Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
—Quem aprontou, dessa vez? – Henry esperou um dos irmãos se manifestar.
—Sou inocente. – Colin respondeu, pulando no sofá.
—Desce daí. – Hayley o puxou e ele caiu em cima de John e Amanda.
—Ai. – Os dois reclamaram e Colin escorregou até o chão.
—Chega de bagunça. – Agnes os repreendeu. Ela entrou na sala ao lado de Tyler, que caminhava devagar apoiado nas muletas. Hayley correu para tirar a almofada da poltrona e Thomas empurrou um pufe para que o irmão pudesse apoiar a perna.
—Obrigado, pessoal. – Sorriu agradecido pela ajuda dos irmãos, eles estavam sendo bem atenciosos com ele.
—Cadê o papai e a mamãe? – Lucy ergueu os olhos do tablet.
—Papai está conversando com o Connor e a mamãe está vigiando os dois. – Agnes informou ficando de frente para os irmãos.
—Então, o que estamos fazendo aqui? Achei que isso era uma reunião. – Hayley levantou e Agnes fez um gesto pedindo para ela que se sentasse.
—Gostaria de falar algo com vocês.
—É sobre o casamento? – Ela fez uma careta, certamente teriam que apressar o casamento e ela teria pouco tempo para organizar tudo.
—Não. Quer dizer, mais ou menos.
—Fala logo. – Lucy já estava impaciente.
—Vocês serão tios e tias. – Anunciou e observou a reação de cada um. – Eu estou grávida. – Completou ao ver o olhar de confusão deles.
—Você não é casada, não pode estar grávida. – Lucy protestou.
—O papai sabe disso?
—O Connor ainda está vivo? – Hayley completou a pergunta de Henry.
—Você vai ter um bebê, Agnes? – John tinha ficado muito feliz com a chegada de Colin, ele gostava de bebês e agora teria mais um para ele paparicar.
—Tem um bebê na sua barriga, Agnes? – Colin olhava fixamente para a barriga da irmã.
—Parabéns? – Amanda não sabia o que deveria dizer.
—Uma pergunta de cada vez, pessoal. – Acalmou os irmãos. – Sim, o papai sabe e o Connor está vivo, pelo menos estava, uns cinco minutos atrás.
—Como isso aconteceu? – Henry estava perplexo.
—Eu esperava essa pergunta da Lucy ou do Colin, mas não de você, irmãozinho.
—É claro que eu sei como acontece. – Agitou as mãos. – Eu quero saber como isso aconteceu?
—Nossa irmã não é mais nenhuma criança, Henry. – Tyler o lembrou. Para ele também havia sido difícil acreditar que a irmã dele teria um bebê.
—Quando ele vai chegar? - Thomas estava muito animado. Ele não só tinha pais e irmãos, como também teria um sobrinho.
—Estou com onze semanas, quase três meses. Mais uns seis meses e teremos mais uma ovelhinha na família. – Ela sabia que o filho seria muito amado e que iria se divertir muito com os tios. – O que você achou da novidade, Lucy? – A garota estava, estranhamente, muito calada.
—Legal. – Deu de ombros. – Ele vai ter que fazer tudo que eu mandar.
—Não é bem assim que as coisas funcionam.
—Eu vou ser tia dele. Ele vai ter que me obedecer. – Agnes estremeceu. O filho estaria perdido nas mãos dos tios.
—Eu quero ser tio. – Colin tinha que obedecer a todos, seria bom ter alguém para obedecê-lo.
—Vocês vão morar aqui? – Hayley interrompeu os irmãos.
—Provavelmente apenas no começo. Vou precisar de ajuda.
—E nós vamos ajudar. – Tyler garantiu. – Você cuidou de todos nós. Está na hora de retribuirmos.
—Estou feliz por você, Agnes. – Henry deu um abraço na irmã. – Mas se o papai pedir, eu vou ajudá-lo a matar o Connor. – Ela deu uma gargalhada e começou a chorar. – Só estou brincando.
-São os hormônios. – Hayley explicou afastando Henry e tomando o lugar dele. – Não precisa se preocupar. Vamos amar muito o seu bebê e a mamãe, Mandy e eu vamos te ajudar com o enxoval.
—E eu também. – Lucy protestou ao ser deixada de lado. – Agnes, como ele foi parar aí? – Todos olharam para a irmã mais velha esperando a resposta. Ela não tinha o costume de se esquivar de uma resposta honesta.
—Homens e mulheres tem órgãos genitais diferentes...
—Não! – Tyler, Henry e Hayler gritaram juntos.
—Sim! Eu quero saber. – Colin exigiu batendo os pés.
—Você ainda é muito novo para saber dessas coisas.
—E você também é muito nova, Hayley. – Tyler apontou se ajeitando na poltrona.
—Vou fazer 14 anos, Ty. Não sou mais nenhuma criança. Além de ter aprendido na escola, a mamãe conversou comigo. E me explicou tudo. – Henry a encarou e abriu a boca sem saber o que dizer. – Fala sério, até parece que você não sabe nada sobre o assunto.
—É diferente, ele é...
—Se você disser que ele é homem, eu quebro a sua outra perna, Tyler Cullen. – Agnes o ameaçou.
—Eu ia dizer que ele é mais velho e está indo para a universidade. Ele tem que saber dessas coisas. A Hayley ainda é muito nova. – Os pequenos acompanhavam a discussão dos mais velhos.
—Ela tem idade o suficiente para entender e é melhor do que ficar na ignorância e correr riscos.
—Agnes... – John chamou se encolhendo diante do olhar da irmã. – Desculpa.
—Eu que peço desculpas, John. O que você quer falar?
—Eu só queria saber se podemos ver o seu bebê igual nós vimos o Colin, antes dele nascer.
—Onde você me viu?
—Vimos você quando estava dentro da barriga da mamãe. – John explicou e o pequeno deu um grito.
—É mentira! – Levou as mãos ao queixo. – Eu saí e voltei?
—Não, Colin. – Agnes riu o puxando para junto dela. – O John quis dizer que vimos você através de um exame chamado ultrassom. Eles colocam um aparelho na barriga da mulher e a imagem aparece em uma tela. Dá para ver o bebê quando ele ainda dentro da barriga.
—Você era feio. – Lucy o provocou e ele mostrou a língua para a irmã.
—Eu sou bonito. Sou um Cullen e todos os Cullen são bonitos. Agnes, eu quero ver o seu bebê.
—Vou conversar com a médica e informo a vocês quando puderem ir à consulta. Mas acho melhor esperarmos mais um pouco. Ele ainda não está completamente desenvolvido e ainda é muito pequeno. Vai ser mais interessante para vocês quando ele estiver maior.
— Já sabe o que é? – Agnes sorriu.
—Descobri ontem. É um menino.
—Continuamos em desvantagem. – Hayley lamentou.
—E qual vai ser o nome dele? – Amanda estava animada.
—Christopher Edward.
—Agora entendi como o Connor ainda está vivo.
—Eu queria homenagear o papai e, também o meu pai. E acho que isso vai deixar o papai um pouquinho menos propenso a matar o meu noivo.
—Será?
[...]
—Boa noite, Sr. Cullen. – Edward estava sentado no escritório segurando um copo de uísque, não gostava da bebida, mas ela lhe dava um ar mais severo. Ele bufou quando Connor entrou e não disse uma palavra sequer. – Vim pedir desculpas pela forma que descobriu sobre a gravidez da Agnes. Gostaria de ter contado ao senhor pessoalmente. Sei que as coisas não foram como esperava, mas quero que saiba que amo muito a sua filha e que tenho muito respeito por ela. – Edward pigarreou colocando o copo na mesa. – E pelo senhor também. Muito respeito mesmo. E admiração. Espero me inspirar no senhor e ser um ótimo pai. – Edward cruzou os braços e olhou fixamente para Connor. – É claro que vamos apressar o casamento. Quer dizer, quero que a Agnes tenha tempo para planejar o casamento que sempre sonhou e que merece, mas vamos casar antes que o bebê nasça. – Connor coçou a cabeça, o silêncio do sogro estava o deixando nervoso. – Não precisa se preocupar que custearei todo o casamento, mas se o senhor quiser, pode contribuir ou não. – Ele não queria ofender o sogro. – Eu juro que farei a sua filha muito feliz e que darei um lar feliz para o nosso filho. – Connor estava quase implorando para que Edward dissesse algo. Ele apenas encarava o genro com uma sobrancelha erguida. – Eu tenho um emprego e vou sustentá-la. – Gaguejou na tentativa de soar confiante. O sogro era muito intimidador. – Sinto muito ter traído a sua confiança. Sei que a Agnes é a sua garotinha, mas ela já é adulta e pode tomar suas próprias decisões. Nós nos amamos, ela está grávida e vamos nos casar. Supere isso. – Connor saiu praticamente correndo do escritório do sogro e encontrou a noiva no corredor.
—Como foi?
—Seu pai está planejando me matar. Ele só ficou me encarando sem dizer uma única palavra. É isso, você vai criar sozinha o nosso filho.
—Não seja exagerado. Se meu pai não falou nada isso é um bom sinal. – Ela o abraçou. – Fique tranquilo.
—Eu estou tranquilo, não sou eu que vou ter que explicar ao nosso filho que o pai está morto e o avô na cadeia. Não, o seu pai não vai ser preso. Eles provavelmente nunca encontrarão o meu corpo. Ele vai dar para o Fish comer.
—Meu pai nunca faria isso.
—Ele não precisa fazer, pode pedir a um dos seus irmãos. A Lucy faria isso com o maior prazer.
—Faria mesmo. – Agnes começou a temer pelo noivo.
—Por via das dúvidas, se ele te chamar caçar, não aceite. Pelos animais e pela sua segurança.
—Todo mundo diz que o tiro que o seu avô deu no seu pai foi um acidente. – Ele já tinha ouvido a história várias vezes.
—Ninguém pode dizer com certeza se foi ou não um acidente. – Ela achava que o avô teve sorte por terem encontrado aquela cobra.
—Onde seus irmãos estão? – Edward olhou apenas para a filha.
—Acho que ainda estão na sala, iam assistir um filme. Pai. – Ela o abraçou. – O Connor te contou que vamos ter um menino?
—Vai mesmo colocar o meu nome nele?
—É claro. Quero que ele seja como o avô, talvez um pouquinho menos dramático. – Deixou o polegar e o indicador separados por apenas alguns milímetros.
—Eu o amo e amo você, minha princesinha. – Deu um beijo na testa dela. – Agora venha, tive uma ideia. Amor! Reunião na sala. – Bella não demorou para se juntar a eles, se manteve por perto para o caso de precisar intervir na conversa entre Edward e Connor. – Pausem o filme. – Pediu e os filhos o olharam com expectativa.
—Vamos para a casa de campo no próximo final de semana. Uma viagem em família para curtirmos a natureza e aproveitarmos um tempinho juntos.
—Com família o senhor quer dizer...? – Ele lançou um breve olhar para Connor.
—Todos os que estão presentes. – As crianças deram gritinhos de empolgação e começaram a fazer planos.
—Ele está aprontando alguma coisa. – Connor sussurrou para a noiva e ela estava prestes a retrucá-lo, mas o sorriso do pai dizia que Edward estava, sim, aprontando alguma coisa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Será que Combo deve temer?
Bjs e até mais.