Always escrita por Any Sciuto


Capítulo 8
Robots Don’t Sleep.




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— Então quer dizer que a Jenny fingiu a própria morte por causa do Vance? – Callen colocou os pratos em sua casa. – Como é possível que ele tenha ficado quase dez anos no cargo?

— Ele puxou os sacos certos. – Elisa olhou para o namorado. – Sabe quando você me pede para emitir uma ordem de prisão em branco nos seus casos? Ele tinha coisa bem pior que segredos de cama.

— Entendi. – Callen corou só em pensar os segredos que Elisa guardava sobre ele. – Embora eu não pense que a gente teria problemas com as ordens de prisão em branco.

— Eu sou promotora, G. não juíza. – Elisa o beijou. – Eu nunca contaria a alguém que você gosta de calda de chocolate ou...

Callen não deixou brecha para mais palavras. Ele a beijou nos lábios e sorriu.

— Adoro esses seus beijos. – Ela se afastou, deixando o namorado querendo muito mais.

Enquanto isso, em Washington, Abby e Ana passavam por uma sessão de perguntas típica da CIA, mas Jenny literalmente confrontou o diretor para que ele a deixasse fazer.

As duas mulheres haviam passado por tantas coisas que nenhum outro agente conseguiria falar com elas com a delicadeza que elas deveriam ter.

— Oi Ana. – Jenny ofereceu uma rosa para ela. – Eu sei que você merece bem mais que uma flor por tudo o que você passou, mas antes eu realmente preciso descobrir o que aconteceu.

— Você conseguiu achar minha caneta de sorvete? – Ana parecia insistente nisso. – É importante.

— Eu prometo que vamos encontrar, mas antes eu realmente preciso saber o que aconteceu durante o tempo em que você passou em cativeiro. – Jenny estava pensando que a tal caneta na verdade era uma pista. – Eu vou mandar Gibbs falar com Fornell para que ele a encontre.

— Quando Any me sequestrou, ela disse que estava me levando para um lugar cheio de arvores, mas o lugar era um cativeiro asqueroso. Acho que ela traficava drogas lá. – Ana pegou as mãos de Jenny. – Ela falava sobre a Itália e sobre um empresário, acho que o nome dele era Rick. Eles eram uma espécie de casal e ela iria acabar com ele e ficar com o dinheiro dela.

— No momento que ela me pegou eu estava indo com ela para o cativeiro ver a produção de drogas dela. – Abby começou. – Ela me disse que além de queijo minas, ela fazia cocaína mineira. Eu nunca achei que ela chegasse tão baixo.

— Ela chegou a mencionar alguém chamado Rick? – Jenny perguntou gentilmente. – Ou a Itália?

— Ela disse que os avós dela eram de lá. – Abby respondeu. – Rick era o namorado dela, mas ela o chamava de pato.

— Pato? – Ziva perguntou da sala de observação. – O que um pato tem a ver com isso?

— Ziva, quando uma mulher ou qualquer um engano engana alguém essa pessoa enganada é tratada como um pato. Alguém bobo.

— Eu não acho patos bobos. – Ziva olhou para Ducky. – Sem ofensa, Ducky.

— Não fiquei, Ziva. – Ducky sorriu. – Na verdade, há algumas expressões brasileiras que eu até hoje não entendo.

— Rick é o pato de Any. – Tim respondeu, trazendo a atenção de volta ao caso. – Ela o está usando como isca para ter dinheiro e depois Deus sabe lá o que vai fazer.

— Depenar ele. – Ziva respondeu, nem imaginando que Rick estava morto.

— Rick está morto desde que resgatamos Abby e Any. – Gibbs entrou na sala. – Tim, eu quero que vá a casa de Fornell e procure uma caneta em forma de sorvete.

— Sorvete? – Tim balançou a cabeça, mas foi mesmo assim.

Fornell estava arrumando as coisas de sua irmã quando ouviu a campainha. Desde que Ana fora resgatada, ela não deixou de receber visitas dos amigos. Ele abriu a porta quando viu que era apenas Tim.

— Entre McGee. – Fornell o levou até seu quarto, onde as coisas de sua irmã estavam. – Estou guardando as coisas da minha irmã.

Tim observou o quarto do agente e precisou segurar a risada. Ele tinha um pôster com uma atriz brasileira de frente a cama.

— Moça bonita, não é? – Fornell disse, seus olhos brilhando. – É a Renata Sorrah. Eterna Nazaré Tedesco. Eu adoro senhora do destino.

— E eu adoraria desver a imagem que eu tive agora. – Tim brincou com ele. – Aliás, você não achou uma caneta em forma de sorvete, não é?

— Você veio até aqui por causa de uma caneta em forma de sorvete? – Fornell brincou. – Estou magoado.

— Prometo que volto para uma visita social amanhã, mas no momento eu preciso dessa tal caneta. – Tim respondeu. – Jenny parece achar que ela tem algo de especial, já que sua irmã foi bem insistente.

— Se Ana foi insistente sobre uma caneta... – Fornell foi até a mala e encontrou a caneta embalada em um plástico ziploc. – Já estava assim quando eu coloquei na mala.

— Você tem luvas? – Tim sabia que ele precisava proteger a prova e algum vestígio. – Obrigado.

Abrindo o saco de evidencias, os dois estavam ansiosos. Tim pegou a caneta e puxou as peças que formam o “sorvete”. Elas se soltar e ao invés de uma ponta de caneta, um drive usb foi revelado.

— Acho que temos algo aqui. – Fornell pegou o laptop criptografado e Tim montou um antivírus rapidamente. – Eu não posso acreditar.

— Talvez a gente deva pegar as duas agentes disfarçadas. – A voz irritada de Any foi ouvida. – Abby e aquela tal de Ana. As duas aqui podem prejudicar nossos negócios. Eu não me importo com a equipe das duas.

— Pense nos riscos. – Uma voz não identificada falou. – Pense em quantos inimigos estaremos fazendo ao fazer isso.

— Eu estou pouco ligando, Leon. – Any caminhou com seu salto sobre uma superfície de madeira. – Faça o seu trabalho e me consiga os movimentos do time e garanta que eles não investiguem o caso Penna. Seja útil uma vez na vida.

— Eu farei isso. – Vance respondeu e se levantou, saindo do quarto.

— Merda. – Tim e Fornell falaram juntos.

Jenny olhava para Abby com Torres e Tony na sala de interrogatório. Gibbs chegou delicadamente atrás dela e passou os braços pela cintura dela. Foi esses momentos que Gibbs podia ver que ela ainda estava preocupada.

— O que está passando em sua cabecinha, querida? – Gibbs a sentiu virando para ele. – Você parece preocupada.

— Lembra quando eu disse que eu precisava que você me salvasse? Era de Vance. – Jenny deitou a cabeça dela no ombro dele. – Quando aquela mulher veio atrás de nós, eu queria voltar e terminar tudo o que eu comecei. Mas Vance me disse que eu seria presa pela morte de Benoit e por tudo o que ele tinha feito. Michelle Lee foi persuadida por ele, Alejandro Rivera foi mandado por ele.

— Tudo o que aconteceu de ruim foi culpa dele. – Gibbs a sentiu chorar em seu aperto. – Nós vamos atrás dele, Jen. E eu vou fazer ele pagar por fazer o que ele fez com você e com todos.

— Faça as pazes com Abby. – Jenny pediu. – Amanhã ela começa as fisioterapias e eu quero que você e ela se deem bem de novo.

— Eu vou. – Gibbs saiu e foi para a sala de interrogatório que agora tinha Ana, Ziva e Ducky.

Tim entrou como se tivesse visto um fantasma e entregou a caneta com o drive usb revelado.

— Eu acho que vocês deveriam ouvir isso. – Tim deixou o drive usb na mesa e ficou ao lado de Abby e Ana.

Eles sabiam então que as coisas só iriam piorar a partir dali.


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