Das arquibancadas, clamor.

O déspota altivo e inalcançável, banhado no régio vermelho do Estado e da Lei, emitia juízo. Uma uva descia-lhe à boca, despudorada, irreverente, zombando a gritos histéricos da sentença de morte que ornara.

Clamor, degustado como a uva. Petulante.

Em manter o aguilhão entre os dedos Tatius investia esforço hercúleo, digno do mítico herói. Era ele, o último, ou sua liberdade ceifada seria.

Imersão em total afasia. Sua mente o via livre, mas seu coração impedia o ato. Tornar-se-ia ceifador ou ceifa, mas por que ele? O último...

Clamor, nem pouco afásico. A devoradora de almas urrando.