Among the Wildflowers escrita por Nonni


Capítulo 7
Aquele do pássaro e do riacho.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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A vegetação selvagem havia crescido no entorno do riacho conforme os anos avançavam. A luz do sol, mesmo que em meio às tantas árvores, era imperdoável, fazendo jus ao verão que Crowley Cornes enfrentava naquele ano. Por incrível que parecesse, a água corria gelada, uma dádiva da natureza a qual os Mills-Locksley eram bastante gratos naquele momento. 

 

A frente dela, Regina observava enquanto seu garotinho tentava buscar pedrinhas no fundo da água. Robin, sempre em alerta, se divertia junto ao filho naquela missão, a qual Roland estava levando com grande seriedade. Ambos remexiam no fundo do riacho, levantando as pequenas pedrinhas e espalhando-as com a ajuda da correnteza. Na margem, Regina suspirou alto, sentindo a água correr da cintura para baixo. As mãos estavam acariciando delicadamente o ventre, se deliciando com a forma que a filha mais velha mexia em seus cabelos. 

 

Olívia abriu mão da exploração com o pai e o irmão e estava sentada logo atrás de Regina, os dedos trabalhando com os fios negros da mãe, penteando-os com delicadeza, parando as vezes apenas para poder dar atenção ao irmão, que corria até elas estabanado e com a agitação a mil.  

 

Embora muitas vezes tenha se atrevido a perambular por aquelas águas atrás de pedrinhas junto a Roland, Olívia estava um pouco mais calma naquele verão. Regina tinha certeza que a menina estava tentando se controlar para não causar muito estresse na gravidez da mãe. Embora ainda fosse a mesma espoleta, a menina estava mais prestativa que nunca. E sempre que Regina se dava conta disso, não podia evitar a emoção que a acometia, vendo o seu primeiro bebê tão crescido. 

 

O que era o tempo quando se vivia plenamente feliz? Ele passava tão rápido e ela só podia se permitir aproveitar, como sempre o fez. Ainda lembrava de tudo que passaram na gravidez de Olívia, como se tivesse sido ontem. E agora estava ali, relaxando enquanto a água passava por suas pernas, sentindo-se sonolenta com os dedos da filha em seu cabelo, enquanto sentia o bebê em sua barriga remexer e as gargalhadas do filho e do marido chegarem aos seus ouvidos. 

 

Lembrou-se da primeira vez que levou Robin até aquele riacho e eles falaram sobre um futuro juntos. A forma como discutiram quantos filhos teriam. O jeito como estavam felizes e realizados, mesmo sem saberem muito bem para onde a relação iria se encaminhar. Sempre fora assim, ela sempre se sentiu realizada e completa nos braços de Robin. Anos depois, ela se sentia da mesma forma, mas tudo agora era multiplicado por milhões, tinha ali toda a realização que sempre imaginou com ele. 

 

É a mais pura verdade que estavam plenamente satisfeitos com Olívia e Roland. Estabilizaram-se após o nascimento do caçula e, como ambos tinham projetos profissionais em andamento, não sentiam a necessidade de ter outro bebê. Eles não estavam planejando outra gravidez, entretanto Regina sabia que estava grávida no momento em que sua bebida favorita começou a fazê-la se sentir enjoada no café da manhã. A bebida quentinha e que a mantinha centrada o dia inteiro. Café. Podia ser possível isso? Ela ainda não conseguia nem sentir o cheiro, e isso fez com que surtasse muitas vezes. 

 

Seria mentira dizer que não sentira um pânico momentâneo crescendo dentro dela quando começou a desconfiar, afinal, já não era mais uma garotinha, e sabia que já havia engravidado tarde de Roland… Então, a perspectiva de um novo bebê a tirou de órbita por algum tempo. No entanto, quando contou a Robin sobre sua suspeita e o homem a beijou até ficarem sem fôlego, rodopiando-a pelo quarto totalmente realizado como se fosse a primeira vez que ela lhe dava a notícia, toda sua apreensão sumiu, como se ele tivesse sugado todos os seus medos e inseguranças. 

 

Era a terceira vez que passava por essa condição e tinha um turrão ainda mais protetor junto a ela, já que essa estava sendo a gravidez mais difícil. Problemas com pressão a fizeram ficar de repouso por alguns dias e estava ficando ainda pior com as fortes temperaturas da cidade. Estava na sua vigésima nona semana de gestação e esperava que tudo corresse conforme esperado nas próximas. Robin e os filhos estavam sempre fazendo as suas vontades, mesmo que ela atestasse que estava grávida e não doente. Embora a atenção de Robin estivesse na brincadeira de Roland, Regina podia sentir os olhos azuis lhe fitando algumas vezes, apenas para certificar-se que estava tudo bem. 

 

Respirando fundo, se permitiu fechar os olhos enquanto sentia a filha trançar seu cabelo. As madeixas estavam tão compridas que passavam a altura dos ombros, e ela estava realmente tentada a cortar, não fosse a forma a qual o marido era apaixonado por elas. Arriscava a dizer que nunca estiveram tão compridos em todos esses anos de casamento. Era tão normal ela pegar no sono com Robin os penteando com os dedos, e sabia que ele ficava longos e longos minutos assim até se permitir dormir. 

 

Abrindo os castanhos e encarando sua garotinha pelo canto dos olhos, Regina segurou o sorriso ao ver a língua dela entre os dentes, tão parecida com o pai,  completamente concentrada. Olívia terminou um dos lados do cabelo e rapidamente pulou pro outro, permitindo-se sentar nas pernas esticadas da mãe. 

 

"O que foi, mamãe?" Olívia perguntou quando percebeu que estava sendo observada. 

 

"Nada, espoleta. Amo ver você concentrada." Sorriu, levantando a mão e tocando o rostinho da filha. A garotinha sorriu e, ao terminar o outro lado da trança, observou o seu trabalho com orgulho. "Muito melhor agora, querida, obrigada." agradeceu Regina, realmente se sentindo melhor. Olívia estava sendo um verdadeiro anjo, sempre disposta a cuidar da arquiteta e ajudá-la da melhor forma. 

 

Uma sonolenta e cansada Lola levantou-se de onde estava cochilando e adentrou a água, rolando dentro dela e arrancando sorrisos das duas. Regina se perguntou por quantos verões ainda veria cenas como aquela, sua fiel amiga cada vez mais entregue às dificuldades da velhice. Do fundo do seu coração, assim como os dois filhos, desejava que o animal durasse para sempre! Infelizmente, sabia que isso não seria possível, então tentava aproveitar a companhia do bichinho enquanto podia. 

 

Um gritinho animado de Roland chamou a atenção das duas e o garotinho correu até a irmã, puxando-a pela mão para ver as pedrinhas que havia encontrado. Ele trajava uma sunga com vários dinossauros estampados e tinha os cachinhos castanhos caindo pelos olhos. Regina sentiu vontade de apertá-lo nos braços e enchê-lo de beijos, mas ele já havia se afastado com Olívia antes que tivesse tempo de agir. Ela viu Robin dar instruções para que as duas crianças ficassem onde estavam e não saíssem dali, e sorriu quando ele seguiu em sua direção, se arrumando atrás dela, de modo que Regina pudesse se escorar em seu peito e deitar a cabeça entre seu ombro e pescoço. A mulher passou o nariz pela pele desnuda do marido, se perguntando se seria louca por se permitir descansar os olhos por alguns segundos. 

 

"Esperava que a água cansasse nossos filhos, mas acho que ela achou outra vítima." Disse baixinho contra a cabeça dela, as mãos acariciando sua barriga e sorrindo ao sentir os movimentos da bebê. 

 

"Olívia me fez ficar sonolenta mexendo no meu cabelo. Você vai ter que me carregar no caminho de volta." fez piada, sentindo o peito dele balançar com a risada. 

 

"Viemos aqui com o propósito de você relaxar, caipira. Se uma soneca ajuda, eu posso ser seu travesseiro. Não me importo." os lábios colaram na testa dela e Regina não disse nada, apenas se permitiu escorar-se mais nele, sabendo que estava sendo sincero. Ela não dormiu, entretanto, mas se permitiu fechar os olhos e aproveitar os sons e sensações ao seu redor. 

 

A forma como a água passava por suas pernas, o peito do marido subia e descia em uma respiração calma, as mãos dele lhe acariciando a barriga, os lábios movendo-se dos fios negros a sua testa. No fundo, o barulho do riacho fazia contraste com as risadas de seu filho e a voz de sua menina indicando onde estavam as pedrinhas. E, dentro do ventre, sentia a sua caçula fazer festa, como se não pudesse esperar para poder participar daquele passeio.   

 

*** 

 

No caminho de volta, Regina se encontrava bem irritada por estar tão cansada. Parecia que quanto mais caminhava, mais longe estava de finalmente chegar em casa. Depois de fazer tantas vezes aquele caminho com o fôlego intacto, ter que parar de vez em quando para descansar contra Robin a estava deixando impaciente. Estava dando passos de tartaruga, era verdade, e tinha certeza que Robin sustentava parte de seu corpo, parando vez ou outra e esfregando suas costas de cima a baixo, dando tempo para que ela respirasse. 

 

Mais a frente, os filhos corriam sem parecerem estarem esgotados, e Lola fazia seu caminho atrás deles sem real interesse de acompanhá-los, cansada demais para correr. 

 

Robin já havia se oferecido para carregá-la umas duas vezes, e se ele oferecesse mais uma vez, tinha certeza que iria ameaçar deixá-lo dormir no sofá naquela noite. Como se nada o atingisse, afinal não era ele que estava carregando uma criança, o loiro apenas suspirava e lhe acariciava a cintura, continuando a caminhar devagar. 

 

Regina havia tido uma tarde agradável no riacho. Estava se sentindo grata, até perceber que talvez não pudesse voltar ao lugar até o final da gestação, visto que era realmente muito longe do conforto de sua casa. 

 

Iria virar para Robin e pedir para sentarem um pouco quando Olívia soltou um gritinho assustado que alertou cada célula do corpo de Regina. Buscando os filhos, Regina viu que Roland tinha as mãozinhas na boca assustado e a filha havia se ajoelhado no chão. Os olhos castanhos apreensivos buscaram a figura de Lola, que felizmente estava entediada, seguindo seu caminho como se nada tivesse acontecido. 

 

Sem demorar mais nenhum segundo, ela e Robin voltaram a fazer o caminho até os filhos, tão rápido que ela nem sabia de onde havia tirado a energia. 

 

"Mamãe!" A voz embargada de Olívia chegou aos seus ouvidos assim que a mulher se aproximou, vendo que as mãos da filha protegiam um ferido e pequenino pássaro. Sabendo o quanto sua garotinha era apegada a todos os bichinhos, a mulher entendeu o porquê de tanto desespero. Olhando para Robin, não precisou nem pedir, e com seu apoio ela se ajoelhou ao lado da filha para dar uma olhada na ave.

 

"Está tudo bem, querida…" Examinou o animal por alguns instantes, percebendo que a asa estava quebrada. Acostumada com aquele tipo de acontecimento, Regina sorriu para a filha, tentando reconfortá-la. "Ele só está com a asa quebrada, meu amor. Você ajuda a mamãe?" Perguntou, vendo os azuis de sua menina brilharem em determinação e coragem, a cabecinha movendo-se em sinal de confirmação ao pedido de Regina. "Então pegue com o papai uma das nossas toalhas, a gente vai pegar ele e o enrolar para não assustá-lo, ok?" E assim Olívia fez, Robin lhe alcançou uma das toalhas e depois de estender no chão, observou a mãe mover a ave com muito cuidado e enrolar na toalha. Roland e Robin observavam mãe e filha trabalhando juntas, os olhinhos de Roland brilhando com a aventura que estava vivendo.  Quando o animal estava imobilizado, Regina mostrou a Olívia a maior forma de segurá-lo e então elas seguiram até em casa, o caminho todo passando despercebido por Regina, que, embora cansada, observava admirada o amor com o qual Olívia observava o bichinho. Roland vinha logo atrás, no colo de Robin, tagarelando sem parar em como queria ser como Olívia quando crescesse porque sua irmã não sentia medo de nada. 

 

Quando adentraram a casa, a primeira coisa que Regina fez foi sentar no sofá da sala, sob o olhar atento e preocupado de Robin. Ela deu um sorriso para tranquilizá-lo e chamou a filha até ela, pegando o passarinho nas mãos e colocando-o sobre suas pernas. O bichinho estava assustado e Regina percebeu que a situação era pior do que imaginara. 

 

"Ele vai morrer, mamãe?" Olívia perguntou, ansiosa. Regina voltou a enrolar o pássaro, buscando os olhos da filha. 

 

"Não vai, Via. Mas não vamos conseguir cuidar dele aqui… Acho que o melhor é levá-lo até a cidade." Viu a filha assentir. Buscou os olhos azuis de Robin e nem precisou pedir, o homem depositou o mais novo no chão e foi em busca das chaves. "Você vai com o papai, filha, e certifique-se que nosso amigo aqui vá ficar bem, combinado?" 

“Posso ir junto, mamãe?” Um animado Roland perguntou, se aproximando delas. Regina assentiu. 

 

“Claro que pode, filho.” sorriu terna para ele, enquanto segurava o bichinho em cima de suas coxas. “Por que vocês não sobem para achar uma caixa? Precisamos que ele fique seguro no caminho.” Ela não precisou pedir duas vezes, as duas crianças correram em busca da caixa para transportar o passarinho. 

 

Alguns minutos depois, quando com a ajuda de Olívia a morena colocou o pássaro dentro da caixa, ela viu os filhos caminharem animados para fora, eufóricos demais com o acontecimento. Olívia segurava a caixa com segurança, mas Roland estava animado, correndo na frente da irmã. Robin desceu as escadas e Regina percebeu que ele vestia uma camiseta e bermuda jeans. O homem se ajoelhou na frente dela e beijou sua testa. 

 

"Você está bem?" Perguntou, avaliando todo o rosto dela. 

 

"Preciso de um banho e de uma cama, turrão. Mas estou bem. Não se preocupe." Beijou o nariz dele. "Acho que você só vai conseguir atendimento na clínica do centro, tudo bem? Você faz isso por mim?" Perguntou, escorando a testa na dele. 

 

“É claro que eu faço. Você quer alguma coisa da cidade?” Ele perguntou, sempre prestativo. Regina pensou por alguns segundos, avaliando o que faria se provavelmente fosse junto com eles. Com o calor que fazia, ela realmente adoraria tomar um sorvete, o simples pensamento fazendo os castanhos brilharem. 

 

“Talvez sorvete?” pediu risonha vendo-o semicerrar os olhos. 

 

“Combinado.” ele beijou sua bochecha. "Não vou desgrudar do telefone, ok? Qualquer coisa, tá bem, Regina? Não seja teimosa." Beijou a testa e os lábios dela antes de se levantar, dando de cara com seu velho sogro quando ia se retirando da sala. Henry sorriu para ele e bateu em seu ombro, e então Robin deixou a casa, duas crianças animadas esperando por ele no carro. 

 

"O que esses três vão aprontar?" Henry perguntou, seguindo até a filha e sentando-se ao seu lado no sofá.  

 

"Olívia encontrou um pássaro com a asa quebrada." Regina explicou, pegando a risada que deixou os lábios do mais velho. “Agora, o que eles vão aprontar… Vamos ter que esperar eles voltarem para saber.” 

 

***

Um bom tempo depois, Regina não iria negar que estava se entregando ao mundo dos sonhos com o barulho do jogo na televisão, mas todos seus sentidos ficaram em alerta quando ouviu o barulho do carro de Robin sobre o cascalho. Não precisou de muito tempo para ouvir as risadas animadas e os passos adentrando a casa. 

 

“Foi tão legal! Eu quero ser um médico de bichinhos!” ela ouviu um animado Roland exclamar e teve que segurar a risada. Ouviu os passos se aproximarem, mas logo pararem. 

 

“A mamãe tá dormindo…” Foi Olívia quem disse. “Vamos para a cozinha para não incomodar, mano. Oi, vovô!” 

 

“Oi, vovô!” Roland repetiu. Logo depois ela viu os passos se afastando, sem nem mesmo darem tempo de Henry responder.

 

“Algo me diz que essas crianças não vão dormir essa noite… Os dois acabaram de correr para a cozinha com dois potes de sorvete de chocolate.” o senhor comentou e Regina gemeu baixinho, fazendo-o rir. 

 

“Quem está ganhando?” A voz de Robin tomou conta da sala e a mulher abriu os olhos, buscando por ele. Viu que os olhos azuis grudaram na TV, tentando entender o placar. Pela reclamação que saiu da boca do pai, e a frustração no rosto do marido, Regina tinha certeza que o resultado não era bom. Robin pareceu desistir e voltou sua atenção a ela, abrindo aquele sorriso perfeito que ela tanto amava. 

 

“Dormindo, caipira?” se aproximou dela, ajoelhando-se no chão e dando um selinho em seus lábios. Regina levou as mãos ao cabelo grisalho e brincou com os fios, suspirando baixinho. 

 

“Quase… Eu estava quase.” recebeu mais um beijo de Robin. “Como foi?”

 

“O Dr. Clarke preferiu deixá-lo internado na clínica para a recuperação. Foi uma guerra convencer a sua filha…” ele contou, fazendo um careta e tirando uma risadinha dela. Robin traçou a sobrancelha da esposa com a ponta do dedo, fazendo-a suspirar e fechar os olhos. “Eu trouxe sorvete…” ele contou. A mulher umedeceu os lábios, a vontade de se deliciar com o doce apontando. Robin não resistiu em beijá-los. 

 

“Me ajude a levantar.” Mandou, ansiosa. Robin riu contra os lábios dela e fez o que ela pediu. Logo ambos estavam na cozinha, se deliciando com o sorvete de chocolate junto aos filhos, não sem antes Robin levar uma tigela com o doce para o sogro e espiar o placar do jogo. 

 

Na cozinha, Regina desconfiava que Roland tinha mais sorvete no rosto do que no estômago, e observava contente enquanto os filhos relatavam que o passarinho havia sido atendido pelo doutor e que o papai havia concordado em deixá-lo internado enquanto se reabilitava.  

 

Regina subiu para descansar logo depois de terminar de comer o sorvete. Acordou somente horas depois, quando sentiu o colchão afundar com o peso da filha, que se aconchegou nos braços dela. 

 

“Mamãe?” ouviu chamar baixinho e abriu os olhos, encontrando a menina observando-a. “Eu vim dar boa noite.” sorriu, beijando a ponta do nariz da mãe. Regina abriu um sorriso para ela, puxando-a para seus braços e as duas se aconchegaram na grande cama de casal. “Foi muito divertido hoje.” a garotinha falou baixinho, quando Regina já estava se permitindo cair no sono novamente. A morena riu contra os cabelos da filha. 

 

“Você gostou?” 

 

“Uhum…” suspirou contente, bocejando. Parece que as energias não duravam para sempre, Regina pensou. “Acho que quando eu crescer eu quero ser médica de bichinhos, mamãe. Você acha que eu posso?” Regina sorriu, pensando que a profissão combinava com a filha desde os 5 anos, quando trazia pintinhos para dentro de casa. 

 

“Você pode tudo, Olívia.” buscou os olhos da menina, sorrindo. “Só tem que me prometer ser muito, muito feliz.” 

 

“Eu prometo, mamãe.” 

 

Naquela noite, quem mexeu nos fios castanhos de Regina até dormir foi Olívia. E Regina só acordou um tempo depois, quando o marido pegou a filha no colo para levar até seu quarto, voltando logo depois e beijando a testa da esposa quando ela se aconchegou em seus braços. 


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Notas finais do capítulo

Eu vou confessar que estava morrendo de saudade dessa família, eles são importantes demais para mim e ontem com os 10 anos de OUAT eu me gatilhei tanto por OutlawQueen que eu finalmente consegui concluir essa one shot.

Espero que tenham gostado e me deixem saber o que acharam!

Um grande beijo, boa semana!



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