Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo


Capítulo 21
Contagious


Notas iniciais do capítulo

Acho que essa semana eu posto uma fic nova... Uma parceria, a minha primeira que dá certo. õ/
Deu trabalho escoher música-tema pra esse capítulo, troquei várias vezes até me decidir por essa. Geralmente eu procuro primeiro nas músicas que eu conheço, e se dentre essas não achar nenhuma que me sirva, vou atrás de alguma outra. E se eu não me engano, esse capítulo foi escrito na época em que meu computador tava paulado.
E Avril, dois capítulos seguidos.
Avril 4ever *--*
Well, vou poupar quem lê dos meus dramas do dia...

Enjoy (:



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Quando você está por perto eu não sei o que fazer

Eu acho que não posso esperar

Ir em frente e conversar com você

Eu não sei o que eu deveria dizer

E eu caminho em silêncio

É quando eu começo a perceber

O que você traz à minha vida

Porra, esse cara consegue me fazer chorar

Contagious - Avril Lavigne

*-*-*-*-*

     Já estávamos no estúdio depois de subir dois andares de escadas. Os garotos se apresentaram para o produtor que os estava esperando e se colocaram a postos para tocar.

     Notei um pouco de nervoso da parte do Bill, pois o vi inspirando e expirando longamente antes de contar “um, dois, três, quatro”, sinalizando aos outros para começarem. Eles tocaram as mesmas músicas da outra vez, só que em outra ordem: Schrei, Durch den Monsun, Der Letzte Tag, Unendlichkeit, Laß Uns Hier Raus, Wenn Nichts Mehr Geht e por último, Rette Mich.

     Quando terminaram e saíram do estúdio, o produtor que os assistira – “Jost. David Jost.” – ainda estava anotando alguma coisa quando sussurrei para os gêmeos:

     - Cara, vocês bem que podiam me ensinar as letras. Pega meio mal eu ir junto com vocês em tudo quanto é canto e assistir babando.

     - Você não tava babando – disse Bill.

     - Não. Mas eu queria saber as letras, pra pagar uma lunática decente.

     Eles iam rir quando a nossa conversa entre sussurros foi interrompida.

     - Cada um de vocês – disse Jost – me dê um motivo pra assinarem um contrato.

     - Temos um disco gravado no nome antigo da banda, mas não chegou a ir à venda – disse Georg.

     - Tocamos juntos há três anos – Gustav argumentou.

     - Tínhamos assinado com outra gravadora grande, mas cancelaram o nosso contrato porque tivemos uns... problemas pessoais na época. – Tom informou.

     - Fora que somos nós mesmos que compomos as nossas músicas. – completou Bill.

     - Bom, bom... Não se acham muito crianças para falar algo da vida numa música?

     - Somos novos – Bill falou -, mas isso não quer dizer que não tenhamos nossas vivências. Componho me baseando nas experiências pelas quais eu passo... Ninguém é novo demais que não tenha uma história sequer pra contar.

     - Então você é o poeta do grupo?

     - Sou eu.

     - É o seguinte: vocês têm estilo, a música é boa, as letras são ótimas. Resumindo, gostei. Eu vou pedir a papelada. Vocês estão prestes a assinar um contrato.

     Tom e Bill se abraçaram, Gustav ergueu os braços e Georg me agarrou por trás. Comemorações à parte, chegou a “papelada”; os guris assinaram, e para D. Simone sobrou a parte burocrática, pelo fato de eles serem menores de idade. Algum tempo depois, quando tudo já estava resolvido (inclusive já deixaram um dia marcado para voltarem e começarem a gravar o CD), foram feitas as despedidas formais e fomos embora. Ao entrarmos no carro, os quatro começaram a manifestar suas “comemorações decentes”: as de quatro garotos eufóricos e histéricos que acabaram de assinar um contrato de gravação.

     Tom se lembrou de que eu tinha lhes pedido que me ensinassem as letras das músicas e perguntou:

     - Hey, Maria, de qual dessas você mais gostou?

     - Acho que Laß Uns Hier Raus... não. Schrei. – respondi.

     - Então tá. Vai, Bill, você é o vocalista, começa.

     Bill começou a cantar na acapella, logo sendo acompanhado pelos outros três. Só me arrisquei a cantar o refrão, já que é a única parte memorizável depois de ter escutado a música apenas duas vezes. E ele reclamava, mandando o Tom calar a boca e berrando que ele não sabia cantar nenhuma nota.

     - Posso não cantar nada – disse o gêmeo de dreads -, mas pelo menos a minha voz não se parece com a de uma menina quando é gravada sem um bom microfone!

     - O que você tá falando!? Uns dois anos atrás o som que você tirava daquela sua guitarra parecia mais uma cigarra do que instrumento musical! – Bill replicou.

     - Não fui eu que fiz uma performance emocionada de It’s Raining Men em rede nacional.

     - O quê?! Por acaso você se lembra do motivo de eu ter entrado no Star Search, hein, Tom?

     - Você usava saia!

     - O nome é kilt, seu ignorante! Um traje masculino típico escocês. E isso dois anos atrás! Ok, confesso, hoje eu olho uma foto e me sinto meio idiota, mas isso não tem importância.

     - Aí, tá vendo!

     - Você é um idiota.

     - Idiota é você!

     Os dois trocaram “você é que é idiota” umas seis ou sete vezes, até que na sua vez Bill teve uma ideia e exclamou:

     - EU é que sou idiota!

     E o outro caiu na armadilha:

     - O único idiota por aqui sou eu e ponto final!

     - Tá bom, velhinho, já que você diz...

     Gustav, Georg e eu demos risada.

     - Que foi? – parece que o Tom não entendeu.

     - Você acabou de dizer que é idiota – Gustav esclarecer.

     - Eu... Ah, que merda, o Bill sempre me pega com essa!

     Logo chegamos à casa dos Kaulitz, onde tomamos um lanche, e depois eu fui para casa.

     POV BILL

     O telefone tocou no domingo à tarde e Tom atendeu. Ficou pendurado por uns vinte minutos e depois me chamou dizendo que o Georg queria falar comigo. Quando peguei o telefone, ele se trancou no quarto.

     - Fala, Georg.

     - Ôh Bill... Você não vai querer me matar, né?

     - Depende do que você tá insinuando que aprontou.

     - Não me culpe. A ideia foi do Tom. E talvez ele mereça apanhar de você mais que eu.

     - Solta. O que vocês inventaram?

     - Ontem eu fiquei o tempo inteiro cantando a Maria pra fazer ciúme pra você.

     - Não tô entendendo.

     - Tá sim. O Tom me falou tudo.

     - Como é?

     - Ele me contou a história toda. Disse que queria provocar ciúme porque você é um idiota por não falar logo tudo pra ela. Mas isso foi só ontem, da primeira vez minha cantada foi espontânea. E sim, você é um completo idiota. Se eu fosse você, a prendia logo antes que alguém o faça. Ela é bonita, inteligente, bem humorada. E olha quem tá te falando isso.

     - Você tem razão. Merda.

     - Então. E olha que eu podia simplesmente furar o seu olho, e...

     - Não nesse sentido, imbecil. Digo que você estava certo quando disse que o Tom merecia apanhar mais do que você.

     - Ele sabia que eu toparia ajudar na conspiração.

     - E você não tá muito atrás dele. Eu vou lá acertar as contas com meu querido irmão. A sua parte vai ficar guardada.

     - Agora a sério, Bill. Você sabe muito melhor do que eu como é a Maria. Linda... Inteligente... Bem humorada... Hahaha! Tá, parei.

     - Puta que pariu, Georg. Ela é minha amiga.

     - Mas eu tô falando, se eu fosse você, marcava o território, pra afastar a concorrência. E você sabe que o primeiro dessa fila sou eu.

     - Merda. – parei pra pensar um pouco. – E como você quer que eu chegue pra ela e fale uma coisa dessas?

     - Você saberia se não fosse tão cuzão. Hahahahaha! – ele explodiu numa gargalhada.

     - Ah, vá à merda, também! – gritei e desliguei o telefone, ainda com o eco da risada dele dos ouvidos.

     Fui até a porta do meu irmão e berrei:

     - Ôh Tom, sai agora desse quarto se tu é homem!

     - Essa é uma intimação um pouco apelativa demais vinda de você – ele disse quando abriu a porta.

     - Cala essa boca. E então? Acho que você tem conhecimento sobre o papo que eu acabei de levar com o Georg no telefone.

     - E suponho que você queira saber com que direito eu conto sobre as suas “intimidades” pro seu melhor amigo e o convido para fazer parte de uma conspiração.

     - Exato.

     - Simplesmente porque eu tô achando você um completo imbecil por esconder o que você sente por ela. Vai esperar que ela vá embora pra se manifestar? Os outros motivos, creio que o próprio Georg tenha te explicado pelo telefone.

     - Vocês combinaram, é?

     - De certa forma.

     - E que papo é esse de “esperar que ela vá embora”?

     - Você não é tão trouxa a ponto de achar que ela vá ficar aqui na Alemanha pelo resto da vida.

     - É, é verdade. Mas isso é problema meu. Você não tinha nada que ter achado que isso ia ajudar em alguma coisa. Muito menos de sair contando sobre “as minhas intimidades” por aí.

     - Tá bom, então me desculpe. Eu só queria te ajudar, de qualquer forma. Não tenho culpa se meus planos nunca dão certo.

     - Mas talvez tenha por ter uma ervilha no lugar do cérebro.

     - Vá cagar, Bill.

     - Cala essa boca. – disse saindo do quarto e voltando à sala.

     A ideia era ligar pra Mari e me desculpar pela palhaçada do Tom. Calcula, a coitada sendo vítima de um complô idiota das duas belezas! Revirei os olhos enquanto procurava o número. Pior que no fim das contas nem deu certo, já que a Mari deu um corte quando o Georg falou em ciúme. Comecei a rir sozinho enquanto esperava que alguém atendesse.

     - Por favor a Maria – respondi quando atenderam o telefone.

     - Quem vai falar?

     - O Bill.

     - Só um instante.

     Usei os trinta segundos em que esperei a Mari na linha para concluir que eles não estavam de todo errados... Mas a minha filosofia foi interrompida quando ela atendeu.

     - Oi, Bill. Tudo bem?

     - Tudo, e você?

     - Também.

     - Escuta, Mari, er... Deixa eu te falar uma coisa...

     - Pode falar, estou na escuta.

     - É que ontem, er... Eu queria... ahm... Bom, na verdade, queria pedir desculpas pelo Georg, ontem... Ele é meio besta... e...

     - Entendi, Bill. Eu realmente fiquei meio sem jeito com ele ontem... Não tô acostumada a receber tanta cantada de uma vez só. – ela deu um risinho.

     - Então, er... como fui eu que apresentei vocês, achei que devia... me desculpar pelo fiasco...

     - Não tem nada, Bill... Se eu dissesse que não estava gostando, estaria mentindo. Claro que fiquei meio com vergonha, mas bom... O ego vai lá em cima.

     - Georg é uma besta.

     - Acho que besta não é bem o termo. Talvez bem humorado em excesso.

     - Tá... E o que é que você tem com o meu amigo “bem humorado em excesso”?

     - Nada, ué. Só acho que ele é bonitão – imaginei-a pondo o indicador no canto da boca, coisa que ela faz sempre que diz alguma coisa pervertida. – Mas e você com isso, Bill?

     - Nada... Eu não tenho nada...

     - Ih, espera, eu tô sacando... Eu acho... que você... tá é com medo... de que eu te troque... pelo “seu amigo bem humorado em excesso”!

     - Afe... Que ideia... Ok, tô sim.

     - Pois eu gostaria de lhe comunicar que não tem por quê. Você é outra coisa, Bill. Não tem como eu te trocar. Você é tipo... minha pessoa preferida.


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Notas finais do capítulo

Influência do Pernalonga aí. Eu adorava ver Baby Looney Tunes aos sábados de manhã! *--* Fã do Pernalonga forever ;F
Momentos emocionados no fim do capítulo...
O próximo promete, viu. Eu adorei escrever o cpítulo 22.
Até lá!

E os amiguinhos transparentes, se quiserem se manifestar, eu agradeço. Não me agrada a ideia de que estou postando pro vento.



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