Capitulo 1 - First Meet

Jacob Black Pov

Dito e feito. Meu pai e eu tínhamos ido apanhar o helicóptero e já íamos a caminho daquele fim de mundo, que eu nem sei direito onde ficava. Assim que aterrisamos, minhas suspeitas foram confirmadas. O lugar era minúsculo, com muita vegetação em volta e era quase desértico. Que tipo de pessoas viviriam num sítio como esse?

Um homem de bigode e uns óculos de sol veio correndo até nós, estendo a mão para o meu pai.

- Que bom que vieram! Jacob, eu e minha equipe ficamos muito felizes por entrar nesse projeto! _ Disse este, me saudando em seguida. Pela cara dele parecia ser o realizador. Apertei sua mão, meio a contragosto.

- Sim, o gosto é todo seu... _ Falei olhando para todos os lados. Sim, sinceramente pobres coitados que vivem nesse lugar...

- Agora venham. Irei vos mostrar os cenários e contarei melhor o roteiro. _ Disse este, pedindo para que o seguíssemos.

- Tenho sede. Tem algum sítio aqui onde se compre uma garrafa da água? _ Perguntei.

- É deve ter, sim. _ Respondeu o realizador, já se sentando. O olhei abismado.

- E não tem ninguém para ir buscar? _ Falei como se fosse óbvio demais. Meu pai me olhou furioso.

- Se quer água, vá você procurar. Não está vendo que estamos trabalhando aqui, Jake? Para que servem seus pés? _ Disse este. Bufei irritado e dei meia volta, entrando no que parecia ser um mercado. Havia um grande barulho, um monte de pessoas comprando e outras vendendo suas mercadorias. Olhei para aquilo tudo meio com desdém. Havia galinhas, peixes e algumas verduras com moscas nelas. Que nojo! Este lugar é um inferno, só pode!

Fiquei andando meio às cegas naquele lugar, enquanto que tentava esquivar o melhor possível daquela gente barulhenta. De repente, me senti perdido. Não sabia por onde andar e só via cada vez mais gente na minha frente, me olhando com curiosidade. É, deve ser raro verem uma pessoa tão bem vestida por aqui como eu.

Andei um pouco mais, sem dar conta que vinha uma carroça praticamente para cima de mim. Me atirei para o lado institivamente, caindo numa tenda onde vendia peixes, espalhando-os por todo o lado.

- Raios! Caralho! Vá para a merda este lugar! _ Reclamei me levantando e tirando aqueles bichos nojentos de mim. O cheiro era mais insuportável ainda. A carroça parou e uma garota desceu de lá, correndo até mim. Parecia preocupada.

- Nossa, meu Deus! Peço imensas desculpas! Não tinha lhe visto. Se machucou? _ Perguntou ela, me olhando preocupada com sinceridade. Olhei para ela. Tinha a pele alva sem nenhuma imperfeição, cabelos castanhos meio acobreados e uns olhos grandes bastante expressivos e castanhos como chocolate. Sua boca era rosada e carnuda.

 Ela me olhou intrigada pela minha demora.

- Moço... você está bem?

Abanei minha cabeça levemente.

- É, estou sim. Agora, você é que deveria ver por onde anda menina. _ Disse sacudindo meu casaco e para minha surpresa ela também começou.

- Me desculpe novamente, foi sem intenção. Como se chama? _ Perguntou ela para minha surpresa. A olhei confuso.

- C-Como assim? Você não me conhece? _ A garota arqueou uma sobrancelha,rindo.

- Não, por isso é que estou perguntando.

Aquilo me apanhou de surpresa. Que espécie de pessoa não conhece Jacob Black?Mas por outro lado, isso poderia ser positivo. Assim, não haveria uma esteria de pessoas e aí mesmo é que não conseguiria sair daqui. Ela me olhava, esperando a resposta.

- Me chamo... Jake. _ É,era melhor dizer meu apelido. Ela sorriu. Um sorriso lindo, já agora.

- Muito prazer, Jake. Me chamo Renesmee. _ Que nome mais estranho! Mas decidi não comentar. Ela estava sendo muito simpática para quem não me conhecia.

De seguida, uma outra mulher com sacos chegou perto de nós, preocupada.

- Céus, Renesmee! O que aconteceu aqui, minha filha? _ Perguntou esta, olhando para o meu estado e para o da tenda.

- Atropelei sem querer este garoto, mãe. Mas, felizmente, ele se esquivou a tempo. _ Respondeu Renesmee e de seguida olhou para mim sorrindo. _ Venha com a gente, para eu limpar suas roupas. Estão com um aspecto horrível. _ Sugeriu ela. Levantei as mãos, negando com a cabeça.

- Oh não, não quero incomodar. E, para além do mais, têm pessoas me esperando... _ Tentei falar, mas Renesmee já havia agarrado meu braço, me puxando.

- Imagina, eu faço questão! É o mínimo que posso fazer depois de ter te sujado todo. Não demorará nada. _ Insistiu ela. Dei de ombros, me rendendo. Renesmee, juntamente com sua mãe, subiu naquela velharia e eu, sem opção, subi também, me encolhendo todo. Pensava que aquelas coisas só existiam em filmes de época. Renesmee sorriu e deu as rádeas, saindo do mercado.

Paramos por detrás de um casarão. Era grande, mas não se comparava com a minha casa em Los Angeles. Segui-as e entrei numa espécie de cozinha demasiada minúscula. Era pouco iluminada e estava meio suja. Renesmee veio até mim, estendo a mão. Eu a olhei, sem saber o que ela queria.

- Seu casaco, para eu limpar. _ Justificou ela. Tirei-o e entreguei a ela. Minha camisa não tinha sofrido nenhum dano, felizmente.

- Vou lavá-la e você pode sentar enquanto espera. _ Disse ela docemente e assim o fiz. Limpei a cadeira de modo discreto e sentei. Renesmee foi até a pia, mas antes ligou um pequeno rádio que lá estava. Assim que ligou, minha música começou tocando. Revirei os olhos com aquilo, mas Renesmee parecia amar o que ouvia. Tanto que começou suspirando e sorrindo ao mesmo tempo. Aquilo me intrigou e decidi tirar partido disso.

- Você gosta desse cara aí? _ Perguntei. Ela virou para mim.

- Quem? Jacob Black? Como não gostaria? Ele tem a voz mais linda e perfeita desse mundo. Suas músicas me fazem sonhar e pensar num mundo melhor. _ Disse esta com um ar sonhador. Sorri de leve.

- Eu acho ele um babaca! _ Falei gozando para ver sua reação. Renesmee me olhou com os olhos esbugalhados.

- Como disse? Jacob Black é um gênio! O melhor cantor da face da terra! Nunca ninguém conseguirá chegar aos pés dele! _ Disse esta, me "defendendo" com unhas e dentes. Sorri por dentro. Fiquei feliz com aquilo. Foi a primeira vez que vi alguém monstrando que gosta de mim sem saber quem eu era realmente. Os outros pareciam um bando de graxistas, mas Renesmee não... Ela era diferente.

- Ok, ok. Talvez eu tenha pegado pesado, me desculpe. _ Disse, me rendendo. Renesmee deu um sorriso e voltou ao que estava fazendo. Olhando para ela assim, parecia ser feliz mesmo com essa dura vida que levava. Parecia ser otimista e com uma simpatia natural. Para não falar da sua beleza diferente, isso com certeza ela tinha.

Renesmee desligou a torneira e me entregou o casaco.

- Aqui está, como novo. Seu casaco parece ser caro.

-E é. Veio da Itália, exclusivamente para mim. _ Disse,vestindo-o. Olhei para a janela. Estava se fazendo tarde. Meu pai poderia estar me esperando.

- Bem, obrigada por tudo, mas tenho que ir. _ Falei, saindo da casa sendo acompanhado por ela. Tirei meu celular no bolso e disquei o número de meu pai. Droga, estava fora de área!

- Filho de uma égua! _ Reclamei atirando o celular para o chão. Renesmee me olhou surpreendida.

- É assim que você chama seu pai? _ Perguntou abismada. Aquela linguagem não devia ser muito familiar para uma menina de campo como ela.

- Sim, porque é isso que ele é! _ Falei,tentando me acalmar. _ Vem cá, pode me levar para o mercado nessa carroça aí? _ Perguntei. Renesmee suspirou.

- Sinto muito, mas não. O mercado fecha a essa hora e duvido muito que meus patrões me deixem sair assim, sem permissão. Seu pai deve estar procurando por você, sem dúvida. E poderá ficar aqui enquanto espera. Esta casa é pequena, mas sempre cabe mais  um. _ E sorriu.Sorri forçadamente para ela também. Não iria aguentar ficar aqui muito mais tempo! Não nesse casebre para galinhas! Quero ir para a civilização!

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