Podemos ser mais que amigos? escrita por Lady M


Capítulo 2
Ela me faz sentir...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Vou postar todos os três e finalizar a história, se gostarem e comentarem posso escrever um quarto capítulo bônus. ^.^



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Aquela manhã passou voando, os pais dela estavam de volta e perceberam que algo estava errado, mas preferiram não comentar. Os dois queriam ver o jovem casal junto, mas a parte deles era tentar fazê-los enxergar aquilo que os mais novos pareciam deliberadamente ignorar. Estava mais do que na cara que eles se gostavam.

Luka foi embora antes da amiga acordar. Ele estava fugindo acuado, sentindo-se prestes a perdê-la. Ele avançou sobre ela, Marinette tinha todo o direito de ignorá-lo, então para facilitar as coisas para a mestiça ele sumiu da vista dela. Não só naquela manhã, mas por uma semana inteira. Ele não deixou de ajudá-la na padaria, mas sempre evitava os mesmos ambientes que ela estava. Na saída da faculdade ele sempre a arrumava um compromisso a mais para haver um desencontro entre ambos.

Mas naquela sexta-feira 13, ele não pode deixar de ajudá-la. Marinette era desastrada e vivia caindo pelo Campus, Luka sempre avisava para ela que o capacete, as ombreiras e as joelheiras para a mesma não eram acessórios, mas parte do corpo, sem aquilo ela estaria em pedaços a muito tempo. Ele estava colocando o cadeado na bicicleta dele quando avistou Mari ao longe, o guidão dela estava retorcido e o projeto que ela estava levando despedaçado no chão.

Ele chegou nela e ajudou-a a levantar, o tornozelo dela estava começando a ficar roxo e estranhamente inconscistente. Ela tinha luxado ou no melhor cenário torcido tornozelo, disso ele tinha certeza.

Marinette disse agoniada:

— Preciso reconstruir essa maquete.

Ele colocou ela sentada em um banco, ao lado dela a bicicleta, que não estava só com o guidão retorcido, mas o freio dela também tinha arrebentado.

Ele trouxe as peças que conseguiu retirar do chão para o banco, empilhou-as de frente para ela.

Marinette tentava inutilmente encaixá-las.

Sem querer desanimá-la, ele falou:

— Acredito que isso não vai dar certo, Mari.

Ela tirou os olhos do projeto, os azuis e límpidos olhos dela, pareciam segurar lágrimas de frustração. Ele sentou de frente para ela e fotografou aquele emaranhado de fios, modelos de manequins pequenos, tapume e isopor.

Luka colocou o cadeado na bicicleta dela e subiu na dele, pedalando até o banco.

Objetivo ele explicou:

— Vou te levar na enfermaria, assim que pegar o seu atestado, levo ele para a aula que você deveria ir hoje.

Marinette assentiu e disse um pouco conformada:

— Assim a minha professora não poderá zerar o meu projeto. Agradeço muito pela sua ajuda, mas e a sua aula?

Luka deu de ombros, hoje ele não tinha nada de especial, como não costumava faltar ele ainda tinha créditos de sobra.

— Não se preocupe com isso. Consegue levantar sozinha?

Marinette assentiu e levantou com dificuldade do banco, ela não estava bem para ir na garupa, então ele sugeriu:

— Senta na parte da frente dessa vez.

Corada como um pimentão ela fez o que ele disse, Luka agradeceu mentalmente por ela estar de calça jeans, geralmente ela estava de saia e isso seria um problemão naquela situação. 

O perfume dela deixava-o inebriado, mas o músico estava tentando concentrar-se nos problemas que ele tinha que resolver primeiro. Marinette sentia o vento no rosto e o calor do corpo dele atrás de si. Ela estava de mal humor naquela semana, não tomou sorvete ou saiu para lanchar depois do expediente na padaria, atolou-se de afazeres e ignorou todas as mensagens das suas amigas, ela queria falar com ele, mas ele estava escondido, parecia um foragido e ela uma agente da polícia.

Tudo por causa daquele roçar de lábios, ela ruborizou um pouco ao pensar no assunto, aquele beijo estava longe de ser comportado. Os dois pareciam estar de acordo, por que ele estava tornando aquela situação esquisita?

Luka ajudo-a a descer. Chegando na enfermaria ela foi obrigada a permanecer, lá. Só poderia ir embora acompanhada, os pais dela estavam ocupados, mas Luka ofereceu-se para levá-la para casa, ela só precisaria esperá-lo.

Ele pegou o atestado dela e questionou:

— Você tem a foto desse projeto pronto?

Ela assentiu e pegou o celular dela, com o tombo a tela dele também sofreu danos, estava trincada, mas dava para mandar a foto para ele ainda. Enviou o arquivo e esperou por ele, o remédio para dor deixou ela meio grogue, o tornozelo dela estava com a aparência de uma bola. Sentada naquela maca estranha ela caiu no sono.

Luka conseguiu falar com os professores dele e com a professora dela. Caline Bustier era conhecida como uma professora de temperamento tranquilo, mas extremamente exigente. Ela relutou em dar uma segunda chance para Marinette, mas depois de ver as fotos, do projeto concluído e destruído acabou cedendo, ela não era injusta afinal.

Luka retornou para enfermaria e da porta pode observar Adrien Agreste conversando com Marinette. Ele parecia estar preocupado, mas nada poderia substituir a certa apatia que ele sentia pelo loiro. O Agreste parecia ser cego para os sentimentos da garota sentado à sua frente.

Luka deu duas batidas na porta e entrou, Marinette sorriu para ele, os olhos iluminando-se fazendo ele sentir, aquele calor que ele só sentia ao olhar para ela. 

Ele disse:

— Já podemos ir?

Ela assentiu e virou-se para o loiro:

— Vou falar para Juleka que você levará a Kagami.

O loiro estendeu a mão para ajudá-la a levantar mas ela recusou.

— Não precisa disso Adrien, eu vou com o Luka.

O loiro levantou e saiu despedindo-se dos dois.

Luka aproximou-se dela tentando entender como estava o seu humor, geralmente Mari segurava a onda bem, mas quando estourava, parecia uma represa rompida com um estoque infinito de lágrimas.

Ele levou ela para casa, do mesmo modo que levou ela para a enfermaria.

Chegando na porta da padaria Tom estava aguardando-os.

Ele perguntou:

— Não vai ficar para o jantar?

Luka negou:

— Não, tenho muitas coisas para organizar no cais.

Marinette assentiu e disse:

— Você está me devendo uma ajudinha, a jaqueta que eu comecei a costurar ontem ainda precisa das suas medidas.

Ele assentiu e foi embora, pedalando com pressa e sem cuidado algum, ele precisava colocar alguns pensamentos em ordem.

 O aniversário da irmã dele era naquele fim de semana, não tinha desculpas para evitá-la ou para mantê-la distante, então ele levantou naquela manhã sentindo-se derrotado. Juleka olhou o irmão de cima a baixo na hora do almoço.

Ela arriscou perguntar:

— O que aconteceu entre você e a Mari?

Ele deixou a comida em segundo plano, levantou da mesa e foi lavar as vasilhas.

De costas para a irmã e concentrado na pia, ele respondeu:

— Nada demais, nós, quero dizer eu, ...

Juleka atropelou a frase dele:

— Vocês transaram? Você usou camisinha? Esse climão entre vocês é a espera indefinida por causa de uma pílula do dia seguinte? Se ela já tivesse funcionado vocês saberiam. Foi por isso que ela foi parar na enfermaria ontem?

Luka soltou os talheres na pia fazendo o baque soar por todo o barco.

— Nunca mais, nunca mesmo, ouse formular hipóteses tão absurdas, maninha. A Mari torceu o pé ontem, por isso levei ela para enfermaria.

Ele virou-se de frente para a irmã mais nova dele. Juleka estava completando vinte e três anos, Mari tinha vinte dois, e ele vinte e quatro, aquela hipótese louca da irmã dele seria o fim da picada. Ele tinha sorte da mãe dele não estar em casa.

Luka respondeu abruptamente evitando olhar para a irmã:

— Eu a beijei, mas depois disso nós não tivemos tempo para falar desse assunto, tinha as aulas, as aulas de música que estou dando, o show do final do mês, as entregas na padaria...

Juleka sentou-se na cadeira, apoiando os braços nas costas dela, as pernas ao lado do assento.

Cortando a explicação dele ela perguntou:

— Vocês não conversaram a respeito ou você usou todas essas desculpas estranhas para fugir dela?

Ele deu de ombros.

— A segunda opção.

Juleka jogou o pano de prato na direção dele.

— Seu covarde bastardo!

Ela começou a atacá-lo com tapas.

— Ela já sofreu o suficiente por causa do Adrien! Por que você precisa ser tão medroso?

Luka desviou-se da irmã segurando os punhos ferozes da mesma.

— Não me compare com ele! Marinette não é só uma amiga para mim. Ela é a melodia mais bela que eu já ouvi, a canção mais doce, a letra mais instigante. Ela é tudo dentro de uma escalada de Dó a Dó. E...

Juleka soltou-se e incentivou-o:

— E?

Ele disse tranquilo:

— Simples assim, não tem mais. Ela é a minha música.

Juleka disse vitoriosa:

— Acho melhor vocês se resolverem.

Ele assentiu e esperou ela sair, mas em vez disso ele escutou passos entrando pela cozinha. 

Virou-se para deparar-se com Marinette parada ali, segurando duas muletas e com o pé imobilizado, sustentando um sorriso bobo que brincava em seus lábios. Ela andou até ele e tropeçou no meio do caminho caindo dentro dos seus braços. Luka amparou o corpo dela evitando uma possível queda e esperou ela estabilizar-se para que ela pudesse se afastar dele, mas ela não se afastou. Ela entrelaçou os braços em volta dele e permaneceu ali, escutando as batidas descontroladas do coração dele. As muletas dela caídas ao lado deles.

Ele colocou ela sentada na bancada ao lado da pia e deu um passo para trás voltando a lavar as vasilhas. Marinette permaneceu calada, observando-o com interesse. 

Assim que ele terminou com o último prato, ela perguntou:

— Você vai me ajudar a buscar os salgados e doces para a festa da Jules? 

Luka assentiu e tirou o avental notando como Marinette corou e desviou o olhar para um ponto distante dele. Só aí ele lembrou que estava sem camisa. Ele apontou para o quarto dele e foi trocar de roupa. Marinette esperou ele voltar pegando suas muletas para ficar de pé.

Devidamente vestido com uma blusa branca com a estampa de Jagged Stone, por cima a blusa xadrez azul, a calça preta com joelhos rasgados, um all-star azul, o alargador preto, o esmalte preto dele tinha craquelado na noite passada por isso ele estava brilhando agora, Luka passou uma segunda mão e ajudou Juleka com as unhas violetas dela.

Marinette saiu com ele do barco, Luka sempre ajudava ela a sair do barco segurando-a pela mão, mas dessa vez ele precisou carregá-la para fora. Luka acreditava que quanto menos tocassem um no outro, haveria menos chances de sentirem-se estranhos. Por isso manteve as mãos distantes dela quando subiu na bicicleta dele. 

Divertido ele perguntou:

— Como chegou até aqui com essas muletas?

Ela respondeu olhando para frente:

— Peguei um taxi.

Os dois partiram juntos, desviando dos turistas que nos finais de semana lotavam as ruas de Paris. Na padaria o pai dela ofereceu a chave da van destinada para entregas de grandes eventos para ambos, as encomendas do aniversário da Juleka eram muitas para serem carregadas por uma bicicleta, ainda mais com alguém a tira colo.

Marinette sugeriu que eles entregassem o que estava na van da padaria e deixassem para ir para o barco por último. Tanto Luka quanto pai dela aceitaram a proposta, o caminho foi tranquilo e parte do desconforto que ainda pairava entre eles parecia efêmero. Marinette batucava ao som da música no painel, Luka mantinha os olhos no caminho, mas sempre que parava em um sinal, desviava os olhos para o retrovisor e espiava a expressão dela. A penúltima entrega antes da festa seria na Mansão Agreste, Adrien pediu croissants.

Na entrada da mansão, Luka impediu-a de descer.

Abrindo a porta da van, ele disse:

— Pode deixar que eu entrego esses croissants, com essas muletas você só vai se atrapalhar.

Marinette assentiu e permaneceu no carro. 

Luka saiu e levou a caixa média. 

Sentada dentro da van, Marinette viu Adrien passeando no jardim de mãos dadas com Kagami, os dois sorriram cúmplices um para o outro, a menina só tinha olhos para ele e Marinette observou a cena, colocando os pés acima do banco e abraçando os próprios joelhos. Ela ficou esperando a sensação desconfortável que sempre abatia-se sobre ela quando deparava-se com o casal, mas dessa vez ela não veio, aquele gostinho amargo na ponta da língua e as lágrimas que nublavam-lhe as vistas não ocorreram.

Luka entrou no carro e sentou-se ao lado dela colocando o cinto de segurança.

Ele perguntou manobrando a van até a saída da mansão:

— Vai querer tomar um sorvete antes da festa?

Ela negou com um menear de cabeça. No caminho tentou imaginar alguém ao lado dele, outra garota ocupando a garupa da bicicleta dele, ele fazendo as unhas de outra pessoa, eles tomando sorvete. A sensação sufocante atingiu-a em cheio, parecia estar consumindo-a por completo. Não era mais o Adrien, talvez nunca tenha sido. Ele era uma brisa suave e ela uma tempestade, Marinette precisava de alguém que quisesse se molhar com ela na chuva, não de alguém que lhe entregava uma sombrinha.

Luka estacionou e os dois desceram levando os pratos para dentro do barco, a decoração de Rose estava incrível, Chloé estava com Nate colocando as bebidas no lugar, Marc abraçou o ruivo por trás e deu um selinho na loira, auxiliando-os com a drinkeira. Mylène e Ivan, Alya e Nino, Alix e Kim, até mesmo Adrien e Kagami já estavam curtindo a festa quando eles terminaram de descarregar a van.

Juleka pegou os salgados e colocou nas vasilhas coloridas da mesa central.

Ela acusou-os:

— Vocês demoraram.

Luka assentiu e Marinette respondeu:

— Precisamos fazer outras entregas, eu já sou devagar sem as muletas, agora estou pior que as lesmas do escargot.

A aniversariante sorriu  deu as costas para ambos, levando as vasilhas para fora da cozinha.

Marinette seguiu Luka para dentro do barco, afim de  jogar-se de costas na cama do quarto dele.

O cômodo estava uma bagunça, as partituras espalhadas pelo chão, o caderno onde costumava escrever as composições dele estava jogado sem cuidado algum sobre a cama em meio à um emaranhado entre o lençol e o cobertor, mas ela estava tão acostumada a ficar ali que nem ligou. A guitarra largada de lado com o violão dele perto da porta. Jogou-se sobre a cama que rangeu um pouco com o impacto, pegou o caderno e acomodou-se para poder lê-lo.

A página amassada e riscada muitas vezes chamou a atenção dela de imediato.

 

 "Ela me faz sentir... Eu sinto...

Os olhos dela indicam caminhos, abrem horizontes, escondem medos ou segredos

A risada dela é a minha cidadela, quem me dera ser o homem dela

Meu Tudo, Posso ser parte do seu mundo?"

 

Luka notou como ela estava absorta, fechou o caderno e deitou-se na beirada da cama. Marinette ficou parada entre ele e a parede digerindo as palavras que leu e lembrou-se que elas encaixavam com parte do diálogo que ela escutou quando chegou ali pela manhã. 

Curiosa ela pediu:

— Pode cantar essa música para mim?

Ele jogou o caderno para debaixo da cama evitando encará-la, os olhos dele fixaram-se no teto.

— Ela não está pronta ainda.

Marinette entendeu que Luka estava evitando-a e a resposta que ela encontrava para aquele comportamento, era que ele estava apaixonado por outra pessoa e não queria magoá-la.

Talvez aquele beijo tenha sido apenas isso, um beijo.

Ela também virou-se para o teto.

— Quando ela  estiver terminada você vai cantar ela para mim ou para sua legião de fãs?

Luka virou-se de frente para ela.

— Vou cantar ela quantas vezes você quiser ouvir, onde você quiser ouvir.

Ela sorriu um pouco desanimada e estava levantando quando Luka segurou o pulso dela.

Ele perguntou:

— Está tudo bem entre a gente?

Ela assentiu sentando-se na cama com as costas escoradas na parede. Luka permaneceu sentado com as costas apoiada na cabeceira da cama, as pernas dos dois cruzadas.

Ela murmurou sem convicção:

— Eu te devo desculpas.

Ele pegou as mãos dela entre as suas.

— De forma alguma, eu que te ataquei.

Ela franziu o cenho e negou:

— Não, eu te puxei...

Ele cortou ela:

— Eu te beijei!

Ela puxou as mãos das dele e empurrou-o ficando ajoelhada sobre a cama.

— Nós nos beijamos, porque tecnicamente, eu correspondi.

Ele continuou acompanhando a exposição dela, mesmo que discordando.

— Se eu te beijasse agora e você correspondesse, estaríamos quites?

Ele sorriu diante da solução inusitada dela e ela entendeu aquilo como uma permissão para tal. 

Marinette Dupain-Cheng sentou-se sem pudor algum no colo dele. Ela estava de vestido rosa claro, jaqueta jeans clara, all-star vermelho e cabelo solto. Para o espanto dele, ela não estava de short, porque assim que as mãos dela puxaram a nuca dele para si, ele colocou as dele sobre as coxas dela abaixo do tecido leve da sua saia, esbarrando com os polegares na lateral da sua calcinha. Ela não recuou, em vez disso beijou a boca dele com vontade. Saciando a saudade que sentiu dele naquela semana longa, afogando-se aos poucos dentro daquele lugar quente e doce que pertencia aos dois.

Inebriada e veloz Marinette gemeu sobre os lábios dele, suspirou e até mesmo sussurrou palavras desconexas e incoerentes, entre elas Luka foi capaz de pescar:

— Ela tem sorte.

Ele queria perguntar: “Ela quem?”, mas a boca dele estava ocupada com o pescoço e lóbulo da orelha da garota sentada em seu colo.

A porta do quarto dele foi escancarada e atravessada por uma Alya atônita.

— Juleka pediu para chamá-los, está na hora dos parabéns, mas acho que vocês estão curtindo a sobremesa antes da hora.

Marinette escondeu o rosto na curva do pescoço dele, ficando completamente vermelha, ele tentou tirar as mãos dela, mas foi uma tarefa complicada, porque o tecido do vestido dela enroscou-se nas mãos dele.

Alya deixou eles sozinhos e envergonhados.

O resto da noite resumiu-se a olhares atravessados, bochechas em brasa e pensamentos desgovernados. Luka não era um grande amante da psicanálise, mas ele tinha que admitir que Freud estava certo ao afirmar que: “O pensamento é o ensaio da ação.”, se Marinette deixasse ele daria vida a todos aqueles devaneios que estavam rondando-o.

Ele dirigiu até a casa dela, entregou as chaves da van e pegou sua bicicleta, estava prestes a sair quando Mari segurou-o pela blusa xadrez, assim de costas para ela, ele escutou-a.

— Não me ignore dessa vez, eu não quero ter que voltar sozinha das aulas, muito menos almoçar assim.

Ele deu de ombros e respondeu:

— Amanhã você paga.

Ela soltou a blusa dele e afirmou:

— Fechado.

Ele pedalou de volta para casa pensando nos olhos dela, compôs mais uma estrofe da música, mas para surpresa dele a folha tinha sido arrancada. Será que Marinette tinha levado aquela folha consigo para casa?


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Notas finais do capítulo

Eles são tão fofos! >.



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