The Big Four - A Hogwarts Story escrita por Xiukitty


Capítulo 2
Capítulo 2 - O Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Por que é a primeira semana da fica, estou postando todos os dias!! Mas depois vou começar a postar um vez por semana, então queria saber qual dia vocês preferem que eu poste. Comentem suas sugestões!
Enfim, aproveitem!



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—Acho que resolver a questão dos uniformes é o que devemos fazer primeiro, certo, Fergus? Ah, eu sabia que devíamos ter vindo até o Beco Diagonal mais cedo! Olhe como está lotado! –Elenor reclamou, enquanto segurava a mão de Merida com força e se desvencilhava entre a multidão.

Merida nunca havia visitado o Beco Diagonal antes e não conseguia parar de girar a cabeça para ver tudo á sua volta. As lojinhas eram todas tão interessantes, queria entrar e visitar todas, tinha vontade de comer todas as comidas que eram vendidas e não conseguia para de desejar entrar em uma loja logo, mas assim que fora arrastada para a primeira, ela torceu o nariz.

—Uniformes?

—Não reclame, querida! É a loja que mais toma nosso tempo, é prudente que passemos aqui primeiro. –Elenor sussurrou. –Madame Malkin!

Uma bruxinha baixa, provavelmente a dona da loja, cumprimentou Elenor calorosamente, comentou que Merida havia “crescido muito” e a entregou uma pilha e roupas. Ela se vestiu em um provador e voltou aos fundos da loja para que Madame Malkin pudesse ajustar as vestes.

Merida olhou em volta para achar a sua mãe e a viu á porta tendo uma conversa com uma mulher alta, magra e bem pálida. A mulher estava com uma garotinha que parecia ter a mesma idade de Merida e que era muito parecida com sua mãe. Assim  que Merida notou que a garota olhava muito feio para ela, ela logo desviou os olhos e empinou o nariz para disfarçar. Merida deu uma última espiada e percebeu que Elenor não parecia tão confortável assim na conversa.

Merida tentou abordar a sua mãe, perguntar quem eram elas, mas seu pai ás interrompeu, dizendo que havia comprado os pergaminhos e tinta para o ano inteiro.

—Comprou penas? –Fergus fez uma cara embaraçada após a pergunta da esposa. –Fergus! Bom, não tem problema, eu vou comprar os livros e você volte e compre as penas. Assim que terminar encontre Merida dentro da loja de Olivaras.

—Espere, eu terei de entrar lá sozinha? –Merida indagou, já sabendo a resposta.

—Sim, querida, é só para nos apressarmos! Temos que voltar para a Escócia rápido, não acho que as babás aguentarão cuidar dos seus irmãos por muito tempo. Além do mais a loja está vazia! Melhor se apressar.

A loja com o letreiro de ouro acima da porta onde lia-se "Olivaras: Artesão de Varinhas de Qualidade des de 382 a.C.” era feiosinha e estreita, mas isso mal importava. Merida já ouvira muito sobre Olivaras e sobre a incrível experiência de uma varinha te escolher... era tudo que ela sonhava. Assim que abriu a porta e deixou-a fechar atrás de dela, tomou a atenção de tanto Olivaras quanto de um garotinho que estava lá dentro.

—Desculpe...

—Não, não, querida. –Sorriu o velhinho de olhos esbugalhados e muito claros –Pode entrar... Merida. Venha até o balcão.

Ela estranhou que ele sabia seu nome, mas escolheu não questionar. Olivaras a assustava um pouco.

—Estou terminando aqui com o pequeno Soluço, apenas mais três varinhas, deve ser uma delas... Não se desanime, pequeno, estamos quase lá.

Merida espiou o rosto do garoto, ele parecia preocupado e cansado. Olivaras entregou as três varinhas e todas falharam, uma fez os cabelos castanhos dele subirem, a outra escapou de sua mão e disparou-se para o fundo da loja, seguindo o corredor estreito atrás do balcão e a última fez uma mesinha de canto cair. Olivaras apanhou as três e retornou para o fundo da loja.

Merida voltou a espia-lo. Ele parecia estar prestes a chorar.

—O que foi? –ela perguntou, confusa.

—Devo ter testado trinta varinhas... Estou com medo de... de não ser bruxo.

—Não pense assim, existem tantas varinhas... é comum demorar.

—Não, não é. Olivaras sempre acerta rapidamente, ele é um gênio das varinhas... -ele praticamente gritou. Ele parecia muito preocupado mesmo.

—Olha, também estou com medo de não ser bruxa. Mas isso é por que nunca fiz nada de mágico, nem sem querer.

—Nunca? –ele arregalou seus olhos verdes. Seu susto deu mais medo á Merida, mas ela estufou o peito.

—Nunquinha. Acho que você tem menos chance de não ser bruxo do que eu. E eu estou tranquila. -Merida mentiu.

Ele iria responde-la, mas Olivaras voltou, dessa vez mais sério. Entregou uma varinha escura, preta, não muito longa nem curta e um pouco arredondada. Assim que Soluço pegou na varinha um brilho verde-esmeralda envolveu-o. Quando o cômodo voltou ao normal, ele sorriu. Olivaras bateu palmas.

—Que curioso... –ele suspirou.

—Curioso? –Soluço questionou.

—Sim. Sua varinha... é feita de escamas de dragão. De um dragão muito especial, ela está aqui a mais de quinhentos anos e nunca escolheu ninguém... e justamente você... –a informação de Olivaras fez o sorriso sumir do rosto de Soluço. Merida não compreendeu por que, achava uma varinha feita de escamas de dragão muito maneira.

Soluço escolheu esperar Merida ser escolhida por uma varinha para sair da loja. Ele ainda estava nervoso e espiava pelas janelas escuras e sujas que ficavam ao lado da porta. Merida quis perguntar qual era o problema, mas Olivaras esticou uma varinha diante do seu rosto.

—Merida. Creio que essa varinha seja a sua, sim, sim, tenho certeza. –a varinha era toda trabalhada como uma tapeçaria e tinha um urso encravado na parte onde ela colocaria sua mão. Quase como um mini totem de madeira.

Assim que ela tomou a varinha, sentiu seus dedos esquentarem e faíscas douradas saíram da ponta. Quando a varinha se acalmou, a garotinha deu pulinhos. Agora estava claro que ela com certeza era bruxa.

—Sua família sempre tem uma varinha com pelos de urso pardo! A sua complementada por pena de cauda de fênix, 28 centímetros e maleável, sim, sim, certamente sua.

Os dois pagaram suas varinhas novas e saíram da loja com sorrisos no rosto, ambos segurando-as como se estivesse prestes a usá-las, mesmo que não tivessem permissão ou muito menos conhecessem qualquer feitiço.

—Uma família de traidores! Isso que são! –uma gritaria vinha da rua, Merida assustou-se ao ver um homem gritando com seu pai.

—Papai? –Soluço sussurrou, também olhando para a confusão, que estava sendo observada por quase todos no Beco Diagonal.

—O homem que está gritando é o seu pai? –Merida perguntou.

—Filha! Merida! –Fergus foi em direção dos dois e puxou-a para perto dele. –Não converse com esse garoto! Um Strondus bárbaro!

—Pelo menos ele não vem de uma linhagem de traidores! –o outro homem disse enquanto o seguia. Pegou no braço de Soluço e puxou-o assim como Fergus fizera. –Vamos, filho. Vamos embora.

Enquanto Elenor acalmava seu marido, Merida conseguiu ouvir a conversa de Soluço e seu pai ao passo de que eles se afastavam.

—Do que é feita sua varinha filho, nem consegui te perguntar.

—Eu... não lembro...

—Merida, querida. –Fergus chamou-a, agora acalmado e parecendo até um pouco embaraçado por ter chamado tanta atenção. –veja o que comprei para você.

Ele estendeu uma gaiola com uma coruja preta de olhos muito azuis. Merida sorriu e deu pulinhos enquanto o agradecia. Sua mãe havia proibido que ela tivesse qualquer bichinho até completar 13 anos, mas pressupôs que seu pai comprou as penas e, logo depois, uma coruja escondido.

—Era para ser uma surpresa, mas agora é mais um pedido de desculpas. Não deveria ter deixado o bárbaro Stoick me irritar tanto... principalmente em público. –Elenor balançou a cabeça em aprovação. Ele provavelmente a parafraseou.

—Mas o que foi tudo aquilo, pai? Quem são eles? –Merida questionou, finalmente tirando os olhos de sua coruja.

—Stoick. São do clã de Berg... os Dunbrock costumavam a fazer parte desse clã, mas o seu avô rebelou-se contra as caçadas de dragões, não entendia o ódio que tinha pelas criaturas. Tentou tomar o trono dos Stoick e, quando não conseguiu, fugiu antes que pudessem puni-lo. A senhorita nem pense em conversar com aquele rapazinho novamente. É filho de Sotick e parte da linhagem de herdeiros do trono. É um selvagem e assassino.

"Dragões.” Merida pensou "Eles caçam dragões. Talvez seja por isso que Soluço ficou nervoso com sua varinha. E por que mentiu para o pai."

—Ah, Fergus! Imaginei que essa gritaria toda era obra sua e de Stoick. –um homem alto deu tapinhas nas costas do pai de Merida. Ela logo o reconheceu. O famoso guardião das chaves de Hogwarts, Ralph. –Dês de pequenos com toda essa rivalidade...

Fergus soltou uma gargalhada.

—Como é bom te ver, Ralph! Está guiando alunos com suas compras esse ano? –Merida finalmente notou que duas crianças estavam com Ralph, uma garotinha de cabelos muito, muito longos que estavam presos em um coque e um garoto pálido e, estranhamente, de cabelos brancos.

—Sim, estes dois. Muito levados, sinceramente, Rapunzel parece querer entrar em todas as lojas e Jack só mexe com o que não pode... –os dois riram baixinho. Os olhos de Rapunzel encontraram com o de Merida. A loirinha acenou animada e Merida, sem saber como responder, murchou e fingiu que não a vira.

—E eles estão apenas sendo acompanhados ou estão dormindo no caldeirão furado? Ah, espero que não estejam, os aposentos do caldeirão furado são tão antiquados e gastos... –Elenor comentou.

—Infelizmente estão, Elenor. Jack saiu de seu orfanato e a única maneira de não levantar suspeitas com os trouxas seria fingir adotá-lo e Rapunzel... terei de lhe mandar uma carta depois sobre isso, mas apenas se eu receber permissão.

Elenor apareceu alarmar-se com o comentário de Ralph e balbuciou um "sim, sim, é claro". Seus pais se despediram de seu velho amigo e enquanto ela apanhava um bocado de pó de flu nas mãos, já no Caldeirão Furado, ela ponderou sobre tudo que acontecera.

Primeiro; a garota antipática na loja de Madame Malkins; depois o garoto dragão que Merida era, aparentemente, obrigada a odiar; o órfão que por algum motivo não estava em um orfanato bruxo e a garota que as circunstâncias Ralph ainda nem tinha permissão de falar sobre.

Sim, ela até poderia ser bruxa, mas com certeza seria a última da classe. Todos pareciam ter algo de especial ou serem muito confiantes... todos se destacavam em comparação a ela. Era isso que ela seria? Uma garota qualquer, com nada de especial rodeada por colegas misteriosos e excêntricos? Ela sentiu-se murchar.

—Mansão Dunbrock. –gritou, jogando o pó verde em seus pés.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comentem :)



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