Você sempre se encantou com toques macios: camurça, algodão, veludo, velutina, minha pele. Talvez confortar seja mais exato do que encantar. Sei muito bem que nunca cedia a encantos, a sonhos: ilusões tão proibidas para alguém que está morrendo.

Mas o meu colo podia ser o seu conforto. Apenas às vezes, quando você permitia. Outras vezes, era apenas a música. Você gostava mais do som da viola do que do violino; como se fosse apenas para me contrariar. Sempre preferi o violino.

Sei que minhas palavras jamais te alcançarão. Quero acreditar em algum propósito. Ainda tenho tanto a te dizer...