O Retorno dos Monstros da Rua Maple escrita por Maria Vicente Carvalho


Capítulo 7
Capítulo 07 - A Suspeita


Notas iniciais do capítulo

Hello people =)

O capítulo anterior terminou com Sophie se jogando da janela da casa de Tommy, pois ela o encontrou morto e ouviu passos de alguém pela casa... Será que era um monstro?

Boa leitura ♥



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 Sentiu que seus dedos eram pressionados vagarosamente e dessarte Sophie despertou.

 ─ Mãe? – piscou os olhos várias vezes e tentou fazer reconhecimento do lugar em que estava.

 ─ Está tudo bem querida, estamos em um hospital.

 ─ Hospital? – ela ajeitou-se sobre o leito e procurou relembrar o que havia ocorrido.

 ─ Você teve sorte querida, teve uma luxação na perna esquerda e um corte pequeno na testa, mas o que a fez pular da janela da casa do vizinho?

 ─ Eu... – Sophie não queria revelar a verdade a sua mãe, pois a mesma ficaria incrédula e poderia dar início a uma discussão – Cadê o papai?

 ─ Viajando a trabalho, ficou doido querendo voltar logo, mas garanti a ele que não foi nada grave.

 ─ Podem ficar tranquilos mesmos, pois eu estou bem.

 ─ Eu sabia que não daria certo você ir morar sozinha. Eu quero entender o que fazia na casa do vizinho.

 ─ Mãe...

 ─ E chega disso. Você vai voltar para casa.

 ─ Não mãe, não!

 ─ Sem discussões Sophie, está decidido.

 ─ Decidido? Mãe, eu tenho quase trinta anos! E eu não vou voltar a morar com vocês.

 ─ Como é? Sophie...

 ─ Mãe, por favor, chega. Eu quero e posso morar sozinha, não há nada que me empate.

 ─ Para que? Para ficar invadindo a casa dos outros e se jogando das janelas?

 ─ Eu não invadi a casa de ninguém!

 ─ Então por que a polícia quer falar com você?

 ─ A polícia o que?

 ─ A polícia está aqui no hospital, um agente veio ver se você tinha despertado dos sedativos.

 ─ Mãe, eu posso explicar... Eu não fiz nada errado.

 ─ Chega Sophie. Já me magoou se negando a voltar para casa. Eu preciso de um café, com licença. – a mãe de Sophie saiu do quarto em passos nervosos.

 Sophie esfregou as mãos pelo rosto. Estava aflita, pois teria que depor a polícia e ela não temia isso por culpa, mas sim pelo fato de que tinha que mencionar sobre os monstros.

 ─ Com licença. – disse o policial ao entrar.

 O agente era o mesmo que interrogou Sophie na madrugada em que a vizinha da casa a frente foi assassinada.

 ─ Pois não.

 ─ Sophie Adams – ele pegou seu bloco de anotações – como me reconhece eu sou da polícia e preciso fazer algumas perguntas.

 ─ Esteja à vontade.

 ─ O que fazia na casa do senhor Tommy James na noite passada?

 ─ Estava o procurando.

 ─ Procurando?

 ─ Sim.

 ─ Detalhes, por favor.

 ─ Ele foi a minha casa, ele veio com uma história sobre monstros.

 ─ Sobre a historinha dos monstros da rua Maple? – retrucou o agente com desdém.

 ─ Sim, disse que os monstros voltaram a atacar e mencionou até sobre a vizinha querendo dizer que foi os monstros.

 ─ Continue.

 ─ Enfim, ele insistiu nisso dizendo que era a próxima vítima.

 ─ Próxima vítima?

 ─ Exatamente. Disse que a energia da sua casa foi cortada e fez menção sobre o que ocorreu naquela rua na década de sessenta. Está na internet a história.

 ─ Sim, eu já tenho conhecimento. Continue, por favor.

 ─ Eu questionei então quem eram os monstros e ele só pedia para eu não os irrita-lo e assim saiu.

 ─ E como a senhorita foi parar caída da janela da casa dele?

 ─ Quando ele saiu eu o chamei de volta, mas ele não deu atenção. Voltei para dentro de minha casa e fiquei preocupada, pois... – Sophie hesitou um pouco – Pois ele é muito idoso e tinha dito que estava sem luz então fui verificar se ele precisava de alguma coisa.

 ─ Ele foi encontrado morto dentro do banheiro e temos evidências de que o corpo foi removido pós-morte.

 ─ Eu posso explicar... Eu fui até lá e o clamei várias vezes então reparei que a porta estava encostada. A casa estava sem luz e silenciosa imaginei que ele tivesse precisando de ajuda daí eu entrei. Procurei nos cômodos de baixo e nada então com dificuldade por causa da escuridão eu subi as escadas, o primeiro cômodo que entrei foi o banheiro e assim o encontrei: caído ao chão com a cabeça sangrando. Eu não pensei que ele estivesse morto e sim desmaiado, imaginei que ele tivesse tropeçado e batido a cabeça então tentei levanta-lo e assim eu percebi que ele estava morto.

 ─ Tem certeza? Será que a senhorita não o fez bater a cabeça contra a pia, pois encontramos manchas de sangue pela mesma, e tentou remover o corpo, mas não conseguiu e pulou a janela para ninguém a ver saindo pela porta?

 ─ Isso é um absurdo! – Sophie irritou-se – Eu seria incapaz!

 ─ Então por que pulou a janela?

 ─ Porque quando eu descia as escadas para sair e pedir socorro eu ouvi a porta bater e em seguida ouvi passos. Eu gritei perguntando quem era, mas ninguém respondeu e eu fiquei com medo. Corri para cima novamente e me tranquei no quarto, os passos aumentavam e no desespero só me restou a janela.

 ─ Do que você corria? Quem temia?

 ─ Eu não sei...

 ─ Senhorita Adams, porque achou que alguém a perseguia pela casa? Hein?

 ─ Eu fugia dos monstros!

 ─ De quem?

 ─ Os monstros!

 ─ Outra com essa história... Senhorita Adams eu puxei sua ficha, pesquisei sobre você e sei que faz pouco tempo que mora na rua Maple. Por que dois moradores são assassinados após sua mudança?

 ─ Eu não acredito no que esteja ouvindo...

 ─ Vou pedir mandado de prisão preventiva e...

 ─ Isso é abuso de autoridade! Você não tem provas!

 ─ Você foi a única a entrar na casa.

 ─ Eu não o matei!

 ─ E por que essa historinha ridícula sobre monstros?

 ─ Porque eu venho ouvindo essa história desde a minha mudança. E a menina que encontrou a mãe morta? Ela também não disse que foi um monstro?

 ─ Está usando a versão dela como desculpa? Ela é apenas uma adolescente.

 ─ Eu não matei ninguém!

 ─ Eu vou descobrir daí veremos. – o policial guardou seu bloco de anotação e saiu.

 Sophie ficou com um grito de desespero entalado na garganta. Descontou sua ira dando socos no travesseiro, entretanto ao perceber que alguém adentrava se aquietou. Era uma enfermeira que foi verificar em como estava os ferimentos.

 Assim que a enfermeira saiu sua mãe retornou.

 ─ Parece que terá alta hoje mesmo.

 ─ Mãe – Sophie encarou sua mãe nos olhos – quem te avisou sobre o que ocorreu? A polícia?

 ─ Não. Foi sua vizinha.

 ─ Que vizinha?

 ─ Haley. Ela me ligou me comunicando que você sofreu um acidente, foi quando eu cheguei aqui que soube que tinha polícia envolvida na situação.

 ─ Impossível! – com esforço Sophie levantou-se de seu leito.

 ─ Filha, sente-se, por favor.

 ─ Mãe, procure o médico, agora.

 ─ O que foi? Sente algo?

 ─ Eu sinto que devo ir embora. Chame o médico, agora!

 ─ Acalme-se, irei chamar. – a mãe dela saiu assustada do quarto.

 Sophie reparou que sua mãe deixou uma sacola e na mesma continha algumas roupas e assim vestiu-se o mais rápido que pode apesar do joelho reclamar de dor.

 ─ Não pode ser. – murmurava ela contrariada – Como Haley ligou para a minha mãe se eu nunca passei meus contatos a ela? É ela... Haley é o monstro da rua Maple.


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Notas finais do capítulo

Coitada da Sophie, agora está sendo acusada de assassinato. Ela precisa desvendar logo essa historia de monstros. Enquanto ela se torna suspeita para a polícia ela tem uma suspeita em vista: Haley.
Como Haley conseguiu o número da mãe dela? Estranho... Seria ela um monstro?

Obrigada pela leitura e até mais ♥



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