O Retorno dos Monstros da Rua Maple escrita por Maria Vicente Carvalho


Capítulo 8
Capítulo 08 - O Guia


Notas iniciais do capítulo

Hello people!

Mais um capítulo pronto e neste fiz uma referencia durante um dialogo e a ideia me surgiu após um dos comentários do leitor Max Lake e agradeço muito a ele que comenta em cada capítulo e também aos demais que acompanham a historia.

Boa leitura! ♥



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 Sophie teve sorte de a queda não ter sido fatal, pois a altura que caiu não era muita e por isso conseguiu logo a sua alta médica. Ela apressava a mãe que conduzia o volante. A mãe dela insistiu em leva-la de volta para a sua casa, mas Sophie queria retornar a sua residência da rua Maple.

 ─ Então vou ficar com você.

 ─ Não! – rejeitou Sophie ao chegar em casa – Eu estou bem.

 ─ Filha eu não estou entendendo nada.

 ─ Prometo que no domingo almoçamos juntas, mas pode ir agora. – Sophie adentrou em seu lar não permitindo a entrada de sua mãe que retornou ao carro frustrada.

 Ela sentia-se mal em tratar a mãe daquele jeito, porém agiu daquela maneira porque não queria a mãe dela por aquele lugar que era a rua Maple, Sophie precisava desvendar os mistérios sobre aquela rua o mais rápido possível.

 Haley. Pensou consigo.

 Sophie foi banhar-se com dificuldade é claro por causa da luxação no joelho esquerdo, se esforçou, mas conseguiu, por sorte a lesão não era grave. Ao terminar o banho optou por um vestido porque seria mais fácil de se vestir.

 ─ Como está? – indagou o homem surgindo repentinamente em seu quarto.

 ─ Como entrou? – Sophie quase soltou um berro antes de questiona-lo.

 ─ Entrando.

 ─ Eu acho que você não é real, é surto da minha mente.

 ─ Por que acha isso?

 ─ Porque você fica aparecendo e desaparecendo feito o Mestre dos Magos de Caverna do Dragão.

 ─ O importante é eu ser real para você.

 ─ Por que desapareceu ontem a noite? Disse que eu podia confiar, mas sumiu em um momento assustador. Um monstro quase me pegou e agora sou suspeita de ter matado Tommy James.

 ─ Acredita nos monstros?

 ─ Sim e eu tenho uma suspeita: Haley, a vizinha.

 ─ O que pretende fazer?

 ─ Confronta-la é claro! Ela conseguiu contatar minha mãe, mas nunca passei meus contatos a ela.

 ─ Apenas por isso?

 ─ Ela é estranha!

 ─ Você viu o monstro?

 ─ Não, apenas ouvi os passos, mas me seguia com certeza.

 ─ Vou lhe dar uma dica: lembra-se no dia em que ouviu os gritos da casa a frente?

 ─ Sim, a menina se queixava da queda da internet e exigia que a mãe dela resolvesse a questão rápido.

 ─ Comece daí.

 ─ Começar o que?

 ─ A investigar. Assim irá descobrir sobre os monstros, não se apegue as coisas que Tommy falava. Ele tem razão em dizer que foi vítima dos monstros na década de sessenta, mas não era certo sobre quem eram os monstros de verdade.

 ─ Porque diabos você não me diz logo quem são os monstros?

 ─ Você tem que descobrir por conta própria, se eu disser não irá compreender.

 ─ Por que eu tenho que passar por isso? Porquê? – Sophie agachou-se pelo chão de seu quarto e caiu no choro.

 O homem que dessa vez trajava um terno preto sentou-se ao lado dela e lhe tocou o ombro:

 ─ Às vezes é necessário irmos além... Temos que irmos além da nossa imaginação para compreender o óbvio.

 ─ E qual é a sua função em meio a isso tudo?

 ─ Eu sou seu guia.

 ─ Meu guia? – Sophie secou as lágrimas.

 ─ Exatamente.

 ─ E para onde me conduz?

 ─ Para uma viagem... Uma viagem para a zona do crepúsculo. Uma viagem... Além da Imaginação.

 Sophie pousou sua mão sobre a mão dele em seu ombro, ainda era estranho, entretanto sentia conforto e segurança ao lado dele, era como se o conhecesse há décadas e temia quando ele sumia.

 ─ Não me deixe, por favor. – implorou ela.

 ─ Eu nunca te deixei Sophie, nunca. Agora apronte-se.

 ─ Para que?

 ─ Siga a minha dica. – o homem sumiu de suas vistas feito mágica.

 Sophie vociferou suplicando a sua volta, porém ele não reapareceu. Ela então compreendeu que o homem era algo de sua imaginação, mas se apegou ao que ele disse: O importante era ele ser real a ela.

 A casa da frente.

 Sophie então aguardou o anoitecer.

 

(...)

 

 Eram mais de onze horas quando Sophie saiu de casa. Ela se certificou se não havia mais ninguém pela rua e mancando atravessou a rua para ir a casa a frente. A porta da frente estava trancada e com uma faixa amarela escrita “Cena de Crime”. Era notório que ela não poderia tentar adentrar pela porta principal, pois se fosse vista tentando forçar o abrir da porta seria flagrada e poderia ser presa. Deu uma disfarçada só para ter certeza de que ninguém a observava e foi para os fundos, havia uma entrada por lá. Ela imaginava que a mesma estava trancada, mas tentou de todo o modo espantou-se ao reparar que a porta estava encostada.

 Não havia ninguém pela casa, a menina, filha da vítima foi ficar em casa de parentes. O ambiente estava escuro, foi preciso acender as luzes. A porta por onde Sophie adentrou dava acesso direto a cozinha e ela se espantou com a quantidade de sangue seco esparramado pelo chão: a cena do crime ainda não havia sido limpa.

 O cheiro era insuportável e isso fez com que Sophie fosse para o próximo cômodo que era a sala de estar: tudo em ordem aparentemente.

 ─ O que eu procuro? – indagou a si em surdina.

 Ela seguia a sugestão de seu amigo, todavia não tinha noção do que procurava. Subiu as escadas para ter acesso aos andares de cima, o primeiro cômodo a vista era o quarto da menina, percebeu por causa da decoração pendurada a porta.

 ─ O que faz aqui? – indagou Sophie perplexa ao adentrar o quarto.

 ─ Procurando respostas, Sophie? – Haley virou-se para olha-la.

 ─ Eu procuro pelos monstros e pelo visto achei um deles.

 ─ Que engraçado! – Haley caiu na gargalhada.

 ─ O que é engraçado? – Sophie afastou-se um pouco dando passos traseiros – Como conseguiu contatar minha mãe? O que faz aqui neste momento? Você é um monstro?

 ─ Ah querida – Haley caminhou em direção a ela – eu não sou nenhum monstro, pode ficar tranquila.

 ─ Então?

 ─ Eu sou aquela que provoca a fúria dos monstros.

 ─ O que?

 ─ Eu sei eu sou esquisita aos seus olhos e admiro esse seu dom de observação, você tem razão: eu não como vocês deste planeta.

 ─ Como assim?

 ─ Eu venho das estrelas querida, de muito longe e minha missão é provocar a fúria dos monstros.

 ─ E quem são os monstros?

 ─ Você ainda não os vê? Aguarde então. – Haley bateu palmas e a energia elétrica da casa foi desligada.

 ─ Você... Foi você que desligou a energia da casa de Tommy! Ele tinha razão em seu depoimento quando criança... Os monstros são do espaço sideral e você... É um deles! – Sophie saiu de lá o mais rápido que pode, o joelho reclamou de dor, mas não era o momento dela se preocupar com isso, ela almejava sair daquela casa o mais rápido que pode.

 Respirou aliviada ao ver que tinha saído de lá sem ser vista, também não tinha condições, a rua estava um breu. Foi difícil atravessar a rua e destrancar a porta de sua casa, mas conseguiu. A sua casa também estava sem energia elétrica. Pegou o aparelho celular de seu bolso e tentou discar para a polícia, mas não conseguia completar a chamada e de repente seu aparelho desligou e não conseguiu liga-lo de volta.

 ─ Cuidado. – era o homem novamente.

 ─ Com o que?

 ─ Os monstros podem atacar a qualquer momento.

 ─ E o que eu devo fazer?

 ─ Não faça nada. – o homem mais uma desapareceu.

 Não demorou muito para Sophie começar a ouvir os escândalos dos vizinhos por causa da queda da energia elétrica. Amedrontada ela foi a até a cozinha e pegou uma faca e em seguida foi ao seu quarto trancando-se no mesmo.

 Sophie temia que os monstros da rua Maple invadissem a sua casa e ela não estava errada; eles poderiam aparecer em qualquer momento.


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Notas finais do capítulo

O negócio está ficando mais complexo de se entender, mas historias além da imaginação são assim: te fazem viajar e durante isso precisamos tentar compreender o que ocorre ao nosso redor.
A fic já está na reta final e acredito que em breve possamos descobrir quem são os monstros... Ou não.

Beijos e até mais =)



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