Pov Dan:
Estávamos em um lugar branco e muito decorado. Cahills de toda a parte vinham para Londres para comemorar a "amizade" entre os cinco clãs. Todos vestiam branco e o brasões de seus respectivos clãs combinados com o clã dos madrigais. Enquanto Amy cumprimentava os convidados, vejo a Natalie em uma mesa. Vou até ela. Pego uns docinhos que estavam em um pote de vidro lá.

—Não, nao come esses...

Cuspo os doces. Além de ruins eram muito duros.

—Doces...

—Meu Deus. Vi minha vida inteira passar diante dos meus olhos.

Ela ri.

—Porque você tá rindo? Esses doces são mesmos perigosos.

—Só não mais perigosos que o tédio dessa festa.

—Vou ter que concordar com você nessa parte.

Aí tive uma ideia. Pego um doce.

—Ei. Fica olhando. Mesa longe.

Miro no alvo e acerto na cesta de pãezinhos, uma mesa depois da nossa.

—Cesta!!

—Ok. Nao, não, foi sorte.

—Foi um tiro maravilhoso.

—Cala a boca, Ninja Cahill. Vou te mostrar o que é realmente um tiro maravilhoso. Veja e aprenda.

Ela pega aquele doce grande e que parecia indestrutível.

—Vaso de flores, mesa 9.

Eu e ela estávamos na mesa 4. Ela mira e acerta, bem no meio de uma rosa.

—Ah não!! Eu não vou perder.

—Vai sim, Daniel. Admita. Se renda agora e eu pego leve com você.

—Nunca. Mesa 10, chapéu azul ridículo que parece ser do chapeleiro maluco.

Ela ri.

—Ai Meu Deus!! Vai. Aquele chapéu é horrível. Acaba com ele. Mas não machuca a mulher.

—Pode deixar, chefe. E mesmo esse doce parecendo uma pedra, a mulher não vai morrer.

Jogo e acerto.

Rimos baixo e nos abaixamos para a mulher não ver que fomos nós que jogamos.

Estávamos muito perto. Achei que ela fosse desviar o olhar. Mas ela não fez isso. Eu também não fiz. Ela chegou mais perto. E eu fiz o mesmo. Mas aí, o celular dela tocou. E ela me empurrou da cadeira.

—Ai, Desculpa. Meu Deus, deve ser reflexo. Instinto. Foi mal. Err...Eu...Preciso atender. A gente se vê depois.

E ela sai da mesa.

—Cara você tava tão perto.-Diz Hamilton.

—Bro, você tava certo, mano. O Dan gosta da Natalie? O que eu perdi?-Pergunta o Jonah, surpreso.

—Eu te falei. Agora me passa os cinco dólares.-Fala o Hamilton.

—Voces fizeram uma aposta comigo? E foi só cinco dólares?-Pergunto meio revoltado.

—Cinco dólares é justo. E vamos apostar mais. Eu aposto que a Natalie vai ficar com o Nate.

—Hamilton!! Pensei que você fosse meu amigo.

—E sou. Mas o Nate é mais o tipo da Natalie. E é mais bonito que você. Se eu fosse ela, tambem escolheria ele.

—Pior que dessa vez não vai ter aposta cara, porque eu concordo com o Ham. Mas agora...Natalie Kabra? Sua arqui-inimiga mortal desde que você se entende por gente? Como aconteceu?

—Eu não sei...

—Sabe...-Fala Hamilton.-Acho que isso se chama carma. Você tinha desgosto da Amy e do Ian, aí agora você tá passando pelo mesmo que a Amy:Paixão por um Kabra.

—Nao é paixão. Isso vai passar tá? Eu não preciso de uma namorada. Muito menos que essa namorada seja a Natalie Kabra com sua pele perfeita, seu cabelo sedoso e cheiroso, seus olhos brilhantes e sua personalidade sem defeitos. E ela ainda tem um defeito, eu só preciso encontrar.

—Cara vocês deviam ter se beijado.-Diz o Hamilton.

—Teríamos usado isso pra chantagem pra sempre.-Diz o Jonah.

—Nao iam conseguir chantagear a Natalie. Ela é uma Lucian. E uma Kabra.

—Nao íamos chantagear ela. Íamos chantagear você.

—Ah que ótimos amigos vocês são.

—Eu sei. Os melhores.-Diz Hamilton, ignorando meu sarcasmo.

—Hamilton vai babar na Sinead e você Jonah, vai brigar com a Angelle vai.

—E aí?-Chega o Ian.

—E aí, Kabra?-Diz o Hamilton.-Essa aqui é a mesa dos caras que estão com uma mulher que deveríamos odiar mas amamos na cabeça e que as vezes é totalmente insuportável mas por algum motivo não queremos sair de perto dela. Quer se juntar a nós?

—Nao vou mentir e dizer que não estou na mesma situação que vocês, porque estou, mas não posso agora. Vocês viram a Natalie?

—Foi pra lá.-Digo, apontando para a porta.

E ele vai pra lá. Por algum motivo sentia que os Kabra estavam armando alguma coisa. Devia ser força do hábito da caça às pistas. Espero que isso esteja mesmo só na minha cabeça...