Some Kind Of Disaster escrita por Mavelle


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!
Voltei, desta vez com um presentinho de natal antecipado pra vocês.
E GENTE
Só faltam 3 dias pra série sair na Netflix.
TRÊS DIAS.
Eu tô tão ansiosa pra ver que é literalmente a única coisa em que eu consigo pensar kk
Enfim, espero que gostem do capítulo. Digam o que estão achando nos comentários e acompanhem a história para serem notificades quando for postado capítulo novo.

Beijos,
Mavelle


Sugestão de música: Medo Bobo - Rubel
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Todos os dias, Anthony acordava e simplesmente se levantava da cama. Nunca tinha sido do tipo que perdia muito tempo deitado na cama quando não podia (e com isso ele queria dizer durante a semana), mas agora ele simplesmente ouvia o despertador e se levantava. Ia ao banheiro e depois saía para fazer sua corrida matinal. Depois, quando chegava em casa, colocava café no fogo, e acordava Kate, se ela não tivesse acordado. Tomava um merecido banho e se vestia enquanto Kate acordava Charlotte e a arrumava para a escola. Então ficava com Charlotte enquanto Kate se arrumava e ele terminava de fazer o café da manhã. Alguns minutos depois, ela descia as escadas, bem a tempo de os três tomarem café da manhã juntos antes de saírem pelo dia. Assim, deixavam Lottie na escola, iam para o trabalho e passavam para buscá-la depois que o expediente acabava. Faziam o jantar juntos ou iam para a casa de Violet, voltando para casa para preparar o almoço do dia seguinte ou fazer outros afazeres domésticos. Para ele, isto frequentemente queria dizer passear com Newton pelo condomínio. Às vezes, Kate e Charlotte iam também e eles a levavam para o parquinho.

Todo o tempo em que estavam juntos, qualquer um diria que eram um casal apaixonado: mesmo quando estavam sozinhos, parecia que um orbitava ao redor do outro.

Só na hora de dormir é que as coisas eram diferentes.

Cada um ficava numa das pontas da cama, quase que se esforçando para ficar o mais longe o possível um do outro. Não havia uma barreira física entre os dois na cama, mas ambos a sentiam ali. Era uma barreira mental, mas parecia quase tão ou até mais tangível quanto uma barreira física.

Apesar disso, faziam quase três semanas que estavam casados e ambos estavam satisfeitos com aquilo.

Era exatamente o que esperavam de sua vida juntos – uma rotina a seguir e, também, um pouco de companhia. Anthony agora se perguntava o que fazia de suas noites sozinho em casa antes disso. Talvez fosse algo parecido, como lavar roupas ou até mesmo limpar a casa, mas, de alguma forma, parecia que era algo completamente diferente.

Nesse dia, uma quinta feira, seguiriam um caminho um pouco diferente. Deixaram Lottie na escola e depois foram para uma consulta com um geneticista, que tinha sido marcada algumas semanas antes. Charlotte tinha terminado as sessões de quimioterapia e estava bem: tinha entrado em remissão e, apesar de precisar continuar tomando alguns medicamentos para manter-se assim, já tinha ganhado de volta um pouco do peso que perdeu e estava com mais energia do que antes. Entretanto, a oncologista disse que havia risco de recidiva e que o ideal seria que ela fizesse um transplante de medula caso isso acontecesse.

Assim, Kate e Anthony tinham feito um exame para ver qual a compatibilidade dos dois com ela e se poderiam ser doadores caso se fizesse necessário. O resultado já tinha saído, mas precisava ser avaliado por um geneticista e era por isso que estavam indo para essa consulta com o doutor Davis.

Na recepção, Kate estava se sentindo um pouco apreensiva. Anthony tentava acalmá-la discretamente, segurando sua mão e fazendo pequenos círculos com o polegar no dorso da mão, mas a verdade é que também estava tenso.

— Senhorita Sheffield? - a recepcionista chamou e os dois foram até o balcão. Kate ainda não tinha alterado os documentos para adicionar o Bridgerton, já que estava esperando a viagem passar para pedir a alteração no passaporte. Além disso, a consulta tinha sido marcada antes do casamento, portanto a ficha ainda dizia que ela era solteira. - O doutor Davis disse que já pode recebê-los. É a sala 7, fica no fim desse corredor. - ela indicou o corredor que ficava em frente a onde eles estavam.

— Ok, muito obrigada. - Kate disse.

Os dois fizeram o caminho até a sala e Anthony bateu à porta.

— Pode entrar. - o geneticista disse. Então ele abriu a porta, e o dr. Davis falou, sem levantar a vista. - Bom dia, senhorita Sheffield.

Anthony se virou para Kate, prensando os lábios para não rir. Ela revirou os olhos e entrou na sala.

— Bom dia, doutor Davis. - ela respondeu, já sentando em uma das cadeiras, enquanto Anthony fechava a porta e o geneticista olhava pela primeira vez para eles.

— Ah, não vi que tinha companhia. E o senhor é?

— Anthony Bridgerton. - ele respondeu, sentando na cadeira vazia ao lado de Kate.

— Parceiro, parente ou pai precoce?

Kate não conseguiu conter a risada. Anthony apenas olhava dela para o geneticista, estupefato. Entretanto, apesar de indignado por ter sido chamado de velho na cara dura (por um homem de meia idade cujo cabelo começava a rarear, ainda por cima), ficou aliviado por Kate ter relaxado, mesmo que minimamente e só por um momento.

— Desculpe. - ela disse, tanto para o dr. Davis quanto para Anthony, mas ainda tinha um sorriso no rosto. - Ele é meu marido.

— Foi proposital, não tem porque se desculpar. Ninguém nunca vem para cá por uma razão boa e muitas vezes não escutam o que queriam ouvir, então eu tento descontrair.

— É uma boa ideia. - Kate disse.

— Então, o que os trouxe aqui?

— Bom, Charlotte, minha filha de dois anos, foi diagnosticada com leucemia no final do ano passado. - ela disse e Anthony automaticamente segurou sua mão, a encorajando. Sabia que, mesmo agora que as coisas estavam “bem”, era difícil para ela falar disso. - Ela fez a quimioterapia para a indução e para a consolidação e tecnicamente está bem. Agora, ela entrou na fase de manutenção, mas a oncologista disse que tem um risco muito alto de reincidência dentro dos próximos seis meses e que, caso isso aconteça, o melhor é fazer um transplante de medula.

— Então ela pediu para que já fossem procurando possíveis doadores?

— Isso. - Anthony disse e pegou o envelope que estava segurando, já o entregando para Davis. - Ela tomou a liberdade de passar alguns exames para fazermos para verificar se algum de nós é compatível com ela.

— Entendi. - ele disse, pegando o envelope e percebendo que estava lacrado. - Ainda não abriram?

— Achamos melhor não. - Kate disse. - Eu não tinha ideia do que poderia vir escrito aí e não queria me desesperar. Tanto é que só pegamos o resultado ontem, para não correr a tentação de ver.

— Uma escolha interessante.

— Quando a Lottie era menor, eu jogava todos os sintomas dela no google antes de ir no médico, então sempre ia esperando o pior. Depois eu percebi que não fazia bem para ninguém e decidi tratar em casa e só levar no médico sem tentar ficar adivinhando o que poderia ser. E aí, quando vi que fazia mais bem do que mal na maior parte das vezes, comecei a adotar isso para praticamente tudo.

— Realmente é uma estratégia inteligente. - Davis disse, enquanto olhava os exames. - Devo assumir que os dois são leigos no assunto de compatibilidade e genética num geral?

— Sim. - Anthony disse. - Não lembro se a Kat pagou algo de biologia na faculdade, mas a última vez que vi algo sobre o assunto foi quando estudei na escola aquele experimento das ervilhas.

— Eu também. - ela admitiu.

— Ok. - Davis disse e respirou fundo. Sabia exatamente aonde a conversa que estava tendo daria por ser uma que, infelizmente, já tinha repetido centenas, talvez milhares de vezes. Nunca ficava mais fácil ver o olhar no rosto dos pais, especialmente quando se tratava de uma criança tão pequena. - Nenhum dos dois é compatível com ela. - Kate apertou a mão de Anthony com força, mordendo o lábio para não chorar. - Mas calma. A probabilidade de qualquer um de vocês ser compatível era ínfima, já que vocês são os pais dela. O HLA, que é a proteína responsável pela compatibilidade, é formada por contribuições em partes iguais da mãe e do pai. Como há uma maior tendência a nos sentirmos atraídos por pessoas com HLA diferente e não semelhante ao nosso, é bem difícil vocês terem um HLA compatível ao de sua filha.

— Eu não sou o pai biológico da Lottie. - Anthony disse, já criando um pouco mais de expectativa.

— Desculpem. Eu assumi que fosse, já que os dois fizeram o teste. - Davis respondeu, reanalisando os papéis. - De qualquer forma, você não pode ser um doador, já que só tem 50% de compatibilidade, assim como sua esposa.

— Pode ter algum erro no teste ou algo do tipo? - Kate perguntou, já atenta. Anthony tinha de certeza 50% de compatibilidade. E se fosse um erro do teste e na verdade fosse mais que isso?

— O padrão é que os laboratórios façam o teste e o repitam para confirmar, então o resultado é este. As chances de um estranho, biologicamente falando, ser compatível são muito pequenas. Há maiores chances de compatibilidade quando falamos de irmãos e outras pessoas da mesma família.

— Eu tenho uma irmã.

— Ela seria a possível doadora mais provável até agora. E, como seu marido tem os 50%, se ele tiver outros membros da família, há uma pequena possibilidade de que eles possam ser compatíveis com ela.

— Apenas uma pequena multidão. - Anthony disse, já se animando um pouco mais. Se fosse mesmo necessário, não tinha dúvida que sua família faria fila para ajudar.

— Ótimo. Não precisa de uma requisição para esse tipo de exame, é só ter o nome e pedir. De qualquer forma, se mesmo explorando todas essas possibilidades não houver um doador compatível, ainda é possível encontrar a partir dos bancos de dados, que combinam dados de doadores de todo o mundo.

— Ok.

— É isto. - ele disse, devolvendo o envelope a Kate, que parecia um pouco aérea. - E se quiserem outro tipo de orientação ou aconselhamento sobre o assunto, coloquei meu cartão dentro do envelope com os resultados.

— Muito obrigada pelo seu tempo. - Kate disse, já se levantando, com Anthony fazendo exatamente o mesmo ao lado dela. - Bom dia.

— Bom dia. - Davis disse, ao ver os dois saindo de sua sala. Por que ele não sabe?, ele pensou, mas logo deixou de lado. Tinha outras pessoas a atender e outras coisas logo ocuparam sua mente.

Enquanto isso, Kate e Anthony chegavam ao estacionamento do prédio em que tinha ocorrido a consultoria. Ele estava se sentindo um pouco mais confiante, já que tinham várias opções, mas percebeu que Kate não estava. Então, quando chegaram ao lado do carro, ele a parou antes que pudesse entrar. Sabia que, se saíssem naquele momento, ela manteria o que quer que a estivesse perturbando para si.

— O que foi? - Kate perguntou, claramente estranhando a situação.

— Você está bem? - ele perguntou, preocupado.

— Eu não sei. - ela admitiu.

— O que ele disse não foi ruim. Nem eu nem você podemos fazer nada, mas temos opções, se for necessário. Tudo vai dar certo.

— Eu sei. É só que… - ela suspirou. - Isso é tão difícil. Eu tenho que ficar de lado e só ver as coisas se desenrolarem sem que eu possa controlá-las ou fazer algo ativamente para ajudar. Tudo o que eu posso fazer é lidar com os danos e cuidar da Lottie. Só uma vez eu queria ser capaz de fazer alguma coisa. Eu daria minha vida por ela, então não poder dar uma pequena parte de mim para que ela fique bem em definitivo está me matando. - os olhos dela estavam marejados e algumas lágrimas caíram pelo seu rosto. Anthony simplesmente secou as lágrimas dela e a abraçou. - O que nós vamos fazer? - Kate perguntou, basicamente enterrando o rosto no peito dele. Ele respirou fundo.

— Vamos parar e respirar. - ele respondeu, ainda a abraçando. - E aí vamos pensar direitinho nas nossas opções. A Ed ainda pode ser uma doadora, mas, se ela não puder, tenho certeza que a outra parte da família vai se oferecer pra fazer esse teste, mesmo que as chances sejam pequenas. E, se mesmo assim não conseguirmos ninguém, vamos procurar no sistema. Em algum lugar do mundo deve ter alguém que seja compatível com ela. Ainda temos tempo, se precisarmos, e vamos encontrar, eu tenho certeza disso.

A forma como ele falou aquilo, como se tivesse certeza do que estava falando, aqueceu o coração de Kate. Ela levantou a cabeça e o olhou nos olhos. Apenas pela forma como ele a olhava, dava para perceber que estava dizendo aquilo porque acreditava nas suas palavras e não para tranquilizá-la. Eu podia beijá-lo agora, ela pensou. E por que não? Já faz um tempo que eu quero fazer isso.

Então ela simplesmente o beijou.

Por cerca de meio segundo, Anthony estava surpreso demais para qualquer coisa, mas, passado o choque inicial, começou a corresponder. Queria aquilo há bastante tempo, talvez até há mais tempo do que achava, então por um momento, se deixou levar. Antes que pudesse se dar conta, estava prensando Kate contra o carro. Uma de suas mãos estava agora percorrendo a coxa dela e a outra se mantinha na cintura dela, puxando-a mais para perto, enquanto as dela passeavam por seu cabelo e costas, também o puxando para mais perto.

Por alguma razão que ele não conseguia realmente entender, Anthony se lembrou do lugar onde estavam e do que tinha acabado de acontecer. Eu não acredito que vou ter que fazer isso, ele pensou, ainda a segurando perto de si, mas já parando de beijá-la. O olhar no rosto dela era confuso.

— O que foi? - ela perguntou.

— Precisamos parar.

— Por que? Se você não quiser isso…

— Eu quero. - ele a cortou, levantando o rosto dela delicadamente para encará-lo. - Mais do que você possa imaginar e há mais tempo também, mas se eu continuar agora, vou estar fazendo a coisa errada para você. Você está vulnerável demais e eu não quero que faça algo do que pode se arrepender depois.

Nunca vai chegar o dia em que vou me arrepender de ter te beijado, ela pensou, mas apenas assentiu. Entendia o que ele queria dizer e era um inferno que ele fosse tão respeitoso.

— Se queria há tanto tempo, deveria ter feito antes. - Kate disse, depois de alguns segundos.

— A regra foi sugestão sua, então achei que a iniciativa de retirá-la deveria ser sua. - ele deu um sorriso de lado e se inclinou um pouco mais para perto dela. - Pensando em esquecer que ela existe? - provavelmente o tempo todo, ela ia responder, mas ele simplesmente beijou sua testa e destravou o carro. - Falamos sobre isso de novo depois. Vamos.

Levou um momento para que ela se lembrasse porque precisava sair dali.

— Eu esqueci completamente do trabalho. - Kate disse, já entrando no carro.

— Eu tenho esse efeito nas pessoas. - ele entrou pelo seu lado do carro e ela bateu de leve no braço dele. - Ei, sem agredir o motorista.

— Você é convencido demais, meu Deus. - ela disse, revirando os olhos.

— Nada que você não soubesse antes. Não tenho culpa de não ter tido oportunidade de demonstrar tanto assim nos últimos dias.

— Sim, eu já sabia.

Eles ficaram quietos por alguns momentos, até que Anthony quebrou o silêncio.

— Eu não pareço ter idade suficiente pra ser seu pai, pareço? - ele perguntou, o que a fez rir.

— Claro que não. Ele estava brincando. Se fôssemos da mesma família, seria no máximo irmão mais velho. Ou primo distante quase da mesma idade.

— Por que tão específica com o primo?

— Porque pegar um primo distante não é incesto.

— Não?

— Bom, um pouquinho, mas o sangue já está muito diluído até lá.

Ele riu.

— Bom saber.

***

Três dias depois, no domingo de manhã, Anthony e Kate estavam esperando a chamada para seu voo. Tinham deixado Charlotte com Violet um pouco mais cedo e depois Eloise tinha ido deixá-los no aeroporto. Já tinham passado por todos os processos e agora só aguardavam o embarque. Desde aquele dia, não tinham mais se beijado. Não tinha surgido ocasião na frente dos outros e, em casa, as coisas tinham voltado a ser como eram antes. Ambos sabiam o que queriam e Kate sabia que Anthony também queria, mas ele não tinha tanta certeza quanto a ela. Por alguma razão, ainda não estava convencido de que o interesse dela tinha sido algo mais do que o desespero falando alto.

Então, foram chamados para o embarque e, enquanto apresentavam as passagens, foram surpreendidos.

— Parabéns pela lua de mel, senhor e senhora Bridgerton! - a atendente disse, com um sorriso. Tinham perguntado no balcão qual a razão da viagem e, aparentemente, a notícia tinha se espalhado. - Para parabenizá-los e agradecer por escolherem a WW Airlines nesse momento tão especial, vocês foram escolhidos para um mini city tour gratuito durante a nossa parada em Amsterdã.

— Nossa, muito obrigada. - Kate disse, e depois virou para Anthony, com um sorriso. - Eu sempre quis visitar Amsterdã.

— Acho que você vai gostar. - ele disse, enquanto os dois entravam no corredor para acessar a aeronave.

— Você já foi lá?

— Já. Na época da faculdade.

— Um Anthony jovenzinho em Amsterdã… Não consigo nem imaginar o tamanho do estrago.

— Mas não teve estrago. Eu não fiz nada ilegal. - ele sorriu de lado.

— Nada ilegal lá, mas era legal aqui? - ela levantou uma sobrancelha.

— Isso já é outra história. Eu te mostraria o lugar que eu comprei um dos melhores brownies da minha vida, mas acho que não é bom embarcarmos chapados.

— Aff, escala de 5 horas tóxica.

Nesse momento, eles alcançaram a entrada da aeronave. E mais um funcionário parabenizou pela lua de mel, antes de levá-los aos seus lugares.

— Eu sempre acho engraçado nos parabenizarem pela lua de mel. - Anthony disse, já colocando a bagagem de mão dos dois no bagageiro enquanto Kate se acomodava. - Não é “parabéns pelo casamento”, é “parabéns pela lua de mel”.

— É porque fica subentendido: “parabéns, vocês vão passar a semana transando, queria estar como vocês, mas tenho que trabalhar”.

Ele riu, já sentando ao lado dela.

— Não que nós vamos fazer isso, mas ninguém precisa saber.

— Claro. - ela fez uma pausa. - E eu tive uma ideia sobre isso. - ela anunciou.

— Diga.

— Estava pensando em flexibilizarmos nossa regra.

Anthony pareceu interessado.

— Sou todo ouvidos.

— Bom, e se durante a viagem ela não valer? - Kate perguntou, com um pouco de expectativa.

— O que você quer dizer? - ele tinha entendido, mas era melhor confirmar.

— Que, se durante a viagem surgirem oportunidades, eu não quero deixá-las passar.

— Ok. - ele fez uma pausa. Estava animado com a possibilidade, mas tentava parecer neutro. Então outra questão lhe ocorreu. - E depois que voltarmos para casa?

Ela deu um sorriso conspiratório que fez o coração dele acelerar.

— Veremos.

Definitivamente aquela viagem ia mudar as coisas para eles.

Se pra melhor ou pra pior, ainda não sabiam.


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