Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim. Dei uma sumida grande, mas estou de volta.

Boa leitura!



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—Olá, família querida. - Agnes entrou na cozinha, acompanhada de Connor e encontrou os irmãos reunidos à mesa. 

—Olha só quem resolveu aparecer. - Tyler apontou em tom de censura. 

—Noite difícil, irmãozinho? 

—Você não faz a menor ideia do quanto foi difícil. - Tyler suspirou e serviu suco para os irmãos mais novos. Estava contando os minutos para que os pais acordassem, queria encerrar seu trabalho como babá. 

—Do que ele está reclamando? A nossa noite, que foi difícil. - Lucy olhou com desconfiança para as panquecas e Hayley fez uma careta ao tomar o suco.

—E a nossa manhã também. Vou fazer vitamina. - Anunciou para felicidade dos irmãos. Nenhum deles tinha herdado a habilidade do pai para a culinária, mas Hayley sabia fazer uma vitamina de morango que era considerada pela família como: aceitável. 

—Ei, Combo, o que acha de preparar umas torradas? - Henry pediu após jogar, as panquecas feitas pelo irmão mais velho, fora. 

—Por favor, Combo. - Colin implorou. - Tenha dó da gente. - Connor suspirou e foi até o fogão. 

—Vão parar de me chamar de Combo? - Perguntou jogando a massa que Tyler havia feito fora. 

—Não podemos, seria injusto com a Radia. - Tom explicou. 

—Quem é Radia? 

—Eu sou a Radia. - Padma deu um abraço na cunhada. 

—Você deve amar mesmo o meu irmão. 

—É até divertido. - Deu de ombros. 

—É a forma do senhor Cullen nos aceitar na família. - Connor piscou para ela. - Estou feliz em saber que agora tenho companhia. As ovelhinhas honorárias.  

—Deixa ele se iludir. - Henry murmurou. - Então, o que vocês fizeram ontem? 

—Sofremos! - Colin choramingou. 

—Do que estão reclamando? Cuidei muito bem de vocês. Mereço até o título de melhor babá. 

—Esse título já é meu, irmãozinho. - Agnes não deixaria ninguém roubar o posto dela. 

—Achei que estávamos todos de acordo que você é a pior babá de todas.  

—A Agnes é a melhor. - Lucy defendeu a irmã. - E você é o pior. - Apontou e Tyler levou as mãos ao peito fingindo estar magoado, na verdade, ele estava mesmo magoado. O que tinha feito de errado? 

—Ninguém se machucou, a casa não foi destruída e não houve nenhum ataque zumbi.

—Ataque zumbi? 

—Tive que passar por um interrogatório sobre como lidaria com situações inusitadas, tipo, ataque zumbi, invasão alienígena… 

—Eu levaria todo mundo para o bunker. 

—Viu? Melhor babá do mundo. - Lucy apontou. 

—Nós realmente temos um bunker? - Tyler achou que era só uma piada do pai. 

—É claro que temos. Então, o que mais o Tyler fez de errado? 

—Ele leu as histórias sem fazer os barulhos dos animais. - Lucy acusou. 

—Nos deixou assistir filme de terror e o Tom ficou com medo. 

—Foi você que colocou o filme. - Hayley deu de ombros. 

—Sou uma adolescente. Era sua responsabilidade nos vigiar. 

—Eu não fiquei com medo. - Tom se defendeu. - Só nunca tinha assistido a um filme de terror.

—Ele deixou John e eu tocarmos até depois da meia-noite. 

—Até tu, Mandy? 

—Achei que era para apontar todos os seus erros. Não?  - Olhou para os irmãos, confusa. Ainda não estava por dentro da dinâmica da família.

—E ele não deu beijinho de boa noite. - Colin contou, indignado. 

—Como nossos pais tiveram coragem de deixar você de babá? O beijinho de boa noite é sagrado. - Agnes abraçou Colin e deu um beijo na testa dele. 

—Viu? É assim que se faz. - O pequeno mostrou a língua para o irmão. 

—Foi mal, Colin. Prometo que da próxima vez vou ler as histórias da forma certa e dar beijinho de boa noite. 

—E não deixar ninguém assistir filme de terror e nem ficar acordado até tarde. - Henry o lembrou. 

—Para a primeira vez não fui tão mal assim. Ninguém é perfeito. E vocês deveriam valorizar o café da manhã que preparei com tanto carinho. 

—Carinho e 0 habilidade. - Padma resmungou. - Mas eu te amo mesmo assim. 

—Vamos esquecer isso. - Ignorar era a melhor tática. - Como foi o baile? 

—Foi ótimo! - Henry abriu um sorriso enorme. - Me diverti muito e o papai e a mamãe só me envergonharam um pouquinho. 

—O que eles aprontaram? - Hayley serviu a vitamina aos irmãos. - Não me diga que eles ficaram se pegando no meio de todo mundo? 

—Na verdade, sim. Mas eles estavam tão felizes que nem me importei muito com isso. A alegria deles faz tudo valer a pena.  

—Seus pais são tão fofos. - Padma admirava muito o relacionamento dos sogros. 

—É, mas eles não precisam ser fofos na nossa frente. - Tyler estremeceu lembrando da manhã do aniversário da mãe.

—Por falar nisso, eles ainda não acordaram? - Agnes olhou para o relógio de pulso checando as horas. 

—Será que estão brincando de lutinha? - Colin perguntou pronto para ir verificar. 

—Nem ouse ir lá em cima. - Henry o segurou pela camisa. 

—Por que não? 

—Porque eles não estavam brincando de lutinha, eles estavam namorando. - O pequeno fez uma careta. 

—Eles não precisam namorar, já tem muitos bebês. 

—Como que você sabe que é assim que se faz bebês? - Henry cruzou os braços e Colin bufou. 

—A Agnes namora e vai ter um bebê. Dã! - Deu um tapinha na testa do irmão. 

—Antes que cogitem de novo essa possibilidade, quero deixar bem claro que EU não vou ter nenhum bebê. - Padma esclareceu. 

—Então namorar não é só pra fazer bebê? - Agora o pequeno estava confuso. 

—Depois o papai te explica. Coma o seu cereal. - A cabeça de Tyler já estava doendo e ele não precisava de uma explicação de onde vem os bebês para completar a tortura. 

—Foi você que fez? - Lucy olhou com suspeita para a tigela. 

—Coloquei leite e cereal, não tem como eu ter feito errado. 

—Você fez sim. - Tom apontou e se encolheu quando Tyler o fuzilou com o olhar. - Primeiro tem que colocar o cereal e depois o leite e você fez ao contrário. - Explicou e Tyler respirou fundo para não agredir nenhum dos irmãos. 

—A ordem não altera o sabor. - Os irmãos discordaram dele e começaram a discutir sobre a forma correta de “preparar” o cereal. 

—Chega! Eu desisto. Nunca mais quero saber de cuidar de vocês. Vocês não valorizaram o meu cuidado e me criticaram o tempo todo. - Desabou na cadeira e Padma lançou um olhar zangado para os cunhados. 

—Desculpa, Ty. - Hayley pediu. - Você não é o pior babá do mundo. - Ela abraçou o irmão. 

—Não sou? 

—Não. Os vovôs são piores. - John os lembrou. - O vovô Charlie deixou a Lucy pegar uma arma. 

—Como é? - Edward perguntou entrando na cozinha. 

—Droga! - John resmungou baixinho e se encolheu na cadeira. 

—Eu disse que seu pai era má influência. - Bella bocejou e ignorou o marido. 

—Tenho certeza de que a arma estava descarregada. Meu pai não é um irresponsável. 

—Claro que não. Ele só atirou uma vez no genro dele.  - Deu um sorriso desafiando a esposa a retrucar. 

—Não vamos voltar a esse assunto. Ou teremos que falar sobre um certo acidente envolvendo você e o seu genro. 

—Bom Dia, meus amores! - Edward sorriu para os filhos e deu um beijo na testa de cada um deles, e na nora. 

—Acho que se esqueceu de uma pessoa. - Connor apontou. 

—Já beijei a minha esposa lá em cima. - Provocou e as crianças riram. - Quer ajuda? - Apontou para o fogão e Connor negou. 

—Já estou acabando. 

—Certo. Como foi a noite de vocês? Se comportaram ou teremos que cancelar a Disney? - Lucy olhou, ansiosa, para o irmão mais velho. Se o pai cancelasse a viagem ela teria um ataque. 

—Eles foram uns anjinhos. - Tyler declarou e os irmãos suspiraram de alívio. 

—E o que vocês fizeram? 

—Eu tenho um novo amigo. O nome dele é Alvin. 

—Ele é igual o Alvin, do Alvin e os esquilos. - Colin acrescentou. 

—Filho, não pode ficar comparando as pessoas à animais. - Edward o repreendeu. 

—Que pessoas? - Perguntou, confuso. 

—O amigo da sua irmã. 

—Alvin não é uma pessoa. É um esquilo. 

—De verdade? - Edward olhou para a esposa. - Sabia que nossa filha tem um esquilo como amigo? Eles são selvagens. 

—Não estou certa disso. - Bella levou a mão ao queixo, pensativa. - Mas, não. Eu não sabia do esquilo, só dos outros. 

—Que outros? - Edward entrou em pânico. - O que estão escondendo de mim? 

—Ninguém está escondendo nada, querido. Você está ciente de tudo e até deixou o Sam construir uma casinha para eles. 

—Não. Eu deixei o Sam construir uma casinha para Lucy brincar com os amiguinhos dela. 

—Meu amor. - Bella respirou fundo para não perder a paciência com o marido, eles tinham tido um início de dia regado a muito amor. - Todas as vezes que a Lucy disse: Vou brincar com meus amigos, e não aparecia nenhuma criança aqui. De quem você achava que ela estava falando? 

—Amigos imaginários? Dos irmãos? - Jogou as mãos para o alto. - Deveria ter desconfiado. - Se virou para Hayley. - Quando você diz que a Ashley é uma cobra…

—Estou falando figurativamente, é claro. - Tranquilizou o pai. 

—Ela ainda está dando em cima do Franklin? - Agnes revirou os olhos em solidariedade à irmã. 

—Dá pra acreditar? 

—E qual o problema? Ele não é só seu amigo? - Edward cruzou os braços e olhou de uma filha para a outra. Estava feliz por ver a cumplicidade entre elas, mas não gostava de ser deixado de fora de nada, principalmente de algo que envolvia os filhos. 

—E é. – Começou a enrolar uma mecha do cabelo. – Me preocupo com o bem-estar dos meus amigos. Se ele não gosta, ela não deveria ficar perturbando ele.

—Sei... – Um problema de cada vez. Primeiro os amiguinhos de Lucy. – Vamos lá ver esses seus amiguinhos.

—Você vai mandar eles embora, papai? – Perguntou preocupada.

—Preciso analisar a situação.

—Mãezinha, não deixa o papai expulsar os meus amigos, tá? – Abraçou a mãe e Bella acariciou os cabelos da filha.

—Fica tranquila, meu amorzinho. Vamos lá conhecer o Alvin.

Eles saíram da cozinha em direção ao quintal e Edward passou o braço em volta do ombro da filha mais velha, os fazendo ficar para trás.

—O que você sabe sobre a sua irmã e esse tal de Frankenstein? – Agnes balançou a cabeça, incrédula com a pergunta do pai.

—Não acha mesmo que vou te contar os segredos da minha irmã, né?

—Sim, eu acho. Sou seu pai e você tem que me contar tudo. Essa é a primeira regra da casa.

—E a segunda é sempre apoiar os irmãos. Se te contar vou trair a minha irmã e ela nunca mais vai me contar nada. – Edward sabia que a filha estava certa, mesmo assim ele queria saber o que estava acontecendo. -  Não tem com o que se preocupar, papai. Hayley é uma garota muito esperta e ninguém vai machucá-la.

—Por que ela não me conta nada? – Perguntou, triste.

—Aí, pai, não fica assim. – Deu um beijo na bochecha dele. – Sabe que te amamos muito e temos confiança e liberdade pra falar sobre tudo com você e a mamãe. Só que tem coisas que ainda não queremos falar com vocês. A Hayley e o Franklin são apenas amigos, pelo menos por enquanto.

—Não sei se esse garoto é bom o suficiente para a minha princesinha. – Resmungou carrancudo.

—Você nunca vai achar ninguém bom o suficiente, mas veja como o Connor me faz feliz. Não quer o mesmo para os outros?

—Bem, o Connor já o ameacei o suficiente para saber que ele sempre vai te tratar bem.

—Vamos combinar o seguinte. Se houver qualquer indício de que o Franklin está sendo um babaca com a Hayley, vou te contar na hora e você pode soltar o Fish III nele e eu te ajudo a esconder as evidências. – Edward sorriu e beijou a testa da filha. 

—Combinado. Você é uma ótima irmã, meu anjo.

—E você é o melhor pai do mundo. Tenta não surtar muito com os amiguinhos da Lucy, sabe o quanto eles são importantes para ela.

—É por isso que estou cheio dos cabelos brancos.

—Pai, o senhor não é mais nenhum jovenzinho.

—Posso já ser um avô, mas ainda sou muito jovem. As pessoas perguntam se somos irmãos. – Agnes riu alto.

—Claro que perguntam.

—E esse é o Chris. – Lucy apontou para um pequeno porco que estava aninhado a três gatinhos.

—Você deu o nome do meu filho para um porco? – Lucy seguiu apresentando os amiguinhos para a família. – Você tem que mudar o nome dele.

—Se você quiser, muda o nome do seu filho. O meu porco chegou primeiro.

—Como você conseguiu esse porco? – Edward encarava os animais.

—O Sam trouxe ele pra mim. Eu disse que vocês deixaram.

—Lulu, o que já falamos sobre contar mentira? – Bella agachou para falar com a filha.

—Desculpa, mamãe. Não vou mais contar mentira. Papai posso ficar com todos eles?

Edward contou: um porco, quatro gatos, um esquilo, uma cabra, dois coelhos, uma cacatua e... Aquilo era uma tarântula?

—Vamos todos nos afastar dessa aranha.

—A Lily não faz mal. – Lucy protestou indo pegar o animal, mas Edward a ergueu, impedindo de se aproximar.

—Os outros podem ficar, ela não.

—Papai...

—Fim de papo, Lucy. – Falou com firmeza. – Vamos soltá-la na floresta. E você vai ter que mudar o nome do seu porco.

—Posso ter mais um? – A pequena era uma negociadora nata.

—Pode, mas tem que me prometer uma coisa. Você sempre vai contar pra mim ou pra sua mãe antes de pegar mais um animal.

—Eu prometo. – Se jogou nos braços do pai o abraçando. – Eu te amo um montão, papai.

—Vamos ter que arrumar um local adequado para eles e chamar um veterinário para garantir que nenhum deles é perigoso. – A pequena assentiu, sorridente.

—Será que agora podemos focar na coisa mais importante do momento? – Agnes olhou para a família.

—A nossa viagem para a Disney? – Lucy arriscou.

—O meu casamento. Temos muito a fazer.

—Certo. Vamos a operação casamento Agnnor.


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Notas finais do capítulo

Essa Lucy não tem jeito. E aí, Tyler foi ou não um péssimo babá?
Casamento Agnnor vem aí.

Bjs e até mais.