Always escrita por Any Sciuto


Capítulo 6
Recovery.




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Gibbs, Jenny, Torres, McGee, e Bishop estavam sentados na sala de espera. Abby e Ana estavam sendo examinadas por uma equipe médica de traumas. Ana estava relativamente bem, mas Abby havia recebido algo a mais que a fez ficar com as pernas paralisadas.

— Eu preciso falar com os agentes. – A médica colocou uma máscara descartável e trocou as luvas para falar com todos os agentes que esperavam na sala de espera.

Gibbs estava impaciente enquanto esperava notícias sobre Abby e Ana. Ele viu a médica vindo e sabia que ela estava com notícias sobre as duas garotas.

— Abigail Sciuto e Ana Smith? – A médica perguntou e viu uma grande multidão se aproximar. – Algum de vocês é Jenny Shepard e Leroy Jethro Gibbs?

— Eu e ele. – Jenny apertou a mão da médica. – Como elas estão?

— Bem, Ana vai se recuperar bem. Ela tem várias escoriações e um braço quebrado que curou de um jeito torto. Nós o arrumamos na cirurgia, mas ela vai ficar bem. – A médica abriu o prontuário. – A senhorita Abigail é a que nos preocupa mais. Ela perdeu a sensibilidade das pernas. Havia uma bala nas costelas dela que não causava fraturas, mas acho que no transporte para fora do prédio ela se moveu.

— E o que vai acontecer? – Gibbs se aproximou preocupado. – Eu não podia deixar ela morrer queimada naquele lugar.

— Não estou dizendo que foi mal executado. – A médica simpatizou com Gibbs. – A menos que ela consiga um cirurgião bom, eu duvido que ela poderia voltar a andar.

— Você quer dizer que Abby está em uma cadeira de rodas? – Tim se aproximou. – É isso que você quer dizer?

— Sinto muito, mas é sim. – A médica viu os olhares quebrados dos agentes. – Vocês podem entrar, mas as duas ainda estão em sedação.

— Obrigada. – Jenny viu Gibbs sair em disparada até o quarto de Abby. – Jethro.

— Eu preciso de um tempo sozinho com Abby. – Gibbs disse e soube que ninguém o estava seguindo.

Entrando no quarto de Abby, ele precisou de um tempo para se acostumar com a nova aparência dela. Gibbs sabia que Abby poderia se curar com a ajuda dele.

— Oh, Abby. – Ele se ajoelhou ao lado da cama dela, sob o olhar de Jenny. – Me desculpe por deixar a situação ficar desse jeito.

A mulher ruiva limpou uma única lágrima que caiu. Ela sabia que era tempo apenas de Gibbs pensar em perder Abby que ele se arrependeria. Mas apesar de estar uma fera com ela, Jenny sabia que no fundo Gibbs ainda a amava.

Ela só teria que cortar o caminho pelos sentimentos de Gibbs e ajudar o líder da NCIS a voltar a confiar nela. Até lá, ela cuidaria de Ana que estava sozinha no mundo. Ela ficaria com a casa que havia comprado até decidir o que fazer a seguir. Mas uma coisa a intrigava. Onde Any teria ido depois de deixar Abby e Ana trancadas em um lugar prestes a explodir?

Los Angeles....

NCIS Projetos especiais...

Eric Beale, o analista de informações da equipe desceu as escadas voando em um traje de super-homem, porém ao contrário do homem de aço, ele não podia voar de verdade.

Ele correu até a sala de Hetty com um relatório da CIA nas mãos.

— Hetty, isso chegou para você do Brasil. – Eric disse. – É sobre Abby.

— Obrigada, Sr Beale. – Hetty o viu desaparecer e finalmente leu o documento. – Senhor Callen, traga o senhor Hanna assim que possível.

— Sim, Hetty. – Callen estranhou o motivo para Hetty querer ver ele e seu parceiro.

Pegando o celular, ele discou os números de sua namorada. Elisa era promotora de Los Angeles e geralmente o tirava de certos problemas com a lei.

— Olá para o meu homem favorito. – Elisa o saudou via telefone. – Grisha?

— Eu já falei para você não me chamar assim quando estou no trabalho. – Ele deu um sorriso safado. – Sabe o que esse nome faz vindo de seus lábios.

— Sim, mas não foi por isso que você me ligou. – Elisa abriu o site de registros criminais do dia. – Seu nome não costa aqui hoje, o que você precisa?

— Conhece uma boa advogada? – Ele perguntou, fazendo sinais para Sam. – Porque Hetty quer ver a mim e a Sam, então eu acho que estamos com sérios problemas.

— Eu estou indo, querido. – Elisa fechou o site e pegou sua bolsa. – Eu preciso ir até a NCIS.

— Boa sorte. – A amiga disse.

Callen andava de um lado a outro na sala de Hetty. Até mesmo Sam parecia não entender o que diabos estava rolando naquele momento.

— Senhor Callen, você não precisa ter chamado uma advogada. – Hetty disse, mas ficou feliz por ter uma promotora na conversa. – Vamos apenas esperar a senhorita Elisa antes de começar qualquer coisa.

— Hetty, você parece ter visto um fantasma. – Sam foi direto. – O que foi?

— Abby. – Ela colocou o relatório que recebeu. – Ela foi disfarçada há um ano para o Brasil e ela acabou precisando ser resgatada. A equipe de Washington foi para o Brasil.

Callen olhou para Hetty e depois para Sam. Ele não fazia ideia de o porquê mandar Abby disfarçada para ir a um país estranho para Abby.

— O Brasil tem um traficante internacional de armas? – Sam perguntou para Hetty. – E é uma garota? Do tipo que usa salto e vestido?

— Any está aprontando de novo no Brasil? – Elisa entrou na conversa chegando ao escritório da NCIS. – Desculpe a demora, o transito estava ruim.

— Está tudo bem, querida. – Hetty a abraçou. – Você tem muito trabalho na promotoria. Mas sim, Any está aprontando de novo. Ela pinta, borda, faz as unhas e também trafica armas para o mundo todo.

— Uma mulher da renascença. – Callen suspirou. – A moça parece fazer qualquer coisa por armas. Até sequestrar uma agente do FBI e Abby. Ela se arriscou.

— Sim, e quando todos os agentes voltarem para os estados unidos, precisaremos conversar com eles. – Elisa colocou os papeis sobre a mesa. – Eles receberam uma reprimenda oficial de Vance por abandono de posto.

— Vance não cansa de ser um pé no saco? – Sam comentou. – Ele está envolvido com alguma das atividades de Any.

— E por que acha isso? – Callen queria saber se a teoria de Sam era a mesma dele.

— Porque depois que Vance encerrou o caso Penna, ele foi sete vezes ao Brasil. – Sam falou e mostrou ao amigo. – Ou ele gosta da caipirinha de lá ou...

— Ou está envolvido com tráfico de armas e munições. – Callen completou.

Quando tudo o que ele ganhou de Hetty foi um aceno de cabeça positivo, Callen caiu na cadeira sem literalmente forças para continuar aquela conversa.

Ele sempre desconfiou de Vance, mas aquela confirmação foi uma das coisas que ele não esperava.


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