Dark End Of The Street escrita por Minerva Lestrange


Capítulo 6
Espaço




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Barry deu seta e dirigiu o carro até o estacionamento do decaído bar de beira de estrada. Não havia outros carros devido à hora avançada, é claro, mas a luz sob a porta estava acesa e a placa indicava que o local ainda estava aberto. Deveria estar, pois só servia para viajantes cansados e, com a madrugada alta, sempre apareceria alguém para ocupar um quarto no andar de cima ou abastecer na única estação de gasolina, que havia em quilômetros de estrada.

Honestamente, detestava se encontrar naquele deserto literal no meio do país, onde só se via a paisagem amarelada do chão misturado às pedras secas. Era desanimador e desolador ter de viajar por aquele caminho para chegar a qualquer lugar, mas, pior ainda, ter de atravessá-lo para chegar até ali. Bateu a porta do carro com firmeza, tentando evitar o aperto temeroso no peito, mas sabia que era uma batalha perdida há muito. A travara mais de uma vez, assim como perdera incontáveis.

Ouvindo o chão de pedra enquanto caminhava até a porta, ainda se voltou para verificar que não havia ninguém à vista ou na escuridão, talvez seguindo-o, antes de girar a maçaneta de uma só vez e adentrar o tão familiar, mas ainda assim distante bar. Poucas das luzes avermelhadas estavam acesas e não havia qualquer alma viva ali, a não ser a mulher sentada à última mesa, alguns metros à frente, observando-o firmemente.

Ainda se conteve próximo à porta, ignorando o sangue correndo mais rápido em suas veias e o coração retumbando contra o peito. Podia ir embora, a qualquer instante, sem qualquer desculpa ou palavra magoada direcionada a ela. No entanto, ao mesmo tempo em que queria ser capaz de dar as costas aos olhos castanhos e as madeixas compridas e onduladas – mais claras do que recordava, embora não exatamente loiras -, tinha tanto a perguntar.

Por onde ela esteve por todo aquele tempo? O que andou fazendo? Porque voltar tão repentinamente, com uma mensagem pedindo para encontrá-la ali? Barry não deveria ser tão suscetível àquela mulher, mas era fácil ceder quando ainda podia se lembrar da textura daquela pele em seus dedos, do gosto exato dos lábios dela, da forma como abriam um sorriso contra sua boca. Quando a falta dela ainda doía todos os dias. Silenciosamente agradeceu pelo ambiente mal iluminado ou ela poderia ver a mágoa e a hesitação em seus olhos, além daquela óbvia saudade que gritava em cada gesto seu.

Por fim, soltou um suspiro cansado e encaminhou-se por entre as mesas até a última, ao lado do corredor escuro que levava ao banheiro, de onde a mulher não se movera, sentada no sofá de estofado verde e gasto que se estendia por toda a parede até a entrada. Não se acomodou, apenas julgou estar próximo o suficiente para que ela dissesse o que queria, sem maiores preocupações, além dos olhos analisadores o examinando tão profundamente quase que de maneira perturbadora. Era estranho que não se lembrasse da intensidade e do brilho daqueles olhos; também perturbador, que sua recordação não chegava aos pés daquela realidade.

— Esse lugar continua o mesmo, não é? – O tom suave, esse exatamente como sempre, começou.

— Suponho que sim. – Não quis adentrar qualquer discussão, afinal todas aquelas garrafas variadas continuavam atrás do balcão gasto e as banquetas de pernas metálicas eram as mesmas, além dos abajures, que o remetia a um programa dos anos 60 e também pareciam iguais sobre as pequenas mesas quadradas de madeira. Aquela em que ela estava sentada possuía um, ostentando a luz amarelada, que refletia por toda a pele clara e os olhos castanhos, deixando-a ainda mais linda. – O que você quer?

— Voltar para casa.

A resposta veio tão fácil e rápida como uma flecha. Encarou-a com atenção redobrada, percebendo a falta de hesitação e toda a certeza escorrendo naquela sentença.

— Já faz tempo demais. – Respondeu a primeira coisa que veio à mente.

— Barry...

— O que esteve fazendo? – Ela se manteve em silêncio, mas ainda o olhando, pois aparentemente sua curiosidade falara mais.

— Eu estava me curando, sabe disso. – Meneou a cabeça, levando uma das mãos aos olhos. Estava cansado pela viagem e estava cansado de sentir tanto por ela, ainda em sua ausência.

— Você desapareceu, por dois anos, como se não houvesse deixado nada para trás. – Declarou farto. 

— Não é verdade.

— Qual é a verdade, então? – A viu titubear por um momento, torcendo os dedos sobre a mesa, mas não iria recuar. Tinha tanto a falar, tanta mágoa a despejar sobre ela. – Nós a procuramos como idiotas até... Até percebermos que não queria ser encontrada. Você sumiu, sem ter a consideração de deixar um bilhete que fosse. E agora me chama até esse lugar com que intenção? Quer provar um ponto? Reivindicar algo a que não tem nenhum direito?

— Eu não queria machucá-los. – Abrindo um sorriso amargo pela fraca defesa, pois ela nem tentava. – Não queria te machucar.

— Bem... Foi exatamente o que fez. – Deu de ombros, detestando admitir. O silêncio dominou o antigo, batido e um tanto fétido bar de estrada e Barry, o qual já se via apertando o encosto frio da cadeira à frente da dela. – Não há mais espaço para você aqui.

Sem querer prolongar toda a situação, ainda correu os olhos por ela, tentando memorizar cada detalhe que via ali em um ato egoísta apenas à serviço de sua mente, que insistia em relembrar detalhes daquela mulher em momentos inapropriados. Por fim, lhe deu as costas e encaminhou-se à saída, consciente demais de que sequer deveria ter ido até aquele lugar, devido àquelas sensações pouco revisitadas em seu corpo durante os últimos dois anos.

— Em casa ou em seu coração? – A ouviu perguntar, ainda daquela mesa. Estacou, recusando-se a se virar para ela, pois ele sentia a aproximação praticamente queimando à sua nuca. Os passos dela ecoavam lentamente pelo piso de madeira, saltos caros demais para aquele lugar, pois a mulher era inteira elegância e superioridade, especialmente agora. – Barry, não há mais espaço em casa... Ou no seu coração?

 Fechou os olhos, tentando evitar a batida falhada em seu peito, que respondia silenciosa e concomitantemente escandaloso a pergunta amarga. Deveria dizer que se referia as duas coisas, sua casa e seu coração, que já havia se livrado de tudo relacionado à ela, mas, no fundo, sabia que somente tirara tudo de vista e fingira por que ela nunca mais voltaria enquanto guardava tudo e esperava, pois era tão repleto dela que sua respiração estava sempre travada quando se tratava dos dois.

No entanto, assim que notou a respiração rápida e descompassada, como se faltasse oxigênio no ambiente, olhou ao redor, inclusive para a mulher de longos cabelos castanhos, ainda aguardando uma resposta, temerosa pelo que poderia vir. Para além disso, o chão não parecia mais tão firme sob seus pés e as paredes foram se desfazendo lentamente, sem que nenhum deles lutasse, até que se percebesse deitado e ofegante com as mãos de Cisco em seus ombros.

— Você estava bem agitado. – O engenheiro informou, ainda o mantendo seguro contra o sofá. Correu os olhos pelo apartamento escuro de Cisco, assimilando toda essa realidade, para além daquele sonho realidade demais. Engoliu em seco, percebendo o arranhar da garganta e, lentamente, colocou-se sentado, sentindo a camisa molhada contra o corpo enquanto algumas gotas de suor escorriam por sua nuca. – Eu acordei com sua voz chamando alguém e quando vim checar estava rolando no sofá.

Ainda sentia aquela sensação ardente e incômoda em seu peito, impedindo-o de respirar. A garganta estava seca, mas aquela cena cortava sua mente como uma faca. Como saberia se aquilo era mais do que um sonho? Sentou-se, jogando os cobertores para o lado após Cisco soltar seus ombros, jogando os cabelos que caíam úmidos sobre a testa para trás.

— Desculpe por isso. – Sua voz saiu mais rouca do que de costume, no que Cisco apertou seu ombro, chamando sua atenção.

— Barry, você não está bem.  

O encarou, pensando naquele sonho, em todas aquelas imagens que iam e vinham em sua mente, que o deixavam vulnerável e distante. Detestava que não pudesse ser para Cisco o Barry que ele conhecia ou ser para todos o que Barry que precisavam.

— Disse que me ouviu chamando alguém. – Focou em algo mais prático do que o próprio fracasso. – Quem?

— Eu não consegui entender.

— Que merda. – Bufou e se colocou de pé, olhando no relógio e percebendo que não dormira nem por duas horas até acordar daquela forma. Por um momento, encarou perdido o apartamento e, então, Cisco, que o olhava como se estivesse louco. – Preciso sair.

— Não acho que vá achar respostas a essa hora da madrugada.

— Não vou conseguir dormir mais. – Rapidamente, colocou um tênis e pegou a carteira, encaminhando-se à porta. – Não se preocupe comigo, okay?

Ainda o ouviu chamando, mas correu assim que fechou a porta, não dando chance de Cisco fazer qualquer pergunta ou tentar impedi-lo. Não tinha exatamente aonde ir àquela hora, realmente, mas o apartamento parecia sufocante demais e àquelas imagens, da discussão com aquela mulher desconhecida ainda o afetavam.  Em sua pele, era como se realmente houvesse passado por aquele desentendimento e ouvido aquelas palavras. Seu coração, por outro lado, batia em dúvida e rancor latentes, porque sentia a dor de sua versão do sonho de forma muito perturbadora.

Não tendo qualquer destino, dessa forma, parou de correr ao alcançar uma praça escura e simplesmente andou pela cidade vazia por todo o resto da madrugada até o sol começar a nascer atrás de si. Isso não era o que costumava ser e o destruía por dentro, pouco a pouco.

*

No fim das contas, acabou indo parar no laboratório, onde conseguiu cochilar em outro sofá desconfortável por algum tempo, até ouvir a conversa e os passos de Caitlin e Ralph adentrando o ambiente. Remexeu-se incomodado, pois a insônia o estava irritando como o inferno, assim como as conversas altas, a luz muito clara da sala de descanso e a falta de espaço daquele sofá.

— Ei, o que vai fazer no final de semana? – Perguntou Ralph, enquanto o cheiro de café se espalhava pelo ambiente. Colocou o braço sobre os olhos, sequer se esforçando para ouvir, tão perto estavam sem realmente vê-lo.

— Visitar minha mãe. – Caitlin estava viajando demais ou era sua impressão? – Precisamos conversar algo importante e ela faz questão que seja pessoalmente.

— Sua mãe gosta de dar ordens, não é? – Dibny não esperava resposta e, por isso, continuou. – Cisco quer uma reunião.

— Ele disse o motivo?

— Não, mas disse para não contar a Barry. – Franziu o cenho, finalmente abrindo os olhos e, quando Ralph falou novamente já parecia bem mais distante. – Pode ser naquele bar chique que você gosta.

Caitlin concordou e Barry esperou em silêncio, dividido entre revelar que estava ali e ouvira o que eles conversaram ou se mantinha quieto e deixava que ela fosse. Por fim, decidiu ficar imóvel e não demorou até que os passos da doutora também se distanciassem pelo mesmo caminho dos de Ralph. O que Cisco poderia querer em uma reunião para falar sobre ele era óbvio, pois todos percebiam o quanto não vinha bem nos últimos dias.

No entanto, o fato de querer falar apenas com Ralph e Caitlin o desapontava, afinal nenhum deles poderia resolver seus problemas e nada poderiam fazer; ao mesmo tempo, demonstrava como seu atual estado mental estava incomodando-os e mexendo com a dinâmica do time. Com um suspiro enfadado, sentou-se bagunçando ainda mais os cabelos enquanto constatava que estava inteiro uma bagunça e precisava passar no apartamento de Cisco para tomar banho e ir para o trabalho.

A conversa, no entanto, não o distraiu tanto quanto o sonho, o qual não deixara sua mente por muito tempo durante o dia. Ainda queria saber quem era aquela mulher, de onde vinham aquelas imagens e, principalmente, porque estava sonhando e “fantasiando” com outra. Por isso, ao terminar seu expediente com tempo livre para a tarde, mandou uma mensagem à Iris confirmando se poderia buscar Nora no trabalho dela. Uma vez que a jornalista trabalhara em casa nos últimos dois dias devido à uma virose da menina, precisava conferir como as coisas estavam e olhar sua filha para que a mulher pudesse dispor de algum tempo livre.

Como esperado, chegou antes à sede do jornal e sentou-se no sofá duro, mas elegante, próximo à janela somente esperando. O lugar continuava perfeitamente igual há dias antes, quando tudo acontecera, mesmo o porta-retratos com aquela foto recente de quando descobriram a gravidez de Iris, após a Crise, sobre a escrivaninha. Lucy lia um livro estranhamente quieta sentada à sua mesa e Barry não sabia o que era esperar, afinal sempre estava atrasado. Suspirando profundamente, olhou as horas percebendo que só se passara dez minutos e, por mais que o trânsito de Central City fosse organizado, Iris ainda demoraria.

— Verificar de minuto em minuto no relógio não vai fazê-la chegar mais rápido. – Lucy comentou sem tirar o olho do livro, virando uma página calmamente.

— Eu sei. – Respondeu teimosamente. – Ei, você conhece algum bar de beira de estrada perto de Central City?

— Eu não associaria um lugar assim a você de primeira. – Os olhos verdes se levantaram suspeitosamente, medindo-o de maneira lenta.

— Trabalho na polícia. – Lucy levantou as sobrancelhas, pois isso obviamente não respondia muita coisa. – Preciso checar algo.

— Conheço vários lugares. A Rota 65, da Interestadual, é repleta deles. Está procurando algo mais movimentado ou... Mais discreto? – A garota perguntou pensativamente, parecendo não se importar com a sugestão que associava a ele.

— Acho que estamos falando de algo mais modesto. Com chão mal limpo, poucas luzes, cara de abandonado, chão de terra clara com pedra.

— Bem, então todas as estradas que levam ao Meio-Oeste. – Ela deu de ombros. – Rota 86, 55, 63... As rodovias para o interior do país podem ser bastante inóspitas.

— Você sabe de algum em específico? Que seja frequentado pelas pessoas de Central City?

— Não realmente. – A garota o encarou incisivamente. – Quem vai a esses lugares, geralmente, não gosta de espalhar, certo?

— Ou chega até eles por necessidade. – A viu menear a cabeça, como que não concordando muito, mas preferindo não estender o assunto antes de se voltar ao livro novamente. Pensou que o bar daquele sonho ridículo poderia ser em qualquer parte do país e não surtiria qualquer efeito procurar como um idiota nos lugares mais próximos da cidade. No entanto, não conseguia deixar de lado a curiosidade, a vontade de busca que o tomava sempre que se tratava dessas supostas fantasias. – Lucy, posso usar seu computador?

Sem maiores problemas, ela entregou o notebook a ele, que o colocou na mesinha baixa logo à sua frente para começar suas buscas. Primeiramente, descobriu sobre o turismo nesses bares e que havia alguns bastante importantes e luxuosos, principalmente em torno de cidades famosas. Não queria comprar qualquer coisa relacionada a eles, mas dar uma olhada em suas fachadas, tentar encontrar algo que lhe parecesse familiar com base no sonho.

Refinou a busca para as Rotas indicadas por Lucy, indo além de seu Estado, e concentrou-se nas imagens. Encontrou diversos bares, dos mais deteriorados até àqueles que tinham algum status no folclore dos Estados Unidos, mas nada remotamente parecido com seu sonho. Assim, alguns minutos depois, fechou o computador de forma frustrada, considerando que aquele lugar poderia existir somente para ele e não na realidade, o que levava à consciência da situação ridícula em que estava se colocando.

A porta da sede se abriu, contudo, para que Iris adentrasse o escritório com Nora em seu colo, uma bolsa nos ombros e um carrinho sendo empurrado. A bebê se agitou nos braços da mãe e ele sorriu, encaminhando-se para pegá-la rapidamente. Por mais que não quisesse, a rotina era diferente se não estava em casa: não podia colocá-la para dormir, lhe dar banho com frequência ou acordar para verificar porque estava chorando à noite. Esperava que esse não fosse o elo que os ligava, pois não sabia se voltar para casa era uma possibilidade de futuro próximo.

— Então, como você está? – Iris acomodou-se atrás de sua mesa após deixar um beijo na cabeça de Nora. Por mais que a amasse, precisava trabalhar. – Ontem ela estava realmente mal, sequer iria aproveitar o passeio.

— Acho que está certa, ela ainda parece meio para baixo. As coisas estão ruins para você, não é, Pinguinzinho?

Encarou a filha, notando a falta de vontade e força em todos os seus gestos. Não havia a agitação costumeira, nem as tentativas gorgolejadas de falar que lhe era costumeiras, apensa os olhos sonolentos, brilhantes demais devido à febre, e o cansaço, pois Nora colocara a cabeça contra seu ombro assim que a pegara.

— As coisas dela estão na bolsa e, se faltar alguma coisa, pode buscar em casa. Você tem a chave.

— Talvez seja bom que Caitlin dê uma olhada em Nora. Algo mais específico... – Sugeriu ainda encarando a nenê, prestes a tirar um cochilo.

— É, sim, seria bom. Eu devia ter pensado nisso antes.

Iris concordou distraidamente, passando a digitar algo no computador enquanto checava alguns papéis tirados de uma pasta grossa. Então, ajeitou Nora com cuidado nos braços e pegou a mochila, pigarreando para chamar a atenção dela antes de sair.

— Eu vou procurar um flat. – Pela primeira vez desde que colocara os pés ali, Iris o olhou direito, completamente desarmada deixando transparecer a insegurança, mas também a mágoa. – Não posso ficar na casa de Cisco indefinidamente e... Quero passar mais tempo com Nora. Então, vai ser melhor, terei mais privacidade.

— Tudo bem. – Iris encarou o tampo de sua escrivaninha, escolhendo as palavras. – Você parece decidido.

— É só... Até as coisas se acertarem. Certo?  

Tentou novamente, sem realmente ter certeza do que dizia, pois apenas queria deixá-la bem e não os colocar em maiores problemas. O amor não havia acabado.

— Claro.

Por fim, notando que não havia mais o que dizer ali, despediu-se de Iris e Lucy para sair com Nora, deixando para trás o carrinho, o qual sempre se mostrava inútil à Barry. Não estava exatamente decidido, pois queria voltar para seu próprio apartamento, onde estavam todas as suas coisas pessoais e a maior parte de sua vida, com sua mulher e sua filha. No entanto, ter um colega de quarto nunca lhe agradara ao ponto de prolongar sua estadia com um, ainda que se tratasse de Cisco.


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