O Retorno dos Monstros da Rua Maple escrita por Maria Vicente Carvalho


Capítulo 2
Capítulo 02 - A historia dos monstros da rua Maple


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou estendido, não queria que ficasse tão assim, pois quero ser objetiva e breve, mas me empolguei em escrever... Hehehehe
Quero agradecer ao Mak Lake pelo primeiro comentário, fiquei muito feliz!

No capítulo anterior conhecemos Sophie que se mudou para ter uma vida nova e independente, mas não aparenta que será tranquila...

Boa leitura! =)



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 Durante a refeição, Sophie tentava distrair a mente assistindo alguns vídeos de seu celular, porém ela não conseguia deixar de pensar sobre o misterioso homem do terno preto com aquela conversa estranha sobre monstros. De primeira havia julgado de que deveria ser alguém com algum tipo de perturbação, mas naquele momento ela presumia que era alguém lucido, pois a convicção, a seriedade dele lhe demonstraram isso.

 Ao terminar de comer limpou a sujeira que havia feito e se recolheu. Estava exausta e ainda tinha muita coisa a fazer no dia seguinte. Não demorou a adormecer, todavia estava tão insistente referente ao homem que acabou sonhando com o mesmo.

 Ao amanhecer não foi necessário nenhum alarme. Sophie despertou-se com as gargalhadas das crianças brincando na rua, ainda sonolenta foi até a janela as observa-la brevemente e não conteve o riso ao ver aquela criançada se divertindo. Levantou-se e fez sua higiene matinal. Teve vontade de tomar café e por isso era necessário ir a uma cafeteria, pois de momento não tinha como prepara-lo.

 Vou aproveitar e conhecer as redondezas. Pensou consigo.

 Vestiu algo que considerava legal para sair. Pegou sua bolsa com celular e carteira e saiu.

 A manhã daquele domingo era bela e ensolarada, as crianças aproveitavam o clima para brincar enquanto os adultos aproveitavam para seus afazeres e lazeres do dia. Alguns vizinhos se encontravam nas varandas de suas casas conversando e rindo alegremente, outros cuidavam do jardim, lavavam seus automóveis e varriam a calçada. Parecia uma cena daqueles filmes clássicos. Sophie ficou admirada, pois nunca antes havia morado em lugar semelhante. Os bairros que havia residido junto de seus pais a vizinhança era sempre fechada, mal se encontrava alguém pela rua, inclusive crianças a brincar.

 Pedindo indicação de um vizinho ela foi a uma cafeteria na rua vizinha: a rua Floral.

 Acomodou-se em uma das mesas da elegante e aconchegante cafeteria. Uma garçonete veio atende-la. Enquanto aguardava seu pedido ficou a observar ao seu redor e dessarte avistou um cliente adentrar o local: o homem do terno preto.

 Rapidamente, Sophie retirou de sua bolsa um livro e fingiu o estar lendo, pois não queria ser reconhecida pelo homem. Estranhou ao notar que ninguém havia ido atende-lo e que ele não parecia incomodado e ao virar-se para olha-lo percebeu que ele a mirava e mais uma vez escondeu a face de seu rosto com o livro.

 O seu pedido foi entregue. Sophie cogitou em pedir que o embalassem para viagem, pois sentia-se desconfortável, mas ao voltar a olhar viu que o homem havia ido embora.

 ─ Algo a mais? – indagou a garçonete.

 ─ Sim... Você viu um homem de terno preto sentado logo ali?

 ─ Que homem?

 ─ Ele já saiu, mas não reparou antes? Era um homem aparentando ter uns cinquenta anos, trajava um terno preto.

 ─ Não vi. Não deve ter ficado por muito tempo... Por quê?

 ─ Por nada.

 ─ Posso ajudar em algo a mais?

 ─ Estou bem. Obrigada.

 ─ Com licença. – a garçonete afastou-se para atender demais clientes que achegavam.

 Sophie tomou seu café. Pagou o consumo deixando gorjeta para a atendente e em passos apressados voltou para casa, pois começou a temer que estivesse sendo seguida pelo homem que ela passou a considera-lo estranho.

 Ao retornar a rua Maple avistou a vizinha que lhe ofertou a torta de maça na noite anterior.

 ─ Bom dia! – cumprimentou Sophie gentilmente.

 ─ Bom dia nova vizinha!

 ─ Pode me chamar pelo nome. Sophie.

 ─ Certo. Eu me chamo Haley. Pelo visto já está a passear pela vizinhança.

 ─ Fui a uma cafeteria da rua Floral.

 ─ Esta cafeteria é excelente!

 ─ Tem razão. Gostei muito. – Sophie olhou ao redor e aproximou-se mais da vizinha que varria sua calçada – Haley, você conhece todos que moram aqui?

 ─ Sim, eu moro aqui desde a infância. Herdei a casa de meus pais que haviam herdado de meus avôs.

 ─ Quem é homem que anda por aí trajando um terno com ar de esquisito?

 ─ Como assim?

 ─ Ontem a noite eu recebi a visita deste vizinho... Ele trajava um terno preto e fumava um cigarro, enfim, ele disse que tinha um recado a mim que era na verdade um alerta pedindo que eu tomasse cuidado.

 ─ Cuidado com o que?

 ─ Você vai querer rir.

 ─ Diga.

 ─ Ele disse que eu tivesse cuidado com os monstros desta rua.

 ─ Eu não acredito que foram já espalhar sobre essa historinha. – a vizinha caiu na gargalhada.

 ─ Como assim?

 ─ Sophie, irei explicar. Todo o final de ano fazemos confraternizações entre a vizinhança e na do ano passado eu comentei sobre uma historinha que meus pais contaram a mim e meus irmãos quando mais novos que era sobre alguns monstros que invadiram essa rua e aterrorizaram os vizinhos causando o caos entre os mesmos, segundo minha mãe ela disse que minha avô contou essa historia e que tudo isso aconteceu na década de sessenta, mas claro que se trata de uma historinha boba.

 ─ Compreendi.

 ─ Como era o homem mesmo?

 ─ Ele aparenta ter meia idade, trajava um terno preto e parecia... Estranho.

 ─ Ele foi até sua casa apenas dizer isso?

 ─ Sim. De momento achei tratar-se de uma piadinha sem graça ou de algum vizinho perturbado.

 ─ E por que a preocupação agora?

 ─ Eu o vi agora pouco na cafeteria, parecia que ele me vigiava.

 ─ Tem certeza que era o mesmo homem?

 ─ Sim.

 ─ Eu não sei o que te dizer querida, pois homens que usam terno nesta rua há vários, grande maioria trabalha em escritórios.

 ─ Mas hoje é domingo.

 ─ Andar usando um terno não é nada demais, mas se quer tanto saber vou ver se descubro quem foi o bobo que foi contar sobre essa historinha boba.

 ─ Obrigada Haley, tenha um ótimo domingo.

 ─ Você também.

 Sophie ao ir caminhando sentiu que era observada pela vizinha com deboche e por isso acabou se arrependendo de ter falado sobre o homem a ela.

 Devo chamar a policia e dizer que eu suspeito estar sendo perseguida? E se o homem na cafeteria não era ele? Pensou consigo. Estava confusa.

 Sophie precisava aguardar a instalação da internet em sua casa por isso fazia uso da que tinha no celular, assim que chegou não se conteve e fez uma breve pesquisa: Os monstros da rua Maple. Logo teve acesso a um link de uma matéria que falava sobre um caso misterioso ocorrido na rua Maple em quatro de março de 1960.


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Notas finais do capítulo

Há uma historia sobre os monstros, segundo a vizinha, apenas uma historinha boba, ficção, mas Sophie já parece bem admirada e pelo visto passa a acreditar tudo por causa do tal homem do terno que parece a vigia-la. Há uma informação na internet sobre um fato ocorrido na rua Maple na década de 60... Será que é sobre os monstros?

Obrigada pela leitura e até mais =)



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