Podemos ser mais que amigos? escrita por Lady M


Capítulo 3
Podemos ser mais do que amigos?


Notas iniciais do capítulo

O último dessa fanfic-short, espero que tenham gostado.
Se quiserem posso adicionar um capítulo bônus.
Divirtam-se!!!



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Luka estava em todos os lugares, em todos os momentos, em todas as lembranças, impregnado em cada parte dela. Sorrindo sem perceber Marinette viu ele entrar no refeitório para mais um almoço tumultuado entre eles. Estavam levando as coisas em um ritmo estranho, às vezes se beijavam quase que inconscientemente, as mãos buscavam-se, mas sempre que alguém pegava eles juntos, afastavam-se como ímãs de pólos iguais.

Ele sentou de frente para ela, tomando cuidado para não deixar o violão no meio do caminho de quem passasse atrás da mesa deles, a bandeja dele estava abarrotada em contraste com a dela que estava quase vazia, Marinette sempre chegava antes dele e guardava os melhores lugares para ambos perto da janela.

Luka perguntou:

— Você faz alguma ideia de onde foi parar aquela canção que você viu no dia do aniversário da Jules?

Ela fez-se de desentendida:

— Não.

Ele focou no prato de comida na frente dele.

Ela arriscou perguntar:

— Você não fez uma cópia dela?

Ele negou comprimindo os lábios em clara insatisfação.

Derrotado declarou:

— Eu preciso terminar aquela canção antes do show de fechamento do ano letivo, pensei em tocar ela no final da festa de formatura, mas para isso acontecer, ela precisa ser aprovada pelo comitê.

Marinette olhou para o horizonte através da janela ampla ao lado deles.

Ele estava atrás da música e provavelmente da garota que o fazia sentir, mas ele a fazia sentir também. Então, por que não poderiam ser algo mais?

Luka esticou o garfo na direção da boca dela.

— Eu não como passas, mas você as come.

Marinette abriu os lábios e viu o momento em que a mão dele fraquejou, os olhos dele devoravam-na e ela sorriu mordendo o lábio inferior depois de comer a uva passa.

Luka desviou a atenção dela de volta para o prato parcialmente vazio dele.

Ele disse:

— Fiquei sabendo que a sua bicicleta ainda está estragada.

Marinette assentiu, aquele era o plano incrível da Alya. A aspirante a estilista passaria mais tempo com o músico dessa forma, já que ele acabaria oferecendo uma carona para ela na hora de ir embora e assim teriam sempre um encontro marcado. Marinette achava aquele plano furado, Luka e ela não precisavam desses artifícios.

Ele levantou da mesa levando a bandeja vazia de ambos.

Virando-se para ela ele ofereceu a mão dele. Marinette aceitou estranhando no começo. Os dois andaram de mãos dadas pelo campus, quando chegaram na parte das bicicletas Marinette notou que a bike do amigo não estava no bicicletário.

Luka desviou-os para o estacionamento.

Marinette assistiu espantada ele pegar dois capacetes que estavam em cima de uma moto preta, as rodas dela eram cromadas em tons azuis metálicos, os capacetes também tinham detalhes metálicos, o dele preto com azul e o dela preto com rosa.

Luka declarou orgulhoso:

— Economizei dois anos e meio para comprar essa belezinha. O que me diz Mari?

Ela segurou o capacete e disse um pouco insegura:

— Eu não sei como andar nisso, mas confio em você.

Ele sorriu, colocou o capacete na cabeça dela com gentileza e prendeu-o.

— Não tem nenhum segredo, é como andar de bicicleta.

Ela tentou acreditar nele, pegou o violão dele como fazia quando andavam juntos de bicicleta, e subiu com a ajuda dele na garupa da moto. Abraçou-se a ele sem medo nenhum, a velocidade que ele impôs no trajeto fez ela ansiar pela volta da bike, daquela forma passariam menos tempo juntos.

Ele estacionou e Marinette percebeu que eles estavam na Pont Neuf, famosa pelos seus cadeados do amor. Ele tirou o capacete da cabeça dela e ajudou-a a colocar os fios azulados em ordem dentro de uma maria chiquinha baixa. De mãos dadas andaram pela ponte, sorrindo um para o outro cruzaram-na por completo.

Luka parou abruptamente e disse desgostoso:

— Eu sabia que estava esquecendo alguma coisa.

Ela olhou para ele curiosa.

— O que seria? Estamos de mãos dadas, comendo sorvete e juntos. Do meu ponto de vista não está faltando nada. Está tudo perfeito!

Ele colocou a mão no bolso da calça e de lá tirou um pequeno cadeado prateado.

Sorrindo diante do olhar surpreso dela, ele indagou:

— Tem certeza?

Ela gaguejou segurando o cadeado que tinha a inicial dos dois gravada.

— Eu… quero dizer, na verdade, não quero dizer.

Ele riu da confusão dela.

Abraçando-a por trás ele guiou-a até um ponto que parecia livre na grade da ponte. Com as mãos dela dentro das suas, os dois fecharam o cadeado.

Ele sussurrou no ouvido dela dando ritmo a canção:

— Ela me faz sentir e como eu sinto…

Eu enfim me sinto vivo!/

Os olhos dela indicam caminhos, abrem horizontes, escondem os seus segredos./

A risada dela é a minha cidadela, quem me dera ser o homem dela/

Meu tudo, conceda-me parte do seu mundo?/

Eu sei estou soando absurdo!/

Me faça sentir outra vez, só mais uma única vez…

Ela virou-se entre os braços dele e beijou a ponta do nariz do mesmo.

— Você também me faz sentir.

Ele sorriu e beijou-a, dessa vez os dois tentaram permanecer comportados, deixando suas mãos em um ponto fixo.

Chegando na padaria os dois trabalharam juntos, sempre trocando olhares furtivos e até mesmo elogios, deixando os pais dela totalmente surpresos. Luka e Marinette sempre trocavam farpas entre si, aquela amabilidade só podia significar uma coisa.

Sabine disse de forma despretensiosa:

— O seu namorado vai ficar para o jantar de hoje, filha?

Marinette que ainda estava no mundo da lua respondeu:

— Ele vai.

Luka que tinha percebido a situação ficou chocado com a resposta direta dela. Tom logo veio para dentro da cozinha e começou a parabenizá-los e instruí-los. Marinette tentou desculpar-se com o guitarrista, mas ele não estava arrependido, só surpreso.

Jantaram juntos e antes de ir embora, Marinette despediu-se dele com um beijo, os dois escorados na porta da padaria.

Ele entregou o capacete dela para ela e disse:

— Passo aqui para te levar de manhã.

Ela respondeu tímida:

— Não precisa, a minha bicicleta não está estragada.

Ele colocou uma mexa do cabelo dela atrás da orelha delicada da garota.

— Eu sei que não, mas eu quero buscar a minha namorada. Posso?

Ela deu um sorriso amplo e questionou:

— Nós podemos ser mais do que amigos?

Ele puxou ela pela cintura traçando os lábios dela com a ponta da língua.

— Nós somos muito mais do que isso.

Ela segurou-se nos ombros dele e sentindo-se completamente eufórica beijou-o.

Não demorou para todas as amigas dela ficarem sabendo do relacionamento deles. Um ano entre eles passou voando, Marinette estava sempre disposta a ir nos shows dele, segurar nas mãos dele quando era necessário e ser chamada de namorada neurótica e ciumenta. Ele também estava sempre presente, no primeiro desfile dela como estagiária ele acompanhou cada detalhe, desdobrando-se entre o estúdio, a padaria e a universidade.

Aquele era o aniversário de um ano deles e Marinette assistiu ao show sentada na primeira fileira.

Luka pegou o microfone e disse apontando para ela:

— Essa música vai para ela, porque você é a mulher mais extraordinária, Marinette. Tão pura quanto uma nota musical e tão sincera quanto uma melodia. Você é a música que vem tocando na minha cabeça desde que te conheci!

Ela sorriu para ele e escutou os primeiros acordes surpresa.

— Ela me faz sentir e como eu sinto…

Eu enfim me sinto vivo!

Os olhos dela indicam caminhos, abrem horizontes, escondem os seus segredos.

A risada dela é a minha cidadela, quem me dera ser o homem dela

Meu tudo, conceda-me parte do seu mundo?

Eu sei estou soando absurdo!

Me faça sentir outra vez, só mais uma única vez…

 

Ele nunca tinha cantado aquela música em público, era a primeira vez.

Com lágrimas nos olhos, borboletas no estômago, estrelas no lugar do coração, ela sentiu-se ser erguida pela platéia e chegar no palco. Junto com ele ela percebeu que sempre foram mais do que amigos. Ela não tinha medos, dúvidas ou incertezas, naquela noite ela sentia que precisava dar mais a ele, ser completamente dele como da primeira vez em que fizeram amor. 

Voltaram de moto para o barco e Marinette notou surpresa que não havia ninguém por ali.

Agarrando-o pela gola da blusa ela beijou-o.

Luka tateou dentro do barco até encontrar a porta do quarto dele, uma mão na cintura dela e a outra procurando a maçaneta.

O beijo tornou-se lento à medida que livraram-se das suas peças de roupa.

Luka parou com o corpo dela contra a porta do quarto dele. Sem camisa Marinette pode admirar as tatuagens dele, o músico fez algumas naquele ano, mas era a primeira vez que ela via aquele desenho pequeno no ombro dele, em meio às flores, caveiras e guitarras que ele tanto gostava estava o primeiro esboço dela, um M cruzado com um L, ela desenhou aquilo quando ainda estava no ensino médio.

Surpresa e alegre ela traçou aquele local com as pontas dos dedos.

Luka segurou a mão dela e levou-a em direção a cama, sentando Marinette ali ele tirou uma chave de dentro da cômoda ao lado da cama.

— Feliz um ano de namoro.

Ela avaliou o objeto com genuíno interesse mas não soube o que pensar.

Vendo a confusão clara nos olhos dela, ele disse:

— Comprei um apartamento.

Ela franziu o cenho e ele abaixou-se ficando com os olhos na altura dos dela.

— Já estamos juntos a um ano, mas sempre precisamos achar uma brecha na agenda dos seus pais, da minha irmã e da minha mãe, quando queremos passar um tempo sozinhos. Então eu pensei que seria melhor ter um cantinho só nosso…

Marinette o interrompeu beijando-o suavemente.

— Essa é a sua forma de me perguntar se quero morar com você?

Ele piscou e assentiu, ela era sempre tão direta.

Mainette sorriu e empurrou-o contra a cama.

— Vai ser uma loucura atrás da outra. Você sabe onde está se metendo? Eu sou desastrada, não sei trocar uma lâmpada, passar uma camisa, nada, eu sou péssima…

Ele beijou-a também, era um método muito eficiente e prazeroso entre eles.

Luka tirou a meia-calça dela e depois jogou a chave de volta na escrivaninha, acomodando-se entre as pernas dela, que vestia apenas uma calcinha rendada rosa e um sutiã da mesma cor.

Beijou o pescoço dela e disse:

— Nós podemos ir testando. Você sabe que eu dou conta da cozinha, da máquina de lavar roupa e se nada der certo, têm uma lavanderia do lado do apartamento.

Concordando Mari completou:

— Podemos ir almoçar no restaurante da Mylene, tomar café da manhã na padaria e jantar pizza. O que me diz?

Ele concordou com ela. Marinette passeou com as unhas nos seus ombros dele descendo pelas costas até o cós da calça em um convite mudo. O primeiro gemido abafado abandonou os lábios dela quando ele dedilhou pelo seu ponto central de prazer. Não era atoa que ele tocava tão bem aquela maldita guitarra, pensou ela entre gemidos frenéticos.

Em questão de segundos ela viu-se completamente rendida.

Colocando uma perna dela acima do seu ombro ele penetrou-a sem pressa.

O vai e vem lento parecia torturante, por isso Marinette logo virou-os na cama ficando por cima dele, ela era voraz e sempre ia o mais rápido e fundo que podia, ela amava a sensação dele perdendo-se nela, muito mais do que amava desenhar, ou costurar, ali no quarto dele, nos braços dele ela sentia o verdadeiro significado de arte.

Chegaram ao clímax juntos.

Marinette deitou-se e sentiu-se ser abraçada por ele.

Luka sussurrou:

— Semana que vêm a gente leva a sua mudança, precisamos preparar os seus pais primeiro.

Ela deixou-se relaxar e respondeu:

— Por mim amanhã já seria ótimo, eles adoram você, não haverá resistências.

Ele riu dela e completou:

— Eles vão querer visitar a gente, por isso uma semana…

Ela beijou ele e disse:

— Entendi. Eu te amo Luka.

Ele abraçou-a até ela pegar no sono.

Quando ela não podia mais ouvir ele respondeu:

— Eu sempre te amei e vou continuar amando.

O dia seguinte foi tumultuado a mãe dele queria ajudar a pintar o apartamento mas os dois deram conta do recado, a sala era maravilhosa uma mistura de vintage com algo da alta costura, Marinette desenhou na parede central do quarto deles, uma grande partitura, Luka ficou boquiaberto com o resultado. A cama de casal foi um presente dos pais dela, mesmo que eles tivessem recusado isso. Os amigos dele também fizeram isso, pequenas surpresas e vistas com alguns presentes. Já as amigas dela preferiram fazer uma mini-festa na sala de estar deles.

Nino e Alya estavam de casamento marcado, eles pretendiam fazer um ano de intercâmbio juntos para o Canadá. Adrien e Kagami estavam noivos também. Chloé acabou deixando Nate e Mark para assumir um relacionamento com Kim. Alix não se importou pois estava vivendo a vida dela para os esportes.

Marinette enfim conseguiu consolidar-se no mundo da moda, assim como Luka formou-se no mundo da música. Eles passavam mais tempo fora de casa do que gostariam, suas agendas nem sempre encontravam-se, mas com a ajudinha de uma ponte área aqui e outra ali, uma noite em um hotel que ficava no meio do caminho dos dois, as coisas iam ajustando-se.

Marinette ligou o rádio e escutou surpresa a voz do namorado em uma entrevista.

— Amar a distância é viver de lembranças que não satisfazem. Eu sempre estou com saudades dela, isso é óbvio, mas não podemos jogar os nossos sonhos para o alto e correr um na direção do outro. Acredito que só um apaixonado pode entender a alma de quem ele ama. Por isso eu apoio e respeito os sonhos dela.

Ela sentiu o peito doer, sem pensar duas vezes ela largou aquele desfile em Milão e rumou para Londres, ela sabia onde encontrá-lo e assim eles passaram o terceiro ano de namoro deles juntos, Marinette estabeleceu-se de vez em Paris e Luka montou uma gravadora.

O apartamento transformou-se em uma casa de quatro quartos, a moto em um carro e namoro em um pedido de casamento. Marinette sentia-se completa e amada, Luka não sentia-se diferente, eles ainda eram amigos, na hora de dividir pizza's, sorvete e jogar algum video-game, mas na cama eram amantes e na vida eram muito mais que isso.


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Notas finais do capítulo

Fofos!!! >.< Eu sei que eles são!
Devo ou não devo colocar um capítulo extra?



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