas e começou a andar na direção deles.

— Olha quem acabou de chegar, Lottie. - Anthony disse, chamando a atenção da menina para Kate, que se aproximava rapidamente dos dois.

Um pouco para a surpresa de ambos, ela virou e viu a mãe, mas, ao invés de se jogar em cima dela como geralmente faria, se manteve nos braços de Anthony.

E isso era apenas mais um sinal de como ela estava mal.

— Oi. - ele disse.

— Oi. - Kate respondeu, dando-lhe um selinho e se sentando ao seu lado. - Temos que parar de nos encontrar assim.

Ele sorriu.

— Eu concordo.

— Oi, meu amor. - Kate disse, passando a mão nas costas de Charlotte, que virou o rostinho para ela.

— Oi, mamãe. Saudade.

— Também estava com saudades de você. - ela disse, a voz já denunciando que estava emocionada. Já era a segunda vez que passava um tempo um pouco maior sem vê-la, mas não achava que algum dia se acostumaria com aquilo. - Como você tá?

— Dodói, mas papai tomou conta de mim. - ela respondeu.

E só pela surpresa de Kate nesse momento foi que Anthony percebeu: Charlotte o estava chamando de pai a tarde inteira. As lágrimas chegaram rapidamente aos olhos dos dois adultos.

— Eu sempre vou cuidar de você, minha filha. - Anthony disse, a segurando contra o corpo com um pouco mais de intensidade que um momento antes, enquanto deixava as lágrimas correrem pelo rosto. E então depositou um beijo no topo de sua cabeça. - Papai te ama.

— Te amo. - ela respondeu e se aconchegou no abraço dele, adormecendo pouco depois.

Lottie já tinha adormecido nos seus braços mais vezes do que ele podia se lembrar (inclusive no dia em que ela nasceu), mas agora era completamente diferente. Desde que tinha se casado – na verdade, desde um pouco antes disso –, sentia como se ela fosse sua filha e sempre a tinha tratado dessa forma, mas nunca tinha ousado chamá-la assim. Não em voz alta.

— Como foi que isso aconteceu? - Kate perguntou, claramente surpresa. - Nossa, minha pergunta fez isso parecer uma coisa ruim, desculpa.

— Não fez. - ele disse. - Eu também estou surpreso. Principalmente porque eu não notei que ela estava me chamando de pai até você perceber.

— Essa não foi a primeira vez?

— Não. Ela me chama assim desde que acordou de tarde. Não sei o que fez ela decidir. - ele parou para pensar um momento. - Kat, e se for só efeito da febre?

— Como assim?

— Se for, sei lá, uma espécie de delírio e ela não lembrar disso quando a febre passar?

— Não é. - ela disse, tentando tranquilizá-lo. - Eu tenho certeza disso. Mas, se você for parar pra pensar direitinho, caso seja por causa da febre, é um reflexo do que ela realmente sente.

— É verdade. - ele disse, sentindo o peito ficar mais leve.

— Mas como você não percebeu que ela estava te chamando de pai?

— Eu não sei. Talvez eu estivesse preocupado demais.

— Ou talvez só estivesse esperando há algum tempo. - Kate disse. Ele olhou para ela, um pouco confuso. - Você não estava esperando por isso?

— Você estava? - ele estava surpreso.

— Sim. - ela disse, num tom de voz que dizia que era óbvio. - Você desempenha esse papel na vida dela e eu estava só esperando vocês dois perceberem isso.

— Bom, eu percebia isso, mas não me importava de ser só o Tony.

— Eu sei que não, mas eu te garanto: papai é melhor que Tony, especialmente no fim de um dia difícil. Assim como Kat é melhor que Kate.

— E amor? - ele perguntou, levantando uma sobrancelha.

— É ainda melhor que Kat. - ela sorriu e encostou a cabeça no ombro dele.

Passaram alguns minutos desse jeito, até que chegou uma enfermeira, informando que ia colocar o acesso em Lottie assim que voltasse com os materiais.

— Deveríamos acordá-la? - ele perguntou para Kate.

— É melhor. Ela tinha ficado acostumada a colocar o acesso por causa da quimio, mas acho que devíamos acordar ela. - ela afastou um pouco o casaco que estava sendo usado de cobertor e só então notou o curativo na dobra do cotovelo da filha. - Coletaram uma amostra?

— Sim. A médica de plantão disse que era pra poder identificar se era alguma infecção ou se era só resultado de algo que ela comeu e não caiu bem mais o efeito colateral do remédio.

— E ela não surtou?

— Ela estava assustada no começo e até pediu por você, mas eu consegui acalmá-la.

— Você tem que me ensinar sua versão de Dear Theodosia. Ela aparentemente é milagreira. Eu nunca consegui levar ela pra fazer um exame sem que ela chorasse.

Então acordaram Charlotte e explicaram que ela ia levar outra “picadinha”, mas que era a última do dia. Ela pediu para que a mãe segurasse sua mão, mas preferiu ficar no colo do pai. Tudo correu bem e ela ficou calma… por cerca de cinco minutos. Depois disso, o antitérmico começou a fazer efeito e ela começou a zanzar entre os dois (o máximo que conseguia dado a limitação do tamanho do cabo do acesso), mostrando que, claramente, estava melhor.

Alguns minutos depois, o técnico que os tinha chamado da primeira vez pediu que eles voltassem para o consultório da médica que os tinha atendido. Charlotte parecia estar bem melhor, então os dois estavam bem mais tranquilos, apesar de ainda quererem descobrir o que ela tinha, claro.

Entretanto, quando entraram no consultório, perceberam que alguma coisa estava errada.

— Boa noite. - a médica disse, num tom muito sério. - Sentem, por favor.

— Boa noite. - ambos responderam, já sentando nas cadeiras em frente a médica.

— Vejo que sua esposa chegou.

— Sim. - Anthony confirmou.

— O que ela tem? - Kate perguntou, segurando Lottie no colo.

— Era sobre isso que eu precisava falar. - a médica disse. - E por isso que pedi para vocês sentarem. Estava dando uma olhada nos exames e eles não são condizentes com nenhuma infecção em curso, ou seja, ela não tem uma virose ou bacteriose.

— Certo. - ela respondeu e mordeu o lábio inferior. - Deve ter sido alguma coisa que ela comeu, então.

— Provavelmente sim, mas foi bom que vocês tenham vindo. Ela fez um tratamento contra leucemia recentemente, certo?

— Sim. - Anthony respondeu quando se tornou claro que Kate não o faria, já segurando a mão dela. Ela odiava ter que falar aquelas palavras em voz alta, mesmo que fosse só confirmando algo que outra pessoa disse, então era o mínimo que podia fazer.

E ela simplesmente segurou a mão dele enquanto sentia o mundo ser tirado de debaixo de seus pés mais uma vez.

De alguma forma, sabia quais seriam as próximas palavras da médica.

— Eu aconselho retornarem para o oncologista o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

P. S.: não me matem, beijossss



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