Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem?

Para aqueles que ainda não leram Ovelha Negra e This Is Us, sejam bem vindos. E para aqueles que já leram, feliz que estejam aqui novamente.

Demorei para trazer a parte três, mas aqui estamos e espero que gostem da fic.

Comentem bastante e digam o que estão achando.



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—Isso pinica. - Colin reclamou tentando tirar o suéter, mas Agnes o impediu.

—Nem pense nisso. Recebi instruções bem claras para fazer com que vocês ficassem quietos.

—Está demorando muito. - Lucy cansou de ficar de pé e sentou no chão, cruzando os braços, completamente irritada. Ela odiava esperar.

—De pé. - Agnes sabia que a missão era bem complicada, mas ela faria de tudo para manter os irmãos na linha. - Eles já estão chegando.

—Por que temos que usar isso? - John, que nunca reclamava, estava reclamando do suéter. E Agnes precisava concordar com os irmãos, aquilo realmente estava pinicando, além de que fazia uns 30º e aqueles suéteres eram grossos demais para aquela época do ano, eles costumavam usá-los no Natal e apenas para agradar as avós que haviam feito para todos da família.

—Porque tem os nossos nomes e assim fica mais fácil deles gravarem. - Hayley explicou roendo as unhas de ansiedade. Os gêmeos eram quase da idade dela e como ela já os conhecia, acreditava que seriam grandes amigos.

—Eles vão ser nossos irmãos. É claro que vão saber nossos nomes. - Lucy revirou os olhos e se colocou de pé.

—Eles chegaram. - Tyler avisou e voltou para a posição dele na fila. Estavam em ordem de idade, completamente alinhados e nem pareciam os Cullen-Swan.

—Eles vão ter a impressão errada sobre nós. - Henry resmungou. - Nós não somos anjinhos e eles vão se assustar quando nos conhecerem de verdade.

—Mas aí será tarde demais e eles não poderão fugir daqui. - Agnes explicou, dando uma última olhada nos irmãos, não havia mais nada que ela pudesse fazer para garantir que tudo estaria perfeito.

—Ainda bem que não moro mais aqui.

—Tyler! - Os irmãos o repreenderam.

—Só estou brincando pessoal. Sabem muito bem que amo vocês e que sofro muito longe de vocês. Isso daqui. - Apontou para a casa. - Às vezes, é uma loucura sem fim. Tem gritaria e confusão, mas eu não trocaria essa família por nada nesse mundo. Ser adotado pelo papai e pela mamãe foi a melhor coisa que já me aconteceu. - Ele sempre ficava emocionado quando lembrava da vida antes de fazer parte do rebanho Cullen-Swan. - Nossos novos irmãos passaram por muita coisa. Eles estão no sistema há muito tempo e vão precisar de muito amor. Vai ser difícil no começo, mas eles vão se adaptar, pois estaremos aqui para ajudá-los.

—Seremos os melhores irmãos deste mundo. - Agnes completou. - Eles nunca mais estarão sozinhos. Podemos ser complicados, mas somos unidos e protegemos a nossa família. Eles são a nossa família agora. - Os sete deram as mãos.

—Ovelhinhas unidas jamais serão vencidas. - Hayley sorriu olhando para os irmãos.

—Odeio ser chamado de Ovelhinha. - Henry apertou com força a mão da irmã.

—Já era para ter aceitado isso. - John retrucou.

—Finjam que são comportados, pelo menos nos primeiros cinco segundos. - Agnes os repreendeu e eles endireitaram a postura para receber os novos irmãos.

—Chegamos. - Bella foi a primeira a entrar, com os gêmeos logo atrás dela. Eles pareciam assustados e ver os sete parados com sorrisos enormes, só fez piorar a situação.

—Por que estão com essas caras de psicopatas? - Edward entrou carregando as malas. - Era para vocês parecerem gentis e não assustar eles. - Deixou as malas de lado. - Podem entrar, ninguém aqui morde. - Tentou fazer com que os novos filhos se sentissem confortáveis.

—Morde, sim. - Colin mostrou o dedo ferido.

—Você mereceu. - Lucy o cutucou.

—Certo. Ninguém aqui vai morder vocês. - Edward corrigiu e colocou as mãos nos ombros deles e os sentiu tensos. - Conheçam seus novos irmãos. Agnes (25), Tyler (20), Henry (16), Hayley (13), John (11), Lucy (8) e Colin (5).

—Vocês falam o nosso idioma? - Lucy perguntou, gritando.

—Kon'nichiwa - Colin e Lucy passaram dias tentando decorar como dizer olá em japonês. Eles haviam até treinado o cumprimento.

—O MEU NOME É COLIN. - Apontou para o suéter. - QUAL O SEU NOME?

—Sem gritar, filho. - Bella sorriu sem graça. Não era aquela a recepção que eles planejaram.

—O meu nome é Thomas Akira. - Respondeu segurando a mão da irmã.

—Ele fala que nem a gente. - Colin sorriu, satisfeito. - E não tem nome estranho. Você disse que o nome dele era estranho. - Cutucou Henry. - E que ele falava igual nos desenhos. - Henry segurou a risada, era tão fácil enganar os irmãos mais novos.

—Eles são americanos, pessoal. - Bella explicou. - E sabem falar inglês. - Completou antes que alguém falasse algo indevido. - Essa é a Amanda. Amanda Akemi. - Completou sabendo que era importante para eles preservar a herança japonesa.

—Mandy, Thom, somos irmãos agora. - Hayley abraçou os dois. - Vocês vão adorar a nossa família. Depois de um tempo. - Acrescentou em dúvida.

—Sejam bem-vindos. - Agnes os cumprimentou.

—Eu também sou adotado. - John sorriu em solidariedade, ele sabia bem como era ser novo em uma família. - Vocês vão gostar daqui, é bem legal e divertido. - Garantiu e os gêmeos assentiram. Para eles a adaptação seria mais complicada. Fazia muito tempo que eles não tinham uma família de verdade, mas os Cullen fariam de tudo para que eles se sentissem em casa.

—Por que não fazemos um lanche e depois mostramos a casa para vocês? - Bella sugeriu e eles assentiram novamente e seguiram os irmãos até a cozinha.

—Até agora, tudo certo. - Edward sussurrou abraçando a esposa de lado. - Depois de um bom lanche todos vão se sentir melhor.

—Assim espero. - Resmungou não tão confiante. Quando a família se reunia à mesa, as coisas costumavam ficar um pouco fora de controle.

[...]

—Vocês vão ter que escolher um animal.

—Sabe lutar karatê?

—É bom em matemática?

—Quantos anos vocês têm?

—O que estão achando da nossa casa?

—Querem suco ou refrigerante?

Amanda e Thomas estavam sendo bombardeados por perguntas dos novos irmãos. Os dois se encolheram nas cadeiras e Bella foi em socorro dos filhos.

—Vamos com calma, pessoal. Estão os assustando. – Colocou as mãos nos ombros dos gêmeos. – Podem se servir à vontade. – Apontou para a mesa repleta de guloseimas. Thomas olhou para a irmã e ela assentiu, indicando que ele pegasse algo. Ele esticou as mãos e pegou um cookie com gotas de chocolate.

—Foi o papai que fez. Ele cozinha muito bem. – Hayley explicou e Thom suspirou ao morder o cookie.

—É bom. – Sorriu envergonhado. - Experimenta, Mandy. – O irmão a incentivou e ela pegou um.

—Obrigada!

—Não precisa agradecer, querida. E não precisam ter vergonha. Vocês são parte da família e podem comer o que quiserem. – Edward sorriu e sentou entre Lucy e Colin, que disputavam o maior cupcake.

—Pai, posso tirar isso? – Colin reclamou puxando o suéter.

—Pode. – Os demais comemoraram retirando os suéteres.

—Na próxima vez, vamos usar crachás. – Henry daria um jeito de sumir com a roupa para não a ter que usar nunca mais.

—O que vocês acham se cada um falar um pouquinho de si para que a Amanda e o Thomas possam conhece-los? – Bella olhou para Agnes. – Quer começar, filha?

—É claro. – Deixou o pãozinho de lado e sorriu para os novos irmãos. – Eu sou a Agnes e tenho 25 anos. Tenho um noivo. – Exibiu o anel.

—O Combo. – Colin debochou fazendo uma careta e Edward o cutucou.

—O nome dele é Connor – Agnes corrigiu o irmão. – Vocês vão conhece-lo no domingo. Ele é muito legal e é médico. Eu sou formada em biologia e agora estou no terceiro ano do curso de medicina, quero ser geriatra. Para cuidar de idosos. – Explicou ao ver o olhar confuso dos gêmeos. – Os meus pais morreram quando eu era pequena e depois disso fui morar com a minha avó em um asilo e foi lá que eu conheci o papai. Quando eu tinha nove anos, a minha avó faleceu e desde então eu faço parte da família. – Sorriu para os pais. Ela era muito grata por eles a terem acolhido. – Sei que tudo é novo para vocês e pode parecer um pouco estranho no começo, mas saibam que todos consideramos vocês como parte da família. Vocês são nossos irmãos e iremos apoia-los em tudo. O que precisarem podem contar conosco.

—Isso mesmo. Eu sou o Tyler e tenho 20 anos. Vocês não vão me ver muito por aqui porque eu moro em Westwood, Los Angeles. Sou jogador de basquete do UCLA Bruins da Universidade da Califórnia.

—Nossa, que legal! – Thomas olhou, admirado para o irmão.

—Posso te ensinar a jogar, se você quiser. – Ele assentiu animado. Já tinha visto alguns jogos na televisão, mas nunca tinha jogado. – Apesar de não ficar muito por aqui, vocês podem contar comigo. Basta uma mensagem ou ligação e eu venho correndo. Depois vamos combinar de vocês assistirem um jogo meu.

—Você é bom? – Os olhos de Thom brilhavam de empolgação.

—Tyler é o melhor. – Henry tinha muito orgulho do irmão.

—Eu não diria o melhor, mas eu jogo bem. – Ele era modesto quanto as habilidades dele. – Eu também sou adotado, como podem ter percebido. – Apontou para a cor da pele dele. – Eu sei como é ser diferente da família. – Ser negro em uma família de brancos já causara alguns momentos embaraçosos. As pessoas o olhavam estranho e não acreditavam quando ele dizia que era filho de Bella e Edward. Quando criança, aquilo costumava incomodá-lo, mas com o passar do tempo percebeu que não deveria se importar com a opinião das pessoas. Os pais e os irmãos o amavam independentemente da cor da pele dele. – Vocês não precisam se preocupar por serem diferentes, aos olhos dessa família, somos todos iguais. Eu entrei para família quando tinha uns seis anos e foi a melhor coisa que já me aconteceu. Vocês vão se divertir bastante aqui. Não existe monotonia nessa família.

—Verdade. Bem, eu sou o Henry e sou fabricação própria, como o papai gosta de dizer. – Edward riu da própria piada. – Tenho 16 anos e estou no último ano da escola. Se tudo der certo, eu vou para Universidade de Brown. – Ele não estava animado para se mudar para outro estado e ficar longe da família. – Mas estarei sempre por aqui e podem contar comigo para o que precisarem. Desculpa por ter dito ao Colin que vocês não falavam inglês. Eu só quis implicar com ele.

—Minha vez. – Hayley avisou quase pulando da cadeira. – Eu sou a Hayley. Tenho 13 anos e também sou fabricação própria. Eu nasci com um problema no coração, mas agora já estou curada e só preciso fazer um acompanhamento anual com o meu médico. – Ela odiava hospitais. – Eu amo ajudar as pessoas, dançar, cantar e artes. Faço pinturas, artesanato e cerâmica. Que é o que eu ensino lá na ONG. – Foi através da ONG que Hayley conheceu os gêmeos. Ela não sabia que os pais já tinham dado entrada nos papeis para adoção quando os conheceu e pediu aos pais que ajudassem Amanda e Thomas. Ela pensou que talvez pudessem dar alguma bolsa de estudos a eles, mas não imaginava que eles se tornariam irmãos dela. – Estou muito feliz por vocês serem meus irmãos e mal posso esperar para mostrar tudo para vocês. – Ela bateu palmas e sorriu. Tinha muitas coisas planejadas para tornar a adaptação deles mais fácil. – Nós gostamos muito de animais, então cada um tem um animal de estimação. Se vocês quiserem podem ter um.

—Eu escolheria uma cobra. – Lucy sugeriu e Amanda estremeceu com a ideia.

—Nada de cobras. – Edward avisou e a pequena bufou, cruzando os braços, indignada.

—Eu não gosto de animais. – Amanda declarou e Lucy a olhou como se a garota tivesse enlouquecido.

—Todo mundo gosta de animais. Até mesmo o papai. Mas ele só gosta dos fofinhos. – Edward não era muito querido pelos animais e já sofrera bastante com a iguana da esposa e depois com os bichinhos dos filhos.

—Vocês não precisam ter animais se não quiserem. – Bella avisou antes que Lucy protestasse.

—Posso ter um cachorro? – Thomas sempre quis ter um.

—Claro que pode. Tyler tinha um, mas ele morreu no ano passado.

—Posso te ajudar a escolher um. Melhor, vamos adotar dois, assim um faz companhia para o outro. O que acha?

—Legal! – Thomas estava amando a nova família.

—Acho que agora é a minha vez. – Ajeitou os óculos. – Eu sou o John e tenho 11 anos. Gosto de tocar piano e violino. Eu tive outras “famílias” antes de vir para cá e posso dizer que essa é a melhor. Vocês estão seguros. – John havia sido abandonado quando nasceu, depois foi adotado e devolvido como se fosse uma mercadoria e apanhou no último lar em que esteve. Quando chegou na casa dos Cullen ele era só um garotinho assustado que tinha medo de ser rejeitado mais uma vez. Apesar da timidez, ele já não sentia mais medo e tinha encontrado na música a forma de se expressar.

—Lulu. – Edward incentivou a filha a falar.

—Eu sou a Lucy e gosto de aprontar. – Todos riram do resumo dela. – Se precisarem de alguma coisa é só falar. Eu sei conseguir as coisas.

—Nada de ensinar coisas erradas aos seus irmãos. – Bella a repreendeu. – Sua vez, Colin.

—Meu nome é Colin. E eu sai da barriga da mamãe. – Finalizou voltando a comer o cupcake.

—Vocês têm três filhos de verdade e os outros são adotados? – Amanda não queria ser grossa, mas ela ainda estava reticente quanto a adoção. Ela e o irmão passaram muito tempo no orfanato e eles só tinham um ao outro para se apoiar. Seria um desafio confiarem em outras pessoas e se sentirem parte da família. Pelo menos para Amanda. Thomas conversava com Henry e Tyler sobre basquete.

—Henry, Hayley e Colin são filhos biológicos. Mas todos são nossos filhos de verdade. – Bella explicou. – Procuramos tratar todos com igualdade, sem distinções. Eu sei que pode ser difícil de acreditar, mas é a verdade, Mandy. Vocês são nossos filhos e espero que se sintam como parte da família. – A garota não se deixou convencer. Eles não poderiam amá-los da mesma forma, isso era impossível.

—Quais são as regras? – No orfanato eles tinham muitas regras.

—Não pode brigar com os irmãos. – Colin avisou e Edward fez cocegas nele.

—Jurava que vocês não conheciam essa regra.

—Eu conheço, papai.

—Só não cumprem, então. – Bagunçou os cabelos do filho e o pequeno gargalhou. – Quais são as outras regras?

—Tem que arrumar o quarto e cumprir as tarefas para ganhar a mesada. – John apontou para um dos quadros que ficava na cozinha. Nele estavam as tarefas que cada um precisava cumprir na semana e ao lado ficava o calendário de atividades e eventos.

—Cada um é responsável pelo seu animal de estimação. Se você não puder cuidar, tem que designar alguém para isso. Eu cuido do Fish III pra Agnes, já que ela não mora aqui. – Hayley, explicou.

—Já está na hora de levar aquele animal para sua casa. – Fazia três anos que Agnes morava com o, agora, noivo, no antigo apartamento de Bella. Edward gostava do genro, mas não o suficiente para ficar feliz com o arranjo deles.

—Ele gosta daqui. – A verdade era que a iguana também assustava Agnes e quanto mais longe ficasse dela, melhor seria. Já os irmãos pareciam amar o animal.

—Nos dias de aula precisamos ir dormir até às 10 horas. Nos outros dias podemos ficar acordados até mais tarde. – Henry seguiu listando as regras.

—Tem que comer verduras e frutas. – Lucy fingiu vomitar. Ela odiava coisas saudáveis.

—E temos sempre que falar a verdade e não esconder nada dos nossos pais. – Tyler engoliu em seco. Ele estava guardando um segredo dos pais e aquilo o estava matando. Precisava do apoio e ajuda deles, mas tinha vergonha de contar o que estava acontecendo.

—Vamos mudar de escola? – Thomas não gostava da escola que frequentavam.

—Conversamos com a diretora e os professores, e achamos que é melhor vocês terminarem o ano letivo lá e depois irem para a nova escola, junto com a Hayley e o John. – Edward explicou aos filhos e Thomas assentiu, desanimado. – Faltam só dois meses, vai passar rápido.

—Então, é só isso?

 Amanda duvidava que ela e o irmão fossem se encaixar naquela família perfeita. Todos pareciam ser inteligentes e cheios de talentos, enquanto que ela e o irmão eram só dois órfãos. Ela não queria se apegar a ninguém, se a adoção não desse certo, seria menos doloroso se ela não tivesse vínculos com nenhum deles. Queria alertar Thom, mas o garoto estava rindo de alguma piada que Colin fez. Fazia muito tempo que eles não riam. No orfanato sempre havia alguém implicado com eles e as regras eram muito rígidas. O tempo que passaram nos lares provisórios também não foram fáceis. Mas agora eles tinham um lugar tranquilo para morar e todos pareciam ser tão gentis...Talvez ela pudesse relaxar um pouco.

—Bem, tem várias outras regras, como: não beber nada alcoólico, não usar drogas, não fazer tatuagem antes dos 18 anos, não sair sem permissão... Coisas desse tipo. – Bella deu de ombros. – Quer conhecer seu quarto?

—Deixa que eu mostro. – Hayley ofereceu se levantando da cadeira. O John pode mostrar o do Thom depois.

—Vou dividir o quarto com quem? – Thom torcia para que não fosse com Colin, ele parecia ser bem levado.

—Com ninguém. Vai ter um quarto só para você. – Edward estava feliz por ter comprado uma casa tão grande. Alguns quartos não eram muito grandes, mas cada um tinha o seu próprio cantinho.

—Ouviu isso, Mandy? – Thom sorriu, animado com a notícia. – Não vai ter ninguém roncado e soltando pum a noite.

—Não se anime muito. – Henry o alertou. – Você consegue ouvir os roncos do Ty do outro lado da casa.

—Isso é mentira. – Ele deu um soquinho no braço do irmão. – E você tem os puns mais fedidos de todos.

—Quase morri naquela barraca. – Colin completou, fingindo desmaiar.

—Pior é a Hayley que fala dormindo. – Lucy provocou e aquilo deu início a uma discussão sobre os hábitos noturnos de cada integrante da família.

[...]

—Deu tudo certo. – Bella deitou ao lado do marido e ele a puxou para seus braços.

—Falei que ia dar tudo certo. – Beijou os cabelos dela. – Temos ótimos filhos e logo, logo, a Amanda e o Thomas se sentirão parte da família.

—Acho que a adaptação vai ser mais fácil para o Thom. A Mandy ainda está um pouco cética.

—Com o nosso amor, ela vai perceber que é parte da família. – Edward suspirou. – Nove filhos. Como isso aconteceu?

—Vejamos. Meu pai queria me casar com o Mike Newton e que eu tomasse um rumo na vida, o seu pai queria dar a presidência da empresa para o Emmett ou então que você mudasse por completo. Nós nos casamos apenas para implicar com nossas famílias. Você era um libertino incorrigível e eu uma ativista inocente. Você me seduziu durante uma nevasca, depois meu pai atirou em você, eu fiquei grávida, adotamos a Agnes, a minha iguana morreu, descobrimos que nos amávamos, tivemos o Henry, compramos essa casa enorme com dez quartos e eu perguntei: o que vamos fazer com uma casa desse tamanho?

—Viu como eu tinha razão em comprar a casa? – Ela revirou os olhos. O marido ficava muito convencido quando tinha razão.

—Continuando... adotamos o Tyler, tivemos a Hayley.

—E vocês quase morreram no parto. – Edward completou, a interrompendo e Bella suspirou, não gostava de se lembrar daquela parte.

—Quase é a palavra-chave aqui. Agora pare de me interromper. Onde eu estava? Ah, sim, o John foi abandonado na ONG, tentamos adotá-lo, mas não deu certo, adotamos a Lucy, e depois, finalmente, o John. Eu fiquei grávida, fizemos a renovação de votos, tivemos o Colin e agora adotamos a Amanda e o Thomas. – Bella respirou ofegante. – E esse é só um resumo rápido da nossa história.

—Que história mais maluca. – Edward beijou a esposa.

—Tem algo normal na nossa família? – Bella se colocou por cima do marido.

—Não mesmo. – Edward os virou. – E é isso que nos torna tão especiais.

—Perfeitamente imperfeitos. – Bella sussurrou antes de se perder no marido.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Bjs e até mais.