Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Ééé, a do Adam Lambert. É a única música dele que eu gosto (não que eu tenha ouvido muitas, mas enfim; quando eu vi o clipe dessa no MultiShow - tradução junto ;F -, TIVE que colocá-la na fic. É perfeita. E esse foi um capítulo imaginado.
Enjoy (:
É o plano, dá para ver
Que baby, você é linda
E não há nada de errado com você
Sou eu, eu sou louco
Mas obrigado por amar
Porque você faz isso perfeitamente
Whataya Want From Me - Adam Lambert
*-*-*-*-*
- Pois eu gostaria de lhe comunicar que não tem por quê. Você é outra coisa, Bill. Não tem como eu te trocar. Você é tipo... minha pessoa preferida.
- Tá... bom saber... – eu sabia que tinha corado. Ainda bem que estávamos ao telefone – E... eu sou mais bonito que ele também? – EU NÃO ACREDITO QUE DISSE ISSO.
- Mas que pergunta! Vocês estão disputando qual dos dois é preferência nacional?
- Eu só perguntei... – disse eu, querendo dar um soco na própria cara.
- Então tá... Sim, te acho mais bonito que ele.
Me senti corar mais ainda.
- Mesmo quando eu acabo de acordar?
- Você fica uma gracinha com cara de sono.
Tá bom, agora eu sabia que estava vermelho como um tomate.
- Então posso concluir que você prefere o Bill ao Georg?
- Convencido! Mas sim, você é a minha preferência nacional! Mais alguma pergunta para concluir a pesquisa, senhor?
- Seu excesso de bom humor me irrita às vezes.
- Agora o “bem humorado em excesso” veio a calhar? Hahaha!
- É. Veio. Não, senhora, não há mais perguntas. Muito obrigado pela sua participação.
- Não se esqueça de me mandar pelo correio quando sair o resultado!
- Tá bom... engraçadinha. Até amanhã.
- Até amanhã, preferência nacional! Eu te adoro, Bill! Tchau.
Ela desligou. Suspirei, mas não sei se de alívio ou de preocupação. Me alivia saber que sou a “preferência nacional” dela, mas me preocupa o fato de que o Georg é uma forte concorrência...
- Acho que eu tô ficando neurótico... – disse para mim mesmo, em pé ao lado do sofá.
- Falando sozinho, Bill? – disse Tom, entrando na sala.
- Tava pensando alto... Só isso.
- Pensando em quanto por cento o Georg te “ameaça”?
- Eu já te mandei à merda hoje, Tom?
- Não.
- Então vá à merda. – falei e fui pro quarto, batendo a porta. Odeio que cheguem com piadinha pro meu lado quando eu não tô bem.
E neste momento, eu não estou bem.
BILL OFF
Bill estava meio estranho no telefone ontem, eu pensava quando fechei o portão do prédio. Tanta pergunta... E CADA pergunta...
Depois, se der, eu falo com ele.
E deu. Fugimos da Educação Física, levei-o para o Jardim da Frente e, sem rodeios, perguntei:
- O que você tinha ontem? Te achei estranho no telefone.
- Eu tava com um pouco de sono...
- Às cinco da tarde?
- É... Eu não dormi bem à noite e fiquei daquele jeito o dia inteiro.
- Sei...
- Mas agora eu tô melhor...
- E se você tá melhor, por que tá falando do mesmo jeito de ontem?
- Qual é, olha que horas são...
- Bill... para de inventar desculpa. Fala logo o que tá acontecendo.
Ele fez cara de reticências.
- Fala, vai. – insisti.
- Ok. Um a zero pra você. Eu não gostei nadinha daquela história do Georg... – ele ergueu a cabeça, decerto esperava que eu dissesse alguma coisa. Mas eu não disse; fiquei só olhando e esperando que ele continuasse - Tá. Confesso. Fiquei com ciúme. – o rosto dele se ruborizou enquanto ele abaixava novamente a cabeça e olhava para o nada.
- Do que exatamente?
- Eu já te falei... no telefone...
- Medo de que eu te trocasse por ele ser mais atirado? É só isso? Então qual a razão de você ter me feito tanta pergunta?
- Eu queria saber... o que é que você achava dele...
- A partir dessa resposta eu posso deduzir que você acha que eu tenho algum segundo interesse com o Georg?
- Eu não quis dizer isso.
- Foi o que deu a entender. Bill, o que você tá pensando, seja no primeiro ou no segundo sentido, não tem nada a ver.
- Como posso ter certeza?
- Tá me pedindo satisfação? O que tá havendo contigo?
- Aah, foi mal, Mari. Passei um pouco da linha, né?
- Foi péssimo. Bill, eu não preciso ficar te justificando cada passo que eu dou. Nem ficar te falando tudo o que eu penso... Você, idem. Eu entendo que você tenha certo ciúme de amigo, mas o que você tá fazendo tá passando um pouco do limite mesmo. Você quer que eu... que eu... te enxergue de outra forma? E também... qualquer coisa que eu tenha em relação ao Georg é problema meu.
- Entendi... Me desculpe.
- Pra você ter noção, quando a gente entrou no estúdio, sábado, o Georg me pediu em casamento!
- O Tom tem cada ideia...
- O que o Tom tem a ver com isso?
- Depois te conto, continua.
- Tá. Quando eu disse que éramos menores de idade e que eu não sou daqui, ele falou que no ano que vem já vai ser maior. É mole?
- Eu te disse que o Georg é uma besta.
- Fiquei com medo de que ele lembrasse que eu posso conseguir a cidadania alemã me casando com um nativo... No caso, ele. – fiz uma careta. – Eu posso? Não que eu esteja pensando em fazer isso...
- Sei lá.
- Mas enfim. – peguei a mão dele e entrelacei com a minha -, se você chegar com uma crise possessiva dessa de novo, eu finjo que não te conheço. Georg é um guri que faz os hormônios de qualquer menina ebulirem. Inclusive os meus. Mas se te conforta saber, não tenho nenhuma intenção com segundo sentido relacionada a ele.
- Hm. Tá bom.
- Seu ciumento!
O sinal bateu.
- ‘Bora pra sala – ele disse. – Aula de História.
Lembrei da música do Ultraje a Rigor, inventei uma versão alemã e comecei a cantar:
- Meu bem me deixa sempre muito à vontade... Ela me diz que é muito bom ter liberdade... Que não há mal nenhum em ter outra amizade... E que brigar por isso é muita crueldade!
- Quê isso? – ele perguntou.
- Música. – respondi, me agarrei no pescoço dele e continuei cantando: - Mas eu me mordo de ciúme!... Mas eu me mordo de ciúme!...
- Isso é alguma indireta?
- É.
- Ótimo. A carapuça serviu.
- Que bom. Escuta uma coisa. Eu adoro você! – dei-lhe um beijo de leve na bochecha. – Mas eu me mordo de ciúme!... Ok, parei com isso.
Quando chegamos na sala, me lembrei de algo.
- Escuta, Bill – chamei -, me explica agora o que o Tom tem a ver com a história do Georg.
- Ah... Ontem o Tom me contou que a ideia foi dele.
- Como assim?
- O Tom falou pro Georg ficar te cantando pra me fazer ciúme. E a besta do Georg adorou a ideia.
- Deu pra ver. Funcionou, né?
- É. E foi por isso que eu te liguei ontem... Ainda acha “bem humorado em excesso” um termo adequado?
- Talvez.
A música ficou na minha cabeça.
Acordei na quinta pensando; puta que pariu, falta menos de uma semana pro aniversário do Bill e do Tom!
- Hey, Maria, nosso aniversário tá chegando! O que você vai me dar de presente? – Tom perguntou quando me viu chegando na esquina, como se eu já não soubesse.
- Um tapa na bunda de cada um, pode ser? Vocês tinham que ter nascido no primeiro dia do mês? Eu não tenho dinheiro nem pra comprar bala! E mesmo que tivesse, não faço ideia do que dar de presente pra vocês.
- Ignore o Tom, Mari. – disse Bill. – Não se preocupe com isso.
- É, não se preocupe, prefiro não ganhar nada a um tapa!
- Tom, antes de fazer uma piada, certifique-se de que ela não seja infame pra merecer ser contada, ok?
- Vai cagar, Bill.
- Deixa, Bill – falei. – Você deveria ignorá-lo quando ele faz isso. E só pelo que disse, Tom... Vocês vão fazer quinze, né? Você vai ganhar quinze tapas.
- Maria, me lembra de fugir de você no dia do nosso aniversário? – Tom disse com a cara assustada.
- Afe, Tom, menos, eu tava brincando.
- Brincadeira sem graça.
- Se a carapuça lhe serve – Bill disse.
Continuamos o caminho. Quando chegamos na escola, Bill foi ao banheiro e eu fiquei conversando com Tom antes de irmos pra sala.
- Foi mal pela brincadeira, Tom. Não pensei que fosse ficar chateado.
- Esquece. Como disse o Bill, a carapuça serve. Às vezes eu também irrito vocês com as minhas brincadeiras.
- Orra.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Pergunta, ué.
- Quando você for embora... O que vai fazer?
- Como assim?
- O que vai fazer pra não ser notada sumindo pro nada? É assim que você vai embora, não é?
- É...
- Então, o que vai fazer?
- Não sei, Tom. Não faço a menor ideia. Ainda tenho muito tempo pra pensar nisso.
- Quando... você... vai?
- No ano que vem. Não sei exatamente a data, mas é no ano que vem.
- Como não sabe a data? Que dia você chegou?
- Saí de 2009 em meados de outubro, mas aqui eu cheguei no dia... 3 de agosto.
- E como é que funciona a budeguinha que te trouxe até aqui?
- É assim, eu programei o local, a data, o tempo de ausência do mundo real e o tempo de permanência aqui.
- Mundo real? Você sente isso aqui como se estivesse num programa infantil de tevê?
- Claro que não. Só usei a expressão “mundo real” porque isso se refere à minha realidade. Entendeu?
- Aham. Mas continua, por quanto tempo você programou pra ficar aqui?
- Vinte e cinco meses. Mas eu não sei a lógica do troço, se ele conta esses vinte e cinco meses como vinte e cinco períodos de trinta dias, ou como cem semanas; ou ao pé da letra, do dia 3 de agosto de 2003 ao dia... 3 de... setembro... de 2005...
- O que você quis dizer falando essa frase tão devagar?
- Quis dizer que, se for assim o raciocínio do negocinho, eu vou embora, no ano que vem, dois dias depois do aniversário de vocês.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Essa parte da conversa om o Tom, até o fim, tava no bloquinho de notas do celular (sim, eu vou ficar avisando. Adoro compartilhar minha loucura! *--*). E a bateria acabou bem quando eu tava digitando a última frase e não salvou! D:
Mas ok, eu lembrei depois e aqui está -qq
A música do Ultraje a Rigor: http://letras.terra.com.br/ultraje-rigor/49184/
Geeeeenteee, eu não mordo!!!!
Podem deixar reviews, eu respondo a todos com o maior prazer!
Ah, se liga naquela shortfic que eu tô prometendo desde que fui viajar? Então, terminai de digitá-la e postarei na semana que vem.
Au revoir! õ/