Nossa Família imPerfeita escrita por Rayanne Reis


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.
Dei um sumida, mas estou de volta.



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— Sejam bem vindos a primeira reunião do casamento Agnnor. – Agnes sorriu para a família e eles a encararam sem entender. – Agnes e Connor... Agnnor. – Explicou, irritada. Ela precisava de todos atentos ou não conseguiria organizar o casamento no prazo que gostaria.

—E onde está a outra parte do casal? – Edward ainda estava bravo com o genro e não perdia a oportunidade de provocá-lo.

—Não se preocupe, pai. Connor vai chegar a qualquer momento. – Ele não viria sozinho e os acompanhantes dele não seriam bem recebidos pela família dela.

—E quando será o casamento? – Bella estava empolgada com a cerimônia.

—Será dentro de dois meses. – Agnes anunciou. - No dia em que começamos a namorar.  

—Dois meses? Como conseguiremos organizar um casamento em um espaço de tempo tão curto? – Edward precisaria de pelo menos seis meses para organizar algo minimamente decente.

—Sei que é uma missão quase impossível, mas é por isso que eu pedi reforços. Podem entrar. – Pediu e os Cullen se viraram em direção a porta.

—Jackson! Alice! O que fazer aqui? -  Edward se levantou para cumprimentar os amigos.

—Viemos ajudar com o casamento e conhecer nossos sobrinhos. Já que vocês não se dignaram a nos apresentar. – Alice reclamou.

—Tem muita coisa acontecendo... – Bella também abraçou os amigos. – Estávamos esperando o momento certo. Nossos pais já os assustaram o suficiente.   

—Eles são nossos tios? – Tom achava que eles só tinham um tio, Emmett.

—Tio de consideração. – Hayley explicou. - O tio Jasper é o melhor amigo do papai

—Jasper? Achei que o papai tivesse dito Jackson. – Amanda se encolheu ao perceber que tinha chamado Edward de pai. Os irmãos não pareceram notar.

—Você sabe como papai é, ele gosta de falar o nome das pessoas errado. – Tyler nunca entenderia aquela mania, mas se divertia bastante.

—Por quê?  

—Porque o nosso pai é doido, né? - Edward encarou o filho mais novo e ele apontou para o irmão - Foi o Henry.

—Ei! Não coloque a culpa em mim. – Reclamou e Colin deu de ombros.

—Por favor, pessoal, vamos focar no que realmente importa aqui que é que o meu casamento. Tia Alice e tio Jasper, obrigada por terem vindo.

—Vai ser um prazer ajudar, minha querida. Mas, primeiro, preciso dar um abraço nos meus sobrinhos maravilhosos - Alice abraçou cada um dos sobrinhos - É um prazer conhecer vocês. Sou a sua tia Alice, espero que possamos passar muito tempo juntos.

—A tia Alice é muito legal. - Lucy deu um beijo estalado na bochecha dela e Alice tirou uma caixa com bombons de dentro da bolsa.

—E ela conhece os melhores doces do mundo. – Henry esticou a mão e pegou a caixa antes que os irmãos tivessem a oportunidade. – Obrigado, tia Alice.

—Agora que já esclarecemos as especialidades da tia Alice, ela vai cuidar dos doces e do bolo do casamento. – Agnes consultou as anotações dela. – Tyler e John ficarão responsáveis pela música. Acham que dão conta? – Ela precisaria da ajuda de todos.

—Agnes, você está falando com especialistas. – Tyler a tranquilizou.  

—Desde quando você entende de música? – Hayley olhou em dúvida para o irmão.

—Posso não entender da parte técnica, mas eu sei do que a galera gosta. Meu talento combinado com o do John vai fazer com que o casamento seja um sucesso.  

—Exatamente o que estava planejando. Hayley, preciso do seu bom gosto para me ajudar a escolher o vestido. Amanda será que você pode nos ajudar?  

—Pode contar conosco. – Hayley respondeu pela irmã.

—Certo. Papai você vai ser o nosso organizador oficial, preciso que você coordene tudo. O tio Jasper vai te ajudar e garantir que o senhor não surtará e nem vai exagerar.

—Por favor, querida, não preciso de supervisão.

—Ah sim, o senhor vai precisar de supervisão. Principalmente porque os pais do Connor acabaram de chegar. – Ela fez uma careta e uma prece para que não acontecesse nenhuma confusão.

—O que aqueles chatos estão fazendo aqui? Ninguém gosta deles.

—Eles são horríveis.

—Eles falaram que os nossos animais fedem.

—Eles falaram que a gente fede. – Agnes ouviu as reclamações dos irmãos.

—Eu sei, pessoal. – Ela também não era fã deles. – Mas eles são meus sogros e avós do meu filho. Por favor, sejam gentis. Ouviu, papai?

—Ora essa, eu sou sempre gentil. – Os pais de Connor eram uma exceção. - Sou gentil com pessoas que são gentis comigo e com a minha família.  

Edward sabia que deveria manter uma relação cordial com os pais de Connor, mas a dupla não ajudava em nada e ele não aceitaria que ninguém tratasse mal os filhos dele.

—Olá pessoal, tudo bem? – Connor acenou para a família da noiva. - Desculpe pelo atraso, amor. – Apontou com a cabeça para os pais e Agnes suspirou.

—Sem problemas. Só estava distribuindo as tarefas.

—Ótimo! Minha mãe encontrou um local onde podemos fazer a recepção. – Eles já tinham decidido que se casariam na mesma igreja que Edward e Bella fizeram a renovação dos votos.

—A recepção será feita aqui, é claro. -  Edward tinha várias ideias para a decoração.

—No meio desses animais? – A mãe de Connor fez uma careta olhando para as crianças.

—Quem você chamando de animais? – Lucy se levantou com as mãos na cintura.

—Nós não somos animais não. – Colin estava muito ofendido.  

—Pessoal, a Eleonor não chamou vocês de animais, não é mesmo? – Ela olhou para a sogra esperando que ela não tivesse ofendido os irmãos dela daquela forma ou Agnes mesmo perderia a compostura.

—É claro que não estava me referindo aos seus irmãos. Estava falando dos animais que vocês têm aqui. Não me agrada ver o meu filho se casando em uma fazenda.

—Eu não me importaria de me casar aqui, mas acho que seria bom um local mais perto do centro. Para ficar mais perto da igreja. – Agnes tentou mediar a situação. - Mãe, por que não ajuda a Eleonor com o local?

—Estou sendo punida? – Bella resmungou e Alice deu uma risadinha. - Tudo bem, meu anjo. - Bella não estava nada feliz em ter que passar o tempo ao lado da sogra da filha, a mulher era muito esnobe e arrogante.

—Connor vai cuidar da comida.  

—No que posso te ajudar, irmãzinha?

—Ah, Henry, você, Lucy, Tom e Colin podem me ajudar com a decoração. – Os quatro assentiram.

—Quem vai levar as alianças?  

—Esperamos que não você, Lulu, porque você perdeu da última vez.

—A culpa não foi minha. – Lucy mostrou a língua para Hayley.

—Bem, acho que a gente poderia deixar essa oportunidade para o Colin. – Agnes não estava certa se o irmão era mais confiável na tarefa do que a irmã, mas era um risco que iria correr.

—O que eu tenho que fazer?  

—Você só tem que caminhar pela igreja e entregar as alianças. – Connor explicou ao cunhado.

—Tão fácil. – Agnes torcia para que fosse mesmo.  

—Mas não precisa se preocupar, Lulu, você pode entrar junto com o Colin.

—Meu vestido pode ser verde?

—Pode ser do jeito que você quiser.

—Eu vou usar uma tiara bem grande e linda. – Exigiu.

—Maravilhoso! Mãe, será que a senhora gostaria de ser a minha madrinha?

—Eu? – Bella perguntou surpresa e emocionada com o pedido.  

—A quem mais eu poderia pedir? – Agnes abraçou a mãe. - Você é a minha melhor amiga.

—Será uma honra, filha. – Bella e Agnes choraram abraçadas. – Eu amo você, minha princesa. Não consigo acreditar que a minha filhinha vai se casar. – Esticou a mão em busca do apoio do marido.

—Então, Tyler quer ser meu padrinho? – O garoto piscou, surpreso.

—Vou ter que te organizar uma despedida de solteiro?

—Não, Tyler. – Agnes encarou o irmão. -  É claro que você não vai organizar uma despedida de solteiro para o meu noivo.  

—Agnes, não seja estraga prazeres. É claro que eu não ia levar ele numa boate. Pensei em fazer uma noite dos garotos. E até parece que eu ia deixá-lo olhar para um bando de mulheres com pouca roupa. Vou ser seu padrinho, Combo. – Tyler se apoiou no sofá, levantando-se para abraçar o cunhado.

—Vai ser um casamento tão lindo. – Alice estava emocionada.

—Um casamento muito apressado. – O pai de Connor resmungou. – Se a Agnes tivesse se cuidado melhor não seria preciso correr tanto com a cerimônia. 

—Como é? – Edward deu um passo na direção de Conrad.

—Só estou dizendo a verdade. Eles estão se casando porque a sua filha engravidou.

—E ela por acaso fez isso sozinha?

—Acaba com ele, papai. – Lucy gritou e Edward respirou fundo tentando controlar a raiva. Não poderia perder o controle na frente dos filhos, mas não poderia deixar impune aquela ofensa a filha mais velha.

—Pai! – Connor o encarou. – Não vou tolerar que trate mal a minha noiva ou a família dela. Agnes e eu vamos nos casar porque nos amamos. Só estava esperando me estabilizar para oficializar a nossa união. O nosso filho não está apressando nada.

—Ela só quer o seu di...

—Basta, pai. – Rosnou, cerrando os punhos. – Agnes não precisa do meu dinheiro.

—Não precisa mesmo. – Edward saiu em defesa da família.

—A Agnes é a mulher mais incrível que eu conheço e tenho muita sorte de ela me amar e me aceitar com todas as minhas imperfeições. Eu a amo mais do que tudo e o Chris é o fruto do nosso amor.... Então, por favor, não o tratem como se ele fosse um erro. Ele é o nosso filho e merece ser amado por todos. Agnes e eu vamos nos casar e queremos apenas aqueles que nos apoiam ao nosso lado. – Olhou para os pais. – Os Cullen são uma família maravilhosa que me acolheu com todo o carinho e merecem respeito. Eles podem não ser como vocês, e ainda bem que não são, mas eles são a minha família e eu amo eles, mesmo que me joguem no rio.

—Eu não joguei ele no rio. – Edward resmungou.

—Perdão, filho. – Eleonor pediu, envergonhada. – Prometemos que vamos nos comportar e é claro que amaremos o seu filho.

—E respeitarão a minha noiva.

—Trataremos a Agnes como se fosse nossa filha. – Conrad prometeu. – Me desculpe, Agnes.

—Águas passadas. – Suspirou levando as mãos a barriga. – Será que podemos organizar o casamento, sem brigas?

—Você terá o casamento mais lindo de todos, filha. – Edward prometeu e eles sentaram para planejar tudo.

 [...]

—Obrigado por me receber, senhor Cullen. – Edward apertou a mão de Robert. - Lamento ter causado qualquer mal-estar com a sua família, eu não queria ter sido grosseiro com a sua filha. Só gostaria da oportunidade de poder conhecer e conviver com John, afinal de contas, ele é meu filho - Ele já tinha recebido o resultado do exame de DNA e estava confirmado que Robert Miller era o pai biológico de John.

—Sim, você é o pai biológico do John, mas quanto a fazer parte da vida dele isso é outro assunto.

—Eu tenho direitos. – Robert cerrou os punhos.

—Não. Você não tem. Aos olhos da lei eu sou o único pai do John e não vou impor a sua presença ao meu filho. Preciso saber quais são as suas intenções e quero conhecê-lo melhor. Não vou deixá-lo magoar o John. Não sei se te contaram, mas o John já sofreu demais. Quando ele chegou na nossa casa era apenas um garotinho assustado. Ele foi abandonado, adotado e depois devolvido como se fosse uma mercadoria defeituosa e depois foi enviado para um lar onde o agrediam. O John é um garoto muito doce, de um coração gigantesco e eu não vou deixar que ninguém o magoe novamente.

—Eu lamento muito saber de tudo isso. – Ele sabia que o filho tinha passado por outros lares, mas não descobriu o motivo. Agora tudo fazia sentido. – Senhor Cullen, acredite em mim quando eu digo que não tenho intenção de magoar o John, se eu soubesse da existência dele eu nunca teria deixado a Anne o abandonar. Mas saiba que ela fez isso para proteger o John.

—Como abandoná-lo poderia o proteger?

—Quando conheci a Anne, eu tinha 17 anos e me apaixonei pela minha vizinha. Ela tinha 35 anos na época e era casada com um homem muito cruel. O marido dela estava preso e acabamos nos envolvendo, por favor, não pense mal dela.

—Não estava pensando. – Edward tinha aprendido que toda história tinha dois lados e estava disposto a ouvir a versão de Robert. – Continue.

— Anne era uma mulher maravilhosa e acho que o John puxou a ela. Ela tocava piano muito bem e até tentou me dar algumas aulas, mas eu não estava interessado na música e sim nela. Nós ficamos juntos por cerca de seis meses e então a minha família se mudou para outro estado. Nunca mais tive notícias dela, até o ano passado quando ela faleceu e me deixou uma carta e me contou que tinha engravidado e que o filho era meu. Ela me disse que tinha o deixado na porta de uma ONG e que sabia que lá eles cuidaram dele. Entenda, senhor Cullen, a Anne só fez isso para impedir que o marido a machucasse ou machucasse o John. Se o marido dela soubesse que ela o traiu e teve um filho com outro homem, ele certamente a teria matado ou teria matado o nosso filho. Eu queria que ela tivesse me contado na época e me procurado para ajudar, mas quando eu fui embora não deixei nenhum contato e ela deve ter ficado com medo ou achado que por eu ser jovem não a ajudaria. Eu teria a ajudado, teria protegido a Anne e o nosso filho. – Não adiantava ficar lamentando o passado. - Sei que vocês estão fazendo um grande trabalho. O John parece ser feliz e muito amado.

—Ele é. – Edward garantiu. – Todos o amamos muito.

—Fico feliz em saber disso, mas, senhor Cullen, ele é meu filho também. Quero fazer parte da vida dele. Não quero causar nenhum problema, eu juro. O John não merece ser arrastado para nenhuma briga judicial e não quero separá-lo de vocês. Tenho um emprego honesto e nenhum problema com a justiça.

—Sei disso. – Edward o tranquilizou. – Andei o investigando. 

—Eu fiz o mesmo.

—Preciso conversar com a minha esposa, mas acho que podemos chegar a um acordo. O John ainda é muito novo para ouvir toda a história, basta saber que o que a mãe fez foi para protegê-lo.

—Posso vê-lo?

—Sim. Ele está te esperando. A decisão de vê-lo novamente vai ser do John, e é claro, se minha esposa e eu confiarmos em você perto dele.

—Juro que podem confiar em mim, senhor Cullen. – Edward torcia para que sim.

—Só mais uma coisa, somos muito protetores e o John tem 8 irmãos. – Robert não entendeu o alerta, não até chegarem até a sala.

 -Você não levar o John. – Lucy protestou assim que viu Robert.

—Ele é o nosso irmão. – Colin completou e Hayley passou o braço em volta de John.

—O senhor Miller não está aqui para levar o John embora, podem ficar tranquilos.

—Então o que ele quer? – Henry ergueu o queixo.

—Ele só quer conhecer o John. Vamos dar espaço para que eles possam conversar. – Nenhum deles saiu do lado do irmão.

—Queria me desculpa com você, Hayley. – Olhou para a garota e estendeu um pequeno embrulho.

—Não precisa me dar nada, senhor Miller.

—Sei que não, mas agi mal com você. Aceite como forma de me desculpar por ter sido rude. – Hayley pegou o embrulho e tirou uma pequena caixa de música.

—Obrigada.

—Esse é para você, John. – Eram quatro ingressos para a apresentação da orquestra.

—Achei que os ingressos tinham esgotado. – Ele sorriu para a mãe. – Posso ir, mãe?

—É claro, meu anjo. – Ela acariciou o rosto dele. – Não está se esquecendo de nada?

—Obrigado, senhor Miller. – Agradeceu corando. – Você quer ir?

—Seria um enorme prazer.

—E a gente? – Colin não viu mais nenhum embrulho.

—Desculpe. Mas prometo que numa próxima oportunidade eu trago algo.

—Não gostei dele. – Colin reclamou e Lucy concordou com ele.

—Agora é sério, pessoal, vocês precisam se afastar um pouco, por favor. – Bella fez um gesto com as mãos pedindo para que os filhos se levantassem. O seu pai vai ficar de olho no John.

—Vou deixar o Fish de olho também. – Lucy avisou tirando a iguana de dentro da gaiola. – Se você tentar levar o nosso irmão embora, o Fish vai te devorar. – Ameaçou saindo da sala.

—Eu levo ele. – Henry avisou pegando Fish.

—Peço desculpas. – Bella estava orgulhosa dos filhos. Eles sempre se protegiam.

—Tudo bem. Fico feliz em ver como o John é amado. Anne ficaria muito feliz em vê-lo com uma família que se preocupa e que o protege. Você é um garoto de muita sorte.

—Tenho a melhor família do mundo inteiro.

—Sim, você tem. – Robert concordou com o filho. – Eu gostaria de fazer parte da sua família também.

—Eu não quero ir embora.

—Só quero somar, John. Dá para ver que você é um Cullen e eu não quero mudar isso, mas acho que você também pode ser um Miller. Será que posso te conhecer? – John olhou para os pais em busca de aprovação.

—A decisão é sua, meu anjo. – Bella deu um beijo nos cabelos do filho. – Estaremos ao seu lado no que decidir.

—Você saber tocar piano? – John queria entender de quem tinha herdado aquele talento.

—Não. Mas a sua mãe sabia.

Edward e Bella observaram com atenção os dois conversarem. Apesar do medo que sentiam, eles sabiam que John precisava conhecer suas origens, aquilo o ajudaria a superar os medos e inseguranças.


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Notas finais do capítulo

Já podem imaginar que esse casamento vai ser uma confusão.
Será que Robert é mesmo confiável ou teremos que pedir ajuda ao Fish?

Bjs e até mais.