Orgulhosos escrita por Bear91


Capítulo 2
Capítulo 1




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Mai abriu os olhos lentamente, piscou algumas vezes na tentativa de se acostumar com a claridade do lugar. A garota virou-se para o lado, notou que havia uma grande janela que se encontrava fechada, uma grande cortina branca a cobria, impedindo que os raios de sol escapassem e tornassem o ambiente ainda mais claro. Ela sentiu se grata por isso, seus olhos não suportariam ainda mais luz.

Ao virar-se novamente, desta vez para observar o outro lado do quarto, deparou-se com uma sofisticada decoração. Ela se sentiu confusa, não se lembrava daquele lugar, apesar do ambiente refinado lhe trazer instantaneamente seu antigo lar a memória, duvidava que estivesse de volta a casa dos pais. Na realidade torcia para que este não fosse o caso, porque naquele momento ela não tinha certeza de nada.

A última coisa da qual se lembrava, antes de acordar naquele lugar desconhecido, era estar pilotando sua moto. Ela estava a caminho da sede do Doma, planejava buscar suas coisas que ainda estavam lá. Quando ao desviar de um pequeno animal, que aparecera a sua frente, ela perdera o controle da motocicleta e então depois tudo se tornou obscuro.

Ela estava cheia de dúvidas, não sabia que lugar era aquele ou o que havia acontecido e para melhorar não se sentia nada bem. O seu corpo parecia querer voltar a dormir, mas ela tentou ignorar aquela vontade e resolveu se levantar e descobrir onde estava e como havia chegado ali.

Apoiando suas mãos no colchão ela tentou se levantar, no entanto ao fazer isso sentiu uma forte dor em quase todo seu corpo. O que fez com que ela deixasse escapar um gemido de dor e terminasse novamente deitada encarrando o teto.

— A senhorita está bem? — perguntou de repente, uma mulher que saiu de uma porta no interior do quarto.

A mulher não aparentava ter mais que 25 anos, tinha cabelos pretos que estavam presos em um coque feito impecavelmente. Seus olhos eram castanhos, seu rosto continha uma expressão de preocupação. Ela usava um uniforme em um tom de azul bem claro, que parecia ser de empregada.

— A senhorita está bem? — a mulher repetiu novamente a pergunta, enquanto dava passos rápidos na direção de Mai.

— Não exatamente... — respondeu Mai, um pouco hesitante. — O meu corpo... eu o sinto inteiro doer, como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.

Mai novamente tentou novamente se levantar, com intenção de ao menos conseguir se sentar. Ao apoiar se em suas mãos novamente, ela fez uma carreta quando sentiu novamente a dor em seu corpo. A mulher vendo a situação de dela, a ajudou colocando alguns travesseiros atrás de Mai na tentativa de deixá-la mais confortável. E com o auxílio dos macios travesseiros ela conseguiu sentiu permanecer sentada, apesar de ainda sentir um leve desconforto.

— Obrigada. — agradeceu, apoiando suas costas nos travesseiros e sentindo um pouco de alivio.

— A senhorita não deveria tentar se levantar sozinha, seu corpo ainda está muito machucado. As lesões ainda são muito recentes, ainda vai demorar alguns dias até que as dores diminuam. O médico recomendou o máximo de repouso possível, então o melhor é que a senhorita evite se esforçar.

— Está bem, — ela concordou, se sentindo mais confusa do que nunca. — mas eu não entendo. Que história é essa de médico? O que exatamente aconteceu comigo?

Ela varreu como o olhar novamente todo o ambiente, em busca de algo familiar, porém não encontrou nada e então dessa vez olhou para sim mesma. Suas roupas também não eram mais as mesmas, suas antigas roupas haviam sumido. Agora ela estava vestida com uma camisola branca, a peça era tão delicada, tão diferente das roupas que Mai estava acostumada a usar. Logo Mai também notou algo ainda mais alarmante, o seu baralho. Ela não fazia a mínima ideia de onde ele havia ido parar.

— Pelo que eu sei, a senhorita sofreu um pequeno acidente de moto. — a mulher respondeu, fazendo com que Mai voltasse novamente sua atenção para ela. — Segundo o médico a senhorita não se machucou seriamente, como eu já havia lhe dito, mas vai demorar algum tempo até se recuperar completamente.

— Acidente de moto? Ah... Então foi isso que aconteceu... — disse pensativa, finalmente compreendendo o porquê de sentir tantas dores em seu corpo. — Mas e você? Quem exatamente é você?

— Me desculpe Senhorita, esqueci completamente de me apresentar. Meu nome é Samantha e sou apenas uma empregada nessa casa, eu estou encarregada de cuidar da senhorita.

— E que lugar é esse? Eu ainda estou em São Francisco?

— Não, nós estamos em Dominó, na mansão Kaiba.

— Espera um pouco, será que eu entendi direito? Você disse Kaiba?

— Isso mesmo, essa é casa do Senhor Seto Kaiba e seu irmão.

— Eu não entendo, o que estou fazendo aqui? Como eu vim parar nesse lugar? — saber que ela estava na casa de Seto e Mokuba deixou Mai ainda mais confusa, não conseguia compreender o que fazia justamente ali.

— Pelo que o Senhor Mokuba disse, ele e o seu irmão a encontram machucada e levaram para o hospital, os dois salvaram a senhorita. Você deve agradecer-lhes por terem ajudado.

— Isso é bem inesperado, de todas as pessoas eu não esperava ser salva justamente pelos irmãos Kaiba.

— Por que diz isso, você não se dá bem com eles? — perguntou a moça, sem entender a reação da garota. —  Tem algo contra o Senhor Mokuba e Senhor Kaiba?

— Eu adoro o Mokuba, na verdade sempre o achei uma criança muito doce. O problema é o Seto, é praticamente impossível não ter algo contra aquele mauricinho egoísta. — admitiu ela com desgosto, já prevendo como seria desagradável ter que lidar com Kaiba.

— Você pode ter seus motivos pra pensar isso do Senhor Seto, contudo na situação atual você não deveria falar assim, afinal foi graças a ele que a senhorita está a salvo.

— Detesto admitir isso, mas você realmente está certa. Eu nem ao menos merecia ser salva depois de tudo que fiz e mesmo assim os dois me ajudaram. — admitiu tristemente, se lembrando de tudo que ela havia feito nos últimos meses. — Agora eu tenho uma grande dívida, com Mokuba e com o imbecil do Seto. Apesar que tenho certeza de que ele não fez isso por vontade própria, ele não é do tipo que ajuda os outros. — Ela não se sentia nada satisfeita com aquela situação, ainda assim não poderia fazer nada a respeito, pelo menos não naquele momento.

— Agora eu vou ter que deixá-la sozinha um pouco, vou buscar a sua refeição. Como a Senhorita acabou de acordar, imagino que esteja faminta.

— Está bem, Samantha. — Mai concordou cansada.

*****

Samantha não demorou a voltar ao quarto, com uma bandeja em mãos. Ao retornar ao quarto encontrou Mai praticamente do mesmo jeito. Continuava sentada na cama, ela fitava fixamente as janelas fechadas com um olhar distante.

Na verdade, Mai estava completamente perdida em suas lembranças, nem percebeu que Samantha estava de volta. A garota não conseguia parar de pensar em seus antigos amigos e tudo que havia feito a eles, ela jamais iria se perdoar por tudo que fez.

— Senhorita, eu trouxe o seu jantar. — Samantha disse, fazendo com que Mai finalmente percebesse sua presença no quarto. E a surpreendendo, pois em seu colo se encontrava uma bandeja com comida que ela nem havia notado ser colocada ali. — Você esteve inconsciente por quase três dias, deve estar se sentindo faminta.

— Obrigada pela comida Samantha, mas na realidade eu não estou com fome. — Ela admitiu, enquanto olhava a comida a sua frente sem muito ânimo.

— Ainda assim a senhorita deveria se esforçar, deve se alimentar senão sua recuperação vai demorar ainda mais.

— Tudo bem, eu vou tentar comer um pouco, mas por favor pare de me chamar de Senhorita. Eu tenho um nome, então gostaria que me chamasse apenas por ele.

— Está bem, Senhorita.

— É Mai, apenas Mai.

— Me perdoe, de agora em diante eu vou te chamar só de Mai. — ela concordou por fim.

— Ótimo. — Mai disse sorrindo fracamente, em seguida pegando um copo com suco na bandeja. Deu um gole e então observou novamente o a comida que estava ali, ela realmente não estava com vontade nenhuma de comer.

Samantha a observava, era impossível não notar quão distraída ela estava. Ela deduziu que provavelmente havia algo incomodando a garota, e ela queria poder ajudar de alguma forma.

— Mai, será que eu posso fazer uma pergunta?

— Claro, o que você quer saber? — ela respondeu, dando outro gole no suco.

— Você está como algum problema?

— Bem, nada além de todas essas dores, mas eu já estou me acostumando. — Ela respondeu com um sorriso cansado.

— Eu não digo fisicamente. — explicou ela. — É que você está tão pensativa, parece que tem alguma coisa lhe incomodando. Se houver algo em que eu possa ajudar, basta me dizer.

— Para ser honesta há sim, há muitas memórias me atormentando. Memórias que jamais me permitiram esquecer as coisas horríveis que fiz, toda a dor que causei aos meus amigos. —confessou com amargor. —  Mas está tudo bem porque eu mereço passar por isso, então não se preocupe comigo.

— Então foi por isso que você disse aquilo mais cedo...

— O que?

— Você disse que não era digna de ser salva, tem a ver com tudo isso que você acabou de falar. Certo?

— É, isso mesmo. Eu fiz muito mal aos meus amigos e a outras pessoas também, mas honestamente não gostaria de falar sobre isso agora. — admitiu, tentando mudar de assunto.

— Me perdoe por fazer perguntas indiscretas.

— Não, não foi nada. Agora já mudando de assunto, eu gostaria de tomar um bom banho, mas acho que não conseguiria chegar ao banheiro sozinha.

— Não se preocupe, eu estou aqui pra te ajudar no que for preciso.

— Muito obrigada Samantha, mas tem outro problema.

— Qual?

— É que não tenho roupas, todas as minhas coisas ficaram em São Francisco. Eu nem sei como acabei vestida com essa camisola aqui.

— Fui eu quem a vestiu em você, suas antigas roupas estavam sujas então eu as troquei por essa camisola. E quanto a não ter roupas, isso não vai ser problema. O Senhor Seto mandou que eu me encarregasse de providenciar tudo que fosse preciso para você ficar aqui. — Mai ficou surpresa com a atitude de Seto e não de uma maneira boa. — O que foi? Você não parece feliz com isso.

— Claro, são boas notícias eu ter o que vestir, no entanto me incomoda receber tanta ajuda do Seto, mas o que eu posso fazer? Eu não estou em posição de reclamar. Ah, eu terminei de comer.

— Como terminou? A Senhorita não comeu praticamente nada.

— Realmente tentei, mas eu não estou com apetite algum. Agora eu só quero tomar um banho e voltar a dormir.

*****

Após ajudar Mai a tomar o banho, Samantha deu a ela os remédios que o médico havia receitado. Depois disso ela e Mai conversaram por um tempo, enquanto Samantha arrumava o quarto. Mas não demorou muito até que os remédios que Mai tinha tomado começassem a fazer efeito, a deixando sonolenta e ela logo adormecesse. Então a empregada terminou de arrumar o quarto em silêncio, pois não queria atrapalhar o sono de Mai.

Após arrumar o quarto, Samantha pegou a bandeja que havia trazido mais cedo e então seguiu com ela em mãos para a porta. Olhou novamente para Mai, constatando que Mai ainda dormia tranquilamente, ela saiu do quartou e apagou a luz antes de fechar a porta. Quando ela se virou se surpreendeu, ao dar de cara com Seto Kaiba.

— Como ela está? — Seto perguntou, com sua expressão de costume.

— O que? — Samantha perguntou confusa, ela se surpreendeu tanto por se deparar com seu patrão que nem ao menos assimilou o que ele disse.

— Por um acaso você é surda? — ele perguntou visivelmente irritado, Seto detestava empregados incompetentes.

— Não, Senhor. Eu estava distraída, me perdoe por isso. — desculpou-se, com a cabeça baixa. — Não irá acontecer novamente.

— Se você quiser continuar empregada, é melhor que realmente não aconteça de novo. Afinal de contas eu não pago meus empregados para serem distraídos. — Ele a alertou com impaciência. — Agora me diga, como a garota está?

— Está bem na medida do possível, Senhor. Ela sente muitas dores, nem ao menos consegue andar sozinha. Agora a pouco eu a ajudei a tomar um banho e dei os remédios receitados pelo médico e agora ela já está dormindo.

— E essa bandeja cheia de comida? — Seto questionou, após reparar na bandeja cheia.

— Me desculpe Senhor. Eu insisti que ela se alimentasse, mas...

— Você é realmente uma incompetente! — ele disse virando os olhos em desaprovação. — No momento eu sou responsável por essa garota, então realmente espero que nesse tempo que está aqui ela não acabe ainda mais doente. Portanto é melhor que amanhã você faça essa garota se alimentar, não me importa que ela esteja sem apetite. Apenas a faça comer.

— Está bem, Senhor. — ela concordou e em seguida saiu apressada.

*****

— Eu vou ter que descer, porque tenho algumas tarefas para terminar, mas assim que eu puder eu venho buscar a bandeja. — Samantha disse, colocando a bandeja sob o colo de Mai. A bandeja continha uma xícara de café, algumas torradas e algumas frutas. — E dessa vez eu espero que você coma algo, pelo seu bem e pelo meu.

— Bem, eu irei tentar. — Mai disse honestamente, sorrindo fracamente para a mulher a sua frente.

— Agora eu já vou indo. — Samantha disse fechando a porta do quarto.

Mai observou a bandeja em seu colo por alguns segundos, não sentia vontade alguma de comer qualquer coisa dali. Na verdade, a única coisa que queria naquele momento era desaparecer. Contudo ela sabia que não deveria deixar que Samantha se prejudicasse apenas por sua causa, então se forçou a comer pelo menos uma das torradas que estavam na bandeja.

Observando a luz que vinha da janela, ela deixou-se novamente perder em lembranças. Estava tão distraída que nem notou as batidas na porta, apenas se deu conta quando um garoto entrou no quarto.

— Mokuba! — Ela disse, assim que reconheceu o garoto.

— Mai, como você está? — Mokuba perguntou, fechando a porta e caminhado até Mai.

— Bem, graças a você e ao seu irmão. Eu sinto algumas dores, mas nada quenão possa aguentar. — ela afirmou tentando forçar um sorriso.

— É, o médico disse que esses primeiros dias não seriam muito fáceis. — ele disse, se sentando na beirada da cama.

— Mokuba, muito obrigada. Eu sei que não merecia ajuda alguma, não depois de tudo que fiz e ainda assim você e seu irmão me ajudaram. Por isso queria dizer que me sinto muito grata por tudo.

— Você não deveria falar assim de si mesma. Não é porque você cometeu alguns erros que não merece ser ajudada, apesar de tudo que aconteceu você continua sendo uma amiga. A culpa não foi sua, você foi manipulada pelo Orichalcos.

— Isso pode ser verdade, só que ainda tenho culpa. Eu jamais deveria ter aceitado me juntar ao Doma. E pensar em quantas pessoas eu machuquei... — ela parou por um momento, abaixando a cabeça e deixando algumas lágrimas caírem. — Eu me virei contra meus próprios amigos... e tudo porque eu queria um pouco poder. Eu jamais vou me perdoar...

— Não pense dessa forma, você tem que esquecer tudo isso. Agora tudo isso está no passado, todos que tiveram suas almas roubadas já a recuperaram. — argumentou, tentando anima-la.  Você precisa seguir em frente.

— Mesmo que quisesse acho que não conseguiria, Mokuba. Eu mereço sentir toda essa culpa, de alguma forma tenho de pagar por todo o mal que fiz. — apontou ela com tristeza. — Mas é realmente verdade que todos recuperam suas almas? Até mesmo o Joey?

— Todos, inclusive ele. E falando sobre isso, o Joey está te procurando como um louco. Ainda não contei nada sobre você estar aqui, se você quiser eu posso chamá-lo agora. Ele vai ficar tão aliviado em saber que você está bem.

— É um alívio saber que o Joey está bem, eu adoraria poder vê-lo e abraçá-lo. Apesar disso, vou te pedir que não conte a ele ou para qualquer outra pessoa, que eu estou aqui.

— E por que você está me pedindo isso? Eu sinceramente não entendo.

— É que... depois de tudo que fiz, eu... simplesmente não tenho coragem de encará-los.

— Está bem, se você prefere assim. Agora eu vou ter que ir, tenho que participar de uma reunião.

— Eu entendo. Só queria agradecer mais uma vez, muito obrigada por toda essa ajuda.

— Não há de quê! — Mokuba disse e em seguida sai do quarto.

*****

À noite, após Samantha a ajudá-la a banhar-se. Mai novamente disse que não iria comer, que no lugar do jantar Samantha levasse apenas um chá. E com um pouco de relutância, foi isso que a empregada acabou fazendo.

— Mai, você deveria se alimentar melhor. Desde que acordou, você não comeu quase nada. Se continuar assim vai ficar cada vez mais fraca. — Samantha afirmou em reprovação, enquanto servia o chá para Mai.

— Não se preocupe, quando estiver com fome eu irei comer. É só que agora não estou com apetite nenhum, na verdade agora tudo o que eu sinto é sono. — Mai disse bocejando.

— Bem, isso é o efeito de um dos remédios que o médico receitou. É para que você consiga dormir melhor, sem se sentir tão desconfortável com as dores.

— Claro, só podia ser. Eu estava estranhando todo esse sono vindo do nada, eu sinto tanto sono que mal consigo manter meus olhos abertos. É terrível.

— Não é terrível, senhorita. É melhor, porque assim você consegue dormir tranquilamente.

— É, talvez você esteja certa. — Mai concordou, dando um pequeno gole no chá. — E, ficar acordada nesse estado não é algo exatamente produtivo, eu mal consigo me mexer sem que sentir dores.

— Mas isso logo vai passar, não se preocupe. Você deveria estar feliz, porque não teve ferimentos sérios. Apenas lesões superficiais, poderia ter sido muito pior do que isso.

— Eu sei disso Samantha, mas na verdade o que mais me deixa desconfortável nem são as dores em si.

— Não? Então o que seria?

— Estar aqui... nessa casa. Isso não me agrada em nada.

— Então o problema é você estar aqui?

— O problema é que eu não me dou muito bem com o Kaiba. Nós nunca nos demos bem, eu nunca me esforcei para que isso acontecesse e muito menos ele. Nós já trocamos inúmeras ofensas e sei que quando eu der de cara com ele as coisas provavelmente não vão acabar bem. Se não estivesse tão fraca e sentindo tantas dores, eu já teria ido embora daqui.

— Da forma como você fala faz parecer que o Senhor Seto é uma pessoa horrível, mas eu não acho que ele seja tão ruim assim...

— Você tem razão, ele é pior do que isso. Aquele imbecil se acha o dono do mundo, se acha melhor do que todos. E que por ser rico pode pisar em quem bem entender, ele me faz lembrar um pouco dos meus pais. Eles também eram desprezíveis, — Mai disse tristemente, se lembrando brevemente de sua família — eles apenas se importavam com dinheiro e nem mesmo a sua filha estava acima dele. — Bom, acho que é o suficiente desse assunto sobre riquinhos arrogantes, a melhor opção agora parecer ser dormir. — Ela afirmou, entregando a xícara a Samantha e em seguida se deitando na cama.

— Está bem Mai, tente não pensar no Senhor Seto. Eu aposto que vai ficar tudo bem.

— Eu duvido que fique, mas irei seguir o seu conselho. Já tenho tantas coisas me atormentando, pensar em ter que lidar com o Kaiba só vai piorar as coisas. — disse ela, cansada. — Mas eu não evitar de sentir uma mal pressentimento sobre isso.


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