Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal, tudo bem?
Estou muito feliz que estão acompanhando a fic... Amo demais essa família maluca.
Esse capítulo é especialmente para a Maribella que recomendou a fic... *-*
Agnes deu um passo para trás, escapando por pouco de ser atingida pela bola de basquete.
—Desculpa! - Thom olhou alarmado para a irmã, ele não teve a intenção de jogar a bola na direção dela, mas como ainda não sabia jogar direito, não conseguiu completar o passe para Tyler.
—A culpa não é sua, Thom. - Tyler colocou a mão no ombro do irmão, o tranquilizando. - A Agnes que está no lugar errado.
—Vocês não deveriam de estar aqui para início de conversa. Os convidados já vão chegar e a mamãe vai ficar furiosa se vocês estiverem sujos e desarrumados. - Ralhou com eles.
—Nossa, não precisa ficar toda estressadinha. - Henry reclamou enquanto vestia a camisa.
—Tem algum problema, Agnes? Você tem andado bem nervosa. - Tyler tinha notado a mudança de comportamento da irmã, desde que chegou em casa, mas resolveu não comentar nada. Agnes parecia que iria chorar, então abriu um sorriso ao ver o noivo.
—Oi, pessoal. - Cumprimentou os cunhados, mas manteve o olhar na noiva. - Algum problema, meu amor? - Ele ergueu o queixo dela e lhe deu um beijo suave nos lábios.
—O que você aprontou, Combo? - Tyler cruzou os braços e encarou o cunhado. - Se tiver magoado a minha irmã vai se ver comigo.
—E comigo também. - Henry flexionou os braços, ele não era mais um garoto magrelo, poderia brigar de igual para igual com o cunhado.
—Meninos, por favor. - Agnes amava os irmãos e achava fofo eles a protegerem. - Não está acontecendo nada com que devam se preocupar. - Eles não ficaram convencidos, então ela falou algo que os fariam esquecer o assunto. - É coisa de mulher. – A reação dos irmãos foi hilária, ela não entendia o porquê de os homens ficarem tão constrangidos com algo tão normal e natural.
—Ah! - Tyler coçou a nuca e encarou os próprios pés. - Acho melhor deixar você com as suas coisas…
—Precisamos nos arrumar. - Henry fez sinal para Thom e John.
—Calma aí. Vocês ainda não me apresentaram ao Thom. - Connor estendeu a mão para cumprimentar o cunhado e ele se encolheu atrás de Henry.
—Não precisa ter medo, o Combo é legal.
—O seu nome é Combo? - Perguntou apertando a mão dele.
—Não. É Connor, mas como você é parte da família, não tenho esperanças de que vá falar meu nome certo. Eles conseguiram corromper até o John. - O garoto corou.
—Não posso ir contra o meu pai. - Deu de ombros, se desculpando.
—Tudo bem, eu entendo. Seja bem-vindo a família, Thom. E onde está a Amanda? - Ele já sabia tudo sobre os cunhados, Agnes o manteve bem atualizado.
—Acho que com a Hayley.
—Alguém precisa salvá-la. A Hayley está falando na cabeça há horas. - John sabia muito bem que quando a irmã começava a falar era difícil fazê-la parar.
—Vão lá salvá-la, eu preciso falar com o Connor. - Os quatro saíram correndo e Agnes se aconchegou nos braços do noivo. - Sentimos a sua falta.
—Também senti falta de vocês. - Ele deu um beijo na testa dela. - Como está se sentindo?
—A parte mais difícil é pela manhã. Os enjoos estão me matando.
—Sei que é difícil, mas falta pouco.
—Pouco, Connor? - Levou as mãos a cintura, irritada. - Não é você que tem um… - Agnes parou de falar ao ver uma movimentação em cima da árvore. - Colin? Saia já daí! - O garoto pulou e Agnes prendeu a respiração ao vê-lo aterrizar sem quebrar nenhum osso. - Não sei como os meus pais aguentam isso. Colin, o que você estava fazendo na árvore? E quantas vezes já falamos que você não pode pular? Poderia ter morrido.
—Do que vocês estavam falando? - Interrompeu a irmã e Agnes corou.
—Sobre nada.
—É mentira. Eu vi vocês conversando. - Irmãos mais novos eram tão irritantes. Agnes respirou fundo e agachou para falar com o irmão.
—Estamos preparando uma surpresa para o papai e para mamãe. Você tem que jurar que não vai contar nada para eles.
—E o que eu ganho com isso? - Ele tinha sido muito bem treinado por Lucy.
—Amor, vai mesmo subornar o seu irmão? - Connor não estava de acordo com a tática da noiva.
—Quer ir lá e contar a verdade para o meu pai? O funeral é todo seu. Sabe muito bem que meu pai vai achar que a culpa é toda sua.
—Teremos que contar logo. Não vai conseguir esconder por muito tempo. - Agnes ajeitou a blusa larga.
—Ainda temos algumas semanas. Esse não é o melhor momento. Hoje é o dia do Thom e da Mandy.
—Tem razão. - Se virou para o cunhado. - O que você quer, Colin?
—Mil dólares. - Declarou com convicção.
—Eu te dou cinco dólares. - Agnes contrapôs.
—Tudo bem. - Deu de ombros e saiu correndo.
—Vai se acostumando, querido. - Agnes resmungou e acenou para os avós que acabaram de chegar.
—Aí está a nossa neta maravilhosa. – Esme a abraçou.
—Vovós, vovôs, como estão?
—Empolgados para conhecer nossos novos netos - Renée declarou, entregando as sacolas, com presentes para os netos, ao marido. – Agnes, você está maravilhosa. Está com um brilho no olhar - Agnes pigarreou, pensando rapidamente em uma desculpa.
—Estou muito feliz. Tenho um noivo maravilhoso, em breve vou me casar e tenho a melhor família que alguém poderia encontrar. Estou radiante. – Connor ajudou Charlie com as sacolas, ele não era tão bom quanto a noiva em disfarçar.
—Também estamos muitos felizes. – Renée passou o braço em volta dos ombros dela. – Agora vamos conhecer nossas novas ovelhinhas.
[...]
—Ainda não se cansou da Hayley, Mandy? - Tyler provou a irmã e ela mostrou a língua para ele.
—Não enche, Tyler. Só estava atualizado a Mandy sobre as loucuras da nossa família.
—Já contou sobre o casamento? – Henry riu se lembrando do grande evento.
—Sim. Estava esperando o vovô Charlie chegar para ele contar da vez em que atirou no papai.
—Espera! O papai, quer dizer, o senhor... Como devo chamá-lo? – Thomas estava confuso.
—Pode chamá-lo de papai, mas se você não se sentir confortável, pode chamá-lo do jeito que você quiser. – John explicou ao irmão.
—Certo, então quer dizer que o papai levou um tiro do nosso avô?
—Sim, mas foi só um acidente. – Hayley abanou a mão ignorando o assunto. - Ele vai explicar direito o que aconteceu.
—Vocês são loucos. - Amanda estava chocada com as histórias que Hayley lhe contou.
—Você ainda não sabe da metade...
—Hayley, você já a alertou para ficar longe do vovô Charlie e do vovô Carlisle?
—Ainda não cheguei nessa parte.
—Por que é para ficar longe deles? – Amanda olhou de um irmão para o outro.
—Bem... – Hayley começou.
—Eles são... – Como Henry poderia explicar?
—Agora é tarde demais. Eles acabaram de chegar. – John anunciou procurando um lugar para se esconder.
—Ovelhinhas. – Carlisle abriu os braços abraçando o maior número de netos que conseguiu.
—Amanda, Thomas, como vocês são maravilhosos. – Esme abraçou os dois.
—Maravilhosos e aposto que são muito inteligentes também. – Charlie passou os braços em volta deles. – Já sabem o que querem ser quando crescerem?
—Já pensarem em administrar uma grande corporação? – Carlisle sorriu para os dois e Edward veio em socorro dos filhos.
—O que estão aprontando? – As crianças aproveitaram para escapar.
—Só queríamos conhecer os nossos netos. O que tem que errado nisso? – Edward ergueu uma sobrancelha para o pai. – Joshua não quer mais ser o nosso sucessor.
—Pai, o Emmett não está se aposentando.
—Precisamos de um sucessor, garoto.
—Ainda bem que já encontrei o meu. – Edward deu um sorriso convencido.
—Quem? – Os dois quase avançaram sobre ele para obter a informação.
—Lucy.
—Como não pensamos nisso? – Charlie olhou para Carlisle, o culpando.
—Ela é perfeita. Sabe negociar como ninguém. Podemos fazê-la mudar de ideia. – Olharam em volta a procura da pequena.
—Nada disso. Tentem com os filhos do Emmett e deixem os meus em paz. – Avisou dando as costas para ele, tinha que cuidar da churrasqueira.
—Lucy, querida, como vai querer o seu bife?
—Não quero bife, papai. Não vou mais comer carne.
—Vai virar vegetariana? – Ela assentiu.
—Sim. Eu gosto demais dos animais e eu não vou comer mais nenhum. - A pequena cruzou os braços, indignada
—Se é isso que você quer, tudo bem. Vou procurar outra coisa para você comer.
—Eu quero o meu bem passado, pai. - Tyler avisou segurando um prato.
—Já está saindo. E você, Mandy, gosta de carne?
—Não tenho nada contra comer um animal. Eu não gosto deles mesmo. - Lucy bufou e foi até a mãe.
—Mãe, eu não posso ser irmã de uma pessoa que não gosta de animais. Isso é um absurdo. – Protestou batendo os pés no chão.
—Calma, querida. Não precisa ficar nervosa. Eu sei que você gosta dos animais, mas nem todo mundo gosta e não podemos obrigar ninguém a gostar de algo. – Lucy fez a sua melhor cara de inocente.
—Então quer dizer que eu não sou obrigada a gostar da Mandy? - Ter filhos tão espertos às vezes não era uma coisa muito boa. Bella tinha que ser cuidadosa.
—Não, você não é obrigada a gostar dela, mas vocês são irmãs e vão conviver por muitos e muitos anos. Seria bom se vocês se dessem bem. Veja só. - Bella puxou a filha para se sentar no colo dela. - Você não gostava do Colin e agora vocês são melhores amigos. – Por falar nisso, onde estava o filho mais novo?
—É diferente, mãe, o Colin gosta de animais e ele faz tudo o que quero.
—Porque não tenta conversar com a Mandy e entender o motivo de ela não gostar de animais? Talvez ela tem algum trauma ou nunca ficou tão perto de um. Você pode falar para ela o que gosta nos animais e quem sabe ela também não passe a gostar. – Beijou os cabelos dela.
—Não sei... Acho que não gostei dela e agora a Hayley só quer ser irmã dela.
—Não precisa ficar com ciúmes, meu anjo, a Hayley te ama. Ela só está ajudando a Amanda na adaptação.
—Não, mãe, ela não gosta mais de mim. – O ciúme era um sentimento muito complexo.
—Por que não vai lá conversar com elas? – Apontou para as filhas que estavam conversando com as avós. – E tire a Chinchin de dentro da blusa, vai sufocar essa chinchila. – Algumas manias nunca mudavam.
—Precisa de ajuda, mãe? – Agnes parou ao lado dela, as avós não paravam de dizer o quanto ela estava radiante.
—Pode pegar as batatas lá dentro?
—É claro. Olha quem chegou. – Apontou e Bella acenou.
—Tio Blake! - As crianças gritaram ao verem Jacob.
—Como se sete já não fosse o suficiente, agora vocês têm mais dois? É sério, essas crianças brotam em árvores? - Fingiu indiferença, mas a verdade era que ele amava os “sobrinhos”.
—Também estamos felizes em vê-lo, tio Blake. - Tyler provocou.
—Que bom que pode se juntar a nós, Blake. – Edward sorriu para o amigo.
—Não estou aqui a trabalho, vim trazer o novo testamento de vocês. Já inclui as duas crianças ali. - Apontou para Amanda e Thomas. - Já perdi as contas de quantas vezes tive que alterar esse documento. Será que vocês poderiam, por favor, pararem de arrumar mais crianças? E você, mocinha - Apontou para Agnes - Nada de arrumar um filho tão cedo. Do jeito que eles são, vão querer incluir a criança também. – Entregou a pasta para Edward.
— Do que está falando, Blake? É claro que a minha filha não vai arrumar um filho, agora. Primeiro ela vai se casar, terminar a faculdade, arrumar um bom emprego e depois pensar em ter um filho. Não é mesmo, querida? – Sorriu docemente para ela.
—Sim, pai, é claro - Agnes corou e Connor se engasgou com a carne.
—Acho bom. Tenho mais o que fazer do que ficar refazendo testamentos. Ainda bem que não sou o advogado deles. - Apontou para Charlie e Carlisle.
—Pai, por que estão fazendo um testamento? – Hayley olhou preocupada.
—O que é um testamento? – Colin perguntou assustando os demais.
—De onde surgiu, garoto? – Edward o puxou para junto dele, precisava começar a contar os filhos para ver se estavam todos presentes. – É só por precaução, querida. Queremos ter a certeza de que vocês ficarão bem quando nos estivermos mais aqui.
—O que é testamento? – Colin repetiu ao não ter a pergunta respondida.
—Testamento é um documento onde a pessoa define quem vai ficar os bens dela após ela morrer. E, também deixamos definido com quem vocês ficarão quando morrermos.
—Vocês estão morrendo? – Lucy abraçou a mãe.
—Não, meu anjo. Todo mundo faz isso.
—Bem, não é todo mundo.... – Edward interrompeu, Jacob.
—Somos pessoas prevenidas.
—E com quem nós ficaríamos? – John não queria pensar em não ter os pais por perto.
—Conosco, imagino. – Esme abraçou Henry e Thomas.
—Sim, é claro, mãe. Vocês quatro ficariam com as crianças.
—Eles já são velhos, vão morrer primeiro. – Lucy apontou.
—Nesse caso, a guarda iria para os seus tios.
—Tio Emmett? – Henry amava o tio, mas o achava muito certinho e eles tinham regras para tudo. – Podem me emancipar primeiro?
—Nós não estamos morrendo agora, filho. – Edward retrucou ofendido.
—Eu não quero ficar com o tio Emmett, ele é chato. – Lucy resmungou.
—Eu sou chato?
—Pai, se você e a mamãe morrerem, podemos ficar com o tio Edward? – Matthew perguntou, animado.
—Vai ser tão legal. – Jane estava tão animada quanto o irmão.
—Eu prefiro ficar num local menos caótico. – Joshua tinha uma opinião diferente da dos irmãos.
—Chega de falarmos de morte. – Bella abraçou os sobrinhos e os cunhados. – Amanda, Thomas conheçam o restante da família. – Ela fez as apresentações.
—Estamos felizes em conhecê-los. Sejam bem vindos a família. – Rosalie entregou presentes aos dois.
—Vocês acham mesmo que sou chato? – Emmett estava muito ofendido.
—Nós te amamos, tio Emmett. – Agnes deu um beijo na bochecha dele. – É só que você é um pouco rígido.
—Eu posso ser menos rígido. – Apontou ajeitando o terno. – Eu não deveria estar de terno. – Percebeu o que os sobrinhos estavam dizendo. – A partir de agora, serei mais descolado, assim como o meu irmão.
—Você nunca será como eu. – Edward o provocou.
—Bem que podia ser. – Matthew resmungou.
—Não, Emmett, você não precisa ser como eu. – Falou sério. – Seja você mesmo, irmãozinho. E daí que você não é descolado? Você é um ótimo pai. E eu confiaria meus filhos a vocês de olhos fechados. Todos são especiais porque são quem são. Se você fosse como eu, imagina o caos que seria.
—Tem como piorar? – Joshua ergueu uma sobrancelha para o tio.
—Não faria mal se você fosse mais gentil, garoto. – Apertou a bochecha dele.
—Alguém precisa ser sensato nessa família. – Retrucou e Colin deu um chute na canela dele.
—Você é um bobão.
—Ei, não bata no meu irmão. – Jane protestou e Lucy levantou levando as mãos a cintura.
—Não grita com o meu irmão.
—Fica quieta, baixinha. – Matthew a provocou.
—Se falar assim de novo com a Lucy, eu acabo com você. – Hayley saiu em defesa da irmã e Lucy a abraçou. – Só eu posso brigar com ela. – Deu um beijo na testa da irmã.
—Nada de brigas ou vão todos ficar de castigo. – Apontou para os filhos e sobrinhos.
—Mais um dia normal na família Cullen. – Agnes sussurrou para o noivo.
—E em breve teremos mais um integrante. – Connor colocou discretamente a mão sobre o ventre dela.
—Boa sorte para ele ou ela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vem mais ovelhinha por aí. Edward vai surtar quando descobrir.
Bjs e até mais.