Always escrita por Any Sciuto


Capítulo 7
The Fight




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Hospital Santa Rita,

Contagem, Minas Gerais...

Abby abriu os olhos depois de dois dias em estado estável. Gibbs foi o primeiro a encontrar os olhos da agente. Ela ainda parecia meia zonza, mas logo se acostumaria com o cheiro de agua sanitária.

Era um hospital de qualquer forma.

Logo que chegaram ao hospital, Tony e Ziva conseguiram um hotel para todo mundo, mas Gibbs, Jenny e Torres se negaram a ir para o hotel. Eles iam, mas sempre tinha alguém com Abby e com Ana.

— Oi, Abbs. – Gibbs a viu ficar com medo dele. – Está tudo bem, ok? Você está bem.

— O que você está fazendo no Brasil? – Abby sentiu a voz sair com arranhões. – Você não liga mais para mim.

— Abby, eu vim te ajudar. – Gibbs sabia que ela poderia estar um pouco chateada. – Eu estou feliz por você estar bem.

— Gibbs, você realmente se importou a ponto de vir? – Abby sentiu que aquilo soava frio demais. – Desculpa.

— Não, Abbs. Eu mereço. – Gibbs pegou a mão dela enquanto tocava a campainha. – Olha, há algo que aconteceu e eu realmente estava esperando que um médico viesse, mas...

— Agente Gibbs, eu preciso que me deixe a sós. – A médica entrou com algumas enfermeiras. – Agora.

Mesmo a contragosto, Gibbs saiu, deixando Abby sozinha com a médica que ele confiava.

— Você abre a boca para falar algo e eu vou me certificar que você não pode dizer nada mais a alguém. – A médica ameaçou Abby. – Eu vou precisar de privacidade com ela.

Gibbs, no entanto, parecia sentir um desconforto todas as vezes que a médica ficava perto de Abby. Ela a olhava como se tivesse nojo da agente.

Jenny caminhava pelo centro de triagem do hospital quando parou para ouvir as notícias em uma das salas de descanso do hospital.

Um empresário brasileiro havia morrido durante suas férias na Itália e a companheira do homem era a única suspeita. Havia algo sobre o nome dele que fez Jenny ficar com ele na memória.

Depois de quase trinta minutos, a médica finalmente deixou o quarto de Abby e Gibbs percebeu que alguma coisa estava errado.

— Eu acho que vocês vão poder levar Abby para casa. – A médica disse com uma calma que assustava Gibbs. – Mas depois de um segundo exame, eu percebi que a senhorita Sciuto vai necessitar de fisioterapia para voltar a caminhar.

— Ela está incapacitada? – Torres estava chegando com um buque de flores. – Você percebe que no segundo em que a gente dizer que ela simplesmente não vai poder caminhar ela vai ficar triste?

— Eu acho que como vocês não vivem aqui no Brasil, vocês realmente não vão poder fazer nada. – A mulher estava sendo fria agora. – Vou emitir a alta dela.

Gibbs e Torres ficaram sem entender o porquê a médica parecia distante.

Jenny chegou no quarto e encontrou Ana deitada com os olhos abertos e chorando. Abrindo a porta do quarto da moça, ela entrou dentro.

— Você está bem, querida? – Jenny se sentou ao lado dela. – Quer alguma coisa?

— Meu irmão. – Ana disse com toda a sinceridade. – Estou sentindo a falta dele. Any me fez acreditar que Fornell desistiu de me encontrar.

— Pois ela disse aquelas coisas para você porque estava querendo te torturar. – Jenny pegou o celular e deu a ela. – Veja isto.

Abrindo um arquivo de vídeo, Jenny deixou Ana um pouco sozinha.

— Oi mana. – Fornell falou assim que o vídeo começou. – Eu sei que a equipe da NCIS e da CIA resgataram você. Desculpe não estar aí, mas o FBI está sendo um carrasco e me impediu de ir com eles. Estarei no aeroporto quando vocês chegarem. Eu te amo.

Jenny viu Gibbs olhando para ela do quarto de Abby e ela se sentiu chateada pelas coisas ainda não estarem resolvidas.

Abby havia recebido alta e Ana também estava voltando para casa.

Era quase meia noite quando todos embarcaram no avião rumo aos Estados unidos. Eles iriam dormir no avião que Jenny conseguiu como um acordo com o Brasil em tentar encontrar Any.

Era quase dia em Washington quando todos finalmente pousaram. Fornell estava pronto para receber a irmã com um buque de rosas nas mãos. Assim que ele a viu seus pés o fizeram correr e ele a abraçou devagar, evitando machucar o braço já machucado.

— Finalmente minha grande irmã está de volta. – Ele literalmente deixou as lágrimas caírem. Emily a filha dele estava feliz em receber a tia de volta, embora ela estivesse um pouco machucada.

— Estou de volta, sim. – Ana sorriu para o irmão e para a sobrinha. – Você está grande, Emily.

— Tia. – Emily a abraçou, feliz da vida. – Vamos, eu tenho que contar as novidades.

Fornell olhou para Gibbs e deixando o sentimento falar mais alto, o abraçou. O Marine foi surpreendido pelo gesto, mas abraçou o amigo de volta. Era bom ser agente e ajudar as famílias a voltarem para casa.

— Gibbs, agora que voltamos, talvez seja hora de conversar. – Os cabelos de Jenny voavam com o vento. – E eu não vou aceitar um não como resposta.

— Está bem. – Gibbs disse. – Eu te vejo na minha casa em meia hora.

— Combinado. – Jenny o viu indo em direção ao carro, mas ao invés de seguir, ela foi até Abby. – Torres, eu preciso que você leve Abby para sua casa.

— Sim, eu farei isso. – Torres olhou para Tim. – Você me ajuda?

— Eu estou bem aqui, não precisam agir como se eu não estivesse. – Abby suspirou. – Será que agora eu posso ir para algum lugar? Eu estou enjoada.

— Claro, você vem conosco e eu ajudo Torres com você. – Tim olhou para ela. – E Delilah vai trazer os gêmeos para te ver. Afinal, a madrinha deles está de volta.

— Obrigada, Tim. – Abby finalmente sorriu. – Eu só me sinto mal por estar causando tudo isso.

— Não precisa, Abby. – Jenny deu um beijo na testa dela. – Você é como uma filha para mim.

— Sim, Abby. – Ziva sorriu. – E depois que tudo estiver pronto, eu e Tony vamos levar você para as sessões de fisioterapia.

— E eu vou dirigir. – Tony ganhou um olhar aguçado de Ziva. – Queremos chegar vivos nas sessões, não precisando fazer também.

— Você vai pagar por isso, Sunshine. – Ziva o viu corar. – Não ligue para ele. Tony ainda está de condicional.

— Eu realmente senti a falta de vocês. – Abby brincou. – E da sua filha.

— Bem, finalmente Tali vai ter os pais de volta. – Ziva sorriu e ganhou um tapa nas nadegas de Tony.

Ah, ele iria pagar.

Jenny respirou fundo no segundo em que entrou na Rua de Gibbs. Ela passou pela própria casa, mas ao invés de parar ela seguiu e estacionou na frente da casa de Gibbs.

Ele já estava na janela olhando para ela, que balançou os cabelos. Entrando pelo jardim, ela percebeu que ele havia florescido.

— Usa tranca agora? – Jenny perguntou. – Desde quando.

— Desde que eu fui raptado. – Gibbs respondeu indiferente. – Eu não conseguia dormir tinha medo que eles viessem atrás de mim.

— Sei. – Jenny andou pelo chão de madeira. – Você sabe que eu tive um período de adaptação depois de sumir.

— É assim que você chama agora? – Gibbs estava tentando não se exaltar. – A gente enterrou você, Jenny. Eu chorei no seu túmulo. Eu passei noites em claro sofrendo por uma morte falsa!

— E o que eu deveria fazer? – Jenny gritou. – Ficar em vista de todo mundo? Eu morri porque achei que era o certo. Eu morri por você. Até Vance sabia que era a melhor coisa.

— E desde quando Jeniffer Shepard aceita ordens de alguém? – Gibbs a olhou com certo desprezo. – Ainda mais de alguém que colocou em risco toda a agencia como Vance?

Gibbs virou a cara, mas acabou ganhando um tapa de Jenny. Ela tinha lágrimas nos olhos, mas ainda estava sendo forte.

— EU SÓ PRECISAVA QUE VOCÊ ME SALVASSE! – Jenny gritou e desabou no chão. – Eu só precisava que você me salvasse, Jethro. Eu estava apaixonada por você. E droga, ainda estou. Essa dança está me matando por dentro.

Gibbs foi até ela e se ajoelhou na altura dela, a beijando com intensidade. Ele esperava que ela desse um tapa nele, mas ao invés disso, ela o beijou e o puxou mais perto.

— Eu te amo, Jeniffer Shepard. – Gibbs a pegou nos braços. – E sinto muito ter sido um babaca nesses últimos dias.

Jenny deu um sorriso e o beijou, permitindo que ele a levasse para cima, para o quarto deles.

Gibbs fechou a porta e começou a provar a ela que a amava de verdade. E que nada os impediria de ficarem juntos.


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