Os Retalhadores de Áries escrita por Haru


Capítulo 14
— Reencontros




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— Reencontros

Shiori se esticou até ficar na pontinha dos pés e olhou para o mais longe que pôde. Nem sinal de seus pais. Os dois ficaram de buscá-la na estação de trem e estavam uma hora atrasados, ela começava a ficar preocupada. Tentou convencê-los a não vir, disse-lhes que as redondezas do Reino de Órion estavam perigosas, que Arashi a levaria em segurança até sua casa, eles não a ouviram. Passaram quase um ano sem vê-la, estavam morrendo de saudades, afinal. Também estava doida para vê-los, só não queria que algo acontecesse ao casal. Ela ao menos teria um retalhador para acompanhá-la e protegê-la.

Imaginando o quanto sua irmã estava nervosa, Arashi a deixou só por uns minutos e foi até um quiosque próximo comprar alguns doces. Ele voltava para perto dela quando a viu olhar para os dois lados, parecia muito tensa. Dobrou as mangas do casaco de capuz azul claro quadriculado que vestia e se apressou para chegar nela. No caminho, olhou para trás, para frente e para os lados a fim de ver se eles vinham. Nem sinal.

Sorriu para Shiori quando os olhos dela — claros, mas não tanto quanto os seus — encontraram seu rosto. Seu coração se fragmentou em mil pedacinhos quando percebeu a angústia que ela sentia, mas precisava ser forte, passar segurança. Continuou sorrindo.

— Que cara é essa? Parece que viu uma barata. — Brincou, ajeitando a alça da mochila verde musgo que levava no ombro direito. Shiori morria de medo daquelas pragas.

— Meus pais, eles já deviam estar aqui. — Respondeu, metendo as mãos nos bolsos do vestido azul marinho de saia rodada que usava. Não quis entrar na brincadeira. — Eu disse pra eles não virem, que chegaria lá até mais rápido com você! Arashi, se aconteceu alguma coisa com eles, eu...

Arashi a interrompeu apertando bem de leve o nariz dela com a ponta dos dedos.

— Não aconteceu nada com eles, você só está ansiosa porque vai vê-los. Se acalma. — Disse, conseguindo tranquilizá-la. Havia serenidade em sua face, a despeito do que estava em seu coração. Quando Shiori sorriu, deu a ela um dos doces que trouxe. Olhou para a entrada da estação, queria ver os pais adotivos da menina quando eles chegassem. — Lembra quando éramos crianças e eu apertava seu nariz do mesmo jeito quando você estava chorando?

— Lembro. — Confirmou, olhando sorridente a mesma direção que ele. — Eu parava porque dava vontade de rir, acho que era porque minha voz ficava fanhosa. Já experimentou fazer isso com a Kin quando ela se irrita com você?

— Kin ficaria com mais raiva ainda. — Explicou.

O local estava bem cheio, pessoas iam com pressa para lá, outras vinham mais relaxadas para cá. Após meia hora, surgiu um banco vago e Arashi se sentou nele com Shiori e todas as bolsas que ela levava. Os dois viam aquela demora com maus olhos. O retalhador de Órion teve a ideia de usar suas asas e percorrer o perímetro voando para estimar quão longe exatamente eles estavam, o problema foi que retornou com notícias nada animadoras. Nenhuma pista dos pais adotivos de sua irmã.

Foi enquanto conversava com Shiori e dizia o que achava necessário para fazê-la acreditar que nada acontecera a eles que os dois apareceram na entrada. Tão fez quanto seus pais, ela correu na direção deles. Arashi teve um mau pressentimento. Eu esquadrinhei essa região inteira, como não os vi?, se questionou. Quando sua irmã estava a meio metro de distância do homem e da mulher, Arashi viu o sujeito retirar uma adaga do bolso direito do sobretudo preto e entrou em ação: se moveu e o acertou na cara com um cruzado de esquerda. A estação inteira parou.

O estranho foi que o rosto do indivíduo se desfez contra seu punho. Não é humano, constatou o guerreiro glacial. Afastou Shiori deles e entrou na frente dela. É feito de gelo. O que está havendo?, tentou saber, olhando-os de cima a baixo. Ambos derreteram como bonecos de neve. Shiori e Arashi viraram o centro das atenções de quem só por ali passeava e dos que ficavam. O mais jovem primeiro ministro da história do Reino de Órion vasculhou o ambiente em busca de algo suspeito. Avistou um vulto. No segundo que olhou para trás viu um retalhador ainda mais novo do que ele, um garoto de pé no teto da cabine do banco onde parou com Shiori.

O semblante e os olhos de Arashi se preencheram de um assombro que nunca abrigaram antes, sua boca ficou seca, a respiração parou por alguns minutos. Seu coração acelerou enlouquecidamente. Era incapaz de acreditar no que suas assustadas vistas estavam lhe mostrando. Na expressão do outro, que também o olhava fixamente, só via raiva. De uma coisa, o guerreiro glacial não duvidava: aquele era Isamu, seu desaparecido irmão mais novo. Com exceção da cor castanha clara dos olhos, ele tinha todos os seus traços, se distinguia pela idade, pelo formato do rosto e por ser de menos estatura.

A gola da jaqueta cinza clara do garoto sacudia com os ventos, sua camisa preta ressaltava o tom oliva de sua pele. Nem as mangas de sua camisa, nem os bolsos de sua calça comprida ou seu tênis ostentavam símbolo de algum reino, o que significava que Arashi não teria a menor noção de onde ele vinha ou do porquê dele estar fazendo aquilo.

Pôs o braço na frente de Shiori e sinalizou para ela se afastar. Quando o ar em volta se resfriou dando sinal de que uma grande luta começaria, gritou para todos:

— Esvaziem a estação! Rápido!

A correria e o desespero para obedecê-lo começou, todos sabiam quem ele era e que corriam risco de vida ficando ali. Antes de sair do lugar, sua irmã quis saber melhor o que estava havendo. Nunca viu Arashi assustado daquele jeito, nem mesmo quando ele era uma criança, na noite que seus pais foram assassinados.

— Irmão! Quem é ele...?! — O indagou.

— Vai. Depois nos falamos. — Arashi se limitou a dizer. Ela não o ouviu, ele teve que ser mais duro: — Sai! Rápido!

Para falar daquele jeito com ela, a situação só podia ser séria. Shiori obedeceu. Dali a pouco, Arashi e Isamu eram os únicos seres vivos dentro da estação. O retalhador de Órion pensou na possibilidade de estar sonhando. O procurou por tanto tempo, revirou o mundo atrás dele e, por anos, não obteve pista alguma de seu paradeiro. O que o teria levado a vir finalmente atrás dele? Por que ele tentaria matar Shiori? Como descobriu onde encontrá-los? Não sabia se ficava feliz ou triste por vê-lo.

Estava para encher Isamu de perguntas, para pedir perdão por tê-lo abandonado, mas levou um pontapé tão forte no peito que só não saiu voando porque ele o segurou pelas abas do casaco. Foi de joelhos ao chão. Olhou Isamu nos olhos, levou um cruzado de esquerda na cara e caiu para o lado. Seu corpo lhe dizia para se esquivar, revidar, sua mente e seu coração, ao contrário, diziam-lhe que merecia aquilo e muito mais por ter desistido dele. Seu irmão. O sangue que escorreu do corte de sua boca era o mesmo que corria pelas veias dele. Como pôde ter desistido dele?

A história não era tão simples. Tudo aconteceu dez anos atrás, na noite em que fugiu de seu vilarejo com Isamu ainda bebê nos braços e Shiori ao lado. Fugiam para escapar do massacre que Santsuki liderava lá. Infelizmente o bebê chorava muito, e chorava alto, além disso, não tinham como alimentá-lo. Foram forçados a deixá-lo numa igreja que ficava alguns quilômetros de distância da pequena vila que estava sendo destruída e a continuarem fugindo, pois os acompanhantes de Santsuki receberam a ordem de não deixar sobreviventes e sabiam quantas pessoas habitavam aquele lugar. Entregou-o pessoalmente nas mãos de uma amável freira.

Ao mesmo tempo que era duramente espancado por Isamu, esses eventos repassavam pela sua cabeça como se fossem um filme. A dor das feridas que os golpes provocavam em sua face não se equiparava à culpa que o afligia pelo que seu irmão se tornou. Após levar o último pisão, se sentou e, com esforço, colocou-se de pé. Se recompôs. Pensava-se preparado para lutar, até segurou um dos socos dele, mas não contra-atacou. Recuou. Uma repentina sensação de vertigem o fez cambalear, quase o derrubou. Isamu partiu para cima dele e freou quando Shiori, de braços abertos, entrou no meio.

— Já chega! — Ela rosnou, encarando-o com garra. Viu-o sorrir. — Por que está fazendo isso? Quem é você?!

— Shiori...! Eu te disse pra ir! — Arashi a repreendeu.

— Não se lembra do próprio irmão... — Retrucou secamente o rapaz. Ao ver a perplexidade dominar a expressão dela, continuou: — Isso não me espanta. Se insistir em ficar na frente desse lixo, eu mato você primeiro.

— Para de falar assim dele! — Shiori, é claro, defenderia Arashi. — O que é que puseram na sua cabeça pra você nos odiar desse jeito? Nós salvamos a sua vida!

— Até hoje você não deve saber, mas esse infeliz que você está protegendo ajudou Santsuki no massacre da nossa aldeia. — O acusou, mantendo todo o ódio que sentia sob controle. Viu incredulidade nos olhos de Shiori. — Ele matou nossos pais pessoalmente!

— Que bobagem! Isso não é verdade! — Shiori o desmentiu. — Eu estava lá na hora que aconteceu, Arashi estava escondido junto com a gente! Ele te segurava nos braços enquanto assistia aquela cena horrorosa, tudo pra saber em qual direção Santsuki iria depois, pra nos proteger!

Um conjunto de lâminas longas, finas e afiadas compostas de gelo se concretizaram à volta de Isamu. Elas apontavam para Shiori e Arashi.

— Se está mentindo para protegê-lo, quer dizer que vocês são cúmplices. Os dois morrerão. — Avisou-os o garoto.

Arashi se recompôs. Olhou seu irmão menor nos olhos, andou alguns passos e se fez de escudo para Shiori.

— Eu não sei quem inventou essas histórias e nem como fizeram pra te convencer disso, mas não vou deixar que você machuque a nossa irmã. — Afirmou, disposto a lutar sério dali em diante.

Ótimo, Isamu esticou os braços, sorriu e pensou. Matá-lo não teria graça nenhuma se ele ficasse parado apanhando. Disparou as lâminas contra os dois. Arashi se lançou contra elas, retrocedeu um passo, gesticulou de baixo para cima com os braços e criou uma parede de gelo entre eles e os ataques de Isamu, parando todos. Os dois lutadores pularam a barreira criada por Arashi e um tentou atingir o outro com um soco, mas seus punhos se encontraram numa colisão brutal.

Ambos pisaram em terra firme novamente, Isamu desferiu um chute alto com a intenção de ferir seu inimigo no rosto, Arashi o parou usando a mão esquerda e contra-atacou com um cruzado de direita. Isamu habilmente se agachou, desviou-se do soco, contra golpeou com um idêntico e também errou, Arashi bloqueou e segurou seu pulso. Duas estátuas de gelo cresceram rapidamente ao lado de Arashi, uma no seu lado esquerdo e outra no direito, ambas armadas com um trio de espadas. Elas tentaram apunhalá-lo e teriam conseguido matá-lo se ele não tivesse sido ágil e saltado para trás.

É bem mais novo do que eu e consegue fazer uma batalha desse nível comigo, Arashi estava impressionado. Quem o treinou fez um ótimo trabalho, não podia ser qualquer um. Se queria derrotá-lo teria que dar mais de si. Como poderia fazer isso se quando olhava para ele via o bebê que protegeu na noite da morte de seus pais? Jurou aos dois que o protegeria. Olhou para trás. Agora precisava priorizar Shiori. E lá vinha Isamu novamente.

No Reino de Órion, Kin trabalhava em sua sala e, com a ajuda de Naomi, concluía uns relatórios, uma montanha de papéis que levaria uns dois dias para ler, assinar — ou não — e organizar sozinha mas, graças à francesa, já chegava na metade do serviço. Nenhuma das duas esperava que aquilo fosse ser tão divertido, Kin até estranhou quando a morena pediu para acompanhá-la. A advertiu que seria chato e ela quis vir mesmo assim. Quem diria que estaria errada. Três horas se foram desde que as duas chegaram e nenhuma delas reparou.

— Tá legal, eu contei que... — Kin, sorridente, dizia algo a Naomi, até que o comunicador acoplado à sua orelha zumbiu. Atendeu-o com um toque do dedo indicador, sentou na poltrona atrás da mesa e ajeitou a xícara branca com café que pusera sobre ela. Uma repentina seriedade se espalhou como incêndio em seus olhos e seu cenho. — Oi? Hana? Tô ouvindo! É, tô ouvindo! Fala mais devagar! Como... como é q-que é?! Detenham-no até que eu chegue! Eu não demoro!

— O que houve...!? — Até Naomi se assustou com a mudança de humor dela.

— Um velho e terrível inimigo nosso invadiu o reino, os retalhadores de elite-

Alguém bateu na porta. Quem poderia ser numa hora daquelas? Kin correu para atender. Quando abriu, viu do outro lado a última pessoa que esperava ver. Kazu. O infeliz que ameaçou Arashi e o acorrentou psicológica e emocionalmente por anos. Todo de preto, com o mesmo uniforme militar de calça e mangas compridas do dia que deixou o Reino de Órion, ele teve o cinismo de olhar para Kin e sorrir. A retalhadora ministra cerrou o punho esquerdo e desferiu contra o queixo dele seu soco mais forte, mas atingiu uma bolha de energia azulada que detonou e devastou toda a sala, junto com metade do prédio.

Kin e Naomi foram violentamente atiradas para fora do edifício e pararam bem próximas uma da outra, em um extenso matagal. A primeira ministra voou de bruços, Naomi caiu de rosto para cima e sua expressão, ainda que seus olhos estivessem fechados, era de dor.

— Ai, droga! — Kin tossia e resmungava, se recompondo devagar. Antes de se levantar, apoiou-se de cotovelos no chão e olhou para o lado, quis saber de Naomi: — Você tá bem?

— Sim, só me dá um minuto... — Respondeu, deitada do mesmo jeito. Quase nem se moveu. — É esse o velho inimigo que invadiu Órion?

Kin se agachou e se escorou na própria perna. Estavam a céu aberto, em volta só se via mata e, mais para longe, árvores. Olhou para a sede do reino. O filho da mãe destruiu quase tudo, acabou com a minha sala, reclamava, em pensamentos.

— É um deles, aparentemente. — Disse. Que dupla, pensou. Se um só deles já quase a matou um dia, imagine os dois atuando juntos. Mas não importa, se aprontou para lutar, reerguida e com sua espada dourada na mão. Os ventos sopraram seus cabelos e a gola de sua camisa social azul clara contra seu rosto. Se queriam fazer mal ao seu reino, teriam que passar por cima dela.

Kazu pousou quinze metros longe delas, parecia desapontado.

— Que decepção! — Murmurava o invasor. — Sonhei tanto com enfrentar o Hayate depois da última vez que o vi, mas vou ter que me contentar com matar a protegida dele...

Kin riu com escárnio.

— Tá falando do dia que fugiu dele, não é? É melhor ser "a protegida" do que "o covarde"!

O velho não rebateu, não demonstrou raiva, não fez nada por vários segundos. A estudava. Há poucos meses Kin matou Minerva facilmente e afugentou dois membros do grupo de retalhadores mercenários "As Quatro Estações", sabia que não podia subestimá-la. Usar Isamu para separá-la de Arashi e poder combatê-la sozinho foi realmente o mais inteligente a se fazer. Os dois não queriam saber de conversa, um investiu sobre o outro como duas feras selvagens. Quem vencesse ajudaria os aliados e por isso, para ambos, quanto mais rápido aquilo acabasse, melhor.

O desfecho da batalha entre os irmãos parecia se avizinhar. O nobre primeiro ministro de Órion tentou cortar o retalhador mais novo com uma espada de gelo, o alvo esquivou-se e deu um passo rápido para trás sem imaginar que aquele erro foi calculado: assim que falhou em atingi-lo, Arashi celeremente jogou a afiada lâmina glacial para a mão esquerda, a converteu em uma corrente e a arremessou nele, aprisionando-o com os braços junto ao corpo. Com Isamu a sua mercê, o Orioniano girou, o lançou para longe com um chute e o deixou se sentar antes de rendê-lo apontando uma adaga para a testa dele.

Aquilo impôs confusão aos pensamentos e às emoções do tão jovem refém. Por que ele me pouparia, o menino procurava entender, até olhar adiante e ver Shiori com as mãos juntas como quem rezava e os piedosos olhos abarrotados de lágrimas. Aquilo não sanava suas dúvidas, o atordoava mais, se possível. Uma fúria incoercível explodiu dentro de seu peito. Aproximou a testa da ponta da adaga de seu irmão mais velho, moveu-se uns centímetros para o lado e sentiu o sangue quente escorrer da ferida que se abriu. Para seu assombro, o guerreiro glacial não moveu um músculo.

— Vamos lá! Me mata! — Isamu gritava, conclamando Arashi. — Anda! Mostre para a nossa irmã o assassino que você é!

Shiori deu um passo tão desengonçado e desesperado para frente que uma porção de lágrimas saltou de seus tristes olhos. A noite, o momento em que foram obrigados a abandonar Isamu, piscou em sua mente.

— Ele não é um assassino! Ele não matou os nossos pais, isso é mentira! — Bramia em defesa do retalhador de olhos azuis.

— Isamu, essa é sua última chance — Arashi abaixou a cabeça e falou, em sombrio tom de advertência. Sabia que alguma coisa estava acontecendo no reino e que ele só estava ali para separá-lo da Kin, não podia continuar poupando a vida dele e estendendo aquele confronto, precisava ir ajudar a loira. — Eu sei porque você está aqui e não vou mais ter misericórdia... entregue-se e diga onde estão os pais da Shiori. Agora.

Um sorriso apareceu no rosto do lutador caído. O guerreiro de pé entendeu aquilo como um sinal de que ele pretendia continuar, moveu a espada para acertá-lo mas bateu ela com tanta força em uma parede de energia azul escura que a arma escapou voando de sua mão. Captou um poder gigantesco no interior daquela mana conjurada por Isamu, preocupou-se com sua irmã e saltou para perto dela. Se necessário, morreria para mantê-la a salvo. Olhou disfarçadamente para trás, na direção da sede do Reino de Órion. Desculpou-se mentalmente com Kin por não ter finalizado a luta quando pôde.

Surgido de dentro do solo, arrebentando-o inteiro como se estivesse cativo no interior dele, um Giganotossauro de gelo com quase quatrocentos metros de altura nasceu na arena, olhou para o alto e deu um brado tão estarrecedor que a cidade inteira estremeceu de uma extremidade a outra. Kin e Kazu interromperam seu embate para, por um segundo, dar atenção àquilo. Por mais longe que estivessem da fera podiam vê-la perfeitamente.


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