Verdades Aprisionadas - Parte II escrita por ChattBug


Capítulo 3
Capítulo 3 - Finalmente, A Batalha


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o terceiro capítulo, espero que gostem!



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Sentindo um certo desespero me percorrer, percebi que Marinette queria saber para onde eu tanto olhava e que estava prestes a virar para a porta do quarto e ver meu kwami. Assim, fiz a primeira coisa que me veio à mente: toquei o rosto dela, voltando-o para o meu e me aproximei para beijá-la novamente, mas ela parecia surpresa demais para retribuir.

Plagg aproveitou a pequena distração para sair dali.

— E-eu… Adrien, eu não… — Ela falou, se afastando, mas minha mente estava focada demais tentando bolar um plano para sair dali e me transformar sem que ela visse.

— Eu… é… preciso… preciso tomar banho. — Inventei, vendo que Plagg tinha ido para o banheiro para se esconder de Marinette.

— Agora? Mas eu preciso dizer que…

— Agora! Está muito calor mesmo, preciso tomar banho. Eu já volto. — Falei, talvez até rápido demais, e corri até o banheiro.

— Hum… Você e a Marinette… — Plagg falou, em um tom malicioso, e rindo logo em seguida.

— Mais um comentário e fica sem queijo.

— Já sabe como vamos sair daqui sem que ela perceba? Porque acho que ela vai estranhar se você ficar mais de uma hora no banho.

— Eu não faço ideia. E se eu usar o cataclismo na janela daqui do banheiro?

— Mas aí depois você só vai ter cinco minutos de transformação para usar na batalha.

— Então eu vou ter que me transformar, usar o cataclismo na janela, me destransformar, te alimentar e depois me transformar de novo para ir até a batalha?

— É, acho que sim.

— Caramba, por que você demorou tanto? Se estivesse aqui eu não estaria…

— Depois falamos sobre isso.

— É, porque a Ladybug está lutando sozinha com o vilão, precisamos ajudá-la.

Plagg pareceu lembrar de algo e hesitou um pouco, olhando para a porta do banheiro.

— Quer saber? Acho melhor você usar o cataclismo na janela do quarto. — Disse ele, ainda olhando para a porta.

— O quê? Mas por quê? Se eu fizer isso, a Marinette vai descobrir que eu sou o Chat Noir.

— Mas, se você não fizer isso, a Ladybug não vai aparecer na batalha.

— O quê?

— Nada.

— Como assim a Ladybug não vai aparecer? Ela não está lá ainda? E o que meu cataclismo tem a ver com isso?

— Pensa, Plagg, pensa. — Ele sussurrava para si.

— Eu preciso ir pra lá agora! Plagg, mostr…

— Não! Espera! Eu tenho que pensar!

— Pensar no quê? É só eu usar o cataclismo nessa janela aqui do banheiro e…

Nesse momento ouvi um grito, seguido de uma risada. A risada de Marinette.

— Adrien! A porta abriu! A porta abriu!

Logo, eu vi a parede cinza que cobria a janela do banheiro sumir.

— O sistema foi desativado! — Gritei.

— Eu tenho que ir, nos falamos depois. — Ouvi Marinette dizer.

Plagg soltou um suspiro de alívio que eu não entendi a razão.

— Plagg, mostrar as garras!

Logo, eu estava no local do ataque do akumatizado. As ruas estavam estranhamente vazias. É sério, não havia ninguém por perto. Será que o poder dele era fazer as pessoas desaparecerem ou algo assim?

Estava pensando nisso quando fui surpreendido pela chegada de Ladybug.

— Chat Noir! Ai meu Deus, você está bem!

Ela me abraçou. Por essa eu realmente não esperava.

— Eu sinto muito mesmo pela demora. — Eu disse, com muita culpa na voz.

— Eu estava tão preocupada com você, que bom que está tudo bem.

Agora as mãos dela estavam sobre meus ombros e ela me olhava de uma forma que eu nunca imaginei que ela fosse me olhar.

Eu estava tão atônito que nem percebi que o vilão nos observava. Ladybug me empurrou antes que um raio me atingisse. Caimos um ao lado do outro, mas logo nos levantamos e iniciamos a batalha.

— Ok, qual é o poder dele? Fazer as pessoas desaparecerem? — Ela perguntou enquanto lutava.

— Não sei, eu cheguei agora. — Revelei.

— O quê? Você não estava aqui antes?

— Não. Eu achei que você já estivesse aqui.

— Então não fazemos a menor ideia de qual seja o poder dele?

— Pelo visto não. — Respondi, me desviando de um raio. — Aí, amigo, pode ajudar a gente? Qual é o seu poder?

— E, se não se importar, pode dizer onde está o akuma também? — Ela perguntou, rindo levemente.

Nos aproximamos e começamos uma luta corpo a corpo com o vilão.

— O que eu mais achei estranho é que não tinha nenhuma informação sobre ele nos noticiários.

— Eu também achei isso muito estranho. — Ladybug falou, antes de tentar acertar um chute no vilão, mas ele desviou.

— Acha que ele é tipo o Pixelador? — Minha pergunta foi respondida com mais perguntas.

— Por que ele não fala nada? O que esses raios fazem? E onde estão as pessoas?

De repente, olhei para uma das casas que estavam ali perto, percebendo que haviam pessoas dentro delas, então ninguém tinha desaparecido. Mas… elas estavam com as mãos sobre a boca, como se quisessem parar de falar, mas não conseguissem se controlar.

— Ladybug…

— Eu tive uma ideia! Use o cataclismo ali. — Ela disse e eu o fiz, tentando imaginar qual seria o poder dele.

Mas o plano de Ladybug não deu muito certo e o vilão acabou desviando de nossos ataques, atirando mais raios.

Continuamos a luta corpo a corpo por alguns minutos, sem muito sucesso.

Meu anel apitava, restavam poucos minutos.

— Eu já vou me transformar! Não está na hora de uma ajuda da sorte não? — Perguntei, me referindo ao poder dela.

— Talis… — O akumatizado pegou o ioiô de Ladybug no ar antes que ela terminasse a palavra e o talismã não foi ativado.

Ladybug iniciou outra luta, agora na tentativa de recuperar seu ioiô.

Eu iria ajudá-la quando ouvi meu anel apitar escandalosamente.

— Vá para algum lugar seguro! Rápido! — Ela disse e eu ia fazer isso, mas percebi que ela precisava do ioiô para continuar a batalha.

Arremessei o bastão no akumatizado para distraí-lo, mas acabei sendo atingido com um raio.

— Chat Noir! — Ladybug gritou.

Senti algo estranho subir pela minha garganta, era como se eu fosse vomitar. Ouvi meu anel apitar pela última vez e corri para o primeiro local seguro que eu encontrei: um prédio aparentemente abandonado. Assim, entrei em uma das salas e fechei a porta po precaução.

— Ainda bem que você chegou a tempo, achei que fosse se transformar na frente da Ladybug. — Plagg falava rapidamente — Mestre Fu iria pegar o miraculous de volta se você descobrisse que a Ladybug é a… — Plagg colocou as mãos sobre a boca.

— Por que você ia falar a identidade dela pra mim? Espera, você sabe a identidade dela e nunca me contou? Por que nunca me contou? Você sabe o quanto eu queria saber disso antes, mas agora eu não sei mais se quero saber tanto assim. Quer dizer, eu queria saber porque era apaixonado por ela, mas agora eu acho que estou apaixonado pela Marinette.

Eu falei tão rápido que mal consegui me acompanhar. Era tão estranho… era como se não tivesse um filtro entre o que estava na minha mente e o que saía da minha boca.

Foi então que eu me dei conta.

— Ah não! — Plagg disse.

— O poder do akumatizado é…

— Falar a verdade! — Ele completou.

— Caramba! Era por isso que todo mundo tinha sumido, ninguém queria revelar seus segredos!

— E agora eu e você fomos atingidos, então só vamos falar a verdade!

— Isso quer dizer que…

— Sua identidade secreta está em perigo. E os meus segredos também!

— Espera, você guarda segredos de mim?

— Eu sou uma criatura mágica de milhares de anos, sabe quantos segredos você junta com milhares de anos de vida? Você só tem dezesseis e guarda um monte!

— Eu não guardo um monte! Só minha identidade secreta, o fato de eu ter um monte figuras de ação da Ladybug no quarto e… Ah, como faz pra parar de falar? — Gritei.

— Não, não, não! Não acredito que isso está acontecendo! Me dá o queijo antes que eu fale demais!

Procurei o camembert no bolso da minha camisa e entreguei para Plagg.

— Não sei como você aguenta esse cheiro insuportável! Caramba, será que a Marinette sentiu o cheiro do queijo? Por isso ela se afastou… Foi culpa sua, Plagg.

— O quê? Você acha que o meu queijo interrompeu a sua pegação com a Marinette?

— Pegação? A gente só estava…

— Ah, qual é! Você e ela estavam presos naquele quarto sozinhos por um tempão! Pegação é eufemismo para o que deve ter acontecido.

— O quê? A gente só se beijou umas duas vezes, mas acho que eu ia gostar se tivesse acontecido algo mais, como… Coloquei as mãos sobre a boca.

Caramba! Tem que ter um jeito de reverter isso! Como que a gente para de falar a verdade?

— Por que você demorou tanto? Onde você estava? — Perguntei, sabendo que ele não poderia mentir.

— Eu estava na casa do Mestre Fu! Depois que ele fez lá o ritual para me salvar do resfriado bizarro, disse que eu e a Tikki, que também ficou doente, devíamos ficar de repouso, mas acabou que todo mundo caiu no sono, até o Mestre Fu e o Wayzz.

— É sério isso? Tinha um akumatizado atacando a cidade e vocês estavam dormindo?

— Nem vem me julgar porque, enquanto o vilão atacava, você estava lá de agarração com a Marinette!

Nós dois gritávamos tanto que mal dava para compreender o que outro dizia.

— Eu tenho que me transformar e sair daqui!

— Mas aí você vai revelar sua identidade para eles!

— E agora? E agora? E agora?

— Temos que reverter isso antes que eu conte que…

Nesse momento, ouvi um barulho e a porta da sala em que eu estava se abriu.

Meu desespero aumentou quando eu vi que era Ladybug.

 


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAA será que ela viu que ele é o Adrien??
(gente, não sei vocês, mas eu ri demais com esse diálogo do Adrien e do Plagg depois de serem atingidos pelo poder do vilão kkkkkkkk)

Obrigada por ler e até amanhã :)



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