Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.

Sugiro que peguem um lencinho.




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—Bom dia para a família mais linda do mundo inteiro. - Bella inclinou beijando os cabelos dos filhos. 

—Que ótimo que está de bom humor. - Agnes sorriu para a mãe e Bella gemeu ao se lembrar do compromisso que teria após o almoço. 

—Obrigada pela lembrança. Estava tentando esquecer que vou me encontrar com aquele bru… boa mulher que é a sua sogra. 

—A mamãe ia falar bruxa. - Colin apontou rindo. 

—Não ia não. - Bella apressou em negar.

—Ia sim. - Lucy concordou com o irmão. 

—A mamãe não ia chamar ninguém de bruxa, porque isso é muito errado. - Os filhos não precisavam de mais incentivos para aprontarem. - Não se deve chamar ninguém de bruxa. 

—Nem se ela for uma bruxa igual a mãe do Combo? - Bella gostaria de dizer que naquele caso estava liberado, mas como uma boa mãe que era… 

—A mãe do Combo não é uma bruxa, querido. Ela só é diferente de nós. 

—Nem todo mundo é legal igual a gente, né mamãe? - Colin lamentou e voltou a atenção para o cereal. 

—Infelizmente, não, meu anjinho. - Bella foi até o marido e lhe deu um beijo rápido nos lábios. 

—Eu só ganho um beijinho? - Reclamou terminando de preparar os lanches dos filhos. 

—Você ganhou muito mais do que um beijinho ontem a noite. - Piscou para o marido e Tyler fez uma careta. 

—Gente, por favor, estamos aqui.. 

—Amamos que vocês sejam apaixonados e tudo o mais, mas… limites. - Henry completou a reclamação do irmão mais velho. 

—Um dia teremos a casa só para nós dois e poderemos nos beijar sem ninguém por perto para reclamar. - As crianças riram da provocação do pai. 

—Será que chegaremos a esse dia? 

Bella olhou para os nove filhos e pensou no neto que estava a caminho. Eles sempre teriam a casa cheia e aquilo era motivo de muita alegria para ela. Como filha única, ela sempre sonhou em ter uma família grande, mas não imaginava que seria tão grande assim… Observou com atenção a interação dos filhos e sentiu uma dor no peito. 

—Tudo bem, amor? - Edward passou os braços em volta da cintura dela. 

—Só uma sensação estranha. - Bella não conseguia explicar o que sentia, mas não era algo bom. 

—Quer que eu vá no seu lugar no encontro com a bruxa? - Sussurrou para que os filhos não ouvissem. 

—Não é isso. - Bella balançou a cabeça tentando afastar aquela sensação ruim. - Mas, obrigada mesmo assim. Tenho nove filhos, posso lidar com qualquer coisa. 

—Não está pensando em levar o Fish com você, está? - Provocou, fazendo cócegas nela. 

—Ora, querido, quando eu usei o Fish para assustar alguém? - Edward levou a mão ao queixo enquanto fingia pensar. - Sem um motivo bem plausível - Completou e ele riu. 

—Nunca, meu amor. Nunca. Só não quero que você seja presa novamente. 

—A mamãe já foi presa? - Tom virou na cadeira e encarou a mãe. 

—Sim. Ela fez o Fish I engolir uma pessoa. - Henry riu com a expressão de espanto do irmão. 

—É mentira, Tom. Foi o Fish II que fez isso. - Tyler gargalhou e Tom cruzou os braços, indignado com a brincadeira dos irmãos. 

—Meninos! - Bella repreendeu os filhos e virou para falar com Tom. - Sim, meu anjo, eu já fui presa. Quando era mais nova participava de protestos, manifestações e às vezes, passávamos um pouco dos limites ou então eles simplesmente eram intolerantes conosco e o caos se instalava. Devemos lutar pelos nossos direitos e pelo que acreditamos ser o certo, mas podemos fazer isso sem briga. 

—E por que você foi presa? - Amanda estava curiosa. 

—Foi só uma vez que conseguiram me pegar e foi por invadir um laboratório que usava animais para testes. Nós conseguimos soltá-los. - Confidenciou orgulhosa, mas não queria que os filhos se sentissem incentivados a fazer o mesmo. 

—E a gente que faz bagunça, né? - Colin resmungou e Hayley o cutucou. - Foi o John que falou. - Acusou o irmão. 

—Eu não falei nada. - John se defendeu e todos o encararam. Ele nunca se defendia, deixava que os irmãos colocassem a culpa nele ou tirassem vantagem  da timidez dele. O encontro com o pai biológico o deixou mais confiante. - Desculpa, Colin. 

—Não, não. - Henry colocou a mão no ombro do irmão. - Tem que falar o que pensa, irmãozinho. 

—Bom trabalho, bro. - Tyler o aplaudiu e John corou. Agnes aproveitou o momento para fazer um pedido. 

—John, meu irmãozinho querido e amado. O que acha de você e o papai tocarem no meu casamento?. Só uma música e durante a festa. - Colocou as mãos na barriga. - É o desejo de uma grávida. 

—Você não pode negar. - Hayley acrescentou e John assentiu. - Vai ficar incrível. - Bateu palmas empolgada. - Agnes, eu nunca te pedi nada… 

—Você está sempre me pedindo alguma coisa, Hay. 

—Tem razão, mas eu nunca te pedi com relação ao casamento. - A lembrou e Agnes revirou os olhos. 

—Só porque ainda não deu tempo. O que você quer me pedir? 

—Já que o papai e o John vão tocar, eu posso cantar com eles? - Uniu as mãos em uma súplica. 

—Você não sabe cantar. - Tyler a provocou. 

—Posso não ser a melhor cantora do mundo, mas eu sou afinada. E eu só faria a segunda voz. 

—E que seria a voz principal? - Agnes percebeu que estava perdendo o controle do casamento. 

—Amanda Cullen. - Mandy se engasgou com o suco e Bella correu para ajudar a filha. 

—Ficou doida? - Conseguiu falar e balançou a cabeça com firmeza. 

—Você canta tão bem. 

—Canta mesmo. - Tom confirmou e Amanda cruzou os braços. 

—Não. - Rosnou. 

—Vai mesmo negar o desejo de uma noiva grávida? - Hayley fingiu estar horrorizada. 

—Não é o desejo da Agnes que eu cante. 

—Agora é sim. Eu quero que você cante. - Agnes não tinha ouvido a irmã cantar, mas confiaria no julgamento de Hayley. 

—Eu também vou cantar. - Lucy, é claro, não ficaria de fora. 

—Banda Cullen. Gostei. Posso até tentar fazer uns passinhos. - Tyler se remexeu na cadeira. 

—Maravilha! - Aquilo seria um desastre, mas pelo menos o casamento dela jamais seria esquecido. 

—As Ovelhinhas. - Edward estava empolgado. - Precisamos marcar os ensaios, mandar fazer o figurino… 

—Mãe! - Agnes pediu socorro. 

—Querido, vamos com calma. - Pediu colocando as mãos nos braços dele. 

—Tem razão. - Edward respirou fundo. Ele não iria surtar, tinha muito a fazer. - Peguem suas mochilas. Estamos atrasados. - Anunciou consultando o relógio e os filhos saíram em disparada. - Vai pensando na coreografia. - Sussurrou para Tyler que bateu continência e saiu devagar em busca do computador. 

—Sem exageros. - Bella ordenou. 

—Quando foi que eu exagerei? 

—Quando foi que você não exagerou? Você surta com tudo. - Edward bufou, indignado.

—Esse era o antigo eu. O novo eu não surta com nada. Não há nada que possa me abalar. - Garantiu dando um beijo rápido na esposa.

—Edward. - Bella o agarrou pelo terno e o beijou com urgência. 

—Não que eu esteja reclamando…

—Eu te amo. 

—Também te amo. - Edward sentia que algo estava prestes a acontecer e torcia para que não fosse nada grave. - Te vejo no jantar. 

—Pode preparar uma lasanha? - Pediu e ele assentiu. 

—O que você quiser, minha vida. 

[...]

—Que estranho. - Agnes comentou entrando na cozinha e os irmãos pararam de conversar. - A Eleonor disse que a mamãe não foi se encontrar com ela. - Pai… 

Edward estava com o celular na mão e fitava o chão da cozinha sem saber o que fazer a seguir. Ele precisava manter a calma, surtar não ajudaria em nada e os filhos precisavam dele, estável. 

—Acho que ele vai desmaiar. - Tyler avisou e Henry correu para ajudá-lo. 

—O que aconteceu? - Amanda levou uma cadeira até o pai e Henry o ajudou a sentar. - Pai, o que aconteceu? - Edward respirou fundo e olhou atentamente para os filhos.

—A mãe de vocês sofreu um acidente de carro… 

—O quê? 

—Ela está bem? 

—A mamãe morreu? 

—O que aconteceu?

—Como? 

—A mamãe não pode morrer… 

Os filhos falavam alto e ao mesmo tempo. Colin começou a chorar e se agarrou a Lucy que também chorou. Agnes sentiu a cabeça rodar e teve que ser amparada por Tom. 

—Calma, pessoal. - Edward pediu, mas ele mesmo não conseguia se acalmar. As mãos dele tremiam. - Ela está bem. Só se machucou um pouco. 

—Quero vê-la. - Hayley pediu e John apertou a mão dela. Ele sabia o tanto que a irmã era ligada à mãe. 

—Sim, sim, vamos todos até o hospital, mas preciso que vocês se acalmem. - Ele foi até os filhos mais novos e agachou em frente a eles. - Não precisam chorar, a mamãe está bem. - Deu um beijo na testa deles.  

—Jura, papai? - Colin passou os braços em volta do pescoço do pai e Edward o apertou inspirando o cheirinho de bebê, aquilo o acalmou um pouco. Ele tinha que ser forte pelos filhos e pela esposa. 

—Eu juro, meu amor. A mamãe vai ficar bem. Agora, respira bem fundo e vá pegar seu casaco. - Ele falou com Colin, mas todos fizeram o mesmo. - Agnes, você consegue dirigir? - Ela ainda estava abalada. 

—Eu dirijo. - O carro era automático, Tyler não precisaria esforçar muito a perna. 

—Com cuidado, por favor. - Ele assentiu. 

—E você pai, está em condições de dirigir? 

—Sim. Só preciso fazer uma coisa antes. - Ele correu até o espelho mais próximo e respirou fundo encarando a própria imagem. - Você é Edward Cullen, tem noves filhos maravilhosos que precisam de você. E tem uma esposa incrível que precisa de todo o seu apoio. Então, não surte. Seja forte, fique firme e não chore feito um bebê. - Ele não podia perder Bella, ele não era nada sem ela. - Ela vai ficar bem. - Respirou fundo mais uma vez e se forçou a sorrir. - Vamos ir ver a mamãe? - Tentou soar alegre. - Agnes e Henry, vocês vão com o Tyler. - Lucy e Colin estenderam as mãos para segurar a do pai. - Vai ficar tudo bem, eu juro. - Edward torcia para que aquelas palavras fossem verdadeiras. 

[...]

—Boa noite, estamos procurando pela minha esposa… 

—Sr. Cullen! - Edward nunca sentiu tanta alegria ao ver o genro. - Pode deixar que eu assumo daqui, Heidi. - A enfermeira voltou a atenção para o computador. 

—Combo, você que está cuidando da mamãe? - Lucy levou as mãos a cintura. 

—Sim, Lulu e ela… 

—Tadinha da mamãe. - Colin lamentou. - Você nem é médico de verdade. 

—Como ela está? - Agnes passou pelos irmãos e foi abraçar o noivo. - Tem certeza de que você é a pessoa indicada para cuidar dela? 

—Vou ignorar porque sei que você está muito preocupada. - Connor era um residente, e um dos melhores, mas entendia a preocupação da família. Ele ficou muito assustado ao ver a sogra no hospital. Teve que controlar o impulso de ligar para a noiva e se concentrou em cuidar de Bella. - Estou auxiliando o doutor Caius Volturi. Ele já está vindo conversar com vocês, mas já posso adiantar que a Bella está consciente e bem. - A família comemorou. 

—Vocês devem ser os Cullen. - Connor já tinha alertado Caius sobre o tamanho da família. 

—Você é médico de verdade? - Lucy o olhou de cima a baixo. 

—Sim. Eu sou médico de verdade. - Ele sorriu para a pequena. 

—Como minha esposa está? 

—Bem. Ela quebrou duas costelas, sofreu uma concussão e deslocou o ombro. 

—Nossa, e você chama isso de estar bem? - Hayley levou as mãos ao peito sentindo um leve incômodo. 

—Calma, Hay. - Henry colocou as mãos no ombro da irmã. - Seu coração. 

—Eu sei que é assustador, mas em vista de como o carro ficou, a Bella saiu praticamente ilesa. - Agnes ofegou e se agarrou ao noivo, a mãe poderia ter morrido. Ela não suportaria perder mais ninguém da família. 

—Podemos ver a mamãe? - Tom estava muito assustado. 

—Podem, mas, por favor, sejam rápidos e não a deixem muito agitada. Ela vai precisar ficar no hospital por uns dois dias. - Caius ergueu as mãos antes que eles o interrompessem. - É só por precaução. Podem ficar sossegados. Ela está bem. - Os conduziu pelos corredores e parou em frente a um dos quartos. 

—Vamos todos falar bem baixinho e sejam gentis com a mamãe. - Edward pediu e o médico abriu a porta do quarto. As crianças entraram em silêncio e em fila. 

—O que fizeram com os meus filhos? - Bella estava um pouco grogue por causa dos remédios. - Vocês estão me assustando, o que aconteceu? - Ela tentou se levantar e Edward foi até a esposa e deu um beijo na testa dela, a acalmando. 

—Está tudo bem, querida. 

—Meus filhos parecem um bando de zumbis. - Apontou para os filhos que estavam ainda em fila e em silêncio. 

—O médico de verdade falou para falarmos bem baixinho. - Bella teve que fazer leitura labial para entender o que o filho mais novo estava falando. 

—Bobagem! - Entendeu a mão que estava ligada aos vários fios. - Venham até aqui, Ovelhinhas. - Hayley foi a primeira a correr até a mãe. 

—Eu fiquei tão assustada, mamãe. - Ela sentou com cuidado ao lado dela e segurou a mão estendida. 

—Promete que não vai morrer? - Lucy passou as mãos pelos olhos, afastando as lágrimas. 

—Nós não podemos te perder, mãe. - Tyler acariciou os cabelos da mãe.

—Eu nunca senti tanto medo. - Agnes confidenciou, sufocando um soluço. 

—Tem que dirigir com mais cuidado. - Amanda suplicou. Ela não poderia perder outra mãe. 

—Prometo que vou prestar mais atenção. - A culpa do acidente não tinha sido dela. O motorista de um caminhão furou o sinal vermelho e bateu com tudo no carro de Bella. Ela sentiu o impacto e enquanto o carro capotava várias vezes, ela orava pedindo para não morrer. Seria uma dor muito grande para os filhos. 

—Está doendo muito, mãe? - John se aproximou da cama e Bella balançou a cabeça negando. 

—Os médicos estão cuidando bem de mim. Me deram um remédio que não me deixa sentir dor. - Ela fechou os olhos por uns instantes e os filhos prenderam a respiração, a observando. - Ele me dá muito sono, mas estou bem.  

—Pessoal, lamento, mas vocês precisam ir. - Connor informou e eles protestaram. - A Bella tem que descansar para se recuperar mais rápido. 

—Vai ficar de olho nela? - Tom perguntou ao cunhado. 

—Meu turno está acabando, mas pode ficar tranquilo que todos os médicos daqui são muito competentes e vão cuidar bem dela. 

 -Agnes. - Edward chamou a filha em um canto. - Vou ficar aqui com a sua mãe. Será que você e o Connor podem levar os seus irmãos para ficar com os avós? Vou ligar para eles e dizer que estão indo para lá. 

—Posso ficar com eles em casa. 

—É melhor não. Você precisa ficar calma, pelo bem do seu bebê. E vai ser melhor para eles ficarem em outro lugar. - Edward falava com uma calma que estava assustando Agens. 

—Pai, você está bem? - Colocou a mão no braço dele. 

—É claro que sim. - Agnes o analisou e constatou que ele deveria estar em choque. - Por que acha que eu não estou bem? 

—Você chamou o meu noivo de Connor. 

—Ora, e não é o nome dele? - Forçou um sorriso. 

—Sim, mas… - Era melhor não discutir. - Deixa pra lá. Pode deixar que vou cuidar deles e deixar Colin e Lucy em casas diferentes. 

—Não. Eles precisam ficar juntos. - Os dois estavam sentados na poltrona de mãos dadas. - Precisam um do outro. Eles podem ficar na casa do seu avô Charlie. Bem que ele está precisando de um pouco de agito depois de me chamar de frouxo por deixar o Combo te engravidar. 

—Esse é o pai que eu conheço. - Agnes deu um abraço apertado nele. - Foi só um susto, pai. A mamãe está viva e bem. 

—Sim. - Edward evitou olhar para a esposa. Não podia deixar os filhos o verem chorar. - Ovelhinhas, deem um beijo na mamãe. A Agnes e o Combo vão levar vocês para ficarem com seus avós. 

—Eu quero ficar. - Hayley segurou a mão da mãe. Bella pediu para que a filha se aproximasse mais. 

—Eles não podem ficar sem nós duas. - Bella sussurrou. - Alguém tem que colocar ordem na casa. 

—Eu prometi nunca te abandonar. 

—Você não está me abandonando, meu anjo. Em breve estarei com vocês em casa, enquanto isso, preciso que seja forte. Você é a que me conhece melhor, vai saber como não deixar que eles surtem. Somos as únicas sensatas da família. - Hayley deu uma risadinha. 

—Tem razão, mãe. Vou ficar de olho neles. Não precisa se preocupar com nada. - Deu um beijo estalado na bochecha da mãe. - Amo você. 

—Também te amo, querida. - Hayley levantou e indicou que esperaria a família do lado de fora. 

—Pode deixar que vou cuidar dela. - Amanda garantiu sentando no lugar vago que a irmã deixou. - Ela é bem sentimental. - Ela queria saber se expressar como a irmã. 

—Não vou deixar vocês. - Bella ergueu o queixo da filha. 

—Fiquei com tanto medo, mãe. - Confidenciou num sussurro. - Eu te amo e não quero te perder. - Bella piscou afastando as lágrimas. 

—Eu também te amo. Não precisa ser forte o tempo todo, meu anjo. Estou aqui. - Amanda deixou as lágrimas rolarem e abraçou a mãe, com cuidado. - Vai ficar tudo bem. - Bella garantiu acariciando as costas da filha. - Vai ficar tudo bem. - Amanda endireitou as costas e sorriu para a mãe. 

—Acho que peguei o sentimentalismo da Hayley. - Revirou os olhos e deu um beijo no rosto da mãe. - Fique boa logo, mãe.

—Você me chamou mesmo de mãe ou estou alucinando por causa dos remédios? - Amanda riu, dando de ombros.   

—Você é minha mãe.

—Sim, eu sou.  

—Minha vez. - Lucy ajoelhou na poltrona e colocou as mãos na cama afastando a irmã. 

—Lulu, por que a sua barriga está mexendo? - A pequena enfiou as mãos dentro da blusa. 

—Trouxe a Chinchin pra ficar com você, mamãe. - Colocou a chinchila na cama e Henry apressou em pegá-la. - Henry! É pra mamãe. 

—Só você mesma para trazer um animal. - Bella ergueu a mão interrompendo a discussão. 

—Querida, é melhor a Chinchin ficar com você. Ela vai ficar assustada aqui no hospital. 

—Ela não tem medo de nada. Vai cuidar direitinho de você, mamãe. 

—E quem vai cuidar de você? - Lucy levou a mão ao queixo. - Não precisa deixar a Chinchin, já tenho você aqui no meu coração para me fazer companhia. 

—Tá bom. - Concordou pegando a chinchila de volta. - Não morre, tá bom? - Pediu dando um abraço na mãe. 

—Ainda vou viver muitos e muitos anos. - Prometeu beijando os cabelos da filha.

—Mãe, eu posso ficar aqui no lugar da Chinchin? - Colin afastou a irmã e Henry se colocou no meio dos dois para que não brigassem. 

—Não, meu anjo. Você tem que ir para a casa do vovô. 

—Vou ficar lá pra sempre? 

—Não. Só até a mamãe ir pra casa. - Bella bocejou. 

—Toma seus remédios direitinho pra ficar boa logo, tá bom? Vou falar pra vovó Renée vir pra cá. A gente sempre fica bom quando a mamãe da gente dá um beijinho. - Bella teve vontade de apertar o filho em um abraço bem forte.

—Será que funciona com beijinho dos filhos? - Colin sorriu, empolgado. 

—Vamo tentar, mamãe? - Ele inclinou e deu um beijo na testa da mãe. - Já tá melhor? 

—Muito melhor. 

—Então vai ficar boa logo, mamãe. - Colin comemorou. - Você tem um monte de filhos. -  Soou dramático com o pai. 

—Vai esperar lá fora, Colin. - Henry colocou o irmão no chão. - Vou ajudar a cuidar deles. 

—Sua única preocupação deve ser com as provas finais. - Bella colocou a mão sobre a do filho. 

—Recebi duas respostas hoje. 

—E…? - Henry deu um sorrisinho.

—Quando estiver em casa, bem e consciente, eu abro. - Deu um beijo na mão da mãe. Bella lutou para manter os olhos abertos. 

—Eu já sei que elas dizem que você foi aceito. Todas as universidades vão dizer sim para você, meu pequeno gênio.  

—Melhora logo, mãe. Precisamos de você. - Henry deu um beijo na testa da mãe. - Para ajudar no processo. Amo você. 

—Também te amo. Esqueci de dizer pro Colin e pra Lucy que eu amo eles. 

—Eles sabem, mãe. - Agnes secou as lágrimas. - Todos nós sabemos. 

—Desculpa não ter conseguido ir me encontrar com a Eleonor. 

—Não se preocupe com isso, mãezinha. Você não sofreu um acidente de propósito só para evitar a companhia da minha sogra. 

—Eu odeio aquela bruxa, mas não chegaria a tanto. Quero ver você feliz. 

—Então fique boa logo. Preciso de você, mãe. Nós dois precisamos. - Colocou a mão na barriga, que já estava começando a aparecer sob a roupa. 

—Não vou morrer antes de conhecer todos os meus netos. - Prometeu e Agnes inclinou repetindo o beijo dos irmãos. - Te amo muito, mãe. 

—Também te amo, filha. 

Tom e John se entreolharam, eles estavam com medo de se aproximar e fazer algo de errado. 

—Não precisam ter medo. Venha aqui e me deem um abraço bem forte. - Bella os incentivou a aproximar. 

—Jura que você não vai morrer? - Tom fungou e abraçou a mãe, com muito cuidado. 

—Eu juro, meu amor. A mamãe vai ficar bem. Foi só um grande e terrível susto, mas já passou. 

—Foi um susto gigante. - John também abraçou a mãe. - Acho que nunca senti tanto medo na minha vida.

—Vocês não têm com o que se preocupar. Logo, logo, estarei firme e forte em casa com vocês. 

—Promete? - Tom colocou a mão no braço da mãe. 

—Prometo. Amo vocês, meus anjinhos. 

—Nós também te amamos muito, mãe. - Falaram juntos e deram uma risadinha. 

—É assim que quero ver vocês, rindo. - Eles assentiram e riram mais uma vez da coincidência. 

—Acho que a Mandy perdeu o gêmeo dela. - Tyler provocou e os irmãos deram espaço para ele. - Acho que está precisando de umas aulinhas de direção, mãe. 

—Veja pelo lado bom, serei sua companheira de recuperação. 

—Estava mesmo precisando de companhia. E vou ter a melhor de todas. Só não conta pro papai que eu disse isso. 

—Tyler Cullen, eu te conheço muito bem e sei que você diz a mesma coisa para o seu pai. 

—Não tenho culpa se os meus pais são os melhores pais do mundo. 

—Está na hora de tomar o seu remédio. - Tyler consultou as horas e viu que a mãe estava certa.  

—Como.. 

—E se alimente direito. Você tem que se recuperar e voltar pro jogo. - Bella fechou os olhos, ela pegaria no sono a qualquer momento, mas antes, precisava falar com o marido. Edward acompanhava tudo em silêncio. 

—Amo você, mãezinha. - Tyler se despediu com um beijo. - Cuida bem dela. 

—Pode deixar. - Edward se despediu dos filhos e voltou para o quarto da esposa. 

—Você não surtou. - Bella murmurou e Edward se aproximou da esposa. - Deita aqui comigo. - Pediu e ele a atendeu prontamente. - Vai falar comigo ou vai ficar só me encarando? - Edward a abraçou com cuidado e deixou que as lágrimas rolassem. 

—Eu senti tanto medo. Achei que fosse te perder. Foi pior do que quando estávamos esperando a Hayley. Bella, eu não posso te perder, nunca. Eu não saberia viver sem você. 

—Saberia sim. Você é forte. 

—É você que me dá forças, Bella. 

—Se algo me acontecer… - Edward a beijou interrompendo a fala dela. 

—Nada vai te acontecer. Vou embrulhar você e as crianças em uma bolha e manter todo mundo dentro de casa. 

—Você tem que seguir em frente e ser forte pelas crianças. - Completou, ignorando a interrupção dele. 

—Por seguir em frente, você quer que eu arrume outra? - Ergueu uma sobrancelha e Bella o cutucou. 

—Faça isso e eu volto do além para puxar o seu pé. É para seguir em frente com as crianças. Nada de outra mãe para eles ou de outra para dividir a sua cama. 

—Eu só quero dividir a minha cama com você. Você é o amor da minha vida. Eu te amo mais do que você possa imaginar. - Deu um beijo suave nos lábios dela e Bella relaxou. - Mas, um viúvo como eu faria muito sucesso por aí. - A provocou e Bella deu uma risadinha. 

—Vai sonhando que eu vou te deixar viúvo. 

—Essa é a minha garota. - Edward beijou os cabelos dela. - Agora, durma, meu amor. Vou ficar aqui te protegendo. 

—Edward, eu te… - Bella dormiu antes de completar a frase. 

—Também te amo. Nunca me deixe, Bella. Por favor. 


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Notas finais do capítulo

Desculpa pela maldade no capítulo, mas eu compenso na comédia nos próximos.

Bjs e até mais