Na segunda levantei e me arrumei para a aula depois acordei as meninas.
Ouvimos uma buzina e Hermione nos encarou.
— Alguém tentou subir no dormitório das meninas.
— E não pode? - Kate perguntou.
— Não. Meninos não podem subir.
Saímos para o corredor onde agora não tinha mais escadas e sim um escorregador. Hermione foi primeiro depois Kate, Steph e por fim eu.
— Bom é uma regra antiquada. - Hermione explicou aos meninos. - Mas Hogwarts uma Historia conta que os fundadores acharam que os meninos mereciam menos confiança do que as meninas.
— É por que eles não conheciam a Kate. - Falei e ela me olhou se fingindo de ofendida.
— Eu sou uma santa.
— Não finja que você nunca entrou no quarto do Olívio.
— Não.
— Por que ele não queria arrumar briga com um monitor. - Steph lembrou sorrindo e Kate revirou os olhos.
— Em todo o caso por que vocês estavam tentando entrar lá? - Hermione perguntou.
— Para falar com você... Vem ver isso! - Rony respondeu arrastando Hermione ate os quadros de avisos.
Era mais um decreto de Umbridge que alegava que todos os grupos estão dissolvidos.
— Alguém deve ter contado a ela! - Rony falou.
— Não. - Falei.
— Não podem ter feito isso. - Hermione falou.
— Vocês são tão ingênuas! Acha que só por que são honrada e dignas de confiança...
— Não eles não podem ter feito isso por que Charlotte lançou um feitiço no pergaminho que todos assinamos. A ideia foi minha e ela me ajudou na pesquisa do feitiço certo. - Explicou. - Pode crer se alguém foi correndo contar a Umbrigde nós saberemos exatamente quem foi e a pessoa vai realmente se arrepender.
— Que é que vai acontecer?
— Bom vamos dizer que a acne da Heloisa Midgeon vai parecer umas sardas engraçadinhas. Anda vamos descer para tomar café e ver o que os outros acham... Será que isso foi afixado em todas as casas?
— Certamente. - Respondi.
— Mas eu duvido que isso seja somente um acaso. - Kate resmungou olhando em volta quando chegamos no salão principal.
Estavam todos com a aparência normal o que comprovava que ninguém tinha falado.
— Vocês viram?
— Acha que ela sabe?
— O que vamos fazer?
Todos vieram perguntar ao mesmo tempo, encaravam Harry esperando respostas.
— Claro que vamos continuar do mesmo jeito. - Harry respondeu depois de olhar em volta.
— Eu sabia que você ia dizer isso. - Jorge falou sorrindo.
— Os monitores tambem? - Fred olhou para Hermione e Rony.
— Claro. - Hermione respondeu.
Conforme o tempo passou descobrimos que isso incluía o time de quadribol tambem.
— Ela esta tentando tirar tudo que é divertido. - Steph resmungou quando finalmente entramos na sala de Historia da Magia.
No meio da aula Edwiges apareceu na janela. Harry conseguiu se esconder entre as classes e ir pega-la. Quando voltou a classe a nossa frente levou um susto por que a coruja estava ferida.
— Leve para a nova professora de Trato das Criaturas Magicas. - Kate falou observando por cima do ombro. - Ela esta com a asa muito machucada.
— Você entende disso?
— Um pouco. Já cuidei da pata de Salem que caiu de uma arvore uma vez.
— Gatos não caem em pé? - Rony perguntou.
— Pousam em pé se eles pularam. Mas Salem... Dormiu na arvore e caiu. - Ela reprimiu uma risada.
Harry conseguiu sair da sala. Observei sua mesa fazia mal absolvendo as palavras do professor Binns. Kate e Steph me encararam.
— Depois. - Sussurrei e ambas assentiram.
A sineta tocou e nós saímos da aula.
— Para você não prestar atenção na aula é por que a coisa é grave. - Kate debochou.
— Só acho que alguém atacou Edwiges.
— Mas quem? - Steph perguntou.
— Quem mais seria? Umbridge esta controlando tudo. Com certeza isso inclui o correio. Ela sabe que é a coruja de Harry.
— Steph acho melhor dar umas férias para Snow. Ele se destaca facilmente tambem.
— Sim. E se ela esta desconfiada de nós vai aproveitar para tentar interceptar as cartas e descobrir o conteúdo. De agora por diante temos que cuidar o que escrevermos e para quem enderecemos as cartas.
— Se aquela velha machucar minha coruja vai arrumar uma encrenca das grandes.
— E você tambem, Stephanie. Não estamos lidando com ela. Estamos lidando com o Ministério aqui. Ela tem o apoio dele.
— Por que parece que nossa vida virou um pesadelo? - Kate perguntou.
Estávamos chegando no final das escadas quando ouvimos uma movimentação. Era Rony e Harry segurando Neville que parecia tentar atacar Draco.
Steph correu para ajuda-los.
Quando Snape abriu a porta alegou que eles estavam brigando e descontou pontos da Grifinória.
— O que aconteceu? - Perguntei a Hermione.
— Draco estava falando bobagens como sempre.
— Mas nunca vi Neville bravo assim.
— Não entendi isso tambem.
— O que Draco falou? - Kate perguntou.
— Harry iria ser levado para o Hospital St. Mungus que lá tem uma ala só para pessoas que tiveram a cabeça atingida por magia.
Kate me encarou e eu pressionei os lábios.
Serena não era a melhor amiga que Franco e Alice Longbotton, mas os conhecia. E nas palavras dela eles tiveram um destino pior que a morte.
Eu nunca tinha parado para me colocar no lugar de Neville. Para ele não devia ser fácil ter os pais loucos em um hospital e viver com a avó.
Umbridge estava na aula de Snape.
— Como esta a coruja? - Sussurrei para Harry.
— Deixei com a professora. Vai ficar um tempo sem poder voar.
— O importante é que vai ficar bem. - Ele lançou um sorriso pequeno.
— Silencio vocês dois! - Snape resmungou.
Quando finalmente saímos da sala de Snape, nos reunimos em um canto.
— O que você acha que aconteceu? - Kate perguntou.
— Hermione deduziu que foi atacada.
— Charlotte tambem.
— E a professora Minerva avisou que podem estar sendo vigiados nossas formas de comunicação. A carta era de Almofadinhas. Mesma hora, mesmo lugar. Acho que gostariam de vê-lo.
— É claro.
Nos separamos deixando os três para trás e seguimos para aula de aritmancia.
— Estou de saco cheio dos deveres. - Steph resmungou ajeitando a mochila nas costas. - Todo professor deixa uma lista enorme de coisas para fazer.
— E vai ser cada vez pior. - Falei. - É o ano de N.O.M.s. Eles vão arrancar nosso couro para não fazermos um fiasco na hora do teste.
— Já estou com saudade das férias. - Kate debochou. - E do Olivio. No natal quero conversar com Serena.
— Sobre?
— Dar um passo a mais no relacionamento. Quero isso. E acho que ele tambem quer.
— Não acha que é meio cedo para isso? Você só tem 15 anos.
— É cedo, mas... Eu me sinto segura em dizer que estou pronta para isso.
— Não esta fazendo isso por que Olívio é mais velho e você quer provar algo não é?
— Não. É serio. É algo que eu quero.
— Duvido que Serena aprove essa decisão. Ela acha que somos nova para namorar imagina para transar. - Steph falou.
A ruiva me lançou um olhar para saber qual era a minha opinião quanto a reação da minha mãe.
— Eu acho que ela vai abrir o maior bocão. Mas... Talvez depois ela aceite. Claro que vai render uma meia hora de sermão e ensinamentos de como nos proteger e tal.
— E eu direi a ela que esta sendo repetitiva. Ela já nos ensinou isso há 4 anos.
— Há 4 anos vocês não tinham namorados.
Elas sorriram.