Sirius apareceu naquela noite e tudo deu errado, mãos tentaram agarra-lo entre as chamas. Nós só conseguimos fugir para o quarto.
— Umbridge esta lendo as cartas de Harry é claro. - Resmunguei enquanto seguíamos para a aula.
— E ontem foi por pouco. - Charlotte murmurou. - É bom que Almofadinhas fique escondido.
— Senhoritas Lancaster? - Virei para professora Umbridge.
— Sim? - Charlotte falou.
— Me sigam.
Ela saiu caminhando na frente e nós a seguimos. Um frio na espinha me dizia que coisa boa não sairia daquela reunião.
Entramos na sala dela e ficamos em pé. Ela sentou-se atrás da mesa e nos encarou.
— Fiquei extremamente curiosa com a historia de vocês. Três irmãs sendo duas adotadas e bruxas ainda. Muito interessante. - Ficamos em silencio e eu sabia o quanto Kate estava se controlando. - Podem me contar?
— Hum... Mamãe foi adotada quando pequena e sempre quis adotar alguém mesmo depois de ganhar uma filha de sangue. Foi ate o orfanato e lá encontrou duas bebes disponíveis para adoção. Não conseguiu escolher nenhuma das duas e acabou adotando-as.
— Devo dizer que não sinto muita... Verdade nessa historia senhorita Lancaster.
— E desde quando isso diz respeito a você? - Kate resmungou.
— Controle as palavras. Eu olho vocês e sei que tem coisa a mais nessa historia. Fudge já foi alertado quanto a isso por que não teve papeis de adoção naquela época.
— Estavam em tempos de guerras. - Charlotte lembrou.
— Por isso mesmo acho essa historia muito suspeita. Espero que me ajudem a chegar a verdade.
— Você já sabe a verdade.
— Você sabe muito bem que eu odeio que mintam para mim, senhorita Lancaster. - Umbridge lançou um olhar para a mão de Charlotte.
— Digo o mesmo professora. - Kate resmungou. - Pode continuar perdendo seu tempo tentando achar a "verdade". Agora temos aula. Ano de N.O.M.s lembre-se.
Nós seguimos para fora. Umbridge estava vermelha quando fechei a porta.
Caminhei em silencio ate um lugar mais afastado então me virei para as meninas.
— Agora vai ser questão de tempo ate descobrirem.
— Ela vai passar um tempo maior ainda tentando encontrar mamãe. Temos que falar com Dumbledore. Ele é o único que pode avisar mamãe. Acho que ela vai ter que viver na ilegalidade.
— Mas pela lei ela nos adotou. - Falei.
— Mas sem papeis. Só nos pegou e fugiu. - Kate lembrou.
— Não podemos ir direto a ele. - Charlotte falou. - Ela vai desconfiar mais ainda.
— Então quem?
— Minerva.
Depois da aula de transfiguração esperamos todos sair para ir ate a ela.
— Meninas? Tudo bem? - Minerva nos observou.
— Professora queria que nos ajudasse.
— Se for do meu alcance.
— No momento é. - Charlotte nos encarou depois olhou para a professora. - Professora Umbridge esta desconfiada. Fudge já sabe disso. Precisa arrumar um jeito de avisar mamãe. Ela vai ir para Azkaban. Por favor professora.
— Se acalme Charlotte. - Minerva falou. - Avisarei Dumbledore o mais discretamente possível. Serena já esta preparada para isso. Não se preocupem com ela ou com vocês. Se a verdade vir a tona tudo será ajeitado legalmente.
— Obrigada.
Os seguintes foram tumultuados. Grifinória poderia jogar quadribol isso rendeu treinos para os meninos. Dobby conseguiu uma sala ótima para termos com aula com Harry. A sala Precisa. Era só precisar de algo que ele aparecia equipada com o que precisássemos.
A Armada de Dumbledore seria o nome nosso.
A primeira aula ocorreu um pouco atrapalhada, mas nos saímos bem. Ate mesmo Charlotte que ficou em dupla com Neville. Ela tinha decidido ajuda-lo tanto nos feitiços quantos em outras aulas como poções por exemplo.
O menino ficou bem animado.
— Só estou dizendo ele esta...
— De quatro por você. - Kate debochou terminando a frase por mim.
— Eu diria encantado.
— Não esta nada. - Rebateu. - Só estou o ajudando. Ele deve saber a diferença.
— Ah sim. Quando se tem uma veela linda ao lado dele, tem como saber a diferença.
— Kate, sabe que eu odeio quando você lembra essa parte da minha natureza.
— Aceite-a Charlotte. É quem você é. Parece ate o Remo.
— Ambos são maldições.
— Não fale bobagem. - Resmunguei. - Você tem total controle sobre si.
— Sim, mas dificilmente irei encontrar alguém que olhe para mim além do charme veela.
— É um caso perdido.
Kate assentiu.
— O que esta escrito naqueles distintivos?
Olhei na direção em que Charlotte estava olhando, mas não consegui ver.
— Só pode ser bobagem. Os Sonserinos estão usando. - Kate debochou.
— Sim. Bobagem contra a Grifinória. Todos sabem que Rony fica nervoso. É claro que vão usar isso contra ele.
Depois do café seguimos com Hermione para as arquibancadas. Madame Hooch mandou os capitães apertarem as mãos. Depois todos voaram para se colocar nas suas posições. Jordan estava narrando o jogo.
O publico da Sonserina estava cantando.
Weasley não pega nada
Não bloqueia aro algum
Ei, Ei, Ei, Ei,
Weasley é nosso rei

Weasley nasceu no lixo
Sempre deixa a bola entrar
A vitória já é nossa,
Weasley é nosso rei

— Eu vou matar alguém. - Resmunguei olhando em direção a Sonserina para ver quem comandava a cantoria.
Ouvi Jordan avisar que Sonserina tinha feito um gol.
— Vai ser o pior jogo da historia da Grifinória. - Charlotte murmurou.
— Me empresta as unhas Charlotte? - Kate perguntou.
— O que?
— Rói as minhas.
— Achei que fosse uma coisa importante.
— É importante, você não quer me ver roer os dedos.
— Cale a boca, Katherine.
Outro gol para a Sonserina.
— Merda! - Resmunguei olhando em volta ate finalmente encontrar o que queria. - Ali. É a Pansy.
— Mas isso tem dedo do Malfoy. - Charlotte falou.
— Tudo de ruim que acontece tem dedo do Malfoy.
O tempo passou e finalmente o pomo apareceu. Draco e Harry disputaram um voo ate que Harry conseguiu alcançar o pomo. Crabbe jogou um balaço em Harry o derrubando no chão.
Grifinória tinha ganhado. Gritei de indignação por Crabbe ter feito aquilo enquanto Kate gritava animada pela Grifinória ter vencido. Descemos as escadas correndo em direção ao campo.
Enquanto Madame Hooch dava um sermão em Crabbe, Malfoy estava provocando os Weasley.
Angelina estava segurando Fred quando conseguimos alcança-los. Harry segurava Jorge.
— Deixa para lá Fred, deixa ele gritar, ele só esta frustrado por que perdeu, o metido...
— Mas você gosta dos Weasley não é Potter? Passa as férias lá e tudo não é? Não sei como você aguenta o fedor mas suponho que para alguém criado por trouxas ate o paradeiro dos Weasley cheira bem... - Alicia e Katie ajudaram Angelina a segurar Fred. - Ou vai ver você se lembra de como a casa da sua mãe fedia, Potter, e o chiqueirinho dos Weasley faz lembrar dela...
Harry largou Jorge e ambos se atracaram com Malfoy o derrubando no chão. Vi tudo vermelho e caminhei em direção a briga, Charlotte agarrou minha cintura me prendendo no lugar enquanto Kate saltava para a minha frente me impedindo de entrar na briga.
— Harry! Harry! Jorge! Não! - As meninas estavam gritando enquanto tentavam conter Fred ainda.
Tentei passar por Charlotte e Kate de todo o jeito, mas sem machuca-las.
— Não é o momento! - Charlotte falou. - Agora não é o momento!
Eram gritos das meninas e do Draco que estava apanhando. Jorge gritando de volta o xingando. Madame Hooch chegou apitando, mas nada aconteceu.
Charlotte tinha razão. Me acalmei e Charlotte correu se colocando na frente de Fred para ajudar as meninas.
— Impedimenta. - Madame Hooch lançou e os dois meninos rolaram de cima de Draco caindo ao chão.
Harry levantou rapidamente e Kate e eu nos colocamos na frente o impedindo de avançar em Malfoy de novo.
— Que é que você acha que esta fazendo? - Madame Hooche gritou. - Nunca vi um comportamento igual já para o castelo, os dois e direto para a sala da diretora de sua Casa! Vão agora!