Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
Sei que tenho demorado para postar, mas nessa pandemia a inspiração está difícil e preciso demorar e postar algo legal do que postar qualquer coisa. Espero que entendam e que não desistam das Ovelhinhas.



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—Vocês estão com cara de enterro. – Agnes acusou os irmãos.

—Talvez seja porque a nossa irmã mais velha nos acordou às... – Tyler teve que consultar as horas no celular para ter certeza de que estava acordado em um horário tão cedo. – 6:12 da manhã.

—Na verdade. – Henry o corrigiu. – Ela nos acordou já tem uns 20 minutos.

—Espero que tenha uma explicação bem plausível para isso. – Hayley resmungou deitando a cabeça na mesa da cozinha.

—É aniversário da mamãe. – Anunciou e os irmãos a encararam esperando por uma explicação melhor. – Eu só achei que poderíamos fazer um dia especial para a mamãe. Começando com um café da manhã na cama. Mas, desculpa se ela não é especial o bastante para vocês fazerem o sacrifício de acordar um único dia cedo.

—É claro que a mamãe é especial. – Colin cruzou os braços indignado com o insulto. – Ela é a mamãe.

—Exatamente! E essas últimas semanas têm sido muito agitadas. 

—Novos filhos. – Amanda ergueu um dedo começando a contagem.

—Neto a caminho. – Connor entrou na cozinha carregando várias sacolas. – Será que alguém pode me ajudar a pegar as compras no carro?

—Pais biológicos aparecendo. – John os lembrou, enquanto Henry se levantava para ajudar o cunhado.

—Casamento da filha amada. – Agnes foi vaiada e pediu silencio para os irmãos. Não queria que os pais acordassem antes da hora e estragassem a surpresa.

—E não vamos nos esquecer do acidente de carro. – Hayley estremeceu só de lembrar. A mãe estava se recuperando bem e eles se revezaram para cuidar dela nas últimas seis semanas.

—Temos que fazer deste um dia muito especial. – Tom se colocou de pé, pronto para a ação.

—É esse o espírito que quero ver. Connor vai cozinhar.

—Você dormiu aqui?

—Não começa, Ty. Tive que acordar às 5 e não estou de bom humor. 

—O mau humor da Agnes passou pro Combo. – Lucy debochou. – Vou ir ver a Chinchin.

—Não vai, não. – Agnes colocou as mãos no ombro da irmã a impedindo de se levantar. – Temos pouco tempo e precisamos da ajuda de todos.

—Eu não sei cozinhar.

—É por isso que vai fazer outra coisa. Tenho tarefas para todos. – Pegou um papel que estava em cima da bancada da cozinha. – Henry, Amanda e John vão ajudar o Connor. Hayley, Lucy e Colin vão fazer a faixa de Feliz Aniversário. Tyler e Tom vão pegar as flores. Quero um arranjo bem lindo. Quando voltarem da escola vamos preparar a festa da mamãe.

—E o que você vai fazer? – Hayley perguntou pensando nos materiais que precisariam.

—Vou coordenar tudo, é claro. – Colocou a mão no ventre. – Eu e o Chris.

—Não vejo a hora dessa desculpa acabar. – Henry resmungou.

—Está reclamando do quê? Ela tem me feito de escravo há meses. – Connor retrucou pegando as panelas. – John, você cuida do café. Sabe mexer na máquina? – John revirou os olhos com a pergunta do cunhado. – Ele não era assim.

—Uma hora ele teria que ser contaminado pelo vírus dos Cullen. Quer ajuda com as panquecas?

—Sim.

—Posso fazer o suco. – Amanda nunca tinha cozinhado nada, mas achava que poderia preparar o suco.

—Certo. Vamos agilizar que daqui a pouco seus pais vão acordar.

—Eles já deveriam de estar de pé. – Agnes estranhou que os pais ainda não tivessem aparecido na cozinha. Os dois se levantavam bem cedo. – Todo mundo no modo acelerado. Vamos lá galera. – Agnes pegou uma maçã e ficou observando os irmãos e o noivo trabalharem. 

[...]

—Não façam barulho. – Agnes ia na frente, com Colin e Lucy segurando a faixa. – Vou contar até 3. – Avisou erguendo os dedos. – 1...2...3 – Ela abriu a porta e...

—Sur...

—Ah!

—Argh!

—Ai meu Deus! – Agnes cobriu os olhos de Colin, enquanto Tyler puxava Lucy para fora.

—O que aconteceu? – Hayley perguntou sem entender o que os irmãos tinham visto.

—Meus olhos. Meus olhos. – Tyler murmurava ainda puxando a irmã.

—Preciso de terapia.

—Por que o papai e a mamãe estavam brincando de lutinha? – Colin olhou para os irmãos mais velhos.

—Eles estavam... Ainda bem que não vi nada. – Henry estremeceu.

—O que fazemos agora? – Tyler queria sair correndo. Os pais estavam debaixo do edredom, mas era bem claro o que eles estavam fazendo.

—Será que podem fechar a porta? – Edward gritou de dentro do quarto e Bella cobriu a cabeça com o edredom.

—Esse é o momento mais constrangedor da minha vida.

—O que aconteceu? – Connor perguntou do andar de baixo.

—Papai e mamãe estavam brincando de lutinha e nem chamaram a gente. – Colin explicou e os irmãos deram meia volta descendo as escadas.

—Não vou conseguir sair desse quarto. – Bella começou a rir e Edward levantou pegando o roupão e foi fechar a porta, não que ele achasse que os filhos fossem voltar.

—Eles nunca entram sem bater. – Edward também estava muito constrangido. – Acho que quiseram fazer uma surpresa. Café na cama de aniversário.

—Eles nunca acordam tão cedo.

—Como explicamos a situação?  - Edward andava de um lado para o outro.

—Papai e mamãe estavam fazendo amor? – Bella arriscou e Edward se engasgou.

—Ah, é claro. Aí eles vão perguntar o que é isso e teremos que dar uma explicação sobre bebês e cegonhas. Vamos fingir demência e distraí-los.

—Querido, precisamos ser sinceros com eles. E nada de cegonhas. – Bella preferia contar a verdade a inventar mentiras.

—Não vou nem conseguir olhar para eles, que dirá conversar sobre o assunto. – Edward abriu a porta do banheiro.

—O que está fazendo?

—Vou tomar um banho e descer para preparar o café da manhã.

—Não vai terminar o que começamos? É meu aniversário. – Bella fez bico e Edward riu.

—Ser pego pelas crianças cortou todo o clima. – Bella afastou o edredom.

—Tem certeza? – Usou seu melhor tom sedutor. 

—O estrago já está feito mesmo. – Deu de ombros e se jogou em cima da esposa. 

[...]

—Bom dia, crianças!

—Feliz aniversário, mãe. – Eles gritaram sem muito entusiasmo. Ficaram esperando por quase meia hora os pais descerem.

—Obrigada! Amei o café da manhã. – Mordiscou uma torrada. – Desculpa pelo que vocês viram, mas é algo normal...

—Vocês sempre brincam de lutinha? – Colin interrompeu a mãe.

—Nós não estávamos...

—O que acham de a mamãe abrir os presentes? – Edward se colocou atrás da esposa e lhe estendeu um colar. – Feliz aniversário, meu amor.

—Não preciso de presentes. Ter vocês ao meu lado, é o melhor presente que poderia ganhar.

—Eu ia querer um presente bem caro e grande. 

—Nem todo mundo é tão consumista como você, Lulu. – Henry provocou e deu um abraço na mãe. – Feliz aniversário, mãezinha. Amo você. – Os irmãos se apresaram em seguir o exemplo dele. Tyler colocou uma caixa em cima da mesa com vários presentes, caneca de melhor mãe do mundo, flores, vários porta-retratos que eles mesmo haviam feito, roupas e sapatos.

—Vocês são os melhores filhos do mundo inteiro. Obrigada! – Enxugou uma lágrima. As últimas semanas foram muito agitadas e o acidente de carro a fez valorizar ainda mais a família.

—Mãe, o médico te liberou para atividades... físicas? – Agnes estava preocupada com os ferimentos que a mãe sofreu no acidente de carro.

—Sim. Ele disse que poderia fazer atividades leves. – Agnes ergueu uma sobrancelha. – Seu pai estava...

—Não quero saber dos detalhes. – Ergueu as mãos a impedindo de continuar.

—Qual a programação do dia?

—É surpresa.

—Vai ter bolo. – John e Colin falaram juntos.

—Podemos faltar de aula? É aniversário da mamãe.

—Boa tentativa, Lulu. – Edward apertou o nariz da filha. – Hoje é o último dia e amanhã tem o baile de formatura do Henry. 

—Não acredito que me convenceram a ir ao baile. – Gemeu cobrindo o rosto com as mãos.

—Vai ser legal e você vai ir com a prima da Padma.

—E você vai ver a Padma. – Henry provocou o irmão.

—Não se esqueça que vou te levar até a casa da Kali e depois buscar vocês no baile.

—Que vergonha. – Henry se encolheu na cadeira. Ele seria o único a ser levado pelo pai ao baile. Muito constrangedor.

—Pelo menos o pai da Kali não vai te colocar para correr. – Tyler não tinha se esquecido de como fora tratado pelo pai da acompanhante dele.

—Sinto muito, Ty.

—Isso é passado, irmãozinho. Vamos nos concentrar em como fazer você aprender alguns passos de dança e não passar vergonha.

—Ei, eu sei dançar. – Henry demonstrou alguns passos e foi vaiado pelos irmãos.

—É melhor você nem ir ao baile. – Hayley o aconselhou.

—Vai dar tudo certo, querido. – Bella garantiu. – Connor, que bom que você também está aqui

—Espero que tenha gostado do café da manhã. E feliz aniversário, Bella. – Connor abraçou a sogra.

—Obrigada. Edward e eu queremos falar com você e com a Agnes.

—Temos um presente de casamento adiantado para vocês. – Edward pegou uma chave do bolso e entregou para a filha.

—Não podemos aceitar. – Connor balançou a cabeça quando entendeu o que era o presente.

—Sim, vocês podem e vão.

—O senhor não pode nos dar uma casa. – Connor amava os sogros e achava muito legal a forma que eles tratavam os filhos, mas não poderia aceitar um presente como aquele.

—Vocês vão ter um filho, é melhor que ele cresça numa casa com um quintal para poder brincar e ficar perto dos avós e dos tios.

—Espera! Onde fica essa casa, pai?

—A 10 minutos daqui. Vão ter a sua privacidade e ao mesmo tempo poderão contar conosco para ajudar quando precisarem.

—Vamos poder ir na casa da Agnes brincar com o Chris? – Colin estava muito animado para conhecer o sobrinho.

—Só se ela e o Connor convidarem vocês. Nada de ficarem perturbando a sua irmã.

—Isso é incrível, pai, mãe. – Agnes abraçou os dois. – Obrigada.

—Amor não podemos aceitar o presente. Vou vender o apartamento e compramos uma casinha pequena para nós três. – Ele não queria depender dos pais ou dos sogros.

—Podemos usar o dinheiro para a faculdade do Chris e se eu pegar o exemplo dos meus pais, vamos precisar de muito dinheiro no futuro. – Piscou o fazendo corar.

—Não vamos ter nove filhos. – Connor decretou. O sonho dele era ter uma família grande, não um time de futebol.

—O que acha de três? – Abraçou o noivo.

—Vamos devagar, amor. – Beijou os cabelos dela. – Eu não quero que os seus pais achem que não posso cuidar de vocês.

—Nós não achamos isso. – Edward se intrometeu na conversa dos dois. – Só quero dar um presente e não pensem que estamos pensando só em vocês. Precisamos de babás por perto.

—Ele está brincando. Queremos ter o nosso neto e vocês dois por perto. Aceitem o presente.

—Obrigado. – Agnes deu um gritinho de alegria. – Mas é o seu aniversário, você que deveria de ganhar presentes.

—Que tal se você fizer mais dessas panquecas. Estão maravilhosas.

—Deixa que eu faço, amor. – Edward se apressou até o fogão. -Hora de irem se arrumar ou vão chegar atrasados na escola. – Onde a Lucy foi?

—Ela queria ver a Chinchin. – Amanda não entendia o amor da irmã pela chinchila. – Vou falar para ela ir se arrumar.

—Obrigada, querida.

—Será que dá tempo de comermos as suas panquecas, pai? – Hayley consultou o relógio. Ainda estava cedo. – As do Combo estão muito doces.

—Saindo as melhores panquecas. – Edward avisou. – Se quiser pode observar como o mestre faz. – Provocou o genro.

[...]

—Lucy? Temos que nos arrumar para a escola. – Amanda encontrou a irmã abraçada a chinchila.

—A Chinchin não quer acordar. – Balançou o pequeno animal. – Chinchin! Acorda! – Gritou e Amanda se aproximou da irmã.

—Acho que ela morreu. – Anunciou ao notar que o animal não esboçava nenhuma reação.

—Retira o que você disse. – Exigiu apertou a chinchila. – Ela não morreu, só dormindo.

—Lucy, ela não está se mexendo. É claro que está morta. Vem, depois o papai e a mamãe te compram outro animalzinho.

—Eu não quero outro animalzinho, eu quero a Chinchin. – Lucy começou a chorar.

—Não precisa chorar. – Amanda achou um exagero a irmã chorar pela morte de um animal.

—Ela é a minha amiga. Minha única amiga depois que você roubou a minha irmã. Você matou a Chinchin e eu te ODEIO! – Se jogou no chão e gritou.

Amanda se sentou no chão ao lado da irmã e colocou as mãos nas costas dela esperando-a se acalmar.

—Eu não matei a Chinchin. Nunca cheguei perto dela. – Lucy secou as lágrimas e fungou.

—Eu sei.

—E eu não roubei a Hayley.

—Roubou, sim. A Hayley não quer mais ser a minha irmã. – Amanda já tinha presenciado várias brigas entre as irmãs, mas sabia que elas se amavam muito.

—A Hayley te ama, Lucy. E ela sempre vai ser a sua irmã.

—Ela só anda com você. – Acusou e Amanda respirou fundo. A irmã só estava com ciúmes.

—Somos quase da mesma idade, então temos mais coisas em comum. E como eu cheguei tem pouco tempo, ela está me ajudando a me adaptar a família. Isso não quer dizer que ela gosta mais de mim do que de você. Acho até que é o contrário, ela te conhece a mais tempo. – Lucy fungou e ergueu a cabeça olhando para a irmã.

—Você acha?

—É claro. Vocês duas amam os animais e são grandes amigas.

—A gente briga muito.

—É normal irmãos brigarem. Isso não quer dizer que eles não se amam. Sei que não nós damos muito bem até agora, mas você é minha irmãzinha e eu gosto muito de você. Você é engraçada e esperta. – Lucy sorriu com o elogio e secou as lágrimas.

—Por que você não gosta de animais? Eles são muito fofos e legais. – Amanda deu de ombros.

—Não sei. Eu nunca tive um bichinho de estimação.

—Você tem que amar os animais, eles são inocentes e bonzinhos. Quer segurar a Chinchin?

—É melhor não. – Ela não queria segurar um animal morto. – Por que não contamos para o pessoal o que aconteceu?

—Vou pedir pra mamãe levar a Chinchin no médico. Ele vai deixar ela boa, bem rapidinho. – Deu um pulo se colocando de pé. – O Combo pode cuidar dela, ele é médico de gente, mas gente é quase igual animal.

—Lucy, ela está morta. Sinto muito, mas não há nada que alguém possa fazer. – Lucy olhou atentamente para a chinchila. – Vocês tiveram bons momentos juntas e agora ela foi para o céu.

—Eu queria ela aqui na terra. – Fungou e Amanda a abraçou.

—Eu sei e sinto muito, de verdade. Podemos fazer um enterro bem lindo para ela, o que acha?

—Ela ia gostar. Você me ajuda a enterrar ela, Mandy?

—É claro. Podemos chamar a Hayley. Ela entender dessas coisas melhor do que nós duas.

—Ela é inteligente.

—Você também é muito inteligente, Lulu. – Deu um beijo estalado na bochecha da irmã.

—Eu não te odeio, Mandy. Você é a minha irmã. – As duas deram um abraço apertado selando a paz entre elas.

—Vamos lá falar com o pessoal.

[...]

—Pai, como está o ensaio da música que vão tocar no meu casamento? Pensei que vocês poderiam apresentar no aniversário da mamãe. – Edward quase deixou as panquecas caírem no chão e lançou um olhar aflito para John.

—É melhor deixar como surpresa para o seu casamento, querida. – A verdade era que os ensaios estavam um desastre total e eles ainda não haviam decidido qual música tocariam.

—Eu queria tanto ver vocês tocando e cantando. – Bella não tinha visto nenhum ensaio das Ovelhinhas Cullen.

—Acho que John e eu podemos tocar alguma coisa. O que acha, filho?

—Qual música quer ouvir, mamãe?

—Me surpreendam. – Soprou um beijo para o filho e ele olhou para o pai. Seria tão mais fácil se alguém pudesse escolher a música e eles só tocarem.

—(I’ve Had) The Time Of My Life, é claro. – Agnes decidiu. – Só não tentem fazer a dancinha. A mamãe ainda não está recuperada o suficiente, apesar do que estavam fazendo mais cedo.

—Vou ver se a Mandy sabe essa música. – Edward teve uma ideia. – Querida, tem alguma música especial que você queira ouvir no seu casamento, além da que vamos tocar, é claro.  – Agnes ergueu uma sobrancelha e olhou do pai para o irmão.

—Deixe-me adivinhar, vocês até agora não escolheram uma música para a apresentação, certo?

—Tentamos, mas cada hora um sugere uma coisa. – John já estava desesperado.

—Era só terem nos perguntado. – Eles não pensaram naquela possibilidade. – Nobody But You do Blake Shelton e Gwen Stefani. Mas só para vocês saberem, vou gostar de qualquer música que apresentarem.

—Ela não conhece a família que tem? – Tyler cutucou Henry.

—Devem ser os hormônios falando. Eu se fosse ela não deixaria ter essa apresentação.

—Pessoal. – Amanda chamou entrando na cozinha. – Temos uma triste notícia. – Lucy entrou segurando o corpo da chinchila.

—A Chinchin morreu.

—Ah, não. – Bella correu para abraçar a filha. - Sinto muito, meu anjo. – A família murmurou os pêsames e Edward pegou a filha no colo.

—Precisamos de um lugar para colocar o corpo. – Edward pediu e Henry correu para pegar uma caixa. – O que podemos fazer por você, meu anjinho?

—Posso faltar de aula. muito triste, papai. – Deitou a cabeça no ombro dele.

—É claro.

—A gente também pode, papai? – Colin pediu fazendo cara de tristeza. – Eu gostava muito da Chinchin.

—Bem, vocês já passaram de ano e não vai ter nada importante hoje. – Consultou o calendário de atividades. – Podemos todos ficar em casa e curtir o dia com a mamãe.

—Será que meu chefe me deixa faltar se eu falar que a chinchila da minha cunhada morreu e que é aniversário da minha sogra?

—Ele vai achar que você é doido e vai te mandar embora. – Tom avisou e Connor riu.

—Papai, a Mandy falou que podemos fazer um enterro pra Chinchin.

—Ótima ideia. Podemos enterrá-la no quintal.

—Não, papai. A Chinchin ia querer que a gente enterrasse ela lá na Disney.

—Disney, é? – Edward sabia que a filha estava tentando manipulá-lo e já tinha conseguido se livrar da escola.

—É o lugar favorito dela no mundo todo.

—E como que ela conhece a Disney se ela nunca foi lá? – Lucy deu um beijo na testa do pai.

—Eu contei tudinho pra ela. Podemos ir lá hoje, papai? A gente compra um bolo grandão pra mamãe e come lá na Disney. – Todos olharam em expectativa para Edward.

—Lamento, mas ela vai ter que se contentar em descansar no nosso quintal. A Disney fica para depois. – Beijou os cabelos da filha.

—Temos que reorganizar nosso dia. Vou avisar que não posso trabalhar hoje. – Agnes pegou o celular.

—Que desculpa vai dar? – Hayley perguntou a irmã e Agnes apontou para a barriga.

—Agnes! – Bella repreendeu a filha.

—Certo. Vou dizer que tenho uma emergência familiar. Minha querida irmãzinha está triste e preciso ficar ao lado dela dando todo o meu apoio.

—Agora sabemos com quem a Lucy aprendeu a arte da manipulação. – Tyler apontou fazendo a família rir.

—Vou ignorar seu comentário. Temos um funeral e um aniversário para organizar.


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Notas finais do capítulo

Momentos constrangedores, reconciliação, morte, risadas e Lucy finalmente conseguindo faltar de aula.

Espero que tenham gostado.

Bjs e até mais.