Robb ainda estava chocado com a revelação de que iria ser pai.

Seu filho. Seu primeiro filho! 

Mynisa estava feliz, mas o seu humor ficou mais sombrio a medida que se aproximava do Vale.

Era a hora de aplicar a primeira punição pública do reino recém-criado.

E seria justamente na mulher que lhe deu a luz.

Ela foi ao Vale com Robb, Catelyn, e uma comitiva.

Em silêncio, eles entraram no Portão Da Lua e passaram para o Ninho Da Águia sem nenhuma palavra.

A primeira a recebê-los foi Sansa, que veio correndo e se jogou chorando nos braços do irmão.

Depois abraçou 

Mynisa ficou aliviada ao ver a prima bem.

—Baelish fez algo contra você, Sansa?

—Ele... Ele não me fez mal. Só me deixou um pouco... Desconfortável.

Sansa explicou a obsessão de Baelish por Catelyn e como ele agiu esquisito com ela, seus olhares e toques estranhos a deixavam assustada.

—Eu nunca o vi assim! -protesta a ruiva.

—Eu acredito, mamãe.

—Ele tinha 13 anos! Era uma criança! Como eu poderia ver ele como algo além de um irmãozinho? -a voz de Catelyn quebra com a última palavra.

A viúva de Ned se sentia extremamente traída. Sua irmã e o homem que chamou de amigo conspirou contra toda a sua família.

Ela leu as cartas guardadas por Royce.

Ela estava profundamente horrorizada com o nível que Lysa e Petyr desceram.

—Rainha Mynisa? -chamou um dos homens do Vale.

—Pois não.

—É melhor ir para o quarto de Lord Robin. Eu não creio que seu irmão tenha muito tempo.

Mynisa se sentiu tomada pela tristeza e foi até o quarto de Robin.

O menino respirava com dificuldade.

Ele estava pálido, suado e chorava de angústia.

O coração de Mynisa apertou quando segurou a mão dele.

—Oi, irmão.

Robin, tremendo, segurou sua mão.

—Foi a mamãe. Mamãe fez isso comigo.

Ele derrama várias lágrimas.

—Por que a mamãe me machucou? Achei que ela gostava de mim! O que eu fiz de errado, minha irmã? Por que mamãe me mata?

Mynisa engoliu o choro e tentou responder.

—A mamãe... Ela não está bem da cabeça, Robin.

—ISSO NÃO É DESCULPA! -ele grita, tentando se erguer mas falhando.

Mynisa tenta se controlar para não desabar na frente dele.

Robin respira fundo, tentando juntar suas últimas forças, e muda de assunto.

—Eu vou ser tio?

—Sim, vai. -ela fiz, pondo a mão no ventre.

—Você promete que não ver ser ruim como a mamãe? Que você nunca vai fazer com ele o que ele fez comigo?

—Claro! Eu prometo! Eu vou ser uma boa mãe, eu vou proteger ele!

—Bom. -ele diz, dando um pequeno sorriso.

—Eu sinto muito por não poder passar tempo com você e ser seu irmão mais novo, Mynnie. 

—Eu também sinto, Robin.

—É culpa da mamãe. Mamãe fez isso.

Mynisa segurou sua mão pela última vez.

—Por que mamãe me matou? 

Robin tomba. O meistre o examina e balança a cabeça.

—Ele se foi.

Mynisa não fala nada. Ela sai sem rumo e olha para o portão da lua.

A tristeza é substituída pela raiva.

—Guardas! -ela grita.

—Sim, minha rainha?

—Traga Lysa Tully e Petyr Baelish aqui e agora!

Ela se sente fervendo de fúria.

Todas essas desgraças. Seu pai, seu tio que foi um segundo pai, seu irmão, Sansa espancada, Arya desaparecida. Tudo por culpa daqueles dois!

—Chame todos! Eu quero que todo mundo veja! -ela brada.

Robb tentou a acalmar, mas ela estava cheia de fúria.

Os dois prisioneiros foram jogados aos seus pés.

—Lysa Tully e Petyr Baelish. Eu os acuso de planejar a Guerra Dos Cinco Reis. Eu os acuso do assassinato de Lord Jon Arryn, de conspiração para o assassinato de Lord Eddard Stark, do envenenamento e assassinato de Robin Arryn e de planejar atentados contra os Stark e Tully para tentar tomar todas as regiões do Reino Nortenho. Como você responde as acusações?

—Eu sou inocente! -grita Petyr.

Mynisa pega as cartas que ele escreveu e as lê e frente a todos, e o olha em desafio.

Ao invés disso, ele olha furioso para Lysa.

—Você não queimou isso? Você é burra?

Lysa chora.

—Eu te disse para queimar essas malditas cartas!

—Era a única coisa que tinha de você. -ela diz, com a voz fraca.

—SUA ESTÚPIDA! -ele grita.

Catelyn o olha com nojo.

—Você queria matar todo mundo que eu amo. Você matou meu marido. Maldito seja o dia que te chamei de amigo! Maldito seja o dia em que amei você como um irmão mais novo! Você deve me odiar muito para fazer tudo isso!

Petyr olha para Catelyn em choque.

—Não Cat, eu te amo!

—E no entanto, você me traiu. -ela diz, com frieza.

Mynisa abriu o portão da lua, jogando a porta pesada para o outro lado.

Ela pega Petyr e o arrasta para lá.

—Últimas palavras?

—Não! Me perdoa! Não quero morrer.

—Você devia ter pensando nisso antes de envenenar e matar seu próprio filho.

Ele fica espantado.

—Sim. Sei que Robin era seu filho e não do meu pai. Morra, Mindinho.

Mynisa o joga, o ouvindo gritar. Ela ouve o eco do seu corpo, batendo nas pedras abaixo.

Mynisa agarra Lysa pela gola e a arrasta.

—Eu sou sua mãe! Não faça isso!

—Minha mãe é minha tia Catelyn. Você apenas me deu a luz, me tratou como lixo e tentou conspirar para matar todo mundo que eu amo. Você matou meu pobre irmão inocente, depois que destruiu tudo o que pode dele. Você não é minha mãe, nem meu parente. Eu te renego. 

Lysa uivou de desespero.

—Não faça isso!

—Adeus, Lysa. Não foi um prazer te conhecer.

Ela a atirou também.

Ela ouviu quando seu corpo se despedaçou no chão.

E não sentiu nada.