Verdades Aprisionadas - Parte II escrita por ChattBug


Capítulo 4
Capítulo 4 - Verdades


Notas iniciais do capítulo

Olá! O capítulo de hoje saiu mais cedo do que o normal, né? Hahah!

Espero que gostem e nos vemos nas notas finais :)



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— Ladybug! Não olha! Estou destransformado! — Gritei, tentando achar algum lugar para me esconder.

— Chat Noir! Você está está aqui? Eu acabei sendo atingida pelo raio do vilão e, como não sabia o que ele fazia, vim pra cá e…

— Ah não! Você foi atingida? Ele faz com que a gente fale a verdade! Feche os olhos, feche os olhos! — Eu gritava, mal conseguindo controlar o que dizia.

— Está bem, eu já estou com os olhos fechados, mas eu queria muito saber quem você é por trás da máscara porque eu acho que… Ai meu Deus, a gente só fala a verdade mesmo!

— É, é bizarro. Espera, você disse que quer saber minha identidade secreta?

Ok, me surpreendeu de novo, Ladybug.

— Cuidado com o que vão falar! — Meu kwami gritou.

— Plagg! Você está aqui! Está melhor? Por que você e a Tikki demoraram tanto para aparecer? Eu estava tão preocupada com vocês, e com o Chat Noir, e com as pessoas que eu tinha que salvar, e com o Chat Noir, e com a minha família, e com o Chat Noir. — Ela deu um grito. — Como que controla?

— Você estava realmente preocupada comigo?

— Muito! Eu estava louca para me transformar, mas não podia porque eu estava pre… — Plagg voou até Ladybug e cobriu sua boca antes que ela falasse demais.

— Quanto menos vocês falarem sobre isso, melhor. — Ele justificou. — Temos que pensar em um plano para derrotá-lo sem que vocês revelem suas identidades para ele ou para si mesmos.

— Tem razão! E se falarmos com o Mestre Fu? Deve ter algum jeito de reverter isso usando uma poção ou algo assim… — Sugeri.

— Mas, se formos até lá, o akumatizado pode nos seguir e descobrir onde o Mestre Fu está se escondendo, porque, você sabe, desde o dia que derrotamos o Faminto, ele vem fugindo e usando uns disfarces que, vou te contar: são péssimos. Um bigode falso vai despistar o Hawk Moth aonde, gente? Ah! Foco, Ladybug, foco!

— Entendi! Se o akumatizado nos seguir, pode achar o Mestre Fu e usar o poder nele…

— E então todos os segredos que ele guarda serão revelados! — Completou.

— E aí os miraculous vão para o beleléu. — Plagg disse.

— "Vão para o beleléu"? Quem é que fala isso hoje em dia? — Eu questionei, sem controlar as palavras que saíam de meus lábios.

— Dá para você se transformar logo? — Ladybug falou — Não sei quanto tempo vou aguentar cobrindo os olhos! Eu estou louca pra saber quem é o garoto sexy que… Ah! Tem que ter um jeito de reverter isso!

— Plagg, mostrar as… Espera, o que você estava falando? — Perguntei, surpreso. Ela tinha me chamado de…

— Chat Noir! Vai logo! — Ladybug disse.

— Plagg, mostrar as garras!

— Finalmente! Agora eu não vou correr o risco de dizer que… — Meu kwami falava, antes de ser sugado pelo anel.

— Posso abrir os olhos agora? — Ladybug questionou.

— Pode sim. Você não espiou, né?

— Não! Você não confia em mim?

— Claro que confio! Só estranhei quando você disse que estava louca para saber quem eu era.

— O quê? Eu disse isso? É, eu disse isso. Caramba, por que eu disse isso? Porque é verdade! — Eu ri com Ladybug respondendo suas próprias perguntas.

Ouvimos um barulho e, instintivamente, nos abaixamos.

— O vilão te seguiu até aqui? — Sussurrei.

— Não que eu saiba.

— Não que você saiba? — Perguntei, surpreso.

Vimos o vulto do vilão se afastar dali, mas continuamos abaixados sob a janela.

Ladybug sentou no chão, colocando as mãos sobre a face.

— O que vamos fazer agora? Ele vai descobrir quem nós somos! O Hawk Moth vai conseguir os miraculous! — Ela dizia.

— Ei, relaxa, vamos pensar em alguma coisa, Ladybug.

Ela me encarou.

— My lady… — Sussurrou.

— O quê?

— My lady. Você não me chama mais de my lady. Nem de Bugaboo. Nem faz mais piadas de gato. Nem joga charme para mim.

— O quê? — Perguntei de novo, embora tivesse entendido o que ela tinha dito. Eu só não conseguia acreditar no que ela tinha dito.

— Eu sinto falta de você me chamando de my lady. Eu sei que é bobo, mas eu sinto falta! Sinto falta dos seus trocadilhos sem graça de gato! E, quer saber? Eles não eram tão sem graça! Eu fingia que não achava graça, mas eu achava sim! — Gritou de novo. — Eu preciso controlar o que eu digo!

— Caramba, eu estou… eu não… Caramba.

Sério, eu não conseguia nem acreditar no que estava ouvindo.

— É, Chat Noir, eu acho que estou gostando de você. Acho não, tenho certeza. Só que eu percebi tarde demais.

Ok, mais uma vez, eu realmente não esperava por essa.

— Mas… mas… você disse que gostava de outro garoto. Naquele dia que eu preparei uma surpresa para você!

— E eu gostava! Gostava mesmo! Eu era louca por ele! Tinha um monte de fotos nas paredes e a agenda dele completa dele no meu quarto! Eu preparava presentes para o aniversário dele de cinquenta anos! Eu era muito estranha… Mas agora eu parei com isso, ainda bem.

Caramba. Ok, agora eu realmente estava surpreso.

— Chat, eu sinto muito por ter percebido tarde demais. Sinto muito mesmo. Mas… eu gosto de você.

Nossa… Só… Nossa

Eu nem sabia o que dizer.

— Mas o que…

Sério, há alguns meses, o que eu mais esperava ouvir era isso. Ouvir Ladybug dizendo que me daria uma chance. Ouvir Ladybug dizendo que gostava de mim. E agora ela dizia que estava gostando de mim e a única coisa que eu conseguia falar era um "mas o que…"?

Olhei para minha parceira, que estava tão vermelha que quase se camuflava sob o uniforme.

— Eu não acredito que me declarei pra você assim! — Disse ela — Não era para ser assim, era pra ser tão… tão… bonito e… e… romântico.

Ok, eu estava em choque agora.

— Foco, Ladybug, foco! Temos que focar na batalha! Como vamos derrotá-lo, Chat? Como?

— Sabe pelo menos onde o akuma está?

— Se eu soubesse não estaria aqui! — Ela gritou — Desculpa, desculpa, desculpa. Eu estou tão nervosa! Nós só podemos falar a verdade, estamos correndo o risco de revelar nossas identidades secretas e de perder nossos miraculous para o Hawk Moth, e eu ainda me declarei pra você sem querer e de um jeito tão bobo! Isso é um desastre completo!

Por alguma razão, esse jeito de falar dela me lembrou Marinette. E logo eu lembrei da tarde que passei com ela.

— Nós podemos… tentar pensar em outra coisa enquanto lutamos com ele. Quer dizer, você percebeu que, quando começamos um assunto, tagarelamos sobre ele até não aguentarmos mais? — Questionei.

— Sim! É uma ótima ideia! Assim não revelamos sobre nossas identidades para ele, porque isso seria… Ah não!

— E lá vamos nós… — Eu disse, já sentindo as palavras involuntárias subirem à minha garganta.

— Se nossas identidades forem reveladas, teremos que entregar os miraculous para o Mestre Fu e isso seria terrível! Eu nunca mais veria você! E logo agora que eu finalmente percebi que estou apaixonada por você! — Arregalei os olhos. O fato de Ladybug ter revelado que gostava de mim ainda era muito chocante. — Ah não! Eu estou falando de novo!

— É, e eu ainda estou em choque por causa disso.

— Você está em choque? Pensei que esperasse por esse dia desde que me conheceu.

— Eu esperava, mas…

— Isso me lembra que eu também esperava que aquele garoto que eu gostava dissesse isso pra mim desde o dia em que o conheci… E aí ele disse isso hoje!

— Ele disse?

E lá estávamos nós tagarelando descontroladamente de novo.

Sério, eu queria muito me concentrar em sair dali e derrotar o vilão, mas não dava para controlar!

— Sim, ele disse que gostava de mim! Depois de tanto tempo… — Suspirou — Logo agora que eu finalmente me conformei que só seríamos amigos! Logo agora que eu finalmente percebi que eu gosto de você, Chat Noir! Por que ele não falou antes? Espera, mas se ele tivesse falado antes, eu não teria percebido que eu gostava de você, teria?

Ela falava tão depressa que eu mal conseguia compreender.

Ouvimos um estrondo ali perto.

— Temos que ir. — Eu disse.

— Eu quero ir, eu tenho que ir, mas está sendo tão bom ficar aqui e conversar com você e… ah, como é vergonhoso só falar a verdade!

— Agora eu sei como aqueles personagens de filmes que são "amaldiçoados" a falar a verdade se sentem.

Ela me encarava, ainda sentada ao meu lado. Percebi que seus olhos azuis percorreram meu rosto todo até chegarem aos meus lábios.

— Caramba, como eu queria lembrar daquele dia que lutamos contra o Oblivio e nos beijamos! Por que você acha que nos beijamos? Quer dizer, naquele dia do Cupido Negro, eu te beijei pra te salvar lá do feitiço, então meio que não valeu, né? Mas aí a Alya tirou foto de quando nos beijamos naquele dia do Oblivio e parecia que estávamos tão apaixonados…

Ela se aproximou, ainda encarando meus lábios. Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo, nem no que estava acontecendo.

— Como eu queria te beijar agora… — Ela sussurrou, fechando os olhos.

Espera, o quê?

— Ladybug! — Gritei e ela pareceu ter despertado do transe. — O akuma!

— Claro, claro, o akuma! Espera, você usou isso como desculpa para não me beijar? Você não gosta mais de mim?

— Eu… eu não…

— É claro! Foi por isso que você parou com os apelidos e com as cantadas! Você está em outra agora! Fico muito feliz por você… Mesmo que eu agora esteja bem, bem infeliz com isso porque… Ah! Como eu queria calar a boca agora!

Caramba… só… Caramba.

— Quem é ela? Ah não! Não fala! Eu não posso perguntar isso! Não podemos saber nada um do outro!

— Tudo bem, eu não vou falar sobre a… — Eu coloquei minhas mãos sobre a boca, abafando o nome de Marinette.

— Isso é tão difícil! Nunca vamos conseguir nos concentrar no akumatizado! Se começamos a falar de outra coisa, acabamos revelando sobre nós do mesmo jeito.

— Ok, vamos pensar mais um pouco antes de sair daqui. Nada de tagarelar sobre identidades secretas ou sobre quem nós gostamos, porque eu não posso falar nada sobre a… — Coloquei as mãos sobre a boca de novo — Droga!

— Você que começou dessa vez!

Eu sentia as palavras subirem até meus lábios sem que eu controlasse. 

Eu não fazia ideia do que sairia de minha boca. Era tão estranho.

— Ela é tão… tão… incrível! Não sei como não tinha percebido que a amava antes! Ela é linda, tem um sorriso lindo, sempre temos assunto para conversar, ela ajuda as pessoas, é desastrada de um jeito tão lindo, e tem o cabelo tão cheiroso…

O que eu estava falando? Eu achei que estava ruim até ouvir o que Ladybug dizia.

— Eu gostava tanto dele, mas tanto. Quer dizer, eu ainda gosto, eu acho. Eu não sei! Quer dizer, agora eu estou tão confusa! Sei lá, acho que agora eu só o vejo como um amigo, mas… caramba! A gente se beijou? A gente se beijou! Agora ele deve estar achando que gosto dele, mas eu sei que não devia ter feito isso, mas na hora só aconteceu e a minha mente estava tão confusa… — Ela falava tão rápido que eu nem conseguia acompanhar. — Eu preciso parar de falar, eu preciso parar de falar! Mas… o que eu faço agora? Primeiro, eu gostava dele, mas aí eu achei que ele estava namorando, só que na verdade ele não estava, e eu acabei aceitando que éramos só amigos e aí descobri que gostava do Chat Noir, mas foi tarde demais e ele também está com outra pessoa! Agora eu não mais o que fazer!

— Quê? — Perguntei, pois mal tinha entendido o que ela tinha dito.

— Eu gostava dele, Chat, eu gostava mesmo do Adrien Agreste.

Ah sim…

Espera, o quê?

 


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Notas finais do capítulo

Gente… KKKKKKKKKKK
Eu só consigo rir das vergonhas que esses dois estão passando aqui kkkkkkkkk
(Pior que isso só a vergonha que a Marinette passou em "Marionetista 2", né? kkkkkkkk)

O próximo (e último) capítulo sairá amanhã, por volta desse mesmo horário.
Obrigada por ler!



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