Always escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
The Talk




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— Eu ainda não entendi porque eu não consigo andar. – Abby olhou para Nick. – Eu deveria ter voltado há andar na semana passada ainda.

— Você vai conseguir voltar, Abby. – Nick passou a mão pelo cabelo dela. – Eu sei que eu vou estar com você em todas as fazes.

— Eu agradeço, Nick. – Abby viu um carro parar na entrada da clínica de fisioterapia e Gibbs sair. – O que ele veio fazer aqui?

— Acho que Jenny o obrigou a vir falar com você. – Nick deu um beijo nos lábios dela e os deixou a sós. – Você não vai machucar ela, não é?

— Não. – Gibbs respondeu. – Oi, Abbs.

— Oi Gibbs. – Abby virou a cadeira de rodas para ele. – O que veio fazer aqui?

— Vim ajudar você na sessão de fisioterapia hoje. – Ele empurrou a cadeira até o banco onde a médica estava. – Depois de terminar aqui, vamos comer alguma coisa. Eu pago.

— Está bem. – Abby tentou se sentar sozinha no banco, mas não conseguiu e Gibbs a acudiu em tempo recorde. – Obrigada.

— Doutra, acha que eu posso ajudar na sessão? – Gibbs literalmente se ofereceu para ajudar na sessão. – Se não for pedir muito.

— É sempre bom ter um par de mãos extras. – A médica viu a incerteza em Abby. – Abby, o que eu lhe disse ontem?

— Que eu não deveria me sentir mal por não conseguir de primeira. – Abby suspirou. – Eu só quero voltar a usar botas e saltos.

— Acho que devido a lesão você não pode usar as botas. – A médica viu a expressão em Gibbs. – Mas quanto a saltos de largura grossa, eu tenho certeza que você pode usar, sim.

A sessão se estendeu por uma hora, quase duas enquanto Abby e Gibbs venciam os primeiros obstáculos.

Ela se sentou na cadeira, caindo toda cansada, apesar de ser apenas o segundo dia.

Gibbs a colocou no carro e colocou a cadeira no porta malas. Era de uma cor rosa não tão extravagante e cheia de caveirinhas pintadas.

— Eu pedi um sanduiche de queijo quente e café para nós. – Gibbs sorriu ao voltar para a mesa. – Espero que não se importe.

— Eu gostei da sua escolha. – Abby olhou para uma garotinha e sentiu um pequeno vazio. – Eu sempre quis ter filhos. Sempre achei que eu e Tim ficaríamos juntos, mas ele está tão feliz com Delilah agora.

— Você e Nick ainda não conversaram sobre o relacionamento de vocês? – Gibbs perguntou. – Desculpe, estou sendo curioso.

— Nós conversamos, mas decidimos deixar rolar. – Abby sorriu. – Ele me beijou hoje. Foi legal. Esqueci como era ser amada por alguém de verdade. Acho que Any me tirou um pouco disso.

— Você não pode deixar Any tirar a sua vida, Abbs. – Gibbs pegou a mão de Abby e a apertou. – Eu falei com Jenny. Ela vai voltar para o NCIS como diretora. A secretária da marinha teve uma conversa com os chefes da CIA.

— Eu realmente tinha certeza que ela e a secretária seriam amigas de imediato. – Abby olhou para Gibbs. – Eu senti falta de você. Das nossas conversas. Você me ignorou por meses. Eu precisei sair da agencia.

— Eu tenho que pedir desculpas por isso, Abby. – Gibbs pegou a mão dela de volta. – Eu fui um babaca insensível, que só pensou em si mesmo, mas eu tive medo que eles viessem atrás das pessoas que eu amo. E você, eu não podia pensar em te ver machucada.

Abby estava meio chorando e meio sorrindo. Ela sabia o que estava acontecendo.

— Então, você me perdoa? – Gibbs ainda estava com a mão dela na dele. – Me perdoa por tudo?

— Eu não preciso te perdoar Gibbs. – Abby sorriu para ele. – E eu sei que você veio por minha causa.

— Eu vim mesmo. – Gibbs se levantou e a abraçou. – Eu senti a falta desse abraço.

— Eu também. – Abby sorriu para ele. – Posso ir a sua casa depois?

— Só se você falar com Nick para uma conversa. – Gibbs a viu ficar confusa. – Afinal, você é minha filha do coração. E eu não posso deixar ele livre demais. E eu quero saber as intenções dele.

— Você vai intimidar ele, não vai? – Abby deu risadas. – Sabe que você o contratou.

— Sim, mas eu posso muito bem apenas ameaçar ele para que ele tenha as melhores intenções com você. – Gibbs respondeu.

Jenny observou de longe os dois se dando bem de novo. Alguém iria ser recompensado essa noite.

Ziva entrou na clínica médica. Ela já estava sentindo alguns enjoos antes mesmo de ir ao Brasil, mas quando voltou de lá, os sintomas pioraram. Ela meio que não queria ter falsas esperanças, mas ela pensava seriamente que estava grávida de Tony.

Se fosse assim, ela seria abençoada. Ela sempre quis ter um segundo filho com o seu quase marido.

— Ziva David? – A enfermeira a chamou. – Seus resultados chegaram.

Ela sentiu a ansiedade chegar a níveis altos.

— Prazer, doutora Esther. – A médica se sentou e sorriu. – Então você sente enjoos?

— Sim. – Ziva olhou para a mulher. – E meu seio está doendo como na minha primeira gravidez.

— Bem, parabéns. – Esther sorriu. – Você está de dois meses de gravidez. Eu vou lhe prescrever algumas pílulas de vítimas pré-natais.  Eu quero que marque uma hora com seu obstetra e parabéns.  

— Obrigada. – Ziva podia muito bem dançar dentro do consultório da médica.

Ela sorria para todos e mesmo que ela parecesse uma doida qualquer, ela pouco ligava.

Tim chegou em casa e abraçou Jhonny e Morgan. Os gêmeos estavam com quase três anos agora.

— Eu estou monitorando a rota de Any pelo meu computador. – Delilah o beijou. – Eu acredito que ela pode ter ido para a Itália de carona com alguém.

— Rick, aquele empresário brasileiro que foi assassinado lá. – Tim mostrou uma foto de monitoramento. – Ela saiu do Brasil com o nome de Constanza.

— Essa mulher é uma viúva negra. – Delilah grudou em seu quadro físico a foto. – Peruca loira, vestido de grife e saltos altos.

— Teremos que ver as compras em aplicativos para ver se conseguimos encontrar qualquer coisa significativa. – Tim beijou a esposa. – Espero que não esteja sendo cansativo. Duas crianças, vigilância pesada e um apartamento.

— Tim, eu estou bem. – Ela o beijou. – Mas eu não vou estar feliz se não trouxer Jenny aqui. Quero muito conhecer ela.

— Bem, você e ela podem trocar figurinhas sobre seus trabalhos secretos. – Tim brincou.

— Meu melhor trabalho foi você, gato. – Delilah o viu corar.

Ele foi se trocar e viu o celular tocar. Era Sam da equipe de Los Angeles. Algo estava errado.

Ana entrou no quarto de Fornell em busca de um pouco de pomada, afinal a dela havia terminado e parou ao ver o pôster da mulher na parede.

— Você tem um crush nela, Tobias? – Ana apontou para o pôster com a cabeça. – Parece muito promissor. Afinal, você e ela tem a mesma idade.

— Você não é muito jovem, senhorita. – Fornell abraçou a irmã. – Eu senti falta do seu abraço.

— Eu senti falta da sua coleção de dvd’s de novelas brasileiras. – Ana sorriu. – Agora, eu preciso de um pouco de pomada.

— Sei. – Tobias brincou. – Isso tudo é por causa de Sam Hanna?

— O que? – Ana disfarçou. – De onde você tirou isso?

— Eu vi como você olhou para o vídeo que ele mandou para você. – Tobias a provocou. – Mana, se ele te faz feliz, vá em frente. Ter um homem daqueles ao seu lado é perfeito.

Ana se levantou e antes de deixar o quarto, ela mostrou a língua para ele. Ela não podia discordar. Sam Hanna era um gato e se ele gostava dela, ela iria atrás.


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