Bella, a virgem escrita por JESSIE


Capítulo 4
Say (All I Need)


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Demorei, mas voltei kkkkk
Esse capitulo é para vocês entenderem um pouco sobre o Edward, o que está acontecendo nesses dias que ele sumiu e o motivo dele ter tratado a Bella rudemente.
Espero que gostem!

"Você sabe onde o seu coração está?
Você acha que pode encontrá-lo?
Ou você o trocou por alguma coisa
ou algum lugar melhor que valia mais a pena ter?
Você sabe onde seu amor está?
Você acha que o perdeu?
Você sentia isso de um jeito tão forte, mas
nada ficou do jeito que você queria" Say (All I Need) - OneRepublic ♫
https://www.youtube.com/watch?v=-9kII_pSrAQ



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POV EDWARD

Bella, aquele nome ecoou em minha mente durante o mês inteiro que viajei para finalizar o projeto de uma nova filial do The Plaza em Miami, Flórida . Era um projeto audacioso, mas que teria retorno rápido e me consagraria mais no mercado de hotéis. 

Tudo ia conforme planejado, apenas um pequeno problema, eu não conseguia tirá-la da minha cabeça.

Eu havia-a conhecido antes da morte de minha mãe, Esme e de minha descoberta de câncer, resumidamente, na época em que eu era um homem apaixonado pela vida e não era o homem amargo que me tornei depois desses acontecimentos.

Tínhamos combinado de manter contato, mas logo após conhecê-la o mundo que eu conhecia virou de cabeça para baixo.

Até hoje eu me culpo pela morte de Esme, mesmo quando todos os outros me diziam o contrário e que se eu tentasse salvá-la acabaria morrendo junto, mas ela estaria aqui hoje se eu não estivesse em tratamento naquele fatídico dia.

Ela passou seus últimos minutos de vida se preocupando comigo, me dizendo para esperar a ambulância e não sair de casa, que tudo ficaria bem.

Mas não ficou, eles não chegaram a tempo e minha mãe morreu nos meus braços.

E foi nesse cenário de minha vida que conheci Rebekah Mikaelson, ela passou por tudo aquilo ao meu lado, sendo minha amiga até o dia em que eu saí do hospital, alguns dias depois ela se declarou para mim, eu não amava, mas não tinha o direito de partir o coração de quem cuidou de mim por tanto tempo, me senti na obrigação de casar com ela, mas com os anos fui vendo quem ela era de verdade, a mulher interesseira e cruel que não se importava com ninguém além de si mesma.

Pensando no diabo, escuto meu celular tocando e era a mesma que estava a me ligar.

— Diz, Rebekah - Atendo rudemente , estava sendo um mês ótimo sem sua presença a me importunar.

— Docinho, não fala assim. - Fala manhosa com seu sotaque britânico, me fazendo bufar de irritação ao notar que estava perdendo meu tempo com ela.

— Tenho novidades, fui na clínica de inseminação e adivinha? Se tudo der certo, seremos papais - Não, eu não estava escutando direito.

— O QUE REBEKAH? O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO?  - Me altero.

— Eu usei seu sêmen congelado, meu amorzinho - Explica calmamente com a sua voz enjoada. 

— Olha aqui, sua vagabunda! Você passou de todos os limites. Eu já falei com meu advogado e ele está resolvendo nosso divórcio. Não vou continuar com você e não teremos filho nenhum, entendeu? - Eu ando nervosamente de um lado para o outro no meu quarto enquanto falo com ela.

— Meu amor, isso é só uma crise! Tudo vai voltar a ser como antes, você verá e esse bebê vai só completar nosso casamento. - Ela só podia ser surda, não era possível.

— Reze para que você não esteja grávida, se estiver pode se preparar que eu vou te matar - Não queria ter um filho com ela e nada que me ligue a ela depois de nossa separação.

Ela já fazia da minha vida um inferno sem ter uma criança envolvida.

— Você fez algum teste? - Pergunto, temendo sua resposta.

— Ainda não, vou na clínica hoje e não seja grosso amorzinho. Nosso bebê será lindo como sua esposinha - É oficial, essa puta quer morrer.

— Não tem bebê nenhum e faça o teste com a Alice que irei me informar com ela, a partir de hoje não quero falar com você e nem olhar na sua cara , estamos entendidos? - Desliguei antes que ela pudesse protestar.

Imediatamente liguei para Alice, não acredito que ela havia permitido Rebekah fazer aquilo me minha ausência, provavelmente Rebekah fez a inseminação às escondidas.

— Bom dia, irmãozinho! - A baixinha atendeu animadamente, o que era oposto do meu humor naquele momento.

— Como está a viagem? Eu e o Jasper sentimos sua falta por aqui, esse hotel não é o mesmo sem você - Falou ansiosa 

— Bom dia, Alice - Respondi a Alice amargamente.

— Não, muito bem! Acho que terei que voltar antes do previsto. Você soube algo sobre uma inseminação que a Rebekah fez esse mês? - Fui direto ao assunto.

— Não, irmão. Ela deve ter feito com outro médico, mas como assim? Pensei que você fosse se separar dela. - Responde confusa

— E vou, ela está desesperada para me manter no casamento e fez isso pelas minhas costas , mas mesmo que isso seja confirmado ela irá abortar, não quero ter um filho com ela de forma alguma - Tinha pensado em ter filhos antes, mas nunca com alguém como Rebekah, ela faria da criança seu objeto de barganha.

— Claro, te falei para não casar com ela desde o começo, ela só quer saber do seu dinheiro, mas foi confirmado que foi bem sucedida a inseminação? - Me lembra em tom de quem já tinha me avisado onde eu estava me metendo, o que era verdade. 

— Ainda não, por isso estou te ligando, ela irá na clínica hoje fazer o teste e preciso do resultado o mais rápido possível para pensar claramente no que farei - Explico a ela.

— Você tem certeza que vai mandar ela abortar, Edward? Até porque é sua única chance de ser pai, por mais que Rebekah seja uma víbora , pense bem para não se arrepender depois - Me aconselhou, e eu no fundo sabia que ela estava certa.

— Eu sei, Alice! Só não quero ter um filho com ela, minha vida já é infernal o bastante. Infelizmente essa hipótese não é mais possível graças a ela. - Eu já havia aceitado o fato de que não seria capaz de ter um filho.

— Entendo, irmãozinho.Assim que eu tiver o resultado do exame eu te ligo, ok? Fica bem. - Fala tristonha

— Obrigada, baixinha. Agora vou voltar ao trabalho e mais tarde conversamos. Beijos - Me despeço dela. 

Volto ao trabalho, mas eram coisas demais para minha mente e não consegui me concentrar no que estou fazendo.

Por um momento me imaginei sendo pai, nunca tive um pai presente na minha vida, Carlisle sempre estava em viagens de negócios e nunca se importou com a família. Minha mãe deu todo seu amor para que eu e Alice não sentirmos falta de amor paterno, mas isso nunca aconteceu, até o dia em que nós paramos de nos importar com esse fato.

Precisava de tomar um ar e decidi dar aquele dia de trabalho como encerrado e ir para praia espairecer antes que enlouquece-se naquele escritório.

Fui para South beach e fiquei por horas a fio olhando o mar, pude notar os olhares de cobiça vindo das mulheres que passavam por mim, mas ignorei elas, estava totalmente imerso na possibilidade de ser pai e aquilo assustava.

Sinto meu celular vibrar mais uma vez naquele dia, todas as ligações de trabalho anteriores eu havia ignorado, mas era a Alice e eu sabia que aquele momento ia ser decisivo na minha vida. 

— Oi, Alice - Atendi  - Você já tem o resultado em mãos?

— Ainda não, mas ocorreu um erro no hospital - Responde hesitante.

— O que você quer dizer com erro, Alice? - Pergunto apreensivo e confuso.

— A recepcionista que trabalha comigo acabou confundindo as fichas das pacientes e pegou sua amostra de sêmen para usar na pessoa errada, mas não posso te dar detalhes agora - Me sinto aliviado por um momento, mas ao assimilar todos os acontecimentos que ela me relatou o desespero veio a tona.

— Alice, você precisa me dizer quem é essa mulher. - Imponho a ela, afinal eu tenho o direito de saber. 

— Não posso te contar quem é pelo sigilo de médico e paciente. O que posso te dizer é que ela é uma moça jovem que está preste a se casar e o noivo dela quer que ela faça um aborto  - Responde tristonha.

— Entendi. - Falo tentando parecer indiferente, mas Alice me conhecia bem demais para acreditar facilmente.

— Mas Rebekah utilizou o esperma de quem então? - Pergunto.

— Um doador de esperma. Devo ter a ficha dele aqui em algum lugar, mas é melhor você voltar o mais rápido possível, caso a mãe mantiver a criança vocês terão que conversar - Talvez ela aceite alguma quantia em dinheiro e eu possa cria-lo sozinho, penso comigo mesmo enquanto Alice me explica tudo calmamente ao telefone.

— Tudo bem! Vou preparar tudo para voltar a Nova Iorque amanhã, precisamos conversar pessoalmente. Quero saber passo a passo de tudo que ocorreu até esse erro - Me despeço de Alice. 

Volto diretamente para o hotel para deixar tudo organizado para minha partida.

Depois de algumas horas já estava no aeroporto a espera do meu voo que sairia dali a alguns minutos.

Decidi beber umas doses de uísque já que minha mente estava um turbilhão de pensamentos e o estresse era excessivo para que eu pudesse dormir durante a viagem, mas a bebida me ajudou e peguei no sono logo depois de entrar no avião. 

Assim que aterrissei no aeroporto de Nova Iorque, enquanto voltava para o hotel liguei para o meu advogado para me informar quais seriam as medidas cabíveis para o caso, e para a minha infelicidade tudo iria depender da mulher que supostamente está carregando um filho meu.

Havia pensado bastante desde o dia anterior e havia decidido que faria de tudo para ficar com a criança e cuidar dele sozinho, só não queria a mãe envolvida, provavelmente quando ela visse a fortuna que eu e minha família temos iria querer tirar proveito de toda forma e seria difícil me livrar dela , do mesmo jeito que era com Rebekah.

— Bom dia, Can - Comprimentei assim que chego na recepção do hotel recebendo um sorriso dele em resposta.

— Bom dia, Sr. Cullen!

— Os documentos que lhe pedi estão prontos? - Como não confiava em Carlisle pedi todo o relatório do andamento do hotel me minha ausência.

— Estão sim. - Me informa, pegando um pasta que está em sua gaveta.

— Aqui está os documentos que o senhor me pediu ontem sobre a gerência do hotel em sua ausência - Me entregou uma pasta.

— Ótimo! Qualquer coisa eu lhe chamo novamente. - Can se retira e eu quando ia fazer o mesmo, sinto alguém esbarra em mim e derrubar minha pasta.

— Me desculpe. Não havia visto o senhor - Eu estava irritado, mas não demonstrei já que poderia ser algum hóspede. 

— Tudo bem - Respondi cordialmente, ao me virar noto que a mesma havia caído e lhe ofereço a mão para ajudá-la.

Mas foi então que a vi. 

— Desculpe-me novamente, Sr. Cullen! - Bella vestia um uniforme do hotel e segura acanhada minha pasta, pude notar suas bochechas levemente avermelhadas pela vergonha e um brilho de suor em sua testa.

—  E você, é? - Pergunto friamente ao notar sua aliança no dedo anelar, seria melhor manter distância dela.

— Não quero funcionários circulando a recepção sem necessidade - Tudo bem, eu estava sendo um babaca, mas não conseguia evitar a raiva e frustração com tudo que estava acontecendo esses dias, não havia notado a aliança quando a vi no mês anterior.

— Isabella, Sr. Cullen. Me perdoe, eu estava atrasada, mas isso não acontecerá novamente. Posso lhe garantir - Pude notar sua irritação pelo modo que eu a tratará.

Mas ao olhar nos seus olhos vi que a mesma tentava conter as lágrimas e ela desviou os olhos tentando disfarçar. 

— Hey! - Tentei chamar sua atenção puxando seu rosto gentilmente para que ela me olhasse.

— Tudo bem, Bella? - Droga! acabei deixando escapar seu apelido, mas ela não demonstrou notar esse detalhe.

— Tudo sim, Sr. Cullen! - Ao falar duramente meu nome notei o que estava fazendo e me afastei dela.

— Se me der licença irei para a cozinha  - Disse enquanto secava as poucas lágrimas que haviam caído.

Não a respondi e me retirei antes que fizesse mais alguma idiotice, até porque ao que parecia a mesma estava noiva e eu tinha outras preocupações na mente naquele momento.

Fui para a minha suíte esperando encontrar Rebekah para tirar satisfação, mas ela não estava lá e em nenhum outro lugar do hotel.

A vadia havia fugido.


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Notas finais do capítulo

Siiiiim, ele lembra da Bella.
Mas saber que a Bella está noiva mexeu com o coração de pedra dele 3
Até o próximo capítulo!



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