Unique Love escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Gente, estamos na reta final dessa história!! Passou rápido!



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No dia seguinte, acordei com o som tocando avisando que era hora de Artur levantar, mas permaneci com os olhos fechados, precisava pensar sobre a ligação anônima da noite anterior. Quando ele fechou a porta do quarto, fiquei deitada de costas, eu precisava dar um jeito de descobrir quem era aquela pessoa, mas como fazer isso sem ser descoberta? Teria ela algum tipo de drone ou câmera em alguma roupa minha que me fizesse ser vista? Era difícil descobrir, mas eu precisava tentar. 

Assim que Artur saiu, decidi não envolver ele nessa história, se a pessoa dona daquela voz estava tramando algo para me sequestrar, torturar ou algo assim, ele certamente ia ser pego mesmo se apenas soubesse da ligação.

— Bom dia Marina. - ele disse, se ajoelhando pra me beijar na testa.

— Bom dia... - respondi sonolenta.

— Dormiu bem?

— Dormi sim, e você?

— Muito bem. Tenho que ir logo, você vai descer já?

— Não, pode ir tomar café. Eu vou ficar por aqui hoje. - menti.

— Ok, até de noite. Vou deixar a chave com você. - sorriu ele.

Assenti e ele saiu do quarto, olhei para o relógio, eram seis da manhã. Ainda tinha muito o que pensar antes de conseguir ir ao local marcado do encontro. 

Esperei mais algum tempo e fui tomar um banho, lavei o corpo, mas não a mente, estava muito assustada, não sabia aonde aquilo ia dar e nem como ia parar, meu cérebro dizia para não ir, mas o coração dizia que devia, pois reencontraria Roger e descobriria toda a história. 

E foi isso que me motivou a ir lá, mesmo com medo.

Decidida, saí do banheiro, coloquei a mesma roupa de antes já que não faria nada até o horário marcado e me olhei no espelho. Depois, saí do quarto e procurei meu celular, quando o encontrei, dei uma olhada pela janela pra ver se a pessoa misteriosa não estava me observando. Não vi nada, então saí do quarto e fui pro corredor, lá não tinha nenhuma janela. então ele não me veria lá.

Rapidamente, comecei a telefonar.

— Marina? - respondeu Miriam, do outro lado da linha.

— Oi Miriam, que bom que você atendeu. - suspirei de alívio.

— O que aconteceu? Você parece nervosa.

— Estou sim... Uma pessoa misteriosa me ligou dizendo que sabia de toda a verdade sobre o sumiço do Roger e dos pais dele, mas quer que eu o encontrei às três horas para ele me dizer toda a verdade.

— Não brinca! E deu pra reconhecer quem era? - ela parecia chocada.

— Não, estava usando um misturador de voz. Mas eu estou com medo, e se for uma armadilha pra me sequestrar? 

— Amiga, você tem que falar isso pra polícia! 

— Mas ele mandou eu ir sozinha! - gritei baixinho para caso a pessoa misteriosa estivesse por perto.

— Então vai sozinha, mas deixa a parte da polícia com a gente.

— Como assim?

— Confia em mim amiga.

— Está bem, mas cuidado.

— Você também.

E desligamos.

Assim, desci pra cozinha e fiz um café com leite e passei geléia em uma torrada e comi, estava tão ansiosa que não sentia tanta fome para comer todo o café da manhã que estava na mesa. 

Quando terminei de comer, voltei ao quarto e comecei a assistir séries pra me distrair, tinha que manter a mente ocupada até o horário combinado. 
Às onze e meia, cansei da televisão e fui tomar um banho. Logo que terminei coloquei um vestido simples e minha sandália. Eu não estava indo para um encontro romântico então não precisava me arrumar tanto. Em seguida, saí e peguei um táxi para o trabalho do Artur, estava com fome e por mais que eu soubesse cozinhar devido ao tempo morando com Roger, não queria almoçar sozinha. 

Chegando na empresa, era meio-dia em ponto, o taxista parou o carro e paguei pela corrida, então saí e esperei Artur sair. Abri um sorriso ao vê-lo.

— Oi Artur. - eu disse.

— Oi Marina. - sorriu ele.

— Está indo almoçar?

— Sim, estou. E você? - ele parecia surpreso.

— Sim, mas não queria almoçar sozinha, então... será que eu posso ir com você? - perguntei receosa da resposta.

— Claro que pode.

— Ótimo. - sorri animada.

Logo ele me levou no mesmo lugar onde ele almoçava sempre, a comida de lá não era ruim, ele permaneceu o tempo todo sorridente e animado, parecia que estava feliz na minha presença, o que me deixou mais feliz. Talvez aquilo estivesse ajudando a despertar novamente em mim os sentimentos por ele que até então estavam adormecidos, mas eu não podia fazer nada ainda, precisava descobrir o paradeiro de Roger e depois pensar em como... talvez, terminar com ele.

Ao acabarmos de almoçar, ele fez questão de pagar a conta e voltamos para a porta da empresa.

— Até depois. - sorriu ele.

— Até. - sorri de volta e dei um rápido selinho nele indo embora dali um pouco apressada.

Durante o caminho de volta, me lembrei de algo positivo: Artur estaria no trabalho, então não teria como ele descobrir que eu estava indo para um lugar desconhecido, me seguir e ser apanhado no fogo cruzado. 

Ao sair, fui caminhando até uma loja de roupas, não iria comprar nada, mas decidi ficar lá apenas para dar uma olhada, assim passava o tempo. Deixei a chave de Artur debaixo do tapete da casa dele pra quando ele chegasse ela estar lá e olhei no relógio, quinze para as duas. Ainda tinha um tempinho, então entrei e liguei para Miriam novamente.

— Oi amiga. - falei.

— Oi, já foi se encontrar com o tal misterioso? - perguntou ela.

— Não, estou indo já já porque o lugar é longe. Você falou com alguém? 

— Só com o João por enquanto, mas ele bolou um plano, só não me disse qual é. 

— E isso é até bom, vai que a pessoa que ligou saber hackear celular e tá ouvindo nossa conversa?

— Pois é, mas agora é coragem e fé que nada vai acontecer. 

— É fácil falar né? Vou lá agora, beijo.

— Beijo, cuidado.

Desliguei e chamei um UBER, não sabia ao certo se algum aceitaria a corrida até aquele fim de mundo, mas eu precisava arriscar, seria muito mais barato pois o táxi me cobraria muito alto, já que não havia ônibus.

Demorou cerca de vários minutos, nenhum havia aceitado, eu até estava começando a considerar ir de táxi mesmo e depois ir à pé até a metade do caminho, ou tentar negociar com o taxista, mas finalmente um motorista aceitou. Pela aparência dele, era um homem de bem, então só fiquei esperando ele. Como ele estava perto de casa, chegou em cinco minutos, entrei no carro e nos cumprimentamos. Demorou um tempo, eu olhava a hora no meu celular isso fez e ele perceber o meu nervosismo.

— Está nervosa? Vai encontrar com o crush? - riu ele, me olhando do retrovisor.

Quem me dera.

— Ér... sim. Na verdade, conheci ele no Tinder, então fica aquela angústia de vê-lo pela primeira vez. - menti.

— Entendo, também conheci minha esposa no Tinder, foi bem engraçado e rápido ao mesmo tempo. - sorriu ele.

A conversa até que me fez distrair um pouco, logo o lugar chegou e ele estacionou.

— Que lugar bastante isolado, tem certeza que ele marcou aqui? - perguntou ele.

— Sim, eu já vim nesse lugar várias vezes, é um local especial pra mim, então pedi que fosse aqui. - menti novamente.

— Ok, quer que eu fique esperando? Caso aconteça algo eu te socorra?

— Não, não precisa, mas obrigada. - falei dando o dinheiro pra ele rapidamente, queria que ele saísse dali logo.

Apesar de desconfiado, ele aceitou o dinheiro da corrida e logo eu saí do carro, ele manobrou e deu meia-volta. Quando sumiu de vista, me virei e caminhei a passos curtos e lentos observando o lugar. Havia somente uma casa branca, com o telhado marrom, a fachada totalmente acabada, alguns tijolos chegavam a aparecer. Era uma casa caindo aos pedaços, mas me chamou a atenção a energia que eu senti ao passar na frente dela, era como se alguma coisa me chamasse para ir lá, me puxando, indicando que ali era o lugar onde o dono da ligação estava, me esperando pra fazer sabe-se lá o quê comigo. 

Então, mesmo com muito medo, respirei fundo tentando me manter firme e fui caminhando até a entrada. 


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Notas finais do capítulo

Olha, enquanto eu escrevia esse capítulo, percebi que ele ficaria grande demais e a história ia ficar bem curtinha, então estou encurtando os capítulos pra história durar mais, devo chegar no máximo até vinte, ok? Até o próximo.